Buscar

Trabalho Jurema

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Lei de Introdução ao Código Civil
Por que se diz que a Lei de Introdução é a lei das leis?
R: A vigente Lei de Introdução ao Código Civil, revogou a antiga, promulgada simultaneamente com o Código Civil, substituindo-a em todo o seu conteúdo. Contem dezenove artigos, enquanto a primitiva continha vinte e um.
 A Lei de Introdução ao Código Civil, é aplicável a toda ordenação jurídica, pois tem as funções de : a) regular a vigência e a eficácia das normas jurídicas (arts. 1º e 2º), apresentando soluções ao conflito de normas no tempo (art. 6º) e no espaço (arts. 7ºa 19); b) fornecer critérios de hermenêutica (art. 5º); c) estabelecer mecanismos de integração de normas, quando houver lacunas (art. 4º); d) garantir não só a eficácia global da ordem jurídica, não admitindo o erro de direito (art. 3º) que comprometeria, mas também a certeza, a segurança e estabilidade do ordenamento, preservando as situações consolidadas e que o interesse individual prevalece (art. 6º)
Quanto ao inicio da vigência da lei, o Brasil adota o sistema progressivo ou simultâneo?
R: O Brasil adotou o sistema da obrigatoriedade simultânea conforme art. 1º da Lei de Introdução ao Código Civil: “Salvo disposição contraria a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada”.
Qual a diferença entre ab-rogação e derrogação da lei?
 
 R: Ab- rogação é tornar sem efeito uma norma, retirando sua obrigatoriedade total.
 Derrogação atinge só uma parte da norma, que permanece em vigor no restante.
O efeito represtinatório é regra ou exceção no Direito Brasileiro?
R: Sobre a represtinação, é a regra vigente no direito brasileiro. Salvo disposição em contrario, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
O que se entende por Principio de Auto-Integração da norma jurídica?
R: O legislador não consegue prever todas situações para o presente e para futuro, pois o direito é dinâmico e está e constante movimento, acompanhado, a evolução da vida social, que traz em si novos fatos e conflitos. Ademais, os textos legislativos devem ser concisos e seus conceitos enunciados em termos gerais.
Por que a Analogia não se confunde com a jurisprudência?
 R: Há uma hierarquia na utilização desses mecanismos, figurando a analogia em primeiro lugar. Somente podem ser utilizados os demais se a analogia não puder ser aplicada. Isso porque o direito brasileiro consagra a supremacia da lei escrita. Quando o juiz utiliza-se da analogia para solucionar determinado caso concreto, não está apartando-se da lei, mas aplicando á hipótese não prevista em lei u dispositivo legal relativo a caso semelhante. Jurisprudência é uma fonte secundaria do Direito ;o modo pelo qual os tribunais interpretam e aplicam as leis, caso a caso ; repetindo-se casos idênticos é natural que as sentenças e acórdãos consolidem uma orientação uniforme, que se chama jurisprudência a qual passa a ser utilizada tanto por advogados como pelos magistrados.
O que se distingue o Sistema Tradicional de interpretação das leis do Sistema (método) Sociológico-Ideológico?
R: O Sistema Tradicional de Interpretação, quanto sua origem é autentica, jurisprudencial e doutrinaria, quantos aos meios é gramatical ou literal, lógica ou racional, histórica e sistemática, quanto aos resultados é declarativa, extensiva ou ampliativa e restritiva. Já os Sistema Sociológico-Ideologico, o Juiz deve possuir cultura e não limitada, não deve ficar preso somente no que esta escrito na lei. Art. 5º “ Na aplicação da lei o juiz atendera aos fins sociais a que ela se dirigir e as exigências do bem comum. O juiz deve, sem abandonar o método tradicional, não deixara de atender os fins sociais a que a lei se destina e ás exigências do bem comum.
Por que no Brasil, a retroatividade das leis é exceção?
R: A Constituição Federal de 1988 (art. 5º, XXXVI) e a Lei de Introdução ao Código Civil, afinadas com a tendência contemporânea, adotaram, com efeito, o principio da irretroatividade das leis, como regra, e o da retroatividade como exceção. Acolheu-se a teoria subjetiva de GABBA, de completo respeito ao ato jurídico perfeito, ao direito adquirido e á coisa julgada. Assim, como regra, aplica-se a lei nova aos casos pendentes (facta pendentia) e aos futuros (facta futura), só podendo ser retroativa para atingir fatos já consumados, pretéritos (facta ptaeterita), quando: a) não ofender o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada; b) quando o legislador, expressamente, mandar aplicá-la a casos pretéritos, mesmo que a palavra “retroatividade” não seja usada.
O que se entende por Lei no Espaço?
R: Em razão da soberania estatal, a norma aplica-se dentro do território delimitado pelas fronteiras do Estado.
De uma noção de Direito Internacional Privado.
R: Direito Internacional Privado é o conjunto de princípios destinados a resolver conflitos entre a lei nacional e a lei estrangeira e determinar qual delas é aplicável a uma certa relação do direito relativo a estrangeiro.
Questionário ( Resumo do 1º Bimestre )
O que distingue o Direito Objetivo do Direito Subjetivo?
R: Direito Objetivo é o conjunto de regras vigentes num determinado momento, para reger as relações humanas, impostas, coativamente, a obediência de todos (Ex: Código Civil, Código Penal, Código de Processo Civil, Código de Processo Penal, Código Tributário, Consolidação das leis do Trabalho, Constituição Federal, etc.). Direito Subjetivo é faculdade d individuo de invocar a lei na defesa de seu interesse.
Por que se diz que as normas de ordem pública, contidas no Direito Privado não se confundem com as normas de Direito Publico?
R: Do direito civil, que é o cerne do direito privado, destacaram-se outros ramos, especialmente o direito comercial, o direito do trabalho, direito do consumidor e o direito agrário. Integram, hoje, o direito privado: o direito civil, o direito comercial, o direito agrário, o direito marítimo, bem como o direito do trabalho, o direito do consumidor e o direito aeronáutico. Estes últimos, malgrado contenham um expressivo elenco de normas de ordem publica, conservam a natureza privada, uma vez que tratam das relações entre particulares em geral. Registre-se, no entanto, a existência de corrente divergente que os coloca no elenco do direito publico, especialmente o direito do trabalho. Orlando Gomes inclusive menciona quatro correntes de opinião que tratam do problema da localização deste ultimo ramo do direito.
O que significa dizer que o Direito Positivo é nacional e mutável? E, o Direito Natural é universal e eterno?
R: Direito Positivo é nacional e mutável, porque é imperfeito e transitório, e o Direito Natural é universal e eterno, porque é perfeito e imutável.
Dê uma noção de Costume como fonte formal do direito. Quais são seus elementos constitutivos e o que cada um deles significa?
R: Costume é uma norma jurídica não escrita que o uso consagrou, que pode ser expresso através de uma sumula vinculante. Os elementos são objetivo ( o uso) e subjetivo( a convicção).
Sob o tema da Lei de Introdução, responda:
a) o que se entende por principio de auto-integração da norma jurídica?
R: O legislador não consegue prever todas situações para o presente e para futuro, pois o direito é dinâmico e está e constante movimento, acompanhado, a evolução da vida social, que traz em si novos fatos e conflitos. Ademais, os textos legislativos devem ser concisos e seus conceitos enunciados em termos gerais.
b) o que distingue o método tradicional do método sociológico-teleológico de interpretação da lei?
R: O Sistema Tradicional de Interpretação, quanto sua origem é autentica, jurisprudencial e doutrinaria quantos aos meios é gramatical ou literal, lógica ou racional, histórica e sistemática, quanto aos resultados é declarativa, extensiva ou ampliativa e restritiva. Jáo Sistema Sociológico-Ideológico, o Juiz deve possuir cultura e não limitada, não deve ficar preso somente no que está escrito na lei. Art. 5º “Na aplicação da lei o juiz atendera aos fins sociais a que ela se dirigir e as exigências do bem comum. O juiz deve, sem abandonar o método tradicional, não deixara de atender os fins sociais a que a lei se destina e ás exigências do bem comum.
c) a irretroatividade é regra ou exceção no direito brasileiro? Por quê?
R: A Constituição Federal de 1988 (art. 5º, XXXVI) e a Lei de Introdução ao Código Civil, afinadas com a tendência contemporânea, adotaram, com efeito, o principio da irretroatividade das leis, como regra, e o da retroatividade como exceção.
Dê uma noção de: capacidade de direito ou de gozo, capacidade de exercício ou de fato e legitimação.
R: A que todos têm, e adquirem ao nascer com vida, é capacidade de direito de ou de gozo, também denominada capacidade de aquisição de direitos. Nem todas as pessoas têm, contudo, a capacidade de fato, também denominada capacidade de exercício ou de ação, que é aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil. Capacidade não se confunde com legitimação. Esta aptidão para a pratica de determinados atos jurídicos, uma espécie de capacidade especial exigida em certas situações.
O que se entende por “principio do consenso afirmativo” disposto pelo art. 14 parágrafo único do Código Civil c/c dispositivos da Lei 9434/1997?
R: Os mencionados dispositivos legais consagram, nitidamente, o principio do consenso afirmativo, pelo qual cada um deve manifestar sua vontade de doar seus órgãos e tecidos para depois de sua morte, com objetivo cientifico ou terapêutico, tendo o direito de, a qualquer tempo, revogar livremente essa doação feita para tornar-se eficaz após a morte do doador.
O que cada uma das três fases do processo de ausência procura proteger?
R: A 1ª fase é a curadoria dos bens do ausente ( morte presumida) que envolve um requerimento do interessado ou Ministério Publico, a nomeação do curador( cônjuge, pais, descendentes e curador dativo a duração é de um ano não tendo deixado curador e três anos, tendo deixado. A 2ª fase é da sucessão provisória, que a sentença, que a abertura dessa sucessão, após 180 dias, tem-se a abertura do testamento (se houver) e distribuição provisória dos bens (mediante garantias de restituição ), os bens do ausente podem ser convertidos em títulos da divida publica, a duração é de dez anos. A 3ª fase é a sucessão definitiva que é o requerimento feito pelos interessados: se fizerem dez anos da sucessão provisória e se o ausente tiver 80 anos, estando a cinco desaparecido.
Sob o tema Das Pessoas Jurídicas de Direito Privado, responda:
o que distingue a associação da sociedade?
R: As associações são pessoas jurídicas de direito privado constituídas de pessoas que reúnem os seus esforços para realização de fins não econômicos. Nesse sentido, dispõe o art. 53 do novo diploma: “Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos”. A definição legal ressalta o seu aspecto eminentemente pessoal (universitas personaraum). As sociedades podem ser simples e empresarias expressões estas que substituíram a antiga divisão em sociedades civis e comercias. Como no sistema do novo Código Civil todas sociedades são civis, foi adotada a nova denominação mencionada (c.f. art. 982). Registra Miguel Reale que, “com a instituição da sociedade simples, cria-se um modelo jurídico capaz de dar abrigo ao amplo espectro das atividades de fins econômicos não empresariais, com disposições de valor supletivo para todos os tipos de sociedade”. Como é a própria pessoa jurídica e empresaria – e não os seus sócios -, o correto é falar-se “sociedade empresaria”, e não “sociedade empresarial”( isto é, “empresários”).
por que a fundação é uma “universitas bonorum”?
R: Porque consiste em complexos de bens dedicados á consecução de certos fins e, para esse efeito, dotados de personalidade. Decorrem da vontade de uma pessoa, o instituidor, e seus fins, de natureza religiosa, moral, cultural ou assistencial, são imutáveis.
por que o art. 50 Código Civil é uma exceção ao principio “universitas distat a singulis”?
R: Igualmente no campo do direito das sucessões podem ocorrer abusos que justificam a aplicação da aludia teoria, especialmente nas hipóteses de utilização de pessoas jurídicas por genitores que pretendem beneficiar alguns filhos em detrimento de outros, frustrando o direito á herança destes. A aplicação da teoria da desconsideração inversa poderá também ser invocada pelo prejudicado, para obter o reconhecimento de seu direito integral á herança.
Qual a diferença entre: habitação/morada, residência e domicilio?
R: Habitação: Moradia, residência, lugar onde se mora. Pode ser um dos componentes do salário quando nele se inclui o direito á moradia. Prédio onde residem muitas famílias, que recebe o nome de cortiço ou casa de cômodos. Tem locação regida pela lei e a soma dos alugueis não pode superar o dobro do valor da locação. Ao cônjuge sobrevivente, sob regime de comunhão universal de bens enquanto viver e permanecer viúvo, será assegurado o direito real de habitação no imóvel da família, desde que seja o único bem dessa natureza a inventariar. Residência: lugar onde a pessoa habita ou tem o centro de suas ocupações. Domicilio: “ sede jurídica da pessoa, lugar onde ela se presume presente para efeitos jurídicos de direito e onde exerce ou pratica, habitualmente, seus atos e negócios jurídicos”. 
 
 
Direitos da Personalidade
Dê uma breve noção de Direitos da Personalidade.
R: Certas prerrogativas individuais, inerentes á pessoa humana, aos poucos foram reconhecidas pela doutrina e pelo ordenamento jurídico, bem como protegidas pela jurisprudência. São direitos inalienáveis, que se encontram fora do comercio, e que merecem proteção legal.
O que distingue os Direitos da personalidade dos Direitos Patrimoniais?
R: Os Direitos da Personalidade com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntaria. Já o Direitos Patrimoniais é um direito de ação por dano moral, como tal, transmite-se aos sucessores da vitima. Não se pode, pois afirmar que imprescritível a pretensão á reparação do dano moral, embora consista em ofensa á direitos da personalidade.
Sabido que o Direitos da Personalidade dividem-se em inatos e adquiridos, o que cada uma dessas espécies compreende?
R: Os inatos, como o direito á vida e á integridade física e moral, e os adquiridos, que decorrem do status individual e existem na extensão da disciplina que lhes foi conferida pelo direito positivo.
Qual o tema central da Lei 9434 de 4/02/1997?
R: Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplantes e tratamento e da outras providencias.
O art. 11 do Código Civil, ao alencar os Direitos da Personalidade o faz de forma taxativa ou enunciativa? Por quê?
 R: Enunciativa, porque o artigo não específica, não enumera os casos de exceção, apenas é exemplificado. 
O que significa dizer que os Direitos da Personalidade são: intransmissíveis, irrenunciáveis, absolutos, ilimitados, imprescritíveis, inexpropriáveis e vitalícios?
R: Intransmissibilidade e irrenunciabilidade: essas características mencionadas expressamente no dispositivo legal supratranscrito, acarretam a indisponibilidade dos direitos da personalidade. Não podendo os seus titulares deles dispor, transmitindo-se a terceiros, renunciando ao seu uso ou abandonando-o, pois nascem e se extinguem com eles, dos quais são inseparáveis. Evidentemente, ninguém pode desfrutar em nome de outrem bens como a vida, a honra, a liberdade etc. Absolutismo: o caráter absoluto dos direitosda personalidade é conseqüência de sua oponibilidade erga omnes. São tão relevantes e necessários que impõe a todos um dever de abstenção, de respeito. Sob outro ângulo, tem caráter geral, porque inerentes a toda pessoa humana. Não limitação: è ilimitado o numero de direitos da personalidade, malgrado o Código Civil, nos arts. 11 a 21, tenha se referido expressamente apenas a alguns. Reputa-se tal rol meramente exemplificativo, pois não esgota o seu elenco, visto ser impossível imaginar-se um numerus clausus nesse campo. Imprescritibilidade: essa característica é mencionada pela doutrina em geral pelo fato de os direitos da personalidade não se extinguirem pelo uso e pelo decurso do tempo, nem pela inércia na pretensão de defende-los. Não sujeição a desapropriação: Os direitos da personalidade inatos não são suscetíveis de desapropriação, por se ligarem á pessoa humana de modo indestacável. Não podem dela ser retirados contra sua vontade, nem o seu exercício sofrer limitação voluntaria ( Código Civil, art. 11). Vitaliciedade: os direitos da personalidade inatos são adquiridos no instante da concepção e acompanharam a pessoa ate sua morte. Por isso, resguardados, como o respeito ao morto, á sua honra ou memória e ao seu direito moral de autor, por exemplo.
De forma breve e clara, sem reproduzir o texto legal, faça uma exegese dos seguintes artigos do C.Civil:
- art. 12 e parágrafo único Direito de se defender de ameaça ou lesão.
- art. 13 e parágrafo único Disposições do próprio corpo em vida.
- art. 15 tratamento medico de risco.
- art. 20 e parágrafo único Direito á imagem e á palavra escrita.
- art. 21 Direito a privacidade.
Tendo em vista o art. 14 do Código Civil c/c o art. 4º da Lei 9434/97( Disposição do próprio corpo “post mortem”), respondam:
o que se entende por principio do consenso afirmativo?
R: Os mencionados dispositivos legais consagram, nitidamente, o principio do consenso afirmativo, pelo qual cada um deve manifestar sua vontade de doar seus órgãos e tecidos para depois de sua morte, com objetivo cientifico ou terapêutico, tendo o direito de, a qualquer tempo, revogar livremente essa doação feita para tornar-se eficaz após a morte do doador.
Todas as pessoas são doadoras potenciais? Por quê?
R: A Lei n. 10.211/2001, ao exigir a autorização dos familiares do falecido para realizar transplante, afastou a presunção de que todas as pessoas eram doadoras potencias. Para enfatizar que a decisão de disposição do próprio corpo constitui ato personalíssimo do disponente, o Enunciado 277 da IV Jornada de Direito Civil realizada pelo Conselho da Justiça Federal dispõe: “O art. 14 do Código Civil, ao afirmar a validade da disposição gratuita do próprio corpo, com objetivo cientifico ou altruístico, para depois da morte, determinou que a manifestação expressa do doador de órgãos em vida prevalece sobre a vontade dos familiares; portanto, a aplicação do art. 4º da Lei n. 9434/1997 ficou restrita á hipótese de silencio do potencial doador”.
O que ocorre se a pessoa, em vida, não manifestou expressamente sua intenção de ser doadora? Essa intenção pode ser revogada?
R: A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo do falecido dependera da autorização de qualquer parente maior, da linha reta ou colateral ate o 2º grau, ou do cônjuge sobrevivente, firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes á verificação da morte (Lei n. 9434/97, art. 4º). Em se tratando de pessoa falecida juridicamente incapaz, a remoção de seus órgãos e tecidos apenas poderá ser levada a efeito se houver anuência expressa de ambos os pais ou por seu representante legal (Lei n. 9434/97, art. 5º. E se o corpo for de pessoa não identificada, proibida está a remoção post mortem de seus órgãos e tecidos (Lei n. 9434/97, art. 6º).
O que ocorre se a pessoa, em vida, manifestou expressamente sua vontade de não ser doadora, mas mesmo assim seus familiares querem autorizar essa doação?
R: Desse modo, se, em vida, a pessoa manifestou expressamente a vontade de não ser doadora de órgãos, a retirada destes não se realizara nem mesmo com a autorização dos familiares.
Por estarem ligados ao assunto, leia para tomar conhecimento os arts. 5º da Constituição Federal e arts. 150/154 do Código Penal.
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e préviaindenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
XXX - é garantido o direito de herança;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus;
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direito ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação;
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
LVlI - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
LXVIII - conceder-se-á habeas-corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas-corpus ou habeas-data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
LXXII - conceder-se-á habeas-data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registrosou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas-corpus e habeas-data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.
§ 1º. As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
§ 2º. Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
§ 3º. Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes ás emendas constitucionais.
§ 4º. O Brasil se submete á jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.
§ 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou por duas ou mais pessoas:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, além da pena correspondente à violência.
§ 2º - Aumenta-se a pena de um terço, se o fato é cometido por funcionário público, fora dos casos legais, ou com inobservância das formalidades estabelecidas em lei, ou com abuso do poder.
§ 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências:
I - durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra diligência;
II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na iminência de o ser.
§ 4º - A expressão "casa" compreende:
I - qualquer compartimento habitado;
II - aposento ocupado de habitação coletiva;
III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
§ 5º - Não se compreendem na expressão "casa":
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do parágrafo anterior;
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.
Art. 151 - Devassar indevidamente o conteúdo de correspondência fechada, dirigida a outrem:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Sonegação ou destruição de correspondência
§ 1º - Na mesma pena incorre:
I - quem se apossa indevidamente de correspondência alheia, embora não fechada e, no todo ou em parte, a sonega ou destrói;
Violação de comunicação telegráfica, radioelétrica ou telefônica
II - quem indevidamente divulga, transmite a outrem ou utiliza abusivamente comunicação telegráfica ou radioelétrica dirigida a terceiro, ou conversação telefônica entre outras pessoas;
III - quem impede a comunicação ou a conversação referidas no número anterior;
IV - quem instala ou utiliza estação ou aparelho radioelétrico, sem observância de disposição legal.
§ 2º - As penas aumentam-se de metade, se há dano para outrem.
§ 3º - Se o agente comete o crime, com abuso de função em serviço postal, telegráfico, radioelétrico ou telefônico:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.
§ 4º - Somente se procede mediante representação, salvo nos casos do § 1º, IV, e do § 3º.
Art. 152 - Abusar da condição de sócio ou empregado de estabelecimento comercial ou industrial para, no todo ou em parte, desviar, sonegar, subtrair ou suprimir correspondência, ou revelar a estranho seu conteúdo:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.
 Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.
Violação do segredo profissional
Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.
	 
Do estado da Pessoa Natural
Qual o significado da palavra “status” (estado)?
R: A palavra “estado” provem do latim status, empregada pelos romanos para designar os vários predicados integrantes da personalidade. Constitui, assim, a soma das qualificações da pessoa na sociedade, hábeis a produzir efeitos jurídicos. È modo particular de existir. É uma situação jurídica resultante de certas qualidades inerentes á pessoa.
Quais as 3 espécies de “status” reconhecida pelo Direito Romano?
R: No direito romano dava-se grande importância ao estado das pessoas, sendo considerada qualidade particular que determinava a capacidade. O status apresentava-se então sob três aspectos: liberdade, cidade e família. Gozava de capacidade plena o individuo que reunia os três estados. A sua falta acarretava a capitis diminutio, que podia ser mínima, media e máxima.
Quais as 3 espécies de “status” reconhecida pelo Direito Moderno? O que cada um deles significa?
R: No direito moderno sobreviveram apenas os dois últimos, nacionalidade ou estado político e o estado e o estado familiar. Contudo, influenciada pela tríplice divisão adotada no direito romano, a doutrina em geral distingue três ordens de estado: o individual ou físico, o familiar e o político. Estado individual é o de ser da pessoa quanto á idade, sexo, cor altura, saúde( são ou insano e incapaz) etc. Estado familiar é o que indica a sua situação na família, em relação ao matrimonio (solteiro, casado, viúvo, divorciado) e ao parentesco, por consangüinidade ou afinidade (pai, filho, irmão, sogro, cunhado etc.). Estado político é a qualidade política, podendo ser nacional ( nato ou naturalizado) e estrangeiro.
Segundo Carlos Roberto Gonçalves, quais as principais características (atributos) do estado (status)?
R: As principais características ou atributos do estado são a indivisibilidade, indisponibilidade e a imprescritibilidade.
Classificação dos Negócios Jurídicos
Unilaterais – quando a declaração de vontade emana apenas de uma parte (uma ou mais pessoas). Exemplo: testamento. Subdividem-se em receptícios – quando a declaração para produzir efeitos tem que ser do conhecimento do destinatário, como na revogação de um mandato – e não receptícios – quando o conhecimento do destinatário é irrelevante.
Bilaterais – são os casos em que concorrem duas manifestações de vontade, formando um consenso. Exemplo: contratos de compra e venda. E subdividem-se em bilaterais simples e sinalagmáticos. Bilaterais simples são aqueles em que somente uma das partes aufere vantagens, enquanto a outra arca com os ônus, como ocorre na doação e no comodato, por exemplo. Sinalagmáticos sãoaqueles em que há reciprocidade de direitos e obrigações estando as partes em situação de igualdade. São os que outorgam ônus e vantagens recíprocos, como na compra e venda e na locação, verbi gratia. Essa dominação deriva do vocabulário grego sinalagma, que significa contrato com reciprocidade.
Plurilaterais – negócios pertinentes a mais de duas partes. Exemplo: consórcio.
Gratuitos – só uma das partes aufere vantagem, a exemplo de uma doação simples
Onerosos – compreendem aqueles casos em que ambos os contratantes possuem ônus e vantagens recíprocas. Dividem-se em comutativos – as prestações de cada um são certas e determinadas – e aleatórios – quando há incerteza em relação às vantagens e às prestações, havendo um risco. Exemplo: um seguro.
Neutros – são destituídos de atribuição patrimonial, não se incluindo em nenhuma categoria específica, como no caso da instituição voluntária do bem de família.
Bifrontes – podem ser tanto gratuitos como onerosos. Tudo depende das partes. Exemplo: o contrato de depósito é, em tese, gratuito; pode ser, todavia, oneroso se as partes assim decidirem.
Inter Vivos – destinados a produzir efeitos durante a vida dos interessados, como nos contratos de compra e venda.
Mortis Causa – são aqueles pactuados para produzir efeitos após a morte do declarante, a exemplo do testamento.
Principais – são aqueles que têm existência própria e não dependem de qualquer outro. Exemplo: locação.
Acessórios – exigem que haja um negócio principal, estando subordinados a eles, assim como ocorre com a fiança.
Solenes – obedecem a uma solenidade especial, uma forma prescrita em lei, a exemplo do casamento.
Não solenes – a lei não exige formalidade para o seu aperfeiçoamento, podendo ser celebrado por qualquer forma. Exemplo: doação.
Simples – são os negócios que constituem por ato único.
Complexos – são os que resultam da fusão de vários atos sem eficácia independente. Compõem-se de varias declarações de vontade, que se completam, emitidas pelo mesmo sujeito, ou diferentes sujeitos, para a obtenção dos efeitos pretendidos na sua unidade.
Complexidade Objetiva – quando as varias declarações de vontade, que se completam, são emitidas pelo mesmo sujeito tendo em vista o mesmo objeto. É essencial, nessa forma de complexidade, a identidade tanto do sujeito como do objeto do negocio.
Complexidade Subjetiva – se caracteriza pela pluralidade de declarações de diferentes sujeitos, devendo convergir para o mesmo objeto, ou seja, ter uma única causa, mas podendo ser emitidas contemporâneas ou sucessivamente.
Coligados – se compõe de vários outros, como, por exemplo, o arrendamento de posto de gasolina, coligado pelo mesmo instrumento ao contrato de locação de bombas, de comodato de área para funcionamento de lanchonete, de fornecimento de combustível, de financiamento etc. Neste caso há multiplicidade de negócios, conservando cada qual fisionomia própria, mas havendo um nexo que os reúne substancialmente.
Causais - as obrigações ligam-se à razão jurídica do ato negocial. Assim, “se alguém é acionado, judicialmente, para pagar uma dívida assumida por compra de um automóvel, pode defender-se, alegando que o veículo possuía vício redibitório, se este foi o motivo. Comprovado o defeito do negócio jurídico aquela obrigação decorrente torna-se sem efeito” (NADER, p. 382).
Abstrato – cria obrigação autônoma, desvinculada de sua motivação. É irrelevante a demonstração de sua causa, seja por parte de quem exige o seu cumprimento ou de quem se furta a respeitá-lo. Para a validade de tais negócios jurídicos basta que as partes atendam aos requisitos essenciais para a sua formação. Entre eles, incluem-se a nota promissória, o aceite de uma letra de câmbio” (NADER, p. 382).“Se de um lado os negócios causais, ao permitirem a discussão de sua origem, tutelam a justiça e a moralidade da relação jurídica, de outro os negócios abstratos favorecem a circulação das riquezas” .
Patrimoniais – relacionados com os bens ou direito pecuniários. Exemplo: negócios reais, obrigações.
Extrapatrimoniais – referem-se a direitos sem conteúdo econômico, como nos casos de direitos da personalidade.
De disposição (alienação) – quando autorizam o exercício de amplos direitos, inclusive de alienação, sobre o objeto transferido. Exemplo: adoção.
De pura administração ​​– estes admitem apenas a administração e uso do objeto cedido, como no comodato e no mútuo.
Constitutivos – se sua eficácia se opera ex nunc, ou seja, se o negócio se efetiva a partir do momento de sua conclusão, assim como num contrato de compra e venda.
Declaratórios – quando, diferentemente dos constitutivos, possui eficácia ex tunc – produz efeitos que retroagem no tempo. Exemplo: reconhecimento de um filho. Vale ressaltar que este esquema prático não exaure o tema, uma vez que cada doutrinador possui sua própria classificação.

Outros materiais