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Bens Públicos
Denomina-se bens públicos, em sentido estrito, o conjunto de bens móveis e imóveis, corpóreos ou incorpóreos, pertencentes ao Estado. Assim, em uma primeira aproximação, pode-se dizer que o domínio público é constituído pela somatória dos bens públicos, do patrimônio atribuído pelo ordenamento jurídico às pessoas componentes da organização estatal. A expressão “bem público”, no entanto, é mais abrangente do que “domínio público” porque existem bens públicos que são regidos por princípios do direito privado.
Na legislação brasileira temos o art. 98 do Código Civil que diz: “são públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos são os outros são particulares, seja qual for a pessoa a quem pertencerem”
Correntes para definir o que são bens públicos: corrente exclusivista (o que pertence às pessoas jurídicas públicas), corrente inclusivista (todos aqueles que pertencem à Administração Pública direita e indireta), e a corrente mista (todos os que pertencem a pessoas jurídicas de direto público, bem como os que estejam afetados à prestação de um serviço público).
Código civil traz alguns conceitos relacionados à bens públicos:
Conceitos de bens públicos (art. 98)
Classificação dos bens públicos (art. 99): bens de uso comum do povo (rios, mares, estradas, ruas e praças), de uso especial (edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal) e dominicais (objeto de direito pessoal ou real).
Definição da inalienabilidade dos bens de uso comum e de uso especial (art. 100): os bens de uso comum e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Os bens de uso comum e uso especial não podem ser alienados, exceto se houver uma alteração de sua qualificação na forma que a lei determinar. Isso porque os bens de uso comum e os de uso especial, em princípio, são passíveis de conversão em bens dominicais, por meio de desafetação, e, uma vez desafetados, é permitida sua alienação, nos termos definidos na legislação.
Admissão da alienabilidade dos bens dominicais (art. 101)
Imprescritibilidade dos bens públicos (art. 102) – insuscetíveis a usucapião.
Uso comum dos bens públicos (art. 103) – admite uso gratuito ou remunerado dos bens públicos.
Domínio público em sentido amplo, é o poder de senhorio que o Estado exerce sobre os bens públicos, bem como a capacidade de regulação estatal sobre os bens do patrimônio privado. A noção ampla de domínio público deriva do chamado domínio eminente, que é o “poder político pelo qual o Estado submete à sua vontade todas as coisas de seu território”. Porém, o domínio eminente exercido pelo Estado não quer dizer que detenha a propriedade de todos os bens existentes em seu território. Os bens públicos pertencem ao Estado; já os bens privados estão submetidos a uma relação jurídica estatal.
Em sentido estrito, a expressão domínio público compreende o conjunto de bens móveis e imóveis, corpóreos e incorpóreos, pertencentes ao Estado. Nesta última acepção, portanto, domínio público é o mesmo que patrimônio público.
Subdomínios do domínio público:
Domínio terrestre (terras devolutas, são bens públicos dominicais, geralmente dos Estados, mas se tiverem na fronteira são da União; são indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estado, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais).
Domínio hídrico (Código das águas e Lei da Política Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos).
Domínio mineral (Código de Minas; petróleo e minérios nucleares são monopólio da União).
Domínio florestal (competência comum, passíveis de exploração dentro dos limites legais, são bens de interesse comum a todos os habitantes do País).
Domínio da fauna (domínio da União).
Domínio espacial (código brasileiro de aeronáutica).
Domínio do patrimônio histórico
Domínio do patrimônio genético
Domínio ambiental
O transporte aéreo de passageiros é serviço público de titularidade da União prestado sob regime de concessão.
Res nullius são as coisas sem dono ou bens adéspotas, não há qualquer disciplina específica do ordenamento jurídico, incluindo bens impropriáveis.
Bens públicos: da união (art. 20, CF), dos Estados (art. 26, CF), do Distrito Federal (bens administrados pelos mesmos), dos municipais (bens administrados pelo Município), dos Territórios Federais (administrados por eles), Bens públicos da administração indireta (são deles, exceto no caso de direto privado, como empresas públicas e sociedades de economia mista) e bens públicos de concessionários e permissionários (não são bens públicos).
Classificação:
Quanto à titularidade: federais, estaduais, distritais, territoriais e municipais.
Quanto à disponibilidade: bens indisponíveis por natureza, bens patrimoniais indisponíveis e bens patrimoniais disponíveis.
Quanto à destinação: uso comum do povo, de uso especial e dominicais.
Bens de uso comum do povo: bens de domínio público são aqueles abertos a uma utilização universal.
Bens de uso especial: bens do patrimônio administrativo são aqueles afetados a uma destinação específica.
Bens dominicais: bens de patrimônio público disponível ou bens do patrimônio fiscal, são todos aqueles sem utilidade específica, podendo ser “utilizados em qualquer fim ou, mesmo, alienados pela Administração, se assim o desejar”.
Bens públicos necessários e bens públicos acidentais.
Quatro atributos fundamentais dos bens públicos: inalienabilidade, impenhorabilidade, imprescritibilidade e não onerabilidade.
Exceção: admite-se usucapião especial sobre terras devolutas localizadas na área rural
Requisitos para alienação dos bens públicos: a alienação ocorrerá quando não houver interesse público, econômico ou social em manter o imóvel no domínio da União.
Os termos “afetação” e ”desafetação” são utilizados em mais de um sentido pela doutrina especializada. Genericamente, tais expressões são usadas para designar a condição estética atual de determinado bem público. Se o bem está vinculado a uma finalidade pública qualquer, diz-se estar afetado; se não tiver tal vinculação, está desafetado. Não existe desafetação tácita no Brasil.
Formas de uso, no caso, 4 formas: uso comum (sem necessidade de autorização estatal, pode ser remunerado ou gratuito), uso especial (regras específicas e consentimento estatal, pode ser gratuito ou remunerado), uso compartilhado (bens pertencentes a outras pessoas governamentais) e uso privado (outorgada temporariamente a determinada pessoa).
Autorização de uso de bem público: é o ato administrativo unilateral, discricionário, precário e sem licitação para particular em atenção a interesse predominantemente privado. Em regra, indeterminado, mas há hipóteses de determinação do tempo.
Permissão de uso de bem público: ato administrativo unilateral, discricionário e precário pelo qual o poder público defere uso privado de bem público a determinado particular em atenção a interesse predominantemente público, obrigatoriedade na utilização, realização de licitação.
Concessão de uso de bem público: é contrato administrativo bilateral pelo qual o poder público outorga, mediante prévia licitação, o uso privativo e obrigatório de bem público a particular, por prazo determinado, gratuita ou remunerada, rescisão antecipada pode ensejar dever de indenizar e preponderância do interesse público.
Concessão de direito real de uso: concessão de direito real de uso pode recair sobre terrenos públicos ou espaços aéreos, basicamente serve como uma regulação fundiária.
Aforamento é outra modalidade de uso privado de bens públicos imóveis, consiste em um direito real administrativo de posse, uso, gozo e relativa disposição sobre a coisa, mantendo o Estado o domínio direto, e o particular, o domínio útil.
Aquisição de bens públicos pode-se dar por meio de: contrato, usucapião, desapropriação, acessão, aquisição causa mortis, arrematação, adjudicação, resgatena enfiteuse, dação em pagamento e por força de lei.
Alienação de bens públicos são: venda, doação, permuta, dação em pagamento, concessão de domínio, investidura, incorporação, retrocessão e legitimação de posse.

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