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Aula5_Política monetária abordagens_parte2

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Teorias da moeda e política 
monetária comparadas 
Economia Monetária 
Profa. Cristina F. B. Reis 
 
Dezembro, 2013 
4. Teorias da moeda e 
política monetária 
comparadas 
5. Enfoques sobre a 
inflação 
SUMÁRIO 
4. Teorias da moeda e política monetária 
comparadas 
5. Enfoques sobre a inflação 
• A visão monetarista 
• A visão novo-clássica 
• A visão novo- keynesiana 
 
 
 
 Keynes Friedman 
Lucas Fisher Hicks 
Os caras da PM 
A visão 
monetarista 
• Anos cinquenta e sessenta: reconstrução das economias e 
comércio mundial 
• Guerra Fria 
• Nos países desenvolvidos prevaleciam as ideias de Keynes e 
keynesianos (fiscalismo) 
• EUA, anos sessenta: Estado do bem-estar social inicia 
trajetória de desgaste, inflação aumenta, conflitos sindicais e 
sociais em geral (MLK) 
• Na periferia do sistema, EUA financia ditaduras militares 
• Acontecimentos políticos: do assassinato de Kennedy ao de 
MLK 
• Novos paradigmas culturais: maio de 68, revoluções juvenis, 
etc. 
• Guerra do Vietnã 
 
A visão 
monetarista 
"I have a dream." 
The famous words spoken by Martin Luther King Jr. made an impact from the 
moment they were uttered on the steps of the Lincoln Memorial on Aug. 28, 
1963. 
A visão 
monetarista 
• Nasceu no Brooklin, Nova Iorque, em 1912, filho de imigrantes judeus russos e pobres. 
• Antes dos16 anos, recebeu ma bolsa parcial na Rutgers University. 
• 1932/1933: foi para o mestrado na Universidade de Chicago, lá conheceu a estudante de 
economia Rose Director, com quem se casou e teve dois filhos 
• Em 1935 participou do Programa de Reconstrução do New Deal, realizando estudos sobre 
padrões de consumo familiar. 
• Entre 1941 e 1943 trabalhou no Departamento de Tesouro dos Estados Unido 
• De 1943 em diante, prorfessor de Columbia, depois de Chicago 
• Recusou sempre cargos políticos, mas atuou como consultor/ conselheiro. Exemplos: 
– Plano Marshall, no governo Nixon (presidente de 1969 a 1974). 
– Governo de Ford e Reagan 
– Governo chileno do General Pinochet. 
• Pelas suas contribuições, ganhou o Prêmio Nobel de Economia de 1976. 
 Essays in Positive Economics (1953) 
 Capitalismo e liberdade (1962) 
 A Monetary History of the United States, 1867-1960 (1963; História monetária dos Estados Unidos) 
 Dollars and Deficits (1968; Dólares e déficits) 
 The role of monetary policy (1968) 
• Conhecido por pregar liberalismo econômico, pai do neoliberalismo dos anos 80 
• Defensor da ideia de que a economia é uma ciência empírica 
• Milton Friedman faleceu em 16 de novembro de 2006, aos 96 anos, vítima de um ataque 
cardíaco, na cidade de São Francisco, na Califórnia. 
 
 
A visão 
monetarista 
• Por que o nome monetarista? 
• Porque nessa visão política monetária faz efeito! 
• Para keynesianos ou na situação da armadilha de liquidez, PM 
é inócua (fiscalismo). 
“The wide acceptance of these views in the economics 
profession meant that for some two decades monetary 
policy was believed by all but a few reactionary souls to 
have been rendered obsolete by new economic knowledge. 
Money did not matter. Its only role was the minor one of 
keeping interest rates low, in order to hold down interest 
payments in the government budget, contribute to the 
"euthanasia of the rentier," and maybe, stimulate 
investment a bit to assist government spending in 
maintaining a high level of aggregate demand” 
(FRIEDMAN, 1968, P. 2). 
A visão 
monetarista 
• Uma briga boa: Friedman começa o artigo 
citando a posição de Keynes, Hansen e 
keynesianos e do FED. 
• Daí ele se coloca contra, principalmente à 
posição de que a taxa de juros não afeta o 
investimento. 
• Defende política monetária diferente do 
que vinha sendo praticada 
A visão 
monetarista 
 
• Conceitos fundamentais: 
I. Taxa natural de desemprego (NAIRU) 
II. Curva de Phillips 
III. Expectativas adaptativas 
 
A visão 
monetarista 
I. Taxa natural de desemprego (FRIEDMAN, 
PHELPS): 
• Definição: “a taxa natural é aquela taxa de 
desemprego que incorpora as características 
estruturais e institucionais no mercado de 
trabalho e do mercado de bens”, considerando: 
• TECNOLOGIA 
• IMPERFEIÇÕES 
• VARIAÇÕES SAZONAIS 
• CUSTO DE INFORMAÇÕES 
• Etc. 
 
A visão 
monetarista 
É a taxa que resulta na economia se estiver em 
repouso, sem nenhum efeito de política 
econômica 
Un = Uf + Uv 
Uf = desemprego fricccional, temporário, transição 
entre empregos => leva tempo o ajuste 
Uv = decide-se não trabalhar pois não vale á pena 
pelo salário real oferecido 
NÃO EXISTE DESEMPREGO INVOLUNTÁRIO 
 
A visão 
monetarista 
“The „natural rate of unemployment‟, in other 
words, is the level that would be ground out by 
the Walrasian system of general equilibrium 
equations, provided there is embedded in them 
the actual structural characteristics of the labor 
and commodity markets, including market 
imperfections, stochastic variability in demands 
and supplies, the cost of gathering information 
about job vacancies and labor availabilities, the 
costs of mobility and so on” [Friedman, 1968a:8]. 
A visão 
monetarista 
• Unicidade: Há apenas um ponto de desemprego 
na economia em que os agentes consideram que 
suas preferências estão satisfeitas 
• A taxa pode mudar, mas ela é estável 
 
 
U corrente 
Un 
A visão 
monetarista 
• Conclusão: o nível de desemprego (ou 
inversamente, o de emprego) não pode ser fixado 
por política monetária (nem nenhuma outra) => 
pelo menos não no longo prazo. 
• É um resultado de mercado NÃO market clearing, 
mas é o melhor possível considerando todas as 
imperfeições, rigidez e fricções do mercado. 
 
 
A visão 
monetarista 
I. Curva de Phillips 
• Trade-off: decisão difícil, encruzilhada, que 
envolve um custo de oportunidade. Refere-se 
ao momento em que você deve escolher uma 
alternativa abrindo mão de outras. 
• Trade-off clássico de todas as manhãs: 
levanto agora e começo a resolver as 1000 
coisas a serem cumpridas ou fico mais cinco 
minutos com o meu travesseiro e depois me 
viro? 
 
A visão 
monetarista 
I. Curva de Phillips 
• Trade-off importante de política 
econômica: inflação X desemprego 
– para reduzir o desemprego, é necessário 
tolerar uma inflação mais alta 
 ou 
– para reduzir a inflação, é necessário tolerar 
um desemprego mais alto 
• Teoria Phillips/ Phelps 
 
A visão 
monetarista 
• Trade-off importante de política econômica: 
inflação X desemprego 
– para reduzir o desemprego, é necessário tolerar 
uma inflação mais alta 
 ou 
– para reduzir a inflação, é necessário tolerar um 
desemprego mais alto 
• Teoria Phillips (1958)/ Phelps – anos 60 
• Surgiu no debate do pós-guerra sobre as 
causas da inflação: de demanda ou de oferta 
 
A visão 
monetarista 
• Phillips realizou uma análise econométrica a partir de 
dados empíricos da Inglaterra e notou que havia uma 
relação inversa entre expansão da moeda e desemprego 
na história inglesa. 
• Seu postulado foi adotado por Solow e Samuelson, que 
transformam a relação para inflação x desemprego 
• Economistas dos partidos democratas, precisavam 
justificar conivência com alguma inflação no final do anos 
cinquenta e início dos sessenta (Kennedy) – mas isso é qo 
que Solow argumenta anos mais tarde, pois nos 
documentos do governo não aparecia o termo Curva de 
Phillips. 
 
 
 
A visão 
monetarista 
• “The intellectual framework that led the Council in this 
direction is clear in retrospect and was quite clear then. We 
believed we were trying to shift favorably the level of the 
Phillips curve, by talking it downin the first instance and by 
informal intervention if necessary. Phillips curves appeared on 
the backs of our envelopes [...]. Since then there has been 
much debate about the meaning and validity of a „trade-off 
between unemployment and inflation. (…). 
• The Council‟s estimate in 1961 was that 4 percent 
unemployment was a reasonably safe „interim target”. We 
meant to state our belief that expansion of aggregate demand 
could return the economy to an unemployment rate of 4 
percent – last achieved in 1957 – without much danger of 
wage-induced inflation.” [Solow and Tobin, 1988: 15]. 
 
 
A visão 
monetarista 
• Uns dos primeiros economistas clássicos a interpretarem 
a curva de Phillips foram Friedman e Phelps: o trade-off 
pressupõe a possibilidade de um crescimento puxado 
pela expansão da demanda agregada. 
 
 
A visão 
monetarista 
• Introduzem um termo de inflação esperada para o 
modelo de Phillips, através do pressuposto de 
expectativas adaptativas. 
 
A visão 
monetarista 
• Para eles, a curva de Phillips seria válida apenas no curto prazo. 
• Interpretação monetarista para o cp: 
– Aumento de oferta de moeda faz com que aumente demanda 
– Expansão da demanda agregada provoca um aumento de preços 
– Preços mais altos estimulam os empresários a produzir mais 
– Mais produção gera mais emprego 
– O desemprego é reduzido 
• Mas, no longo prazo, existiriam outras consequências: 
– Baixo desemprego pressionaria por um aumento dos salários 
– Salários mais altos tornam a produção mais cara 
– Não há mais crescimento da produção ou redução do 
desemprego 
• Conclusão: A relação entre inflação e desemprego se sustenta 
apenas no curto prazo. 
 
 
A visão 
monetarista 
• No longo prazo, não há trade-off => curva vertical: 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Uma expansão da demanda agregada leva a um aumento dos 
preços, mas esse aumento não interfere no volume de produção 
porque esta se encontra em seu nível ótimo de utilização. Como a 
produção não se altera, tampouco o nível de emprego, que 
permanece em seu patamar natural. 
 
 
 
 
 
A visão 
monetarista 
“I did not say that full employment led to inflation. I 
said that a full employment policy led to 
inflation. That is quite a different thing. A full 
employment policy is likely to mean that you do 
not have full employment, because a full 
employment policy tends to be an open invitation 
to everybody to try to push up wage rates here, 
there, and elsewhere. The rises in wage rates 
lead to unemployment. In trying to counter the 
unemployment, the Government is likely to 
increase the money supply and this tends to 
produce inflation” [FRIEDMAN, 1968b: 39]. 
 
A visão 
monetarista 
• No longo prazo, políticas expansionistas ou contracionistas 
interferem apenas no nível geral de preços. 
• A política anti-inflacionária é altamente recomendável, nessa 
perspectiva, porque não gera impactos sobre o desemprego no 
longo prazo. Não há trade-off de política econômica. 
• A melhor opção é inflação baixa. 
• No curto prazo, é possível que a economia atinja um ponto 
diferente do PIB potencial no curto prazo, momentaneamente. 
 
 
 
 
 
 
A visão 
monetarista 
• A sutilidade que separa o equilíbrio de curto e longo prazo é se os 
trabalhadores e os empresários estão ou não visando salário REAL 
• “Following this line of argumentation and going against the tradeoff 
exploitation idea suggested by the Phillips curve, Friedman (1968a: 
11) states that a temporary tradeoff between inflation and 
unemployment would always exist, due to unexpected inflation – 
what would imply, eventually, a continuous growth of the inflation 
rate for the monetary policy to be effective -, but a permanent 
tradeoff would not exist, even under high rates of inflation” 
(RAMALHO, 2011, p. 5). 
 
• Ou seja, no curto prazo os agentes falham em antecipar os preços 
corretamente. 
 
 
 
 
A visão 
monetarista 
III. Expectativas adaptativas 
• Trabalhadores formam expectativas de preços utilizando-se 
exclusivamente informações sobre o passado, que vão se adaptando 
Às sucessivas novas realidades: 
• Por exemplo: Pt
e = Pt-1 
(série de tempo: processo AR(1)) 
• Caso haja uma expansão monetária, empresários podem oferecer 
maior salário real, o que vai atrair trabalhadores temporariamente 
desempregados. Suas expectativas não contemplam eventual 
crescimento as inflação, e que seu salário REAL não aumentou 
• Essa é a ILUSÃO MONETÁRIA 
• Daí, no curto e médio prazo, taxa de desemprego é menor do que a 
natural, até os trabalhadores perceberem e nãoa ceitarem mais. 
• Nível de preços é função do estoque da moeda, como na TQM 
 
 
A visão 
monetarista 
III. Expectativas adaptativas 
• Então na versão de Friedman, a curva de Phillips, no cp, passa pela 
taxa natural, onde não há ilusão moentária, nem inflação (Pt = Pt-1 ) 
 
 
P - Pt
e 
Un 
U 
A visão 
monetarista 
III. Expectativas adaptativas 
• Curva de Phillips na versão aceleracionista: a inflação será 
subestimada de forma permanente pelos trabalhadores, se governo 
seguir uma política de aumento das variações positivas do estoque 
de moeda 
 
 
DP 
Un 
U 
A visão 
monetarista 
III. Expectativas adaptativas 
• Política monetária só é eficaz enquanto houver ilusão 
monetária (curto prazo) 
• Isso só seria possível com inflação crescente 
• PM no longo prazo é neutra, por isso Friedman se opõe 
ao seu uso porque inflação reduz satisfação das pessoas 
• Outro motivo: PM é defasada: 
– Internamente: diferença entre o choque econômico e 
a acção da política econômica 
– Externa: diferença entre a política econômica e suas 
consequencias 
 
A visão 
monetarista 
“Tarde demais e em demasia tem sido a prática geral” 
(FRIEDMAN, 1968) 
 
• Ao invés de ativismo monetário (política discricionária), 
prefere regras para a gestão da moeda 
• COMENTÁRIO: contraditório com o nome da abordagem. 
 
 
A visão 
novo-clássica 
• Expoentes: Robert Lucas, Thomas Sargent & Neil 
Wallace 
• Crítica parcial à Friedman e radical aos 
keynesianos 
– FRIEDMAN: crítica à expectativa adaptativa, defendem 
expectativas racionais 
– KEYNESIANOS: críticos quanto à qualquer intervenção 
econômica 
• Posições de política econômica mais importantes: 
– Independência do Banco Central 
– Regime e Metas de Inflação 
 
A visão 
novo-clássica 
• Lucas (1972): primeiro a formalizar a ideia de 
taxa natural de desemprego 
• Diferenças metodológicas em relação à visão 
monetarista (RAMALHO, 2011, p. 10): 
– Para Friedman, situações de desajuste com relação à 
Un seria um resultado de desequilíbrio Marshalliano/ 
Para Lucas é Walrasiano 
– Para Friedman, o conceito de desequilíbrio/ equilíbrio 
são aspectos do mundo real/ para Lucas são da 
modelagem. 
 
A visão 
novo-clássica 
“[Lucas:] My most influential paper on „Expectations and 
the neutrality of money‟ [Lucas, 1972a] came out of a 
conference that Phelps organized where Rapping and I 
were invited to talk about our Phillips curve work. Phelps 
convinced us that we needed some kind of general 
equilibrium setting. Rapping and I were just focusing on 
labor supply decisions. Phelps kept on insisting that these 
labor suppliers are situated in some economy, and that 
you have to consider the whole general equilibrium looks 
like, not just what the labor supply decision looks like. 
That‟s what motivated me” [Snowdon and Vane 1998: 
126 apud RAMALHO, 2011]. 
A visão 
novo-clássica 
• Lucas havia testado a curva de Phillips e não curtiu os 
resultados num artigo anterior 
• Erajá de antemão contra a ideia geral de PM para 
alavancar emprego, mas tbm não estava satisfeito com a 
ideia de expectativas adaptativas: empiricamente 
geravam um desequilíbrio sem fim que era inconsistente 
com a ideia de taxa natural de desemprego 
Inflação 
U 
A visão 
novo-clássica 
• Lucas recorre então às expectativas racionais, 
anteriormente tratadas paralelamente em “Adjustment 
Costs and the Theory of Supply”, 1967 
• O conceito é de Muth (1961), em rational expectations 
and the price movements”. 
• Definição> quando agentes fazem expectativas, 
constroem uma distribuição subjetiva de probabilidades 
do comportamento da variável que desejam prever 
• Hipótese: distribuição subjetiva coincide com a objetiva 
• Informação disponível para todos, se não estiver, a 
realidade é diferente. 
A visão 
novo-clássica 
• Agentes maximizadores 
• Agentes racionais nao cometem mesmo erro 
sistematicamente, como na hipótese de ilusão monetária 
• Expectativas adapatativas: backward looking 
• Expectativas racionais: backward and forward looking 
• Crítica de Lucas: quando agentes estão informados de 
que uma política econômica será implementada, alteram 
suas expectativas 
• Todo e qualquer agente possui o mesmo modo de 
entender a economia 
A visão 
novo-clássica 
• Portanto qualquer posição dá economia é de equilíbrio 
porque os agentes estão agindo racionalmente diante das 
informações disponíveis 
• Quando a informação é perfeita, a taxa de desemprego = 
taxa natural 
• Oferta de Lucas: 
 
A visão 
novo-clássica 
• Função oferta de Lucas ampliada: 
 
 
 
 
 
• Taxa de desemprego corrente = taxa natural quando 
inflação esperada é confirmada, caso não exista nenhum 
outro choque na economia 
A visão 
novo-clássica 
• Se a regra de emissão monetária for conhecida, ela 
reverberá proporcionalmente na taxa de inflação, então 
pode-se dizer que o hiato entre a taxa natural de 
desemprego e a atual depende do hiato de expectativa 
sobre a quantidade de moeda ofertada. 
 
 
 
A visão 
novo-clássica 
• Então políticas monetárias conhecidas não impactam o 
nível de emprego 
• Somente política surpresa tem efeito, na versão “light” 
dos novos clássicos. 
 
• Para os teóricos dos ciclos reais (Charles Plosser), nunca 
PM surpreende agentes, entaõ PM nunca tem efeito, nem 
de surpresa 
 
 
 
A visão 
novo-clássica 
• Assim, desvios do equilíbrio ocorreiram só no curto prazo, 
no longo vale o equilíbrio da teoria clássica e da TQM: 
 
 
 
A visão 
novo-clássica 
• Curva de Phillips para Lucas: 
 
 
 
A visão 
novo-clássica 
• Se vale a TQM, vale também a lei de Say 
• E o que causa flutuações no emprego e no 
produto? 
- manifestações temporárias de choques 
exógenos de oferta, tais como variações 
tecnológicas e de produtividade, que implicam 
mudanças nos preços relativos da economia. 
• Novos-clássicos recuperam, então, principais 
postulados da teoria clássica: neutralidade da 
moeda, market clearing, mas com nova 
roupagem para a tomada de decisões 
 
 
Visão dos Novo-
keynesianos 
A visão 
novo-keynesianos 
• Desenvolvida a partir dos anos 80, 
• Objetiva apresentar uma estrutura teórica, 
fundamentada em princípios microeconômicos 
da macroeconomia keynesiana, alternativa à: 
– crise da teoria keynesiana — subentendem-se 
modelos IS-LM: faltou micro-fundamentos 
– crítica aos modelos novo-clássicos: não explica 
flutuações 
• Gordon, Mankiw, Stiglitz, Krugman, et. 
 
A visão 
novo-keynesianos 
• Isso se faz através do que entendem ser a 
questão central da teoria de Keynes: rigidez de 
preços e salários. 
• Em nível microeconômico, a teoria Novo-
Keynesiana adota os fundamentos neoclássicos 
de agentes maximizadores fazendo o melhor uso 
das informações disponíveis. 
• Microfundamento principal para a 
macroeconomia: falhas de mercado 
• A Hipótese das Expectativas Racionais é aceita, 
apesar da dificuldade de se demonstrar 
A visão 
novo-keynesianos 
• Falhas de mercado fazem com que decisões 
individuais gerem externalidades 
macroeconômicas: 
– Dificuldade de coordenação no contexto de decisões 
descentralizadas 
– Diferentes poderes de mercado, concorrência 
imperfeita, agentes podem não ser 
tomadores. 
• Essas falhas provocam rigidez de preços e 
salários 
A visão 
novo-keynesianos 
• O contexto de falhas é tomado como norma na 
economia, e não como exceção – como no caso 
dos Novos-clássicos 
• Para neo e novo keynesianos ajustamentos não 
são imediatos 
• A distinção fundamental entre “velhos” e 
“novos” keynesianos é que, para os últimos, a 
velocidade de ajustamento de preços e salários é 
menor (ou que a rigidez é maior) que para os 
primeiros (Davidson, 1999: 48-9, 60). 
 
A visão 
novo-keynesianos 
• Fatores de rigidez nos mercados de trabalho e de bens 
que determinariam a taxa natural de desemprego, ou a 
NAIRU. 
• Os modelos novo-keynesianos são chamados também 
de teorias estruturalistas de desemprego devido ao fato 
de que a NAIRU seria determinada por variáveis 
estruturais. 
• Portanto, ao contrário de Keynes, que destaca os 
problemas da demanda agregada e a incerteza como 
geradoras de desemprego, os teóricos novo-keynesianos 
acentuam fatores de rigidez na oferta agregada como 
causadores de resultados não ótimos no produto e no 
emprego. 
A visão 
novo-keynesianos 
• O desemprego teria origem microeconômica, e não 
macroeconômica. 
• Desse modo, para uma primeira vertente (RIGIDEZ), a 
fonte do desemprego volta principalmente ao mercado 
de trabalho, caracterizando a teoria como neoclássica, o 
que produz fortes críticas sobre o seu pretenso 
keynesianismo, por parte de autores pós-keynesianos. 
• Para a segunda, a causa das flutuações não estaria no 
mercado de trabalho, mas em falhas de mercado, como a 
assimetria ou a insuficiência de informações. 
• Apesar de uma certa filiação keynesiana alegada pelos 
autores, a demanda efetiva não possui nenhum papel 
explicativo. 
 
A visão 
novo-keynesianos 
• O desemprego teria origem microeconômica, e não 
macroeconômica. 
• Desse modo, para uma primeira vertente (RIGIDEZ), a 
fonte do desemprego volta principalmente ao mercado 
de trabalho, caracterizando a teoria como neoclássica, o 
que produz fortes críticas sobre o seu pretenso 
keynesianismo, por parte de autores pós-keynesianos. 
• Para a segunda, a causa das flutuações não estaria no 
mercado de trabalho, mas em falhas de mercado, como a 
assimetria ou a insuficiência de informações. 
• Apesar de uma certa filiação keynesiana alegada pelos 
autores, a demanda efetiva não possui nenhum papel 
explicativo. 
 
A visão 
novo-keynesianos 
 1 – Modelos de Concorrência Imperfeita no 
Mercado de Bens 
• Custos de cardápio (GORDON, 1990) 
• Contratos 
• Firmas heterogêneas 
• Diferenciação do produto/ fidelidade dos consumidores 
• Independência de custos e demanda: empresários 
formam preços de acordo com custos do seu setor, e não 
em geral, nem demanda em geral 
• Insumo-produto => preços tem a ver com a cadeia 
produtiva 
 
A visão 
novo-keynesianos 
2 - Modelos de Concorrência Imperfeita no 
Mercado de Trabalho 
• Contratos salariais 
• Contratos implícitos: está subentendida a manutenção 
do salário real 
• Barganha sindical 
• Modelo insiders outsiders 
• Salários de eficiência 
• Efetividade dos desempregados enquanto demandantes 
de trabalho 
• Cunha salarial e resistência do salário real 
 
• Debates revisitados: fiscalismo x monetarismo 
• Ou TQM vs Keynes vs síntese neoclássica 
• A síntese neoclássica seabre em dois flancos 
 
• Conservador e modernizador, sempre são relativos ao contexto: 
FRIEDMAN, 7 DE DEZEMBRO DE 1975: 
http://www.youtube.com/watch?v=-k6PBWi3OlM 
http://youtu.be/-k6PBWi3OlM 
 
SAMUELSON, em 1999: 
http://www.youtube.com/watch?v=AkSQEf3-hE0 
http://youtu.be/AkSQEf3-hE0 
 
Conclusões 
• Não roupem com postulados principais da teoria 
clássica 
• Equilibrismo 
• Expectativas racionais 
• Não tem incerteza 
 
 
 
Críticas novos clássicos 
e novos keynesianos 
Referências (4 e 5) 
CARVALHO, F. C. (ed.) Economia monetária e Financeira: teoria e política. 
Ed. Campus, 2001. Caps. 13 a 18. 
LOPES, J. C.; ROSSETTI, J. P. Economia Monetária. SP: Atlas, 9ª Ed., 2005. 
Cap. 7. 
DATHEIN, Ricardo. “Uma Introdução à Teoria Novo-Keynesiana” derivado da tese: 
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Desenvolvidos e sua Interpretação pela Teoria Econômica: as abordagens 
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DAVIDSON, Paul. Colocando as evidências em ordem: macroeconomia de Keynes 
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Referências (4 e 5) 
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PRÓXIMA AULA 
4) Teorias da moeda e política monetária 
comparadas 
5) Teorias sobre inflação 
 
• Consolidação 
• Críticas 
• Teorias para Economia de mercado aberto

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