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Para a semana 7, sugerimos a leitura dos capítulos 4.3.3 e ____________ de FETZNER, Néli Luiza Cavalieri; TAVARES Jr., Nelson Carlos; VALVERDE, Alda da Graça Marques. Lições de Argumentação Jurídica. Rio de Janeiro: Forense, 2011. Com relação ao ARGUMENTO DE ANALOGIA, a obra principal adotada para esta disciplina – Lições de Gramática aplicadas ao Texto Jurídico – menciona que é importante discutir se é possível usar a jurisprudência com fonte. Antes de enfrentar qualquer questão, tomemos como conceito de jurisprudência, em sentido estrito, o conjunto de decisões uniformes, sobre uma determinada questão jurídica, prolatadas pelos órgãos do Poder Judiciário. O próprio conceito atribuído à fonte aqui discutida sugere que sua autoridade advém do órgão que a profere (jurisdição). Isso é inegável. O que se questiona é que, independentemente da autoridade que a reveste, o que faculta verdadeiramente seu uso – e a torna eficiente – é a proximidade do caso analisado com os outros cujas decisões são tomadas como referência. Isso implica dizer que, em última instância, o que faz do uso da jurisprudência uma estratégia interessante para a argumentação é o raciocínio de que casos semelhantes devem receber tratamentos análogos por parte do Judiciário, para que não sejam observadas injustiças ou discrepâncias. É a semelhança entre o caso concreto analisado e o processo já transitado em julgado que autoriza o uso da jurisprudência. Tanto é assim que se ambos os conflitos versarem sobre direito possessório, por exemplo, mas as circunstâncias em que cada um deles ocorreu não forem as mesmas, a simples proximidade temática não autoriza o uso da jurisprudência pela autoridade de que é revestida. Por essa razão, preferimos elencar as decisões judiciais reiteradas como motivadoras de argumentos por analogia. Uma observação se faz necessária, neste ponto: para o acadêmico de Direito importa, muitas vezes, mais o domínio das estratégias argumentativas e dos tipos de argumento, do ponto de vista prático, que a própria classificação desses elementos, pois esta é uma preocupação prioritariamente didática. Os elos coesivos entre parágrafos reforçam a tessitura do texto, permitindo uma maior eficiência discursiva por parte do argumentador. Eles podem ser utilizados de acordo com o objetivo de cada parágrafo elaborado, devendo-se levar em consideração algumas possibilidades interpretativas: Por enumeração Por oposição Por causa Por conseqüência Ressalta(m)-se É bem verdade que... Como se há verificar... Neste sentido, deve-se dizer... Além desses fatores... Não se pode olvidar que... Como se pode notar... Oportuno se torna dizer que... É de verificar-se que... Não há olvidar-se que... É de verificar-se que... Cumpre-nos assinalar que... Registre-se, ainda, que... Bom é dizer que... Devido a... Diante do exposto... Assinale-se, ainda, que... Por outro lado... Em virtude de... Diante disso... Convém ressaltar... Ao contrário do que foi dito... Em face de... Em face de tal situação... Além desses fatores... Conectores de oposição: conjunções adversativas e concessivas. Substantivos: causa, motivo, razão, explicação, pretexto, base, fundamento, gênese, origem, o porquê. Em virtude desses fatos... Soma(m)-se a esses aspectos o(s) fato(s)... Verbos que indicam oposição (contrariar, impedir, obstar, vedar...) Verbos que indicam causa (determinar, permitir, causar, gerar...) Em face dessa questão... Mister se faz ressaltar que... **** Locuções prepositivas: em virtude de..., em razão de..., por causa de..., em vista de..., por motivo de... Substantivos: efeito, produto, decorrência, fruto, reflexo, desfecho. Registre-se, ainda, que... **** Conjunções: porque, pois, já que, uma vez que, porquanto, como. Verbos que indicam conseqüência (ocasionar, gerar, provocar...) É de ser relevado... **** **** Locuções e conjunções: logo, então, portanto, por isso, por conseguinte, pois.
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