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Casos de Emergência PORTARIA 485 ATITUDES IMPORTANTES: Considerar qualquer material como potencialmente infeccioso. Bom senso e habilidade. Higienização do ambiente com cuidado. O que fazer em caso de exposição? 1º passo: Cuidados locais 2º passo: Registro 3º passo:Avaliação da Exposição 4º passo:Avaliação da Fonte 5º passo: Manejo específico HIV, hepatite B e C 6º passo:Acompanhamento clínico-sorológico Como minimizar o risco? Conhecimento/ Conscientização Equipamentos de Proteção Individual Precauções padrão www.portal.saúde.gov.br 1. Documentos e publicações 2. Lista completa 3. Recomendação para atendimento e acompanhamento de exposição ocupacional a material biológico: HIV, e Hepatites B e C. PROFISSIONAIS DE SAÚDE PACIENTE FONTE HIV HBV HCV VÍRUS DA HEPATITE B - HBV VÍRUS DA HEPATITE C - HCV VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA - HIV 1. Sangue; 2. Sêmen e secreções vaginais; 3. Líquidos de serosas ( peritoneal, pleural, pericárdico) 4. Líquido amniótico; 5. LCR; 6. Líquido articular. OBS: 1. Suor, lágrima, fezes, urina, vômitos, secreções nasais e saliva (exceto em ambientes odontológicos) são líquidos biológicos sem risco de transmissão ocupacional. A presença de sangue nestes líquidos torna os materiais infectantes. 2.Contato sem barreira de proteção com material concentrado de vírus (laboratório de pesquisa com cultura de vírus) deve ser considerado uma exposição ocupacional que requer avaliação e acompanhamento. Exposições percutâneas: lesões provocadas por instrumentos perfurantes e cortantes, como por ex.: agulhas, bisturis, vidrarias; Exposições em mucosas: quando há respingos na face envolvendo olho, nariz, boca ou genitália; Exposições cutâneas (pele não-íntegra): contato com pele com dermatite ou ferimentos; Mordeduras humanas: consideradas como exposição de risco quando envolverem a presença de sangue, devendo ser avaliadas tanto para o indivíduo que provocou a lesão quanto àquele que tenha sido exposto. As principais causas de Acidentes de Trabalho são falhas ou erros humanas ou mesmo atos inseguros cometidos pelo trabalhador. “O fator humano é o elo fraco da corrente da Confiabilidade no trabalho” . Prof. Ildeberto Almeida/UNESP HIV: - 0,3% (IC 95% =0,2-0,5%) para acidentes percutâneos. - 0,09%(IC 95%=0,006-0,5%) para exposições envolvendo mucosas. OBS: De 1981 até 2009, 103 casos comprovados e 219 casos prováveis de profissionais de saúde contaminados pelo vírus HIV por acidente de trabalho foram publicados em todo mundo. Estudo de caso-controle multicêntrico envolvendo acidentes percutâneos, os maiores fatores de risco de transmissão foram: 1.Lesão profunda; 2.Dispositivo visivelmente contaminado com sangue do paciente fonte; 3.Procedimentos com agulhas diretamente inserida em acesso arterial ou venoso; 4.Pacientes em fase terminal. O uso do AZT – esteve associado a 81% à redução de soroconversão. Tecnologia DPP (dual path platform) T1 T2 Plataforma Simples Os testes rápidos não são definitivos para o diagnóstico da infecção pelo HIV/AIDS. O conhecimento sobre a eficácia da PEP(profilaxia pós- exposição) é limitada; Somente a Zidovudina (AZT) demonstrou benefício em estudos humanos; Não há evidência de efeito benéfico adicional com a utilização da combinação de anti-retrovirais, mas a sua recomendação baseia-se na possibilidade de maior potência anti-retroviral e cobertura contra vírus resistentes; A eficácia da PEP não é 100%; O conhecimento sobre a ocorrência de toxidade de anti-retrovirais em pessoas não infectadas pelo HIV ainda é limitado, os efeitos adversos são mais conhecidos para o AZT; É direito do profissional se recusar a realizar a quimioprofilaxia ou outros procedimentos necessários pós-exposição (como por ex. coleta de sangue), nestes casos o profissional deverá assinar um termo de responsabilidade. 1. Tipo de material biológico; 2. Tipo de exposição; 3. Gravidade da exposição A. Volume de sangue I. Lesão profunda; II. Presença de sangue visível no instrumento; III. Agulhas utilizadas em punção arterial ou venosa; IV. Agulhas de grosso calibre B. Inóculo viral I. Estágios avançados da doença ; II. Infecção aguda 4. A identificação ou não do paciente fonte e sua condição sorológica anti-HIV; 5. Avaliação clínica, imunológica e laboratorial do paciente fonte identificado como infectado pelo HIV/AIDS. Quando indicada deverá ser iniciada o mais rápido possível, nas primeiras horas após o acidentes ( em torno de 4h). Estudos em “animais” sugerem que a quimioprofilaxia não é eficaz, quando iniciada 24 a 48h após a exposição. Recomenda- se que o prazo máximo, para início de PEP, seja de até 72h. Duração da quimioprofilaxia: 28 dias Atualmente, existem diferentes drogas anti-retrovirais potencialmente úteis, embora nem todas são indicadas para PEP, com atuações em diferentes fases do ciclo de replicação viral do HIV: 1. Inibem o processo de transcrição reversa ( AZT, 3TC, etc...); 2. Inibidores da protease (indinavir-IDV, nelfinavir-NFV, etc...). HBV: HBsAg (+) e HBeAg(-) : Hepatite clínica em torno de 1 a 6%. Soroconversão: 23 a 37%. HBsAg(+) e HBeAg(+) : Hepatite clínica em torno de 22 a 31%. Soroconversão: 37 a 62%. OBS: - O HBV sobrevive em torno de 1 semana em superfícies. - O sangue é o material biológico que apresenta os maiores títulos de HBV, sendo o principal responsável pela transmissão do vírus nos serviços de saúde. Marcadores Sorológicos (Imunológicos) Conjunto de antígenos e anticorpos presentes no soro, em consequência da infecção pelos diferentes vírus. Utilização: Diagnóstico etiológico; Evolução; Grau de infectividade; Cura; Avaliar indicação e resposta a vacinação. Fonte: MS, 2009 Infecção aguda: HBsAg e anti-HBc IgM HBsAg: já está positivo no período de incubação. Deve se negativar antes do 6º mês anti-HBc IgM : positiva-se no início do quadro clínico e pode permanecer por ± 6 meses Doses e Via de Administração da Vacina Hepatite B Número de doses: 3 doses Intervalo entre as doses: 1ª Dose; 2ª dose: 1 mês (30 dias) após a 1ª dose; 3ª dose: 6 meses (180 dias) após a 1ª dose. 1 mês 5 meses Observações: 1) Em caso de atraso da 2ª dose, até o 4º mês após aplicação da 1ª dose: Conduta: Fazer a 2ª dose e manter a 3ª dose agendada para o 6º mês. 2) Em caso de atraso da 2ª dose, após o 5º mês da aplicação da 1ª dose: Conduta: Fazer a 2ª dose e agendar a 3ª dose para 60 dias após. 1ª Dose 2ª Dose 3ª Dose 1. IMUNIZAÇÃO ATIVA : VACINA Proteção longa: anos. Vacina Recombinante/1986 2. IMUNIZAÇÃO PASSIVA: SORO HIPERIMUNE Proteção curta: 2-3 meses. 1. HBIg (Imunoglobulina Humana contra a Hepatite B): administrar o mais precocemente possível até 7 dias após 1º acidente; dose = 0.06 ml/Kg, administrada por via IM. Solicitar o HBIg aos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais. HCV: 1,8% (variando de o a 7%) para acidentes percutâneos. (estudo demonstrou que os casos de contaminação só ocorrem em em acidentes envolvendo agulhas com lúmen). Outros materiais biológicos: não foi quantificado, mas considera-se muito baixo. OBS: Os riscos de transmissão do HCV, a partir de superfícies contaminadas não é significativo, exceto em serviços de hemodiálise, onde já foram descritos casos. O vírus da hepatite C (HCV) só é transmitido de forma eficiente através do sangue Marcadores Sorológicos da Hepatite C Crônica HCV-RNA Semanas Meses e anos PERÍODO DE INCUBAÇÃODOENÇA AGUDA DOENÇA CRÔNICA Transaminases séricas Anti-HCV Não existe nenhuma medida específica eficaz para redução do risco de transmissão do vírus da hepatite C após exposição ocupacional. “ : 1. Ter máxima atenção durante a realização dos procedimentos. 2. Jamais utilizar o dedo como anteparo. 3. As agulhas não deverão ser reencapadas, entortadas, quebradas ou retiradas da seringa com as mãos. 4. Todo material perfurocortante, mesmo que estéril, deve ser desprezado em recipientes resistentes à perfuração e com tampa (não deve ser preenchido acima 2/3). 5. Uso rotineiro dos EPIs (barreiras de proteção). PRÓ-PÉS: de material permeável, usados com sandálias e sapatos abertos, “não” permitem proteção. Destinados a proteger a integridade física do profissional de saúde Em ambientes de maior risco, como por ex: sala de esterilização e SVO. Recomenda-se como 1ª conduta, após a exposição a material biológico, os cuidados imediatos com área atingida, que incluem: 1. Lavagem exaustiva do local exposto com água e sabão nos casos de exposições percutâneas ou cutâneas. 2. Nas exposições de mucosas, deve-se lavar exaustivamente com água ou com solução salina fisiológica. OBS: procedimentos que aumentam a área exposta(cortes, injeções locais) e a utilização de soluções irritantes como éter, hipoclorito ou glutaraldeído são contra-indicados. A "janela imunológica" acontece no período em que os testes sorológicos não detectam a presença de anticorpos do vírus no organismo humano. VÍRUS TESTES ELISA HBV 56 dias HCV 80 dias HIV 22 dias “
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