Buscar

Responsabilidade do Estado

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Responsabilidade do Estado
A moderna teoria do órgão público sustenta que as condutas praticadas por agentes públicos, no exercício de suas atribuições, devem ser imputadas ao Estado. Assim sendo, o agente público atua, considerando que o Estado atuou.
Princípio da impessoalidade.
O Estado responde pelos prejuízos causados pelos agentes públicos a particulares, em decorrência do exercício da função administrativa.
Analisando a natureza patrimonial dos prejuízos ensejadores dessa reparação, conclui-se que tal responsabilidade é civil. A responsabilidade é extracontratual por vincular-se a danos sofridos em relações jurídicas de sujeição geral. Quem mantam vinculação contratual com o Estado está sendo abrangido por regras específicas.
Resumindo: O dever estatal de ressarcir particulares por prejuízos civis e extracontratuais experimentados em decorrência de ações ou omissões de agentes públicos no exercício da função administrativa. Os danos indenizáveis podem ser materiais, morais ou estéticos.
Art. 37 da Constituição: Responsabilidade objetiva do Estado.
Evolução histórica: teoria da irresponsabilidade estatal, teoria da responsabilidade subjetiva e teoria da responsabilidade objetiva, respectivamente.
Entretanto, importante destacar que, excepcionalmente, a teoria subjetiva ainda é aplicável no direito público brasileiro, em especial quando aos danos por omissão e na ação regressiva.
A teoria da culpa administrativa, transição entra a doutrina subjetiva da culpa civil e a tese objetiva do risco administrativo, leva em conta a falta do serviço e a culpa subjetiva do agente.
A teoria objetiva baseia-se na ideia de solidariedade social, distribuindo entra a coletividade os encargos decorrentes de prejuízos especiais que oneram determinados particulares. É por isso, também que a doutrina associa tal teoria às noções de partilha de encargos e justiça distributiva.
Duas correntes internas: teoria dos risco integral e teoria do risco administrativo, a primeira é mais radical, sem nenhuma exceção, já a segunda, tem, que é, no caso, a adotada pelo Brasil.
A completa compreensão do referido dispositivo exige o desdobramento da norma em quatro partes: As pessoas jurídicas responderão pelos danos causados pelos seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, as pessoas jurídicas de direito público responderão pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público responderão pelos danos que seus agentes causarem a terceiros e assegurando o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
A teoria da imputação volitiva de Otto Gierke:
Três consequências principais:
Impede a propositura de ação de indenização diretamente contra a pessoa física do agente se o dano foi causado no exercício da função pública, impossibilita a responsabilização civil do Estado se o dano foi causado pelo agente público fora do exercício da função pública e autoriza a utilização de prerrogativas do cargo somente nas condutas realizadas pelo agente durante o exercício da função pública.
Cinco teorias fundamentais em matéria de responsabilidade do Estado:
Teoria da responsabilidade objetiva do Estado, teoria da imputação volitiva de Otto Gierke, teoria do risco administrativo, teoria da responsabilidade subjetiva do agente e teoria da ação regressiva com dupla garantia.
O dever de indenizar particulares por danos causados por agentes públicos encontra dois fundamentos: legalidade e igualdade.
A teoria do risco integral, entretanto, é adotada no Brasil em situações excepcionais:
Acidentes de trabalho (infortunística), indenização coberta pelo seguro obrigatório de automóveis (DPVAT), atentados terroristas em aeronaves, dano ambiental (controverso), dano nuclear (polêmica, maioria considera como teoria do risco administrativo).
A teoria do risco administrativo reconhece excludentes da responsabilidade estatal, sendo elas: culpa exclusiva da vítima (nos casos de culpa concorrente, analisasse os danos e é levado em consideração a culpa), força maior (o caso fortuito não exclui a responsabilidade estatal) e culpa de terceiro (Estado só responde se comprovada a sua culpa).
De acordo com a doutrina, para que o dano seja indenizável deve reunir duas características: ser anormal e específico, excedendo o limite do razoável. Presente os dois atributos, considera-se que o dano é antijurídico, produzindo o dever de pagamento de indenização pela Fazenda Pública.
Responsabilidade por atos ilícitos.
Danos por missão do Estado: Teoria subjetiva (adotada pelo STF).
Entretanto, a partir da hipossuficiência decorrente da posição de inferioridade da vítima diante do Estado, deve ser observada a inversão do ônus da prova relativa à culpa ou ao dolo.
Tese da “reserva do possível” como excludente da responsabilidade estatal na implementação de direitos sociais e políticas públicas, a referida tese justifica a omissão estatal usando pretextos como a “contenção de gastos” ou a “limitação orçamentária”.
Custódia aplica-se a regra geral.
Quanto à questão do suicídio do preso dentro da cadeia, ocorreu uma importante virada jurisprudencial, de acordo com o STJ e o STF, o suicídio enseja responsabilidade objetiva do Estado.

Outros materiais