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Aula 16 Direito Processual Penal p/ TRE-PE (Analista Judiciário - Área Judiciária) - Com videoaulas Professor: Renan Araujo !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!1!()!123! ! AULA 16: JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS SUMÁRIO ! 1. JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS ............................................................... 2 1.1. Considerações gerais ............................................................................... 2 1.2. Princípios e Objetivos ............................................................................... 3 1.3. Competência ............................................................................................ 4 1.4. Atos chamatórios ..................................................................................... 4 1.5. Da Fase Preliminar ................................................................................... 5 1.5.1. Termo circunstanciado e prisão em flagrante ................................................ 5 1.5.2. Audiência preliminar e composição civil dos danos ........................................ 6 1.5.3. Transação penal ....................................................................................... 7 1.6. Do Procedimento Sumaríssimo propriamente dito .................................... 9 1.7. Suspensão condicional do processo ....................................................... 12 1.7.1. Conceito e cabimento .............................................................................. 12 1.7.2. Revogação do benefício ........................................................................... 15 1.8. Juizados Especiais Criminais Federais (Lei 10.259/01) .......................... 16 1.9. Tópicos jurisprudenciais relevantes ....................................................... 17 2. RESUMO .................................................................................................... 18 3. EXERCÍCIOS DA AULA ............................................................................... 24 4. EXERCÍCIOS COMENTADOS ....................................................................... 49 5. GABARITO ............................................................................................... 104 Olá, meu povo! Na aula de hoje vamos estudar o procedimento previsto na Lei 9.099/95, que estabeleceu o rito sumaríssimo no processo penal brasileiro, criando os Juizados Especiais Criminais. Bons estudos! Prof. Renan Araujo !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!4!()!123! ! 1.!JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS 1.1.! Considerações gerais Os Juizados Especiais Criminais foram instituídos pela Lei 9.099/95, estabelecendo um rito próprio para o processo e julgamento de determinadas infrações penais, consideradas de MENOR POTENCIAL OFENSIVO. Este rito próprio foi chamado pelo CPP de rito SUMARÍSSIMO. Vejamos o art. 394, §1°, III do CPP: Art. 394. O procedimento será comum ou especial. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). § 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). (...) III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Os Juizados Especiais Criminais, em nível estadual, estão regulamentados pela Lei 9.099/95, e, em nível federal, pela Lei 10.259/01, aplicando-se, subsidiariamente, a Lei 9.099/95 quando não houver previsão na Lei 10.259/01. Os Juizados Criminais são competentes para processar e julgar as infrações de menor potencial ofensivo, que, nos termos do art. 61 da Lei 9.099/95, são as contravenções (quaisquer) e crimes cuja pena máxima não seja superior a dois anos, cumulada ou não com multa. Vejamos: Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006) Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos da transação penal e da composição dos danos civis. (Incluído pela Lei nº 11.313, de 2006) Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006) INFRAÇÕES DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO CONTRAVENÇÕES PENAIS CRIMES TODAS APENAS AQUELES CUJA PENA MÁXIMA NÃO SEJA SUPERIOR A 02 ANOS !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!5!()!123! ! O § único do art. 60, como vocês podem ver, também foi alterado em 2006, de forma que havendo de ser julgada uma IMPO (Infração de menor potencial ofensivo) perante outro Juízo (em razão de regras de conexão ou continência), devem ser observados os institutos da Transação Penal e da composição dos danos civis. RESUMINDO: Se o infrator cometer uma IMPO em conexão com um crime do Júri, por exemplo (Homicídio), ambos serão julgados pelo Júri, pois a competência deste prevalece (segundo as regras de conexão do CPP), mas à infração de menor potencial ofensivo devem ser aplicados os institutos despenalizadores previstos na Lei 9.099;95, conforme preconiza o art. 60, § único da Lei 9.099/95. 1.2.! Princípios e Objetivos Os princípios e objetivos dos Juizados Especiais Criminais estão previstos no art. 62 da Lei: Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade. Assim, os Juizados possuem como princípios: !! Oralidade – Os atos processuais, sempre que possível, serão praticados oralmente, sendo reduzidos a termo; !! Informalidade – Os processos perante os Juizados Especiais não seguem formalidade tão rigorosa quanto aqueles julgados pelo Juízo comum. Não é à toa que temos as previsões dos arts. 64 e 65 da Lei: Art. 64. Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da semana, conforme dispuserem as normas de organização judiciária. Art. 65. Os atos processuais serão válidos sempre que preencherem as finalidades para as quais foram realizados, atendidos os critérios indicados no art. 62 desta Lei. !! Economia Processual – Deve-se buscar sempre a máxima efetividade dos atos processuais, concentrando-os de forma a garantir a economia do processo, ou seja, a maior eficiência possível, com o menor gasto de tempo e dinheiro do Poder Público; !! Celeridade Processual – A busca pela celeridade (rapidez) processual é um princípio do Juizado, notadamente quando se analisa que neste rito (sumaríssimo) diversas fases processuais são atropeladas, de forma a garantir o desfecho célere do processo.!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!6!()!123! ! Os objetivos, por sua vez, são: !! Reparação dos danos sofridos pela vítima – É a chamada “composição dos danos civis”, ou seja, objetiva-se sempre a reparação do dano causado pelo infrator, de forma a garantir que a vítima seja indenizada pelo prejuízo que sofreu, seja ele de ordem material ou moral; !! Aplicação de pena não-privativa de liberdade – Busca-se, sempre, aplicar pena que não seja a privativa de liberdade, como forma de evitar a prisão de pessoas que tenham cometido infrações que não causam lesão tão grave à sociedade, podendo ser punidas de outras formas. Friso a vocês que isso não se confunde com impunidade, pois o infrator seria punido, só que com uma pena que não seria privativa de liberdade. 1.3.! Competência A competência dos Juizados Especiais, como vimos, é para o processo e julgamento dos crimes cuja pena máxima não seja superior a dois anos (art. 60 da Lei). Entretanto, qual é a competência ratione loci (competência territorial)? A competência territorial está definida no art. 63 da Lei: Art. 63. A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração penal. Vejam, portanto, que foi adotada a teoria da ATIVIDADE. Porém, existem determinados crimes que não se submetem ao rito dos Juizados Especiais. São eles: !! Crimes militares – Não importa qual a pena cominada (se é menor que dois anos ou não), não se aplica o rito sumaríssimo aos crimes militares. Vejamos o art. 90-A da Lei 9.099/95: Art. 90-A. As disposições desta Lei não se aplicam no âmbito da Justiça Militar. (Artigo incluído pela Lei nº 9.839, de 27.9.1999) CUIDADO! Em relação aos crimes de violência doméstica, o STF e o STJ entendem que é possível o julgamento pelo rito sumaríssimo, o que não é possível é a aplicação dos institutos despenalizadores (transação penal, suspensão condicional do processo, etc.) 1.4.! Atos chamatórios Os atos chamatórios no rito sumaríssimo (citação e intimações) também seguem um regramento específico. Nos termos do art. 66 da Lei, !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!7!()!123! ! a citação será NECESSARIAMENTE PESSOAL, não havendo possibilidade de citação editalícia. Entenderam? NÃO É POSSÍVEL CITAÇÃO POR EDITAL NOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS! A Doutrina entende ser inadmissível também, por analogia, a citação por hora certa. Vejamos o art. 66 da Lei: Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado. Mas, professor, e se o acusado não for encontrado? Nesse caso, o § único do art. 66 determina que sejam remetidas as peças do processo ao Juízo comum, seguindo-se o processo, no Juízo comum, pelo rito sumário. Vejamos: Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei. Quanto às intimações, seguindo a linha do PRINCÍPIO DA INFORMALIDADE, poderá elas ser enviadas por correspondência com aviso de recebimento: Art. 67. A intimação far-se-á por correspondência, com aviso de recebimento pessoal ou, tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recepção, que será obrigatoriamente identificado, ou, sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta precatória, ou ainda por qualquer meio idôneo de comunicação. Tendo sido o ato praticado em audiência, as partes são consideradas cientes, nos termos do art. 67, § único da Lei: Parágrafo único. Dos atos praticados em audiência considerar-se-ão desde logo cientes as partes, os interessados e defensores. Da intimação do autor do fato ou citação do acusado, deverá constar a necessidade de acompanhamento por advogado e, caso ele não constitua um, os autos serão remetidos à Defensoria Pública: Art. 68. Do ato de intimação do autor do fato e do mandado de citação do acusado, constará a necessidade de seu comparecimento acompanhado de advogado, com a advertência de que, na sua falta, ser-lhe-á designado defensor público. 1.5.! Da Fase Preliminar 1.5.1.! Termo circunstanciado e prisão em flagrante Tomando ciência da ocorrência de uma IMPO, a autoridade policial NÃO INSTAURARÁ INQUÉRITO POLICIAL, essa é a primeira distinção. A autoridade, nestes casos, deverá lavrar o que se chama de TERMO CIRCUNSTANCIADO. Vejamos: Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!3!()!123! ! do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários. ATENÇÃO! O termo circunstanciado será utilizado, posteriormente, como subsídio para a ação penal, dispensando-se o inquérito policial1. Além disso, será dispensável o exame de corpo de delito (em regra ele seria necessário, nos crimes que deixam vestígios, por força do art. 158 do CPP), desde que o termo circunstanciado esteja acompanhado por boletim médico ou prova equivalente, atestando a materialidade do fato (art. 77, §1º da Lei 9.099/95). Se o autor do fato se comprometer a comparecer a todos os atos do processo, NUNCA PODERÁ SER PRESO EM FLAGRANTE, nos termos do § único do art. 69: Art. 69. (...) Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima. (Redação dada pela Lei nº 10.455, de 13.5.2002) 1.5.2.! Audiência preliminar e composição civil dos danos Após esta etapa em sede policial, será designada audiência preliminar (art. 70), na qual o Juiz deverá cientificar as partes acerca da conveniência da composição civil dos danos. Vejamos: Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a vítima, e não sendo possível a realização imediata da audiência preliminar, será designada data próxima, da qual ambos sairão cientes. Art. 71. Na falta do comparecimento de qualquer dos envolvidos, a Secretaria providenciará sua intimação e, se for o caso, a do responsável civil, na forma dos arts. 67 e 68 desta Lei. Art. 72. Na audiência preliminar, presente o representante do Ministério Público, o autor do fato e a vítima e, se possível, o responsável civil, acompanhados por seus advogados, o Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da composição dos danos e da aceitação da proposta de aplicação imediata de pena não privativa de liberdade. Interessante notar que essa audiência de conciliação pode ser presidida pelo Juiz ou pelo conciliador, que é um auxiliar da Justiça, sob orientação do Juiz: Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz ou por conciliador sob sua orientação. !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 1.1.1.! 1 Sabemos que o IP é um procedimento DISPENSÁVEL para o ajuizamento da ação penal.O que este dispositivo quer dizer é que nas infrações de menor potencial ofensivo não teremos IP, mesmo em se tratando de crime de ação pública. !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!8!()!123! ! Parágrafo único. Os conciliadores são auxiliares da Justiça, recrutados, na forma da lei local, preferentemente entre bacharéis em Direito, excluídos os que exerçam funções na administração da Justiça Criminal. Obtida a composição civil dos danos causados, o Juiz a homologará por sentença, que será IRRECORRÍVEL, eis que nenhuma das partes sucumbiu. Nesse caso, a sentença valerá como título executivo na seara cível: Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente. Se o crime for de ação penal pública CONDICIONADA ou de ação penal privada, a composição civil dos danos acarreta a RENÚNCIA DO DIREITO DE OFERECER REPRESENTAÇÃO OU QUEIXA. Nos termos do § único do art. 74: Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. Caso não seja obtida a composição civil dos danos, e sendo caso de ação penal privada ou pública condicionada à representação, o Juiz dará oportunidade ao ofendido para que apresente a sua representação ou ofereça a queixa: Art. 75. Não obtida a composição dos danos civis, será dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de representação verbal, que será reduzida a termo. Caso o ofendido não a exerça no momento, poderá exercer esse direito posteriormente (oferecimento de queixa ou representação), desde que dentro do período legal: Parágrafo único. O não oferecimento da representação na audiência preliminar não implica decadência do direito, que poderá ser exercido no prazo previsto em lei. Caso o ofendido ofereça a representação (crimes de ação penal pública condicionada) ou sendo crime de ação penal pública incondicionada, o Juiz dará vista ao MP para que proponha, se for cabível, a TRANSAÇÃO PENAL. 1.5.3.! Transação penal Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. Esta proposta de TRANSAÇÃO PENAL não poderá ser oferecida se ocorrer uma das hipóteses do § 2° do art. 76 da Lei: § 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva; !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!9!()!123! ! II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida. Assim: TRANSAÇÃO PENAL – INADMISSIBILIDADE •! Se o autor do fato tiver sido condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva •! Se o autor do fato tiver sido beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, com a transação penal •! Os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias não indicarem ser necessária e suficiente a adoção da medida Sendo aceita a proposta, ela será submetida ao Juiz, para que a acolha ou não. Caso o Juiz acolha a proposta, aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, mas essa sanção não é considerada uma condenação, nem é levada em conta para fins de reincidência, sendo apenas um “ACORDO” entre o MP e o acusado, de forma que o MP deixa de oferecer a ação penal e solicita, em troca disso, que o acusado pague alguma multa ou cumpra uma pena restritiva de direitos. Da decisão do Juiz que acolhe ou não a proposta, caberá APELAÇÃO: § 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz. § 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos. § 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei. § 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível. A transação penal é direito subjetivo do réu? O STJ entende que não (AgRg no REsp 1356229 / PR). Mas, professor, e se o acusado NÃO ACEITAR a proposta de transação penal? Nesse caso, o MP oferecerá denúncia oral, se não for caso de realização de alguma diligência. Vejamos: Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, ou pela não ocorrência da hipótese !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!:!()!123! ! prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligências imprescindíveis. Se a ação penal for privada, o ofendido poderá oferecer a queixa, nos termos do art. 77, §3° da Lei: § 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido poderá ser oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a complexidade e as circunstâncias do caso determinam a adoção das providências previstas no parágrafo único do art. 66 desta Lei. CUIDADO! A Lei não prevê possibilidade de TRANSAÇÃO PENAL nos crimes de ação penal privada. Entretanto, a Jurisprudência vem admitindo esta possibilidade, cabendo ao próprio ofendido o seu oferecimento: PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO PENAL PRIVADA. TRANSAÇÃO PENAL. AUSÊNCIA DE INTERESSE DO QUERELANTE. PROSSEGUIMENTO DO FEITO. POSSIBILIDADE. 1. Embora admitida a possibilidade de transação penal em ação penal privada, este não é um direito subjetivo do querelado, competindo ao querelante a sua propositura. 2. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no REsp 1356229/PR, Rel. Ministra ALDERITA RAMOS DE OLIVEIRA (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/PE), SEXTA TURMA, julgado em 19/03/2013, DJe 26/03/2013) Por fim, deve ser ressaltado que se a causa for complexa, os autos poderão ser remetidos ao Juízo comum, para que seja processado pelo rito sumário. Esse pedido deverá ser feito pelo MP (se for caso de ação penal pública) ou verificado de ofício pelo Juiz, se for caso de ação penal privada. Vejamos: Art. 77. (...) § 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não permitirem a formulação da denúncia, o Ministério Público poderá requerer ao Juiz o encaminhamento das peças existentes, na forma do parágrafo único do art. 66 desta Lei.§ 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido poderá ser oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a complexidade e as circunstâncias do caso determinam a adoção das providências previstas no parágrafo único do art. 66 desta Lei. 1.6.! Do Procedimento Sumaríssimo propriamente dito É um procedimento bastante simples, objetivo, previsto nos arts. 77 a 81 da Lei. !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!12!()!123! ! A única discussão relevante quanto ao procedimento sumaríssimo se dá no que se refere à aplicabilidade, ou não, do art. 394, §4° do CPP. Vejamos: Art. 394 (...) § 4o As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código. ∗+&,−./(0!1)−∋!2)%!&3!4456478!()!9::;<5 Esses arts. 395 a 397 (o art. 398 está revogado) tratam do recebimento ou rejeição da inicial acusatória e, ainda, da absolvição sumária do acusado. A Doutrina e Jurisprudência são pacíficas no que se refere à aplicação dos arts. 395, 396-A e 397 do CPP ao rito sumaríssimo, havendo impasse, apenas, com relação à aplicabilidade, ou não, do art. 396 do CPP. Vejamos: Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. ∗=)(∋>?0!(∋(∋!1)−∋!2)%!&3!4456478!()!9::;<5 Vejam, portanto, que o CPP determina que o acusado será citado para responder à acusação APÓS O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. Agora, vejamos o que diz o art. 81 da Lei 9.099/95: Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para responder à acusação, após o que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa, interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais e à prolação da sentença. Vejam, assim, que no procedimento previsto na Lei 9.099/95, a resposta à acusação é ANTERIOR ao recebimento da denúncia ou queixa. Como conciliar? Prevalece o entendimento de que NÃO SE APLICA AO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO O ART. 396, pois a redação do art. 396 é clara ao dizer que “nos procedimentos ordinário e sumário...”, de forma que se entende que não é a intenção da lei aplicá-lo ao rito da Lei 9.099/95. Oferecida a denúncia ou queixa, dispensa-se exame de corpo de delito, caso os vestígios estejam documentados por boletim médico ou prova equivalente (art. 77, §1° da Lei). Devem ser arroladas as testemunhas, cujo número a Lei não diz. Aplica-se, por analogia, o art. 532 do CPP (número de testemunhas no rito sumário), considerando-se que o número máximo de testemunhas, aqui, seja de CINCO. Após esse momento, proceder-se-á à citação do acusado. Se ele estiver presente à audiência preliminar, e sendo oferecida a inicial acusatória na audiência preliminar, considerar-se-á citado, sendo !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!11!()!123! ! cientificado da data da audiência de instrução e julgamento, nos termos do art. 78 da Lei: Art. 78. Oferecida a denúncia ou queixa, será reduzida a termo, entregando- se cópia ao acusado, que com ela ficará citado e imediatamente cientificado da designação de dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, da qual também tomarão ciência o Ministério Público, o ofendido, o responsável civil e seus advogados. § 1º Se o acusado não estiver presente, será citado na forma dos arts. 66 e 68 desta Lei e cientificado da data da audiência de instrução e julgamento, devendo a ela trazer suas testemunhas ou apresentar requerimento para intimação, no mínimo cinco dias antes de sua realização. § 2º Não estando presentes o ofendido e o responsável civil, serão intimados nos termos do art. 67 desta Lei para comparecerem à audiência de instrução e julgamento. § 3º As testemunhas arroladas serão intimadas na forma prevista no art. 67 desta Lei. Caso o acusado não esteja presente, será citado pessoalmente e, caso isso não seja possível, as peças serão remetidas ao Juízo comum para que lá o processo seja julgado, nos termos do art. 78, §1° da Lei. Na audiência de instrução e julgamento o Juiz: !! Facultará à defesa responder à acusação – Está previsto no art. 81 da Lei. O teor da resposta seguirá o que prevê o art. 396- A do CPP. !! O Juiz rejeita ou recebe a inicial acusatória – Aqui, ou o Juiz verifica estarem presentes todos os requisitos e recebe a inicial, ou verifica que há alguma das hipóteses do art. 395 e REJEITA LIMINARMENTE A INICIAL ACUSATÓRIA. !! Recebendo a inicial, o Juiz pode absolver sumariamente o réu – Aqui o Juiz verificará se está presente alguma situação do art. 397 do CPP, hipótese na qual deverá ABSOLVER SUMARIAMENTE O ACUSADO. Não sendo o caso, prosseguirá com a audiência de instrução e julgamento. !! Ouvirá a vítima, as testemunhas de acusação e defesa e, por último, procederá ao interrogatório do acusado (NESTA ORDEM); !! Após isso, passa-se à fase dos debates orais – Não há previsão de substituição dos debates orais por alegações finais escritas, mas é muito comum acontecer isto na prática. !! Após os debates orais, o Juiz profere sentença – A sentença no rito sumaríssimo DISPENSA RELATÓRIO, até pelo princípio da INFORMALIDADE. Vejamos o §3° do art. 81 da Lei: § 3º A sentença, dispensado o relatório, mencionará os elementos de convicção do Juiz. !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!14!()!123! ! Da sentença final ou da decisão de rejeição da inicial acusatória caberá APELAÇÃO, nos termos do art. 82 do CPP: Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. § 1º A apelação será interposta no prazo de dez dias, contados da ciência da sentença pelo Ministério Público, pelo réu e seu defensor, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente. § 2º O recorrido será intimado para oferecer resposta escrita no prazo de dez dias. O prazo para a interposição da apelação será de 10 dias. São cabíveis, ainda, EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, caso haja omissão, obscuridade ou contradição na sentença ou acórdão, nos termos do art. 83 da Lei: Art. 83. Cabem embargos de declaração quando, em sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição ou omissão. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência) Esses embargos INTERROMPEM o prazo para interposição da APELAÇÃO, e podem ser opostos por escrito ou oralmente, no prazo de CINCO DIAS: § 1º Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão. § 2o Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência) Por fim, a Jurisprudência tem admitido a interposição de RECURSO EXTRAORDINÁRIO DA DECISÃO DAS TURMAS RECURSAIS (órgão colegiado que julgaos recursos das decisões de primeiro grau), mas não se admite a interposição de RECURSO ESPECIAL, nos termos do art. 102, III c/c art. 105, III da CRFB/88) e súmulas 640 do STF2 e 203 do STJ. 1.7.! Suspensão condicional do processo 1.7.1.! Conceito e cabimento Embora sejam consideradas IMPO os crimes aos quais a Lei comine pena máxima não superior a dois anos (além das contravenções penais), somente podem ser beneficiadas com a SUSPENSÃO CONDICIONAL DO !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 2 Súmula 640 do STF: "É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível ou criminal." !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!15!()!123! ! PROCESSO aquelas infrações cuja pena mínima não seja superior a 01 ano. Vejamos o art. 89 da Lei 9.0999/95: Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal). Daí se conclui que NEM TODA INFRAÇÃO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO poderá ensejar a suspensão condicional do processo, mas somente aquelas cuja pena mínima não seja superior a um ano. Mas e se há previsão de alguma causa de aumento de pena? Ela é considerada para o cálculo da pena mínima? Sim. Neste caso a pena mínima será a pena-base mínima acrescida do aumento mínimo. EXEMPLO: José é denunciado por um crime X, cuja pena prevista é de 06 meses a 02 anos de detenção. Contudo, José praticou o delito em uma determinada circunstância, que implica aumento de pena que varia de 1/3 a 2/3. Assim, a pena mínima (para fins de concessão do benefício) será a soma da pena-base mínima (06 meses) com o acréscimo mínimo (1/3). Logo, a pena mínima será de 08 meses, inferior a um ano. Portanto, será cabível a suspensão condicional do processo. Este entendimento serviu de fundamento para o enunciado de súmula nº 723 do STF: Súmula 723 do STF “Não se admite a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano.” E se o autor do fato não aceitar a proposta de suspensão condicional do processo? O processo seguirá normalmente. Aceita a proposta de suspensão do processo pelo acusado e por seu defensor, na presença do Juiz, será submetida a apreciação deste (Juiz) que, suspendendo o processo, submeterá o acusado a período de prova, sob determinadas condições previstas na lei e OUTRAS que reputar pertinentes: § 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições: I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; II - proibição de freqüentar determinados lugares; III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz; !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!16!()!123! ! IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. § 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado. CUIDADO! A jurisprudência entende que uma vez oferecida a proposta e aceita pelo acusado e seu defensor, o Juiz não tem margem para atuação, ele DEVE suspender o processo. Há jurisprudência entendendo, ainda, que se o Juiz discordar da proposta oferecida pelo MP deverá aplicar o art. 28 do CPP, ou seja, remeter os autos ao chefe do MP para que decida a questão em definitivo. CUIDADO II! Há divergência na Doutrina e na Jurisprudência quanto à possibilidade de o Juiz fixar, como “outras condições”, alguma das medidas cautelares do CPP. Há quem entenda que é possível e há quem entenda que não é possível, pois estas possuem o específico caráter cautelar. Mas o titular da ação penal está obrigado a oferecer a proposta de suspensão condicional do processo? Sempre se entendeu que não se tratava de direito subjetivo do réu. Contudo, há decisões mais recentes do STJ que levam a crer ter se alterado o entendimento daquela Corte. Vejamos: (...) II - O Ministério Público ao não ofertar a suspensão condicional do processo, deve fundamentar adequadamente a sua recusa. A recusa concretamente motivada não acarreta, por si, ilegalidade sob o aspecto formal. (Precedentes). Recurso ordinário desprovido. (RHC 55.792/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 07/05/2015, DJe 15/05/2015) Resumidamente, embora o STJ tenha certo “receio” em usar a expressão “direito subjetivo”, este Tribunal entende que: •! A decisão do MP em não ofertar a proposta de suspensão deve ser fundamentada na ausência dos requisitos previstos na Lei para sua concessão. •! O Juiz pode (e deve) avaliar a conduta do MP ao não ofertar a proposta, para verificar se ela está devidamente fundamentada. !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!17!()!123! ! Podemos entender, que se o réu preenche devidamente todos os requisitos para a obtenção do benefício, este deveria (em tese) ser oferecido pelo MP. Mas e se não for? Três correntes existem: •! O Juiz pode conceder de ofício •! O Juiz pode conceder, a pedido do réu •! O Juiz deverá remeter o caso à apreciação do PGJ, em analogia ao art. 28 do CPP Prevalece no STJ o entendimento de que, em sendo cumpridos os requisitos e não havendo proposta do MP, o Juiz deve aplicar, por analogia, o art. 28 do CPP, ou seja, remeter os autos ao PGJ, para que este decida pelo oferecimento, ou não, da proposta.3 O STF é mais explícito em seu entendimento solidificado, no sentido de que NÃO se trata de direito subjetivo do acusado.4 1.7.2.! Revogação do benefício A suspensão condicional do processo, uma vez estabelecida, poderá ser REVOGADA: !! Obrigatoriamente – Quando o acusado for processado por outro crime ou não reparar o dano, de maneira injustificada. Nos termos do art. 89, §3° da Lei: § 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano. !! Facultativamente – Aqui o Juiz pode ou não revogá-la. Ocorrerá caso o acusado for processado por contravenção ou descumprir qualquer outra condição imposta. Nos termos do §4° do art. 89 da Lei: § 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta. REVOGAÇÃO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO OBRIGATÓRIA FACULTATIVA !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 454595! ≅! Α)Β8! &)Χ∆)! Χ)&∆%(0Ε! =ΦΓ! ΗΗ679! Ι! ϑ∀5! ΚΛ! Χ)&∆%(0!ΓΜΝΟ=Π=+Μ! ∗1)−∋! ,0&,)ΧΧ?0! ∀#! ∃%%&∋&∃<!Θ)ΒΕ!ΦΓ!4≅44:;!Ι!=Ρ! 4545≅5! Σ!RHC 115997, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, julgado em 12/11/2013, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-228 DIVULG 19-11-2013 PUBLIC 20-11-2013! !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!13!()!123! ! •! Ausência de reparação do dano (sem justo motivo) •! Acusado vier a ser processado por novo CRIME (ainda que tenha sido praticado antes da suspensão - HC 62401/ES-STJ) •! Descumprimento de qualquer outra condição •! Acusado vier a ser processado por contravenção (ainda que tenha sido praticada antes) Durante o prazo da suspensão condicional do processo NÃO CORRE A PRESCRIÇÃO. Findo o prazo sem revogação, estará EXTINTA A PUNIBILIDADE. Vejamos: § 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade. § 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo. A extinção da punibilidade, contudo, deve ser declarada pelo Juiz. ! 1.8.! Juizados Especiais Criminais Federais (Lei 10.259/01) Os Juizados Criminais na Justiça Federal foram criados pela Lei 10.259/01, conforme previsão de seu art. 1°: Art. 1o São instituídos os Juizados Especiais Cíveis e Criminais da Justiça Federal, aos quais se aplica, no que não conflitar com esta Lei, o disposto na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995. O art. 2° da Lei 10.259/01 estabeleceu a competência dos Juizados Criminais Federais, estabelecendo regra praticamente idêntica à do art. 60 da Lei 9.099/95: Art. 2o Compete ao Juizado Especial Federal Criminal processar e julgar os feitos de competência da Justiça Federal relativos às infrações de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006) Entretanto, uma observação deve ser feita. Vejamos a redação do art. 61 da Lei 9.099/95 Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. ∗=)(∋>?0! (∋(∋!1)−∋!2)%!&3!445≅4≅8!()!9::Τ< Este artigo diz que infrações de menor potencial ofensivo (IMPO) é um gênero do qual existem duas espécies: •! Contravenções penais !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!18!()!123! ! •! Crimes aos quais a lei comine pena máxima NÃO SUPERIOR A DOIS ANOS. Estas duas, portanto, são as espécies de infração de menor potencial ofensivo. No entanto, no bojo dos Juizados Federais Criminais, não há julgamento de CONTRAVENÇÕES PENAIS, pois a Justiça Federal NÃO POSSUI COMPETÊNCIA para o processo e julgamento de contravenções penais. O conceito do que seria infração de menor potencial ofensivo consta, como vimos, no art. 61 da Lei 9.099/95, com a redação dada pela Lei 11.313/06. Este, como vários outros artigos da Lei 9.099/95, aplicam-se aos Juizados Federais Criminais, pois a Lei 10.259/01 não estabelece um rito sumaríssimo próprio para os Juizados Criminais Federais, limitando-se a prever que deva ser aplicada a Lei 9.099/95. Vejamos o art. 1° da Lei 10.259/01: Art. 1o São instituídos os Juizados Especiais Cíveis e Criminais da Justiça Federal, aos quais se aplica, no que não conflitar com esta Lei, o disposto na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995. Como não há rito processual penal próprio na Lei 10.259/01, o procedimento em ambos os Juizados é o mesmo, ou seja, o previsto na Lei 9.099/95, já estudado. Bons estudos! Prof. Renan Araujo 1.9.! Tópicos jurisprudenciais relevantes •! Suspensão condicional do processo – aceitação – habeas corpus trancativo – A sexta Turma do STJ entendeu que o fato de o acusado aceitar proposta de suspensão condicional do processo NÃO acarreta prejuízo à análise de eventual HABEAS CORPUS anteriormente impetrado requerendo o trancamento da ação penal, pois este (o trancamento) é mais benéfico. Além disso, na suspensão do processo o acusado fica sujeito, por um período, ao cumprimento das condições impostas, de maneira que o descumprimento gera o restabelecimento do curso da ação penal. Assim, a mera aceitação da proposta de suspensão do processo não gera “perda de interesse” no HC em que se requer o trancamento da ação penal. Vejamos: (...) A eventual aceitação de proposta de suspensão condicional do processo não prejudica a análise de habeas corpus no qual se pleiteia o trancamento de ação penal. Isso porque durante todo o período de prova o acusado fica submetido ao cumprimento das condições impostas, cuja inobservância enseja o restabelecimento do curso do processo. Precedentes citados: AgRg no RHC 24.689-RS, Quinta Turma, DJe 10/2/2012; e HC 210.122- !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!19!()!123! ! SP, Sexta Turma, DJe 26/9/2011. RHC 41.527-RJ, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 3/3/2015, DJe 11/3/2015. •! Contravenção penal praticada em contexto de violência doméstica contra a mulher – Inaplicabilidade dos institutos despenalizadores da Lei 9.099/95 – O Pleno do STJ entendeu que, em se tratando de violência doméstica contra a mulher, nem mesmo aqueles que praticaram meras contravenções podem ser agraciados com os benefícios da Lei 9.099/95 (Suspensão do processo, transação penal, etc.). Vejamos: A transação penal não é aplicável na hipótese de contravenção penal praticada com violência doméstica e familiar contra a mulher. De fato, a interpretação literal do art. 41 da Lei Maria da Penha ("Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei 9.099, de 26 de setembro de 1995.") viabilizaria, em apressado olhar, a conclusão de que os institutos despenalizadores da Lei 9.099/1995, entre eles a transação penal, seriam aplicáveis às contravenções penais praticadas com violência doméstica e familiar contra a mulher. Entretanto, o legislador, ao editar a Lei 11.340/2006, conferiu concretude ao texto constitucional (art. 226, § 8°, da CF) e aos tratados e as convenções internacionais de erradicação de todas as formas de violência contra a mulher, a fim de mitigar, tanto quanto possível, qualquer tipo de violência doméstica e familiar contra a mulher, abrangendo não só a violência física, mas, também, a psicológica, a sexual, a patrimonial, a social e a moral. Desse modo, à luz da finalidade última da norma (Lei 11.340/2006) e do enfoque da ordem jurídico-constitucional, considerando, ainda, os fins sociais a que a lei se destina, a aplicação da Lei 9.099/1995 é afastada pelo art. 41 da Lei 11.340/2006, tanto em relação aos crimes quanto às contravenções penais praticados contra mulheres no âmbito doméstico e familiar. Ademais, o STJ e o STF já se posicionaram no sentido de que os institutos despenalizadores da Lei 9.099/1995, entre eles a transação penal, não se aplicam a nenhuma prática delituosa contra a mulher no âmbito doméstico e familiar, ainda que configure contravenção penal. Precedente citado do STJ: HC 196.253-MS, Sexta Turma, DJe 31/5/2013. Precedente citado do STF: HC 106.212-MS, Tribunal Pleno, DJe 13/6/2011. HC 280.788-RS,Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 3/4/2014. 2.! RESUMO JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS Competência – Processo e julgamento das infrações de menor potencial ofensivo. Infrações de menor potencial ofensivo: INFRAÇÕES DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!1:!()!123! ! CONTRAVENÇÕES PENAIS CRIMES TODAS APENAS AQUELES CUJA PENA MÁXIMA NÃO SEJA SUPERIOR A 02 ANOS OBS.: Determinados crimes não se submetem aos Juizados: "! Crimes militares – Não importa qual a pena cominada (se é menor que dois anos ou não), não se aplica o rito sumaríssimo aos crimes militares. CUIDADO! Em relação aos crimes de violência doméstica, o STF e o STJ entendem que é possível o julgamento pelo rito sumaríssimo, o que não é possível é a aplicação dos institutos despenalizadores (transação penal, suspensão condicional do processo, etc.) OBS.: Se a IMPO tiver de ser julgada por outro Juízo (por razões de conexão ou continência), deverão ser aplicados os procedimentos relativos às IMPOs (transação penal, etc.). Competência territorial - A competência territorial será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração penal – TEORIA DA ATIVIDADE. Princípios "! Oralidade "! Informalidade "! Economia Processual "! Celeridade Processual Objetivos "! Reparação dos danos sofridos pela vítima "! Aplicação de pena não-privativa de liberdade Procedimento Atos chamatórios !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!42!()!123! ! A citação será NECESSARIAMENTE PESSOAL. Não cabe citação por edital! A Doutrina entende ser inadmissível também, por analogia, a citação por hora certa. Se for necessária citação ficta (edital ou hora certa) = processo vai para o Juízo comum (adota-se o rito sumário). Fase preliminar Termo circunstanciado e prisão em flagrante – Não há instauração de IP em relação às IMPOs, devendo ser lavrado termo circunstanciado. OBS.: Será dispensável o exame de corpo de delito, desde que o termo circunstanciado esteja acompanhado por boletim médico ou prova equivalente, atestando a materialidade do fato. OBS.: Se o autor do fato se comprometer a comparecer a todos os atos do processo, não poderá ser lavrado auto de prisão em flagrante. Audiência preliminar e composição civil dos danos "! Após a etapa em sede policial, será designada audiência preliminar "! Obtida a composição civil dos danos causados, o Juiz a homologará por sentença, que será IRRECORRÍVEL. Esta sentença valerá como título executivo na seara cível. "! Se o crime for de ação penal pública CONDICIONADA ou de ação penal privada, a composição civil dos danos acarreta a RENÚNCIA DO DIREITO DE OFERECER REPRESENTAÇÃO OU QUEIXA. "! Caso não seja obtida a composição civil dos danos, e sendo caso de ação penal privada ou pública condicionada à representação, o Juiz dará oportunidade ao ofendido para que apresente a sua representação ou ofereça a queixa. "! Caso o ofendido não a exerça no momento, poderá exercer esse direito posteriormente (oferecimento de queixa ou representação), desde que dentro do período legal. "! Caso o ofendido ofereça a representação (crimes de ação penal pública condicionada) ou sendo crime de ação penal pública incondicionada, o Juiz dará vista ao MP para que proponha, se for cabível, a TRANSAÇÃO PENAL. Transação penal Conceito – Proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas (a ser especificada na proposta). Em troca, o MP deixa de ajuizar a ação penal. Espécie de “acordo” entre o suposto infrator e o MP. Inadmissibilidade TRANSAÇÃO PENAL – INADMISSIBILIDADE !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!41!()!123! ! •! Se o autor do fato tiver sido condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva •! Se o autor do fato tiver sido beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, com a transação penal •! Os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias não indicarem ser necessária e suficiente a adoção da medida Aceitação "! Sendo aceita a proposta, ela será submetida ao Juiz, para que a acolha ou não. "! Caso o Juiz acolha a proposta, aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, mas essa sanção não é considerada uma condenação, nem é levada em conta para fins de reincidência. "! Da decisão do Juiz que acolhe ou não a proposta, caberá APELAÇÃO. "! E se o acusado NÃO ACEITAR a proposta de transação penal? Nesse caso, o MP oferecerá denúncia oral, se não for caso de realização de alguma diligência. Se a ação penal for privada, o ofendido poderá oferecer a queixa (ação penal privada). "! A transação penal é direito subjetivo do réu? O STJ entende que não (AgRg no REsp 1356229 / PR). "! Cabe transação penal em ação penal privada? Sim, e neste caso o ofendido é quem deve oferecer a proposta. Procedimento sumaríssimo propriamente dito "! Na inicial acusatória devem ser arroladas as testemunhas, cujo número a Lei não diz. Aplica-se, por analogia o número de testemunhas do rito sumário = máximo de 05 testemunhas. "! Após esse momento, proceder-se-á à citação do acusado. "! Na audiência de instrução e julgamento o Juiz: !! Dará a palavra à defesa responder à acusação !! O Juiz rejeita ou recebe a inicial acusatória !! Recebendo a inicial, o Juiz pode absolver sumariamente o réu !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!44!()!123! ! !! Não havendo absolvição sumária, ouvirá a vítima, as testemunhas de acusação e defesa e, por último, procederá ao interrogatório do acusado (NESTA ORDEM). !! Após isso, passa-se à fase dos debates orais !! Após os debates orais, o Juiz profere sentença ! Da sentença final ou da decisão de rejeição da inicial acusatória caberá APELAÇÃO, no prazo de 10 dias. ! São cabíveis, ainda, EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, no prazo de 05 dias, caso haja omissão, obscuridade ou contradição na sentença ou acórdão. Os embargos INTERROMPEM o prazo para interposição da apelação. ATENÇÃO! Como regra, em face da decisão de rejeição da inicial acusatória (denúncia ou queixa) cabe RESE (recurso em sentido estrito). No rito sumaríssimo o recurso cabível para este caso é a apelação, no prazo de 10 dias. Suspensão condicional do processo Conceito - Suspensão do processo, por 02 a 04 anos, durante os quais o acusado ficará “sob prova”. Só é cabível se o acusado não estiver sendo processado ou não tiver sido condenado por outro crime. Devem estar presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena. Cabimento - Somente pode haver SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO em relação às infrações penais cuja pena mínima não seja superior a 01 ano. ! Mas e se há previsão de alguma causa de aumentode pena? Ela é considerada para o cálculo da pena mínima? Sim. Neste caso a pena mínima será a pena-base mínima acrescida do aumento mínimo. ! E se o autor do fato não aceitar a proposta de suspensão condicional do processo? O processo seguirá normalmente. Aceitação da proposta Aceita a proposta de suspensão do processo pelo acusado e por seu defensor, na presença do Juiz, será submetida a apreciação deste (Juiz) que, suspendendo o processo, submeterá o acusado a período de prova, sob determinadas condições: !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!45!()!123! ! "! Reparação do dano, salvo se não tiver condições. "! Proibição de frequentar determinados lugares. "! Proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz. "! Comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. "! Outras condições especificadas pelo Juiz. O titular da ação penal está obrigado a oferecer a proposta de suspensão condicional do processo? O STJ possui o seguinte entendimento: •! A decisão do MP em não ofertar a proposta de suspensão deve ser fundamentada na ausência dos requisitos previstos na Lei para sua concessão. •! O Juiz pode (e deve) avaliar a conduta do MP ao não ofertar a proposta, para verificar se ela está devidamente fundamentada. E se o réu preenche devidamente todos os requisitos para a obtenção do benefício, mas o benefício não é proposto? Prevalece o entendimento de que o Juiz deverá remeter o caso à apreciação do PGJ, em analogia ao art. 28 do CPP Revogação do benefício REVOGAÇÃO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO OBRIGATÓRIA FACULTATIVA •! Ausência de reparação do dano (sem justo motivo) •! Acusado vier a ser processado por novo CRIME (ainda que tenha sido praticado antes da suspensão - HC 62401 / ES - STJ) •! Descumprimento de qualquer outra condição •! Acusado vier a ser processado por contravenção (ainda que tenha sido praticada antes) OBS.: Durante o prazo da suspensão condicional do processo NÃO CORRE A PRESCRIÇÃO. Findo o prazo sem revogação, estará EXTINTA A PUNIBILIDADE. A extinção da punibilidade, contudo, deve ser declarada pelo Juiz. !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!46!()!123! ! Juizados especiais criminais federais Procedimento - Mesmas regras dos Juizados Especiais Criminais. EXCEÇÃO: Nos Juizados Federais Criminais, não há julgamento de CONTRAVENÇÕES PENAIS, pois a Justiça Federal NÃO POSSUI COMPETÊNCIA para o processo e julgamento de contravenções penais. _________ Bons estudos! Prof. Renan Araujo 3.!EXERCÍCIOS DA AULA 01.! (CESPE – 2013 – PRF – POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) Os atos processuais dos juizados especiais criminais poderão ser realizados nos finais de semana, à exceção dos domingos e feriados. 02.! (CESPE – 2015 – DPU – DEFENSOR PÚBLICO) No âmbito do juizado especial criminal, no intuito de comprovar a materialidade do crime, o exame de corpo de delito pode ser substituído por boletim médico ou prova equivalente. 03.! (CESPE – 2015 – DPU – DEFENSOR PÚBLICO) Considerando que Carlo, maior e capaz, compartilhe com Carla, sua parceira eventual, substância entorpecente que traga consigo para uso pessoal, julgue os itens que se seguem. A conduta de Carlo configura crime de menor potencial ofensivo. 04.! (CESPE – 2010 – ABIN – OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA) Julgue o item que se segue, referente a procedimentos processuais penais. Considere que a determinado delito se comine pena de dois a cinco anos de reclusão ou multa. Nessa situação, é cabível a proposta de suspensão condicional do processo. 05.! (CESPE – 2006 – AGU – ADVOGADO DA UNIÃO) No item a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada, concernente à suspensão condicional do processo, !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!47!()!123! ! tentativa e crime impossível, crimes contra a fé pública, administração pública e organização do trabalho. Um indivíduo foi denunciado pelo Ministério Público pela prática do crime de estelionato, sendo beneficiado com a suspensão condicional do processo pelo prazo de dois anos. Expirado o período de prova, mas antes da sentença extintiva da punibilidade, o órgão do Ministério Público verificou que o acusado veio a ser processado por outro crime durante o período de prova, sem sentença prolatada. Nessa situação, conforme orientação do STJ, cabe a revogação do sursis processual, não ocorrendo a violação dos princípios da presunção de inocência e coisa julgada. 06.! (CESPE – 2003 – DPE/AM – DEFENSOR PÚBLICO) Julgue o seguinte item à luz da Lei n.º 9.099/1995. Havendo negativa do promotor de justiça em oferecer proposta de sursis processual, por entender ausentes os elementos objetivos, o magistrado poderá oferecer diretamente a proposta, conforme condições previstas taxativamente na lei. 07.! (CESPE – 2003 – DPE/AM – DEFENSOR PÚBLICO) Julgue o seguinte item à luz da Lei n.º 9.099/1995. Não ofende ao princípio constitucional da inocência a negativa do Ministério Público em oferecer proposta de suspensão condicional do processo pelo fato de o denunciado responder a outro processo, em que sequer foi realizado o interrogatório. 08.! (CESPE – 2003 – DPE/AM – DEFENSOR PÚBLICO) Julgue o seguinte item à luz da Lei n.º 9.099/1995. A suspensão condicional do processo não é direito público subjetivo do réu, podendo ou não ser oferecida proposta pelo querelante, quando se tratar de ação penal privada. 09.! (CESPE – 2003 – DPE/AM – DEFENSOR PÚBLICO) Julgue o seguinte item à luz da Lei n.º 9.099/1995. A suspensão condicional do processo será concedida no caso de concurso de crimes cuja pena mínima, pelo somatório, exceder um ano, caso em que o período de provas deverá ser de quatro anos. 10.! (CESPE – 2003 – DPE/AM – DEFENSOR PÚBLICO) Julgue o seguinte item à luz da Lei n.º 9.099/1995. Caracteriza os institutos da transação penal e da suspensão condicional do processo a formação prévia da opinio delicti pelo membro do Ministério Público. !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!43!()!123! ! 11.! (CESPE – 2003 – DPE/AM – DEFENSOR PÚBLICO) Após envolvimento em infração penal de menor potencial ofensivo, Tício foi encaminhado ao juizado especial criminal, onde o promotor de justiça requereu a abertura de inquérito policial em face da complexidade do caso, o que impediu a formulação imediata da denúncia. Posteriormente, foi oferecida, perante o juízo criminal da comarca, denúncia, que tramitou pelo rito sumário, findando pela absolvição. O assistente de acusação recorreu, e o recurso foi distribuído à turma recursal, que lhe deu provimento e condenou Tício a dois meses de detenção, pena substituída por prestação pecuniária à vítima. Combase nessa situação hipotética, julgue o item que se segue.! Mesmo tratando-se de infração penal de menor potencial ofensivo, a ação penal poderá ser processada perante o juízo comum, em face dos argumentos aduzidos pelo promotor de justiça. 12.! (CESPE – 2003 – DPE/AM – DEFENSOR PÚBLICO) Após envolvimento em infração penal de menor potencial ofensivo, Tício foi encaminhado ao juizado especial criminal, onde o promotor de justiça requereu a abertura de inquérito policial em face da complexidade do caso, o que impediu a formulação imediata da denúncia. Posteriormente, foi oferecida, perante o juízo criminal da comarca, denúncia, que tramitou pelo rito sumário, findando pela absolvição. O assistente de acusação recorreu, e o recurso foi distribuído à turma recursal, que lhe deu provimento e condenou Tício a dois meses de detenção, pena substituída por prestação pecuniária à vítima. Com base nessa situação hipotética, julgue o item que se segue.! Dada a natureza da matéria veiculada, o encaminhamento do recurso à turma recursal foi efetivado corretamente. 13.! (CESPE – 2012 – TJ/PI – JUIZ) Acerca dos juizados especiais criminais, assinale a opção correta. a) A inexistência de órgão uniformizador no âmbito dos juizados estaduais não faz prevalecer, ainda que em caráter excepcional, a jurisprudência do STJ na interpretação da legislação infraconstitucional. b) Constatado o descumprimento de condição imposta durante o período de prova do sursis processual, pode haver a revogação do benefício, desde que a decisão venha a ser proferida antes do término do período de prova. c) É admissível a impetração de mandado de segurança para que o tribunal de justiça exerça o controle da competência dos juizados especiais estaduais, vedada a análise do mérito do processo subjacente. d) Não há, na Lei n.º 9.099/1995, previsão para que a autoridade judicial !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!48!()!123! ! imponha a prestação de serviço comunitário como condição para a suspensão condicional do processo. e) A jurisprudência do STJ firmou-se no sentido da aplicabilidade da Lei n.º 9.099/1995 aos crimes praticados com violência doméstica ou familiar. 14.! (CESPE – 2010 – MPU – ANALISTA) Acerca das prisões cautelares e da liberdade provisória, julgue o item subsequente. O benefício da suspensão condicional do processo previsto na Lei dos Juizados Especiais (Lei n.º 9.099/1995) consiste em direito público e subjetivo do autor do fato, segundo entendimento do STF. 15.! (CESPE – 2009 – DPE/AL – DEFENSOR PÚBLICO) Acerca dos institutos de direito processual penal, julgue o item subsequente. A prerrogativa da DP de intimação pessoal é incompatível com o rito dos juizados especiais. 16.! (CESPE – 2009 – DPE/AL – DEFENSOR PÚBLICO) Acerca dos institutos de direito processual penal, julgue o item subsequente. O princípio da indisponibilidade foi mitigado com o advento dos juizados especiais criminais, diante da possibilidade de se efetuar transação em matéria penal. 17.! (CESPE – 2010 – DPE/BA – DEFENSOR PÚBLICO) Considerando o disposto no direito processual penal, julgue o item subsecutivo. Para a suspensão condicional do processo, exige-se ato voluntário do acusado em aceitar a proposição do MP e as condições fixadas pelo juiz. Admite-se que tal suspensão possa ser firmada por procurador, com poderes especiais, exigência igualmente imposta à apresentação de queixa ou de representação. 18.! (CESPE – 2012 – DPE-ES – DEFENSOR PÚBLICO) No que diz respeito à sentença e à coisa julgada, bem como aos juizados especiais criminais, julgue o item que se segue. A existência de ação penal, em andamento, contra o acusado não pode ser considerada indicadora de maus antecedentes, mas obsta a transação penal. !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!49!()!123! ! 19.! (CESPE – 2012 – TJ-AC – TÉCNICO JUDICIÁRIO) Em caso de suspensão condicional do processo, ao juiz é autorizado impor condições a que a suspensão ficará subordinada, inclusive medidas cautelares previstas no CPP, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado. 20.! (CESPE – 2011 – PC-ES – PERITO) Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a dois anos, cumulada ou não com multa. 21.! (FCC – 2015 – TRE-SE – ANALISTA JUDICIÁRIO) Analise as seguintes situações hipotéticas sobre indivíduos indiciados, primários e de bons antecedentes: I. Rodrigo cometeu crime de resistência, com pena de detenção de 2 meses a 2 anos. II. Paulo cometeu crime de peculato culposo, com pena de detenção de 3 meses a 1 ano. III. Ricardo cometeu crime de coação no curso do processo, com pena de reclusão de 1 a 4 anos e multa. IV. Suzete cometeu crime de favorecimento pessoal, com pena de detenção de 1 a 6 meses e multa. Nos termos estabelecidos pela Lei no 9.099/95 poderão ser beneficiados com a transação penal a) Paulo, apenas. b) Paulo e Suzete, apenas. c) Rodrigo, Paulo, Ricardo e Suzete. d) Suzete, apenas. e) Rodrigo, Paulo e Suzete, apenas. 22.! (FAURGS - 2013 - TJ-RS - OFICIAL ESCREVENTE) Nos termos da Lei n.º 9.099/1995, que institui os Juizados Especiais Criminais, assinale a afirmativa correta. A) Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena. !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!4:!()!123! ! B) A Lei n.º 9.099/1995 prevê, expressamente, a possibilidade de que os institutos da composição civil dos danos e da transação penal sejam oportunizados perante o Tribunal do Júri nos casos em que há conexão entre infração de menor potencial ofensivo e crime doloso contra a vida. C) A competência do juizado será determinada pelo domicílio do autor do fato. D) Nos crimes de ação penal pública condicionada à representação, o não oferecimento da representação em audiência preliminar implica a decadência do direito e a consequente extinção da punibilidade do autor do fato. E) Acolhida pelo Juiz a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Magistrado aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que importará em reincidência e será registrada para impedir nova concessão do mesmo benefício no prazo de 5 (cinco) anos. 23.! (FAURGS - 2010 - TJ-RS - OFICIAL ESCREVENTE) Assinale a afirmação correta no que se refere ao Juizado Especial Criminal. A) Na reunião de processos do Juizado Especial Criminal, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das regras de conexão e continência, não serão observados os institutos da transação penal e da composição dos danos civis. B) No procedimento sumaríssimo imposto pela Lei n° 9.099/95 para as infraçõesde menor potencial ofensivo, a citação do autor do fato será feita por correspondência com aviso de recebimento. C) No procedimento sumaríssimo imposto pela Lei n° 9.099/95, nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a dois anos, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão condicional do processo. D) No procedimento sumaríssimo imposto pela Lei n° 9.099/95, tratando- se de crime de ação penal pública incondicionada ou havendo representação, quando não aceita ou não sendo oferecida a transação penal, o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligências imprescindíveis. E) No procedimento sumaríssimo imposto pela Lei n° 9.099/95, a presença do advogado na audiência em que será proposta a transação penal não é obrigatória, pois ainda não existe processo judicial. 24.! (FAURGS - 2010 - TJ-RS - OFICIAL ESCREVENTE) Acerca dos institutos da composição civil dos danos e da transação penal na Lei n° 9.099/95, assinale a alternativa INCORRETA. !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!52!()!123! ! A) A composição dos danos civis, ainda que parcial, importará na renúncia ao direito de representação ou queixa, com a consequente extinção da punibilidade do autor do fato. B) A composição civil, que consiste em reparação do dano, uma vez homologada, constitui título executivo judicial, a ser executado no juízo cível, após o trânsito em julgado. C) Acolhendo a proposta de transação penal do Ministério Público e aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de 5 (cinco) anos. D) Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor transação penal com a aplicação imediata de pena de multa, sendo vedada a aplicação de pena restritiva de direitos. E) Não se admitirá proposta de transação penal se ficar comprovado que o autor da infração foi condenado, pela prática de crime, a pena privativa de liberdade por sentença definitiva. 25.! (FAURGS - 2010 - TJ-RS - OFICIAL ESCREVENTE) No procedimento sumaríssimo da Lei n° 9.099/95, não sendo possível a citação pessoal do acusado por estar em local incerto, deve o Juiz A) determinar a sua citação por edital. B) determinar a sua citação por hora certa. C) encaminhar as peças existentes ao juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei. D) encaminhar as peças existentes à Delegacia de Polícia para novas diligências com o intuito de localizar o autor do fato. E) determinar o prosseguimento do processo e declarar o acusado ausente, nomeando-lhe defensor dativo. 26.! (FAURGS – 2012 – TJ/RS - CONCILIADOR CRIMINAL) No que se refere à suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/1995), assinale a alternativa correta. (A) Nos crimes em que a pena mínima for igual ou inferior a dois anos, o Ministério Público poderá oferecer a suspensão condicional do processo. (B) Caso venha a ser processado por uma nova prática de contravenção penal durante o período de suspensão condicional do processo, o autor do fato terá o benefício revogado. (C) A prescrição não correrá durante o período de suspensão condicional do processo. !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!51!()!123! ! (D) Expirado o prazo da suspensão condicional do processo, será designada audiência para declaração de extinção da punibilidade do autor do fato. (E) Nos casos em que o acusado não aceitar a proposta de suspensão condicional do processo, este será arquivado. 27.! (FAURGS – 2012 – TJ/RS - CONCILIADOR CRIMINAL) Com relação à Lei 9.099/1995, assinale a afirmação INCORRETA. (A) A Lei abrange os delitos de menor potencial ofensivo e todas as contravenções penais. (B) O processo perante o juizado especial criminal tem como objetivo, sempre que possível, a conciliação entre o autor do fato e a vítima e, em não sendo isto possível, a transação penal. (C) Os crimes cujos processos deverão ser regidos pela Lei são aqueles cujas penas máximas não ultrapassem dois anos. (D) Quando houver composição dos danos civis entre as partes e o acordo for homologado, caberá recurso de apelação. (E) Na ação penal pública incondicionada, a suspensão condicional do processo poderá ser proposta pelo Ministério Público. 28.! (FAURGS – 2012 – TJ/RS - CONCILIADOR CRIMINAL) Com relação ao instituto da transação penal previsto na Lei 9.099/1995, assinale a afirmação correta. (A) A transação penal não poderá ser proposta pelo Ministério Público nos casos de infrações penais praticadas com violência ou grave ameaça à pessoa. (B) Não ações penais públicas, não é permitida ao autor do fato a possibilidade de recusa da transação penal, por se tratar de proposta do Ministério Público, titular da ação. (C) A transação penal poderá ser proposta pelo Ministério Público quando não for caso de arquivamento, desde que haja representação ou se trate de crime de ação penal pública incondicionada. (D) Independentemente do tipo de ação penal, a transação penal deverá ser sempre proposta pelo Ministério Público. (E) O autor do fato poderá aceitar a proposta de transação penal sem a assistência de advogado ou de defensor. 29.! (FAURGS – 2012 – TJ/RS - CONCILIADOR CRIMINAL) A proposta, ao acusado, de suspensão condicional do processo NÃO poderá envolver (A) reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo. !∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋%#∃0(∃∋123456∋ ,.,−∀∗%,∋7+!∀)∀8#∀&∋/∋8#∃,∋7+!∀)∀8#∀,∋ %9:;<=∋9∋9>9;?≅?<:Α∋?:Β9Χ∆=Ε:Α∋ (;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋45! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!54!()!123! ! (B) proibição de frequentar determinados lugares. (C) proibição de ausentar-se da comarca onde reside sem autorização do Juiz. (D) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. (E) recolhimento a casa prisional, para repouso noturno, por período pré- determinado pelo Juiz, sem possibilidade de prorrogação. 30.! (FGV - 2016 - OAB - XIX EXAME DE ORDEM) Em 16/02/2016, Gisele praticou um crime de lesão corporal culposa simples no traΥnsito, vitimando Maria Clara. Gisele, então, procura seu advogado para saber se faz jus à transacςão penal, esclarecendo que já foi condenada definitivamente por uma vez a pena restritiva de direitos pela prática de furto e que já se beneficiou do instituto da transacςão há 7 anos. Deverá o advogado esclarecer sobre o benefício que A) não cabe oferecimento de proposta de transacςão penal porque Gisele já possui condenacςão anterior com traΥnsito em julgado. B) não cabe oferecimento de proposta de transacςão penal porque Gisele já foi beneficiada pela transacςão em momento anterior. C) poderá ser oferecida proposta de transacςão penal porque só quem já se beneficiou da transacςão penal nos 3 anos anteriores não poderá receber novamente o benefício. D) a condenacςão pela prática de furto e a transacςão penal obtida há 7 anos não impedem o oferecimento de proposta de transacςão penal. 31.! (FGV – 2015 – DPE-RO –
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