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Teorias da moeda e política monetária comparadas Economia Monetária Profa. Cristina F. B. Reis Dezembro, 2013 4. Teorias da moeda e política monetária comparadas 5. Enfoques sobre a inflação SUMÁRIO 4. Teorias da moeda e política monetária comparadas 5. Enfoques sobre a inflação • A visão monetarista • A visão novo-clássica • A visão novo- keynesiana Keynes Friedman Lucas Fisher Hicks Os caras da PM A visão monetarista • Anos cinquenta e sessenta: reconstrução das economias e comércio mundial • Guerra Fria • Nos países desenvolvidos prevaleciam as ideias de Keynes e keynesianos (fiscalismo) • EUA, anos sessenta: Estado do bem-estar social inicia trajetória de desgaste, inflação aumenta, conflitos sindicais e sociais em geral (MLK) • Na periferia do sistema, EUA financia ditaduras militares • Acontecimentos políticos: do assassinato de Kennedy ao de MLK • Novos paradigmas culturais: maio de 68, revoluções juvenis, etc. • Guerra do Vietnã A visão monetarista "I have a dream." The famous words spoken by Martin Luther King Jr. made an impact from the moment they were uttered on the steps of the Lincoln Memorial on Aug. 28, 1963. A visão monetarista • Nasceu no Brooklin, Nova Iorque, em 1912, filho de imigrantes judeus russos e pobres. • Antes dos16 anos, recebeu ma bolsa parcial na Rutgers University. • 1932/1933: foi para o mestrado na Universidade de Chicago, lá conheceu a estudante de economia Rose Director, com quem se casou e teve dois filhos • Em 1935 participou do Programa de Reconstrução do New Deal, realizando estudos sobre padrões de consumo familiar. • Entre 1941 e 1943 trabalhou no Departamento de Tesouro dos Estados Unido • De 1943 em diante, prorfessor de Columbia, depois de Chicago • Recusou sempre cargos políticos, mas atuou como consultor/ conselheiro. Exemplos: – Plano Marshall, no governo Nixon (presidente de 1969 a 1974). – Governo de Ford e Reagan – Governo chileno do General Pinochet. • Pelas suas contribuições, ganhou o Prêmio Nobel de Economia de 1976. Essays in Positive Economics (1953) Capitalismo e liberdade (1962) A Monetary History of the United States, 1867-1960 (1963; História monetária dos Estados Unidos) Dollars and Deficits (1968; Dólares e déficits) The role of monetary policy (1968) • Conhecido por pregar liberalismo econômico, pai do neoliberalismo dos anos 80 • Defensor da ideia de que a economia é uma ciência empírica • Milton Friedman faleceu em 16 de novembro de 2006, aos 96 anos, vítima de um ataque cardíaco, na cidade de São Francisco, na Califórnia. A visão monetarista • Por que o nome monetarista? • Porque nessa visão política monetária faz efeito! • Para keynesianos ou na situação da armadilha de liquidez, PM é inócua (fiscalismo). “The wide acceptance of these views in the economics profession meant that for some two decades monetary policy was believed by all but a few reactionary souls to have been rendered obsolete by new economic knowledge. Money did not matter. Its only role was the minor one of keeping interest rates low, in order to hold down interest payments in the government budget, contribute to the "euthanasia of the rentier," and maybe, stimulate investment a bit to assist government spending in maintaining a high level of aggregate demand” (FRIEDMAN, 1968, P. 2). A visão monetarista • Uma briga boa: Friedman começa o artigo citando a posição de Keynes, Hansen e keynesianos e do FED. • Daí ele se coloca contra, principalmente à posição de que a taxa de juros não afeta o investimento. • Defende política monetária diferente do que vinha sendo praticada A visão monetarista • Conceitos fundamentais: I. Taxa natural de desemprego (NAIRU) II. Curva de Phillips III. Expectativas adaptativas A visão monetarista I. Taxa natural de desemprego (FRIEDMAN, PHELPS): • Definição: “a taxa natural é aquela taxa de desemprego que incorpora as características estruturais e institucionais no mercado de trabalho e do mercado de bens”, considerando: • TECNOLOGIA • IMPERFEIÇÕES • VARIAÇÕES SAZONAIS • CUSTO DE INFORMAÇÕES • Etc. A visão monetarista É a taxa que resulta na economia se estiver em repouso, sem nenhum efeito de política econômica Un = Uf + Uv Uf = desemprego fricccional, temporário, transição entre empregos => leva tempo o ajuste Uv = decide-se não trabalhar pois não vale á pena pelo salário real oferecido NÃO EXISTE DESEMPREGO INVOLUNTÁRIO A visão monetarista “The „natural rate of unemployment‟, in other words, is the level that would be ground out by the Walrasian system of general equilibrium equations, provided there is embedded in them the actual structural characteristics of the labor and commodity markets, including market imperfections, stochastic variability in demands and supplies, the cost of gathering information about job vacancies and labor availabilities, the costs of mobility and so on” [Friedman, 1968a:8]. A visão monetarista • Unicidade: Há apenas um ponto de desemprego na economia em que os agentes consideram que suas preferências estão satisfeitas • A taxa pode mudar, mas ela é estável U corrente Un A visão monetarista • Conclusão: o nível de desemprego (ou inversamente, o de emprego) não pode ser fixado por política monetária (nem nenhuma outra) => pelo menos não no longo prazo. • É um resultado de mercado NÃO market clearing, mas é o melhor possível considerando todas as imperfeições, rigidez e fricções do mercado. A visão monetarista I. Curva de Phillips • Trade-off: decisão difícil, encruzilhada, que envolve um custo de oportunidade. Refere-se ao momento em que você deve escolher uma alternativa abrindo mão de outras. • Trade-off clássico de todas as manhãs: levanto agora e começo a resolver as 1000 coisas a serem cumpridas ou fico mais cinco minutos com o meu travesseiro e depois me viro? A visão monetarista I. Curva de Phillips • Trade-off importante de política econômica: inflação X desemprego – para reduzir o desemprego, é necessário tolerar uma inflação mais alta ou – para reduzir a inflação, é necessário tolerar um desemprego mais alto • Teoria Phillips/ Phelps A visão monetarista • Trade-off importante de política econômica: inflação X desemprego – para reduzir o desemprego, é necessário tolerar uma inflação mais alta ou – para reduzir a inflação, é necessário tolerar um desemprego mais alto • Teoria Phillips (1958)/ Phelps – anos 60 • Surgiu no debate do pós-guerra sobre as causas da inflação: de demanda ou de oferta A visão monetarista • Phillips realizou uma análise econométrica a partir de dados empíricos da Inglaterra e notou que havia uma relação inversa entre expansão da moeda e desemprego na história inglesa. • Seu postulado foi adotado por Solow e Samuelson, que transformam a relação para inflação x desemprego • Economistas dos partidos democratas, precisavam justificar conivência com alguma inflação no final do anos cinquenta e início dos sessenta (Kennedy) – mas isso é qo que Solow argumenta anos mais tarde, pois nos documentos do governo não aparecia o termo Curva de Phillips. A visão monetarista • “The intellectual framework that led the Council in this direction is clear in retrospect and was quite clear then. We believed we were trying to shift favorably the level of the Phillips curve, by talking it downin the first instance and by informal intervention if necessary. Phillips curves appeared on the backs of our envelopes [...]. Since then there has been much debate about the meaning and validity of a „trade-off between unemployment and inflation. (…). • The Council‟s estimate in 1961 was that 4 percent unemployment was a reasonably safe „interim target”. We meant to state our belief that expansion of aggregate demand could return the economy to an unemployment rate of 4 percent – last achieved in 1957 – without much danger of wage-induced inflation.” [Solow and Tobin, 1988: 15]. A visão monetarista • Uns dos primeiros economistas clássicos a interpretarem a curva de Phillips foram Friedman e Phelps: o trade-off pressupõe a possibilidade de um crescimento puxado pela expansão da demanda agregada. A visão monetarista • Introduzem um termo de inflação esperada para o modelo de Phillips, através do pressuposto de expectativas adaptativas. A visão monetarista • Para eles, a curva de Phillips seria válida apenas no curto prazo. • Interpretação monetarista para o cp: – Aumento de oferta de moeda faz com que aumente demanda – Expansão da demanda agregada provoca um aumento de preços – Preços mais altos estimulam os empresários a produzir mais – Mais produção gera mais emprego – O desemprego é reduzido • Mas, no longo prazo, existiriam outras consequências: – Baixo desemprego pressionaria por um aumento dos salários – Salários mais altos tornam a produção mais cara – Não há mais crescimento da produção ou redução do desemprego • Conclusão: A relação entre inflação e desemprego se sustenta apenas no curto prazo. A visão monetarista • No longo prazo, não há trade-off => curva vertical: • Uma expansão da demanda agregada leva a um aumento dos preços, mas esse aumento não interfere no volume de produção porque esta se encontra em seu nível ótimo de utilização. Como a produção não se altera, tampouco o nível de emprego, que permanece em seu patamar natural. A visão monetarista “I did not say that full employment led to inflation. I said that a full employment policy led to inflation. That is quite a different thing. A full employment policy is likely to mean that you do not have full employment, because a full employment policy tends to be an open invitation to everybody to try to push up wage rates here, there, and elsewhere. The rises in wage rates lead to unemployment. In trying to counter the unemployment, the Government is likely to increase the money supply and this tends to produce inflation” [FRIEDMAN, 1968b: 39]. A visão monetarista • No longo prazo, políticas expansionistas ou contracionistas interferem apenas no nível geral de preços. • A política anti-inflacionária é altamente recomendável, nessa perspectiva, porque não gera impactos sobre o desemprego no longo prazo. Não há trade-off de política econômica. • A melhor opção é inflação baixa. • No curto prazo, é possível que a economia atinja um ponto diferente do PIB potencial no curto prazo, momentaneamente. A visão monetarista • A sutilidade que separa o equilíbrio de curto e longo prazo é se os trabalhadores e os empresários estão ou não visando salário REAL • “Following this line of argumentation and going against the tradeoff exploitation idea suggested by the Phillips curve, Friedman (1968a: 11) states that a temporary tradeoff between inflation and unemployment would always exist, due to unexpected inflation – what would imply, eventually, a continuous growth of the inflation rate for the monetary policy to be effective -, but a permanent tradeoff would not exist, even under high rates of inflation” (RAMALHO, 2011, p. 5). • Ou seja, no curto prazo os agentes falham em antecipar os preços corretamente. A visão monetarista III. Expectativas adaptativas • Trabalhadores formam expectativas de preços utilizando-se exclusivamente informações sobre o passado, que vão se adaptando Às sucessivas novas realidades: • Por exemplo: Pt e = Pt-1 (série de tempo: processo AR(1)) • Caso haja uma expansão monetária, empresários podem oferecer maior salário real, o que vai atrair trabalhadores temporariamente desempregados. Suas expectativas não contemplam eventual crescimento as inflação, e que seu salário REAL não aumentou • Essa é a ILUSÃO MONETÁRIA • Daí, no curto e médio prazo, taxa de desemprego é menor do que a natural, até os trabalhadores perceberem e nãoa ceitarem mais. • Nível de preços é função do estoque da moeda, como na TQM A visão monetarista III. Expectativas adaptativas • Então na versão de Friedman, a curva de Phillips, no cp, passa pela taxa natural, onde não há ilusão moentária, nem inflação (Pt = Pt-1 ) P - Pt e Un U A visão monetarista III. Expectativas adaptativas • Curva de Phillips na versão aceleracionista: a inflação será subestimada de forma permanente pelos trabalhadores, se governo seguir uma política de aumento das variações positivas do estoque de moeda DP Un U A visão monetarista III. Expectativas adaptativas • Política monetária só é eficaz enquanto houver ilusão monetária (curto prazo) • Isso só seria possível com inflação crescente • PM no longo prazo é neutra, por isso Friedman se opõe ao seu uso porque inflação reduz satisfação das pessoas • Outro motivo: PM é defasada: – Internamente: diferença entre o choque econômico e a acção da política econômica – Externa: diferença entre a política econômica e suas consequencias A visão monetarista “Tarde demais e em demasia tem sido a prática geral” (FRIEDMAN, 1968) • Ao invés de ativismo monetário (política discricionária), prefere regras para a gestão da moeda • COMENTÁRIO: contraditório com o nome da abordagem. A visão novo-clássica • Expoentes: Robert Lucas, Thomas Sargent & Neil Wallace • Crítica parcial à Friedman e radical aos keynesianos – FRIEDMAN: crítica à expectativa adaptativa, defendem expectativas racionais – KEYNESIANOS: críticos quanto à qualquer intervenção econômica • Posições de política econômica mais importantes: – Independência do Banco Central – Regime e Metas de Inflação A visão novo-clássica • Lucas (1972): primeiro a formalizar a ideia de taxa natural de desemprego • Diferenças metodológicas em relação à visão monetarista (RAMALHO, 2011, p. 10): – Para Friedman, situações de desajuste com relação à Un seria um resultado de desequilíbrio Marshalliano/ Para Lucas é Walrasiano – Para Friedman, o conceito de desequilíbrio/ equilíbrio são aspectos do mundo real/ para Lucas são da modelagem. A visão novo-clássica “[Lucas:] My most influential paper on „Expectations and the neutrality of money‟ [Lucas, 1972a] came out of a conference that Phelps organized where Rapping and I were invited to talk about our Phillips curve work. Phelps convinced us that we needed some kind of general equilibrium setting. Rapping and I were just focusing on labor supply decisions. Phelps kept on insisting that these labor suppliers are situated in some economy, and that you have to consider the whole general equilibrium looks like, not just what the labor supply decision looks like. That‟s what motivated me” [Snowdon and Vane 1998: 126 apud RAMALHO, 2011]. A visão novo-clássica • Lucas havia testado a curva de Phillips e não curtiu os resultados num artigo anterior • Erajá de antemão contra a ideia geral de PM para alavancar emprego, mas tbm não estava satisfeito com a ideia de expectativas adaptativas: empiricamente geravam um desequilíbrio sem fim que era inconsistente com a ideia de taxa natural de desemprego Inflação U A visão novo-clássica • Lucas recorre então às expectativas racionais, anteriormente tratadas paralelamente em “Adjustment Costs and the Theory of Supply”, 1967 • O conceito é de Muth (1961), em rational expectations and the price movements”. • Definição> quando agentes fazem expectativas, constroem uma distribuição subjetiva de probabilidades do comportamento da variável que desejam prever • Hipótese: distribuição subjetiva coincide com a objetiva • Informação disponível para todos, se não estiver, a realidade é diferente. A visão novo-clássica • Agentes maximizadores • Agentes racionais nao cometem mesmo erro sistematicamente, como na hipótese de ilusão monetária • Expectativas adapatativas: backward looking • Expectativas racionais: backward and forward looking • Crítica de Lucas: quando agentes estão informados de que uma política econômica será implementada, alteram suas expectativas • Todo e qualquer agente possui o mesmo modo de entender a economia A visão novo-clássica • Portanto qualquer posição dá economia é de equilíbrio porque os agentes estão agindo racionalmente diante das informações disponíveis • Quando a informação é perfeita, a taxa de desemprego = taxa natural • Oferta de Lucas: A visão novo-clássica • Função oferta de Lucas ampliada: • Taxa de desemprego corrente = taxa natural quando inflação esperada é confirmada, caso não exista nenhum outro choque na economia A visão novo-clássica • Se a regra de emissão monetária for conhecida, ela reverberá proporcionalmente na taxa de inflação, então pode-se dizer que o hiato entre a taxa natural de desemprego e a atual depende do hiato de expectativa sobre a quantidade de moeda ofertada. A visão novo-clássica • Então políticas monetárias conhecidas não impactam o nível de emprego • Somente política surpresa tem efeito, na versão “light” dos novos clássicos. • Para os teóricos dos ciclos reais (Charles Plosser), nunca PM surpreende agentes, entaõ PM nunca tem efeito, nem de surpresa A visão novo-clássica • Assim, desvios do equilíbrio ocorreiram só no curto prazo, no longo vale o equilíbrio da teoria clássica e da TQM: A visão novo-clássica • Curva de Phillips para Lucas: A visão novo-clássica • Se vale a TQM, vale também a lei de Say • E o que causa flutuações no emprego e no produto? - manifestações temporárias de choques exógenos de oferta, tais como variações tecnológicas e de produtividade, que implicam mudanças nos preços relativos da economia. • Novos-clássicos recuperam, então, principais postulados da teoria clássica: neutralidade da moeda, market clearing, mas com nova roupagem para a tomada de decisões Visão dos Novo- keynesianos A visão novo-keynesianos • Desenvolvida a partir dos anos 80, • Objetiva apresentar uma estrutura teórica, fundamentada em princípios microeconômicos da macroeconomia keynesiana, alternativa à: – crise da teoria keynesiana — subentendem-se modelos IS-LM: faltou micro-fundamentos – crítica aos modelos novo-clássicos: não explica flutuações • Gordon, Mankiw, Stiglitz, Krugman, et. A visão novo-keynesianos • Isso se faz através do que entendem ser a questão central da teoria de Keynes: rigidez de preços e salários. • Em nível microeconômico, a teoria Novo- Keynesiana adota os fundamentos neoclássicos de agentes maximizadores fazendo o melhor uso das informações disponíveis. • Microfundamento principal para a macroeconomia: falhas de mercado • A Hipótese das Expectativas Racionais é aceita, apesar da dificuldade de se demonstrar A visão novo-keynesianos • Falhas de mercado fazem com que decisões individuais gerem externalidades macroeconômicas: – Dificuldade de coordenação no contexto de decisões descentralizadas – Diferentes poderes de mercado, concorrência imperfeita, agentes podem não ser tomadores. • Essas falhas provocam rigidez de preços e salários A visão novo-keynesianos • O contexto de falhas é tomado como norma na economia, e não como exceção – como no caso dos Novos-clássicos • Para neo e novo keynesianos ajustamentos não são imediatos • A distinção fundamental entre “velhos” e “novos” keynesianos é que, para os últimos, a velocidade de ajustamento de preços e salários é menor (ou que a rigidez é maior) que para os primeiros (Davidson, 1999: 48-9, 60). A visão novo-keynesianos • Fatores de rigidez nos mercados de trabalho e de bens que determinariam a taxa natural de desemprego, ou a NAIRU. • Os modelos novo-keynesianos são chamados também de teorias estruturalistas de desemprego devido ao fato de que a NAIRU seria determinada por variáveis estruturais. • Portanto, ao contrário de Keynes, que destaca os problemas da demanda agregada e a incerteza como geradoras de desemprego, os teóricos novo-keynesianos acentuam fatores de rigidez na oferta agregada como causadores de resultados não ótimos no produto e no emprego. A visão novo-keynesianos • O desemprego teria origem microeconômica, e não macroeconômica. • Desse modo, para uma primeira vertente (RIGIDEZ), a fonte do desemprego volta principalmente ao mercado de trabalho, caracterizando a teoria como neoclássica, o que produz fortes críticas sobre o seu pretenso keynesianismo, por parte de autores pós-keynesianos. • Para a segunda, a causa das flutuações não estaria no mercado de trabalho, mas em falhas de mercado, como a assimetria ou a insuficiência de informações. • Apesar de uma certa filiação keynesiana alegada pelos autores, a demanda efetiva não possui nenhum papel explicativo. A visão novo-keynesianos • O desemprego teria origem microeconômica, e não macroeconômica. • Desse modo, para uma primeira vertente (RIGIDEZ), a fonte do desemprego volta principalmente ao mercado de trabalho, caracterizando a teoria como neoclássica, o que produz fortes críticas sobre o seu pretenso keynesianismo, por parte de autores pós-keynesianos. • Para a segunda, a causa das flutuações não estaria no mercado de trabalho, mas em falhas de mercado, como a assimetria ou a insuficiência de informações. • Apesar de uma certa filiação keynesiana alegada pelos autores, a demanda efetiva não possui nenhum papel explicativo. A visão novo-keynesianos 1 – Modelos de Concorrência Imperfeita no Mercado de Bens • Custos de cardápio (GORDON, 1990) • Contratos • Firmas heterogêneas • Diferenciação do produto/ fidelidade dos consumidores • Independência de custos e demanda: empresários formam preços de acordo com custos do seu setor, e não em geral, nem demanda em geral • Insumo-produto => preços tem a ver com a cadeia produtiva A visão novo-keynesianos 2 - Modelos de Concorrência Imperfeita no Mercado de Trabalho • Contratos salariais • Contratos implícitos: está subentendida a manutenção do salário real • Barganha sindical • Modelo insiders outsiders • Salários de eficiência • Efetividade dos desempregados enquanto demandantes de trabalho • Cunha salarial e resistência do salário real • Debates revisitados: fiscalismo x monetarismo • Ou TQM vs Keynes vs síntese neoclássica • A síntese neoclássica seabre em dois flancos • Conservador e modernizador, sempre são relativos ao contexto: FRIEDMAN, 7 DE DEZEMBRO DE 1975: http://www.youtube.com/watch?v=-k6PBWi3OlM http://youtu.be/-k6PBWi3OlM SAMUELSON, em 1999: http://www.youtube.com/watch?v=AkSQEf3-hE0 http://youtu.be/AkSQEf3-hE0 Conclusões • Não roupem com postulados principais da teoria clássica • Equilibrismo • Expectativas racionais • Não tem incerteza Críticas novos clássicos e novos keynesianos Referências (4 e 5) CARVALHO, F. C. (ed.) Economia monetária e Financeira: teoria e política. Ed. Campus, 2001. Caps. 13 a 18. LOPES, J. C.; ROSSETTI, J. P. Economia Monetária. SP: Atlas, 9ª Ed., 2005. Cap. 7. DATHEIN, Ricardo. “Uma Introdução à Teoria Novo-Keynesiana” derivado da tese: DATHEIN, Ricardo (2000). O Crescimento do Desemprego nos Países Desenvolvidos e sua Interpretação pela Teoria Econômica: as abordagens neoclássica, keynesiana e schumpeteriana. Campinas. Tese (Doutorado em Economia) – IE, UNICAMP. DAVIDSON, Paul. Colocando as evidências em ordem: macroeconomia de Keynes versus velho e novo keynesianismo. In: LIMA, G. T. et al. (Orgs.). Macroeconomia Moderna: Keynes e a Economia Contemporânea. Rio de Janeiro: Campus, 1999. FRIEDMAN, B. M.; HAHN, F. H. (ed.) Handbook of Monetary Economics. Elsevier, Vol. 1 e 2, 1990. FRIEDMAN, M. "The Role of Monetary Policy". American Economic Review, 58(1): 1-17, 1968. Referências (4 e 5) LUCAS Jr., R. E. "Expectations and the Neutrality of Money". Journal of Economic Theory 4 (2): 103-124, 1972. PHELPS, Edmund S. “Phillips Curves, Expectations of Inflation and Optimal Employment over Time.” Economica, n.s., 34, no. 3, pp: 254–281, 1967. RAMALHO DA SILVA, D. F. "Friedman, Phelps, Lucas and the Natural Rate of Unemployment". In Anais do Encontro da ANPEC, 2011. ROMER, David. The New Keynesian Syntesis. Journal of Economic Perspectives, v. 7, n. 1, winter 1993. PRÓXIMA AULA 4) Teorias da moeda e política monetária comparadas 5) Teorias sobre inflação • Consolidação • Críticas • Teorias para Economia de mercado aberto
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