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Apresentação Gêneros Textuais (GT)

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Gêneros discursivos e o ensino de LI
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Gêneros textuais: definição e funcionalidade
CEDUC-DLA
Disciplina: Linguística I
Professora: Dra. Tânia Augusto
Equipe 6: Gabriely Diniz e Nathalia leite
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Para iniciar as discussões...
Para Abuêndia Padilha Pinto (2002):
“fala e escrita como formas de manifestação da linguagem só se desenvolvem a partir de suas próprias realizações e do uso contínuo em situações significativas.
deve-se estimular o desenvolvimento de ambas habilidades para que os interactantes possam expressar suas próprias ideias, suas dúvidas, seus problemas, questionamentos, sentimentos e inquietudes.
[...] um texto é composto para se adaptar à situação, intenção e audiência. Durante essa construção, as limitações do cérebro, a realidade que está sendo representada, os esquemas do falante ou escritor, os propósitos, o conteúdo, a sintaxe, o léxico da língua e os contextos social e situacional moldam o processo.
Apesar de estarmos cientes da existência dessas exigências [...], alguns cursos de nível fundamental e médio destinados ao ensino dessas habilidades básicas, não procuram observar os benefícios provenientes de tais conexões.” (p.47)
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Aspectos pertinentes aos Gêneros Discursivos
A linguagem é um fenômeno social, histórico e ideológico, definindo um enunciado como uma verdadeira unidade de comunicação verbal (BAKHTIN, 1992 apud).
Gênero é um (mega)instrumento para agir em situações de linguagem (DOLZ & SCHNEUWLY, 1996 apud).
O gênero textual (gênero discursivo ou gênero de discurso) é uma forma concretamente realizada nos diversos textos empíricos (MARCUSCHI, 2000 apud).
Os GD são introduzidos em nossa experiência e em nossa consciência mediante: Práticas de linguagem, capacidades de linguagem e as estratégias de ensino (DOLZ & SCHNEUWLY, 1996 apud).
Se não existissem os gêneros e se não os dominássemos, tendo que criá-los pela primeira vez no processo da fala, a comunicação verbal seria quase impossível (BAKHTIN, 1992 apud).
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Fala, escrita e os Grupamentos dos Gêneros Discursivos
De acordo com Bronckart (1999 apud PINTO, 2002), a utilização da língua efetua-se sob a forma de enunciados (orais e escritos) que são provenientes dos representantes de um ou outro domínio da atividade humana.
Gêneros que relatam:
Experiências e fatos
Contam estórias
Contestam e questionam
Expõem
Descrevem
Imagens da internet
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Dear Jane
I am writing to
you from Paris,
the most beautiful
city in the world!
Yesterday I went 
to Louvre to see
the amazing Monalisa
Love, 
Álvaro
To Janaína Feitosa. 
Rua xxxxx nº72.
IPSEP-Recife-PE
BRAZIL
P.53
Imagens da internet
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COME TO RECIFE AND HAVE FUN! THE BEST CARNIVAL IN THE WORLD!
INCOERENTE
Adaptado p.54
Imagem da internet
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generostextuais@gmail.com
Marcas do discurso oral e da escrita informal
 Hi Bob,
 Hope you’re fine! Everything is OK w/me. Miss you and all your friends from school, so that’s why I’m writing you: I’ve written some pals already, inviting’em to come to my beach house next weekend and like you to come over. You know the address.
 Any problem, you’ve got my phone.
	See you there!
	Márcio. 
Adaptado p.55
Imagem da internet (adaptada)
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Gêneros textuais como práticas 
sócio-históricas
Para Luiz Antônio Marcuschi (2002):
“(os gêneros) são entidades sócio-discursivas e formas de ação social incontornáveis em qualquer situação comunicativa.” (p.20)
“Caracterizam-se como eventos textuais altamente maleáveis, dinâmicos e plásticos. Surgem emparelhados as necessidades e atividades sócio-culturais, bem como na relação com inovações tecnológicas, o que é facilmente perceptível aos se considerar a quantidade de gêneros textuais hoje existentes em relação a sociedades anteriores à comunicação escrita.” (p.21)
“A linguagem dos novos gêneros torna-se cada vez mais plástica, assemelhando-se a uma coreografia e, no caso das publicidades, por exemplo, nota-se uma tendência a serviram-se de maneira sistemática dos formatos de gêneros prévios para objetivos novos. “ (p.22)
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TIPOS TEXTUAIS
Vs.
GÊNEROS
TEXTUAIS
Constructos teóricos definidos por propriedades linguísticas intrínsecas;
Constituem sequências linguísticas ou sequências de enunciados;
 Sua nomeação abrange um conjunto limitado de categorias teóricas determinadas por aspectos lexicais, sintáticos, relações lógicas, tempos verbais;
Designações teóricas dos tipos: narração, argumentação, descrição, injunção e exposição. 
Realizações linguísticas concretas definidas por propriedades sócio-comunicativas; 
Constituem textos empiricamente realizados cumprindo funções em situações comunicativas;
Sua nomeação abrange um conjunto aberto e praticamente ilimitado de designações concretas determinadas pelo canal, estilo, conteúdo, composição e função.
Exemplos de gêneros: telefonemas, e-mails, romance, bilhete, cardápio, resenha, inquérito policial...
p.23
Imagens da internet
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Senhora Aparecida, milagrosa padroeira, sede nossa guia nessa mortal carreira. 
Ó virgem aparecida, sacrário do redentor, dai à alma desfalecida vosso pode e valor. 
Jaculatória (p.24)
Imagens da internet
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Um novo José  JOSIAS DE SOUZA  São Paulo - Calma, José. A festa não recomeçou, a luz não acendeu, a noite não esquentou, o Malan não amoleceu. Mas se voltar a pergunta: e agora, José? Diga: ora, Drummond, agora Camdessus. Continua sem mulher, continua sem discurso, continua sem carinho, ainda não pode beber, ainda não pode fumar, cuspir ainda não pode, a noite ainda é fria, o dia ainda não veio, o riso ainda não veio, não veio ainda a utopia, o Malan tem miopia, mas nem tudo acabou, nem tudo fugiu, nem tudo mofou. Se voltar a pergunta: e agora, José?
Diga: ora, Drummond, agora FMI. Se você gritasse, se você gemesse, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse... O Malan nada faria, mas já há quem faça. Ainda só, no escuro, qual bicho-do-mato, ainda sem teogonia, ainda sem parede nua, para se encostar, ainda sem cavalo preto que fuja a galope, você ainda marcha, José! Se voltar a pergunta: José, para onde? Diga: ora, Drummond, por que tanta dúvida? Elementar, elementar. Sigo pra Washington. E, por favor, poeta, não me chame de José. Me chame Joseph.
p.30
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Intertextualidade inter-gêneros = um gênero em função do outro
Heterogeneidade tipológica = um gênero com a presença de vários tipos
Imagem da internet
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“Os gêneros são, em última análise, o reflexo de estruturas sociais recorrentes e típicas de cada cultura. Por isso, a princípio, a variação cultural deve trazer consequências significativas para a variação de gêneros [...].” (p.32)
“[...] gêneros são modelos comunicativos. Servem, muitas vezes, para criar uma expectativa no interlocutor e prepará-lo para uma determinada reação.” (p.33)
De acordo com Elizabeth Gülich (1997 apud MARCUSCHI, 2002), os interlocutores seguem três critérios para designarem seus textos: 
Canal/meio de comunicação: telefonema, carta, telegrama.
Critérios formais: conto, discussão, debate, contrato, ata, poema;
Natureza do conteúdo: piada, prefácio de livro, receita culinária, bula de remédio.
Imagem da internet
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Finalizando...
Na produção de cada gênero textual deve levar-se em conta:
A natureza da informação ou do conteúdo veiculado;
Nível de linguagem (formal, informal, dialetal, culta, etc.)
Tipo de situação em que o gênero se situa (pública, privada, corriqueira, solene, etc.)
Relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, nível social, formação, etc.)
Natureza dos objetivos das atividades desenvolvidas. 
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Referências
MARCUSCHI, L.A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, A.P. MACHADO, A.R. BEZERRA, M.A. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucema, 2002, p.20-36.
PINTO, A.P. Gêneros textuais discursivos e ensino de língua inglesa. In: DIONÍSIO, A.P. MACHADO, A.R. BEZERRA, M.A. Gêneros
textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucema, 2002, p.48-57.

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