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TRT - SC 
Direito Processual Civil 
Prof.: Giuliano Tamagno 
 
 Direito Processual Civil TRT/SC 
Prof. Giuliano Tamagno Página 2 
 
ÍNDICE 
 
1. DA JURISDIÇÃO DA AÇÃO E DO PROCESSO...................................................... 04 
2. CARACTERISTICAS.......................................................................................... 05 
2.1 UNIDADE....................................................................................................... 05 
2.2 SECUNDARIEDADE......................................................................................... 05 
2.3 SUBSTITUTIVIDADE....................................................................................... 06 
2.4 IMPARCIALIDADE .......................................................................................... 06 
2.5 CRIATIVIDADE............................................................................................... 06 
2.6 INÉRCIA........................................................................................................ 06 
2.7 DEFINITIVIDADE............................................................................................ 07 
3 JURISDIÇÃO CONTENCIOSA E VOLUNTÁRIA....................................................... 07 
3.1 CONTENCIOSA............................................................................................... 07 
3.2 VOLUNTÁRIA................................................................................................. 08 
4. QUESTÕES...................................................................................................... 09 
 
1. CONDIÇÕES DA AÇÃO..................................................................................... 12 
1.1 POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO........................................................... 12 
1.2 INTERESSE DE AGIR...................................................................................... 13 
1.3 LEGITIMIDADE DAS PARTES.......................................................................... 13 
2. QUESTÕES.................................................................................................... 14 
 
1. PARTES E PROCURADORES............................................................................ 16 
2. CAPACIDADE PROCESSUAL E CAPACIDADE POSTULATÓRIA............................. 16 
3. CAPACIDADE POSTULATÓRIA......................................................................... 16 
4. CAPACIDADE PROCESSUAL............................................................................. 17 
4. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL.......................................................................... 18 
5. SUBSTITUIÇÃO DAS PARTES........................................................................... 19 
6. DEVERES DAS PARTES E PROCURADORES........................................................ 19 
7. RESPONSABILIDADE PELO DANO PROCESSUAL................................................ 19 
8. QUESTÕES..................................................................................................... 20 
 
1. LITISCONSÓRCIO E ASSISTÊNCIA.................................................................... 24 
2. ASSISTENCIA SIMPLES.................................................................................... 24 
3. ASSISTENCIA AUTÔNOMA .............................................................................. 24 
4. LITISCONSÓRCIO.......................................................................................... 24 
4.1 CLASSIFICAÇÃO............................................................................................. 25 
3. CARACTERISTICAS DO LITISCONSORTES........................................................ 27 
4. QUESTÕES.................................................................................................... 28 
 
 
 
Direito Processual Civil TRT/SC 
Prof. Giuliano Tamagno Página 3 
Introdução 
O objetivo da presente apostila é trazer de forma prática, didática e simples 
a matéria que será cobrada na prova de Direito Processual Civil do concurso do TRT/SC. 
A matéria que será abordada nesta apostila é recorrente em concursos, 
como pode ser observado nas questões trazidas ao final do material, as quais resolveremos juntos 
a fim de proporcionar segurança no dia da prova. 
Começaremos tratando da Teoria Geral do Processo, e aos poucos 
aprofundaremos a matéria até chegarmos em tópicos mais complexos. 
Sugiro que todos tenham à mão um Código de Processo Civil, que pode ser 
facilmente baixado na internet. 
Feitas estas considerações, apertem o cinto, busquem um café forte porque 
as questões de Processo Civil da tua prova, iremos garantir hoje. 
Dúvidas, críticas ou sugestões me mandem por e-mail que tento resolver no 
menor prazo possível ou até mesmo por SMS no celular em casos mais extremos. 
E-mail: Giuliano.advocacia@gmail.com 
Celular: 51 – 9868 7131 
Abraços a todos, e bons estudos. 
Prof. Giuliano Tamagno 
Direito Processual Civil TRT/SC 
Prof. Giuliano Tamagno Página 4 
1. DA JURISDIÇÃO, DA AÇÃO E DO PROCESSO
Estes institutos se interagem, se ligam, formando o que se denomina triangulo 
processual ou trilogia processual. 
O Estado, tem o poder e a obrigação de realizar o Direito, resolvendo conflitos e 
preservando a paz social. A esta função estatal dá-se o nome de JURISDIÇÃO. 
Umas das mais marcantes características da jurisdição, é a inércia, que consiste no fato 
de só agir quando provocada, e o meio de se fazer isso é a AÇÃO! 
A ação é regida por atos complexos, petições, decisões interlocutórias, decisões de 
mero expediente, recursos, sentenças, acórdãos etc. e o conjunto destes atos, demos o nome de 
PROCESSO. 
Então, podemos dizer que a Jurisdição é provocada pelo direito de ação e será exercida 
pelo processo. 
Jurisdição 
O Estado, para fazer cumprir seus objetivos divide o seu campo de atuação em três 
grandes poderes, quais sejam; Executivo, Legislativo e Judiciário. Cada um deles tem uma função 
precípua – Legislativo = legislar, Executivo = administrar, e ao Judiciário = resolver os litígios nos 
casos concretos. 
Essa função de resolução de litígios, nada mais é que a JURISDIÇÃO (que vem do latim 
juris dicto – dizer o direito), e pode ser visualizada sob três enfoques distintos: 
Como poder: porquanto emana da soberania Estado, que assumiu o monopólio de 
dirimir os conflitos. 
Como função: porque constitui obrigação do Estado prestar a tutela jurisdicional 
quando chamado 
Como atividade: uma vez que atua por uma séria de atos processuais. 
Portanto, jurisdição é o poder, a função e a atividade exercidos e desenvolvidos por 
órgãos estatais previstos em lei com a finalidade de tutelar direitos individuais ou coletivos. Uma 
vez provocada atua em caráter definitivo para compor litígios ou simplesmente realizar direitos 
materiais. A jurisdição substitui a vontade das pessoas envolvidas no litígio. 
Direito Processual Civil TRT/SC 
Prof. Giuliano Tamagno Página 5 
2. CARACTERÍSTICAS:
2.1 Unidade : A jurisdição é função exclusiva do poder judiciário, por intermédio dos 
seus juízes (art. 1º) os quais decidem monocraticamente ou em órgãos colegiados, por isso que 
se diz que a jurisdição é UNA. É competência somente dos juízes, eles possuem o monopólio. 
A divisão em órgãos – Justiça do Trabalho, Militar, Civil, Penal – tem efeito meramente 
organizacional e para nossa matéria não faremos nenhuma distinção. A jurisdição será sempre o 
poder-dever do estado em declarar e realizar o direito. 
O Art. 1º estabelece que a jurisdição é exercida“pelos juízes”, quando, segundo a 
doutrina o correto seria “pelo juízo” eis que contam com atos do escrivão, juiz, e demais auxiliares 
da serventia, bem como ou auxiliares indiretos, MP, Defensores, Perítos e Advogados. 
O sujeito pode mudar, pode trocar o Advogado, o Promotor etc. o que importa não é a 
pessoa, e sim o cargo. 
Para melhor esclarecer usaremos as palavra do processualista Francisco Raitani: 
“Um dos princípios essenciais do nosso atual sistema de constitucional é o da unidade 
de jurisdição, isto é, o monopólio do Poder Judiciário no exame dos atos 
administrativos e na solução de todas as relações jurídicas, impugnadas por serem 
contrárias às leis ou à Constituição”1 
O exame da unidade jurisdicional trata também de negar aos poderes competência 
para julgar seus atos. Daí resulta o princípio de freios e contrapesos trazido pelo filósofo da 
tripartição de poderes Montesquieu. 
2.2 Secundariedade: A jurisdição é o derradeiro recurso (ultima ratio), a última 
trincheira na busca da solução de conflitos. 
A jurisdição deve ser a exceção, pois o correto/esperado é que as pessoas hajam 
conforme a lei e os bons costumes – que o patrão pague o salário, que o locatário pague o 
aluguel, independente de interferência estatal, por isso a jurisdição fica em “segundo plano”. 
1 Francisco Raitani. Prática de Processo Civil, São Paulo, Saraiva, 2000, p. 113 
Direito Processual Civil TRT/SC 
Prof. Giuliano Tamagno Página 6 
A jurisdição só vai acontecer quando houver uma pretensão resistida. 
Hoje em dia, existe uma enxurrada de ações que ferem o princípio da secundariedade, 
por exemplo, pessoas pedindo benefício do INSS sem sequer fazer o pedido administrativo, 
pedindo extrato de banco, ao invés de ir na agência, tais atos, contrariam a secundariedade e os 
processos devem ser extintos, sem mérito, por falta de interesse de agir, e isso não afronta o livre 
acesso ao judiciário. 
Há uma exceção ao princípio da secundariedade, nas ações que busquem, por 
exemplo, destituição do pátrio poder e interdição, DEVENDO haver manifestação do Estado, 
nestes casos teremos a jurisdição contenciosa/obrigatória/necessária/primária que é requisito 
indispensável para o objetivo que se busca. 
2.3 Substitutividade: Como o Estado é estranho ao conflito, ao assumir a posição de 
tomador de decisões (jurisdição) vai substituir a vontade de uma das partes. 
Eis que surge a ideia de ser a jurisdição uma espécie de HETEROCOMPOSIÇÃO dos 
conflitos. 
2.4 Imparcialidade: a jurisdição, para ser legítima tem que presar pela imparcialidade 
(assim como todos atos da adm. Pública) de todos os que operam o processo, para garantir que 
nenhuma parte tenha privilégios, tal conduta não se exige do advogado, que é imparcial 
por excelência. 
2.5 Criatividade: o Juiz, atualmente tem a árdua tarefa de pegar o caso concreto e 
julgar conforme a lei, costumes, e noções do direito, não podendo se esquivar de nenhuma 
demanda. Ocorre que, hoje em dia, o juiz não é mais a boca da lei, ele precisar “temperar” a 
norma com o caso concreto e dar o melhor desfecho possível, e é por isso que se diz que a 
sentença tem o condão de CRIAR uma nova situação jurídica, até então desconhecida. 
2.6 Inércia: a jurisdição só age, via de regra, por impulso das parte por intermédio de 
seus procuradores, mas após provocada, age por impulso próprio, de ofício. 
O princípio da inércia é aquele que orienta no sentido de que a jurisdição somente 
poderá ser exercida caso seja provocada pela parte ou pelo interessado. 
O Estado não pode conceder a jurisdição a alguém se esta não tenha sido solicitada. 
 Dispõe o art. 2º, do Código de Processo Civil que “nenhum juiz prestará a tutela 
jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais”. 
 Vê-se, portanto, a necessidade de um prévio requerimento e o impedimento do juiz 
de atuar de ofício. 
Direito Processual Civil TRT/SC 
Prof. Giuliano Tamagno Página 7 
Também visa este princípio evitar a imparcialidade do juiz, que ficaria comprometida 
caso este, na qualidade de representante do Estado, indicado pela lei para julgar a demanda, 
tomasse a iniciativa de iniciar um processo. 
O art. 262, do Código de Processo Civil ratifica o princípio da inércia apontando que “o 
processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial”. 
2.7 Definitividade: as decisões/sentenças/acórdão tem o condão da imutabilidade, que 
é a “coisa julgada” instituto que se verá nas próximas aulas. As decisões gozam de estabilidade 
3. JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA E CONTENCIOSA
3.1 JURISDIÇÃO CONTENCIOSA 
O Estado mediante a Jurisdição proíbe a autotutela dos interesses individuais 
conflitantes (lei de talião), impedindo que seja feita a Justiça através das próprias mãos. Com isso, 
o Estado busca a paz jurídica, dirimindo os litígios via a força de suas decisões, pressupondo
interesse de dar segurança a ordem jurídica. 
Na jurisdição própria ou verdadeira, como também pode ser chamada, a atividade do 
juiz é de compor os litígios entre as partes, tendo como características a ação, a lide, o 
processo e o contraditório ou sua possibilidade. 
Em suma, a Jurisdição contenciosa "tem por objetivo a composição e solução de um 
litígio." Esse objetivo é alcançado mediante à aplicação da lei, onde o juiz outorga a um ou a 
outro dos litigantes o bem da vida disputado, e os efeitos da sentença adquirem definitivamente, 
imutabilidade em frente às partes e seus sucessores (autoridade da coisa julgada material). 
Há doutrinadores que acreditam que "a expressão "Jurisdição contenciosa" é 
redundante ou pleonástica, pois Jurisdição já induz, indubitavelmente, a idéia de contenda e 
surgem que ao invés de Jurisdição contenciosa, Poder-se-ia denominarmos de "Jurisdição 
propriamente dita" ou "Jurisdição em si mesma". 
Falamos que nesse tipo de Jurisdição o Estado promove a pacificação ou composição 
dos litígios, o que no permite concluir que na Jurisdição contenciosa, existem alguns elementos 
que à caracterizam: 
 atividade jurisdicional;
 composição de litígios;
 bilateralidade da causa;
 lides ou litígios em busca ou questionando-se direitos e obrigações contrapostas;
 Partes - autor e réu;
 Jurisdição;
 Ação;
 Processo;
 Legalidade estrita - o juiz deve conceder o que está na lei à uma das partes;
 Há coisa julgada formal e material;
 Há contraditório ou a sua possibilidade.
Direito Processual Civil TRT/SC 
Prof. Giuliano Tamagno Página 8 
Em linhas gerais, é essa a natureza jurídica da Jurisdição contenciosa. 
3.2 JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA 
O processo Civil atual trouxe situações em que as pessoas podem livremente 
transacionar, somente sendo necessária a homologação das vontades contratuais, surgindo dessa 
forma a jurisdição voluntária. 
Dessa forma os procedimentos especiais de jurisdição voluntária são aquelas ações em 
que não havendo controvérsias entre as partes não é necessária a intervenção do juiz como 
árbitro, mas que ao mesmo tempo tenha validade jurídica. 
Para vários desses procedimentos o Código de Processo Civil reserva capítulos especiais 
com ritos próprios e para outros, que não são especificados ou não determinados, o procedimento 
será o dos artigos 1.104 a 1.112 do CPC. 
A jurisdição voluntária não resolve conflitos, mas apenas tutela interesses. Não se pode 
falar em partes, no sentido em que esta palavra é tomada na jurisdição contenciosa. 
Também chamada de jurisdição graciosa ou intervolentes, a jurisdição voluntária, como 
o próprio nome diz, refere-se à homologação de pedidos que não impliquem litígio.
Alguns exemplos de jurisdição voluntária: 
- atos meramente receptivos (função passivado magistrado, como publicação de 
testamento particular - Código Civil, artigo 1646 - v. eventuais alterações trazidas pela Lei 10.406 
de 10.1.2002 Código Civil); 
- atos de natureza simplesmente certificante (legalização de livros comercias, "visto" 
em balanços); 
- atos que constituem verdadeiros pronunciamentos judiciais (separação amigável, 
interdição). 
Direito Processual Civil TRT/SC 
Prof. Giuliano Tamagno Página 9 
4. Questões
1. FCC - 2013 - TJ-PE - Juiz: Em relação à jurisdição e à competência, é correto afirmar que:
a) a jurisdição tem por objetivo solucionar casos litigiosos, pois os não litigiosos são
resolvidos administrativamente.
b) a arbitragem é modo qualificado e específico de exercício da jurisdição por particulares
escolhidos pelas partes.
c) em nenhuma hipótese poderá o juiz exercer a jurisdição de ofício, sendo preciso a
manifestação do interesse da parte nesse sentido.
d) a jurisdição é deferida aos juízes e membros do Ministério Público em todo território
nacional.
e) a jurisdição é una e não fracionável; o que se reparte é a competência, que com a
jurisdição não se confunde, por tratar, a competência, da capacidade de exercer poder
outorgada pela Constituição e pela legislação infraconstitucional.
2. AOCP - 2012 - BRDE - Analista de Projetos - Jurídica: A jurisdição divide-se em comum e
especial. A jurisdição especial compreende:
a) militar, trabalhista a eleitoral.
b) militar, civil e penal.
c) estatal, privada e eleitoral.
d) arbitragem, trabalhista e civil.
e) arbitragem e penal.
3. CESPE - 2013 - SEGER-ES – SUP- A respeito da ação e do processo no âmbito do direito
processual civil, assinale a opção correta.
a) Procedimento é o instrumento de realização da justiça.
b) A formação da relação processual completa-se com a propositura da ação, ou seja, com
o despacho da inicial ou com a distribuição, onde houver mais de uma vara.
c) O interesse-adequação refere-se à necessidade de o autor ingressar em juízo para obter
o bem da vida que ele almeja.
d) Será improcedente o pedido que for considerado juridicamente impossível.
e) No caso dos pressupostos processuais, não ocorre a preclusão, podendo, inclusive em
grau de recurso aos tribunais superiores, ser reconhecida a inexistência de pressuposto 
processual e decretada a extinção do processo. 
Direito Processual Civil TRT/SC 
Prof. Giuliano Tamagno Página 10 
a) Caso seja iniciado um procedimento de jurisdição contenciosa, este deve seguir até a
sentença final no procedimento escolhido pelo autor, não sendo possível transformar o 
contencioso em voluntário por ato subseqüente ou por manifestação de vontade de 
qualquer das partes. 
b) As condições da ação devem ser verificadas pelo juiz desde o despacho de recebimento
da petição inicial até a prolação da sentença, pois a falta de uma delas durante o processo 
caracteriza a carência superveniente, que enseja a extinção do processo sem resolução do 
mérito. 
c) Duas ações são consideradas idênticas quando ocorrer identidade de partes, objeto e
causa de pedir. Assim, caso seja verificada, no cotejo entre as duas ações, a invocação de 
norma jurídica diversa em cada uma delas, haverá pluralidade de causas de pedir. 
d) Na chamada jurisdição voluntária, a composição dos litígios é obtida pela intervenção do
juiz, que substitui a vontade das partes litigantes por meio de uma sentença de mérito, 
aplicando, no caso concreto, a vontade da lei 
5. CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário - Área Administrativa: Acerca da função
jurisdicional, da ação e suas características, julgue os itens seguintes.
Uma das características da atividade jurisdicional é a sua inércia, razão pela qual, em 
nenhuma hipótese, o juiz deve determinar, de ofício, que se inicie o processo. 
( ) Certo ( ) Errado 
6. CESPE - 2008 - TST - Analista Judiciário - Área Judiciária: A jurisdição é a atividade
desenvolvida pelo Estado por meio da qual são resolvidos conflitos de interesses visando-
se à pacificação social. Acerca desse tema, julgue os itens seguintes.
A jurisdição pode ser dividida em ordinária e extraordinária.
 ( ) Certo ( ) Errado 
4. (CESPE - 2008 – OAB) A respeito da jurisdição e da ação, assinale a opção correta.
Direito Processual Civil TRT/SC 
Prof. Giuliano Tamagno Página 11 
7. TRT 2R (SP) - 2010 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Juiz do Trabalho - prova 1
A jurisdição:
a) Possui caráter substitutivo, uma vez que a atividade do Estado afasta qualquer outra
possibilidade de quem tem uma pretensão de invadir a esfera jurídica alheia para 
satisfazer-se. 
b) É função estatal cometida exclusivamente ao Poder Judiciário, de acordo com o critério
orgânico. 
c) Pode ser delegada de um juiz a outro por meio de carta precatória.
d) Rege-se pelo princípio da inércia, excetuadas as hipóteses de atuação ex
officio expressamente previstas em lei. 
e) Quando provocada, impõe-se por si mesma, salvo cláusula contratual em que se estipule
sua inaplicabilidade ao caso concreto. 
Gabarito: 
1-E 2-A 3-E 4-B 5-E 6-E 7-D
Direito Processual Civil TRT/SC 
Prof. Giuliano Tamagno Página 12 
1. CONDIÇÕES DA AÇÃO
Condições da ação são requisitos para que a atividade jurisdicional atinja seu escopo, 
qual seja, a atuação da vontade da lei ao caso concreto. 
As condições da ação estão postas no inc. VI, art. 267 do CPC, e são situações 
intermediárias no processo de conhecimento, requisitos para o exercício regular da ação, na falta 
delas haverá carência de ação, caso em que estará impedida a condução do processo para a 
avaliação de mérito. 
DIZER QUE UMA AÇÃO NÃO REUNE CONDIÇÕES É O MESMO QUE DIZER QUE É 
IMPROCEDENTE? Não, improcedente é juízo de mérito. 
Apreciar o mérito significa decidir a respeito do pedido do autor, julgando procedente 
ou improcedente. Os pressupostos processuais, inscritos no inc. IV do mesmo art. 267 do CPC, 
são requisitos para o exercício da atividade jurisdicional, considerados imprescindíveis para o 
desenvolvimento válido e regular do processo, evitam o acometimento de vícios graves neste. 
NÃO CONFUNDIR ELEMENTOS DA AÇÃO, QUE SÃO PARTE, CAUSA DE PEDIR 
E PEDIDO COM CONDIÇÕES DA AÇÃO QUE SÃO POSSIBILIDADE JURÍDICA DO 
PEDIDO, INTERESSE DE AGIR E LEGITIMIDADE PARA SER PARTE 
1.1 Possibilidade jurídica do pedido 
 Não devia ser uma das condições, pois se fala em pedido juridicamente possível ou não 
é preciso analisar o pedido, e pedido é mérito. 
Mas compreende-se que ninguém possa, ao menos em tese, pleitear provisão 
jurisdicional sem que aja antes no ordenamento jurídico, previsão legal. 
Assim, podemos dizer que encontra-se presente a possibilidade jurídica quando o 
ordenamento jurídico não veda o exame da matéria por parte do judiciário. 
É preciso que fique claro o seguinte, dizer que o direito material não ampara a 
pretensão é diferente de dizer que o ordenamento jurídico veda a discussão do pedido no plano 
processual, no primeiro temos a improcedência, no segundo a impossibilidade jurídica do pedido. 
Exemplo: ação de divórcio em país que não prevê o divórcio, cobrança judicial de dívida 
de jogo no Brasil. 
Direito Processual Civil TRT/SC 
Prof. Giuliano Tamagno Página 13 
1.2 Interesse de agir 
CPC, art. 3º. “Para propor ou contestar ação é necessário ter interesse ou 
legitimidade”. 
Conquanto, o interesse de agir é do titular de direitos, e compõe-se pelo binômio 
necessidade-utilidade. Configura-se a necessidade quando, para alcançar o resultado que 
pretende, relativo à sua pretensão, o titular de direitos provoca a provisão jurisdicional através da 
ação. 
Existindo propositura inadequada, haverá nulidade da ação. 
O interesse de agir dependede dois aspectos relevantes: 
 - Necessidade/Utilidade da Ação – o processo deve ser o meio necessário, além 
de qualquer outro, para que o autor possa ter por satisfeita a sua pretensão. 
Isto quer dizer o que? O órgão judiciário não pode ser utilizado como mais uma forma 
do autor “resolver seu problema”, devendo ser o único caminho existente para solução do conflito. 
O Judiciário não é órgão de simples consulta pelo autor, devendo atuar apenas e tão 
somente quando não houver outra forma de dirimir a lide. O processo deve ser o meio necessário 
e útil para a parte ter o seu conflito resolvido. (princípio da secundariedade) 
 - Adequação da Ação – a ação proposta pelo autor deve ser a adequada para o 
caso apresentado (o procedimento iniciado pela Ação deve ser o correto, adequado e previsto na 
norma processual). Não há como o cidadão interpor uma Ação Popular quando for caso de 
Mandado de Segurança. 
1.3 Legitimidade das partes 
Art. 6º Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por lei. 
O autor, parte ativa no processo, a quem cabe requerer proteção judicial, deve ser 
titular da situação jurídica afirmada em juízo, o pólo passivo/réu, deve possuir relação de sujeição 
à pretensão do autor. 
É necessário que haja um vínculo ligando autor, objeto, e réu. Há hipóteses em que a 
lei permite que outro vá a juízo para defender direito alheio, como no caso de um ente de defesa 
do consumidor propõe ação coletiva para defender direito de uma categoria de consumidores. 
Direito Processual Civil TRT/SC 
Prof. Giuliano Tamagno Página 14 
A legitimidade poderá ser: 
a) Legitimidade Ordinária – quando os próprios titulares do direito pleiteado são os
autores da demanda. Na legitimação ordinária há coincidência entre o legitimado e o sujeito da 
relação jurídica discutida em juízo. Significa que se alguém vai a juízo e é titular do interesse 
próprio, então ele é o legitimado ordinário. Essa é a regra. 
b) Legitimidade Extraordinária (Substituição Processual) – quando a lei
autoriza terceiros a atuarem em juízo em nome próprio, mas na defesa de interesse alheio 
(interesse do titular do direito), em substituição do legitimado ordinário. – Ex. Ação Popular, 
presidente da OAB contra alguém que ofendeu um advogado. 
2. Questões:
1. FCC - 2013 - AL-PB - Procurador: Em relação à ação, é correto afirmar que
a) se considera ter sido ela proposta a partir do momento em que o réu é citado.
b) o juiz deve extinguir o processo, com resolução do mérito, quando não concorrer 
qualquer de suas condições. 
c) há litispendência, quando se repete a ação que está em curso, com mesmas partes,
pedido e causa de pedir. 
d) se a inicial contiver irregularidades formais, deve o processo ser imediatamente extinto,
sem resolução do mérito. 
e) a legitimidade para agir diz respeito à utilidade e necessidade da ação a ser proposta.
2. CESPE - 2013 - TJ-DF - Técnico Judiciário - Área Administrativa: Acerca de jurisdição e
ação no processo civil, julgue os itens subsecutivos.
O interesse de agir é um interesse instrumental, de natureza processual. 
( ) Certo ( ) Errado 
3. CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área Judiciária Julgue os itens seguintes,
relativos a jurisdição e ação: 
A legitimidade da parte, uma das condições da ação, refere-se à titularidade ativa e 
passiva para figurar em uma relação processual; a sua ausência implica, portanto, 
carência do direito de ação e a consequente extinção do processo sem resolução de 
mérito. 
( ) Certo ( ) Errado 
Direito Processual Civil TRT/SC 
Prof. Giuliano Tamagno Página 15 
4. FCC - 2011 - MPE-CE - Promotor de Justiça No tocante à ação, para nossa lei processual
civil, 
a) o reconhecimento da ausência de pressupostos processuais leva ao impedimento da 
instauração da relação processual ou à nulidade do processo. 
b) a ausência do direito material subjetivo conduz à carência de ação.
c) a ausência das condições da ação não pode ser aferida de ofício pelo juiz.
d) não se admite a ação meramente declaratória, se já ocorreu a violação do direito.
e) o interesse do autor está ligado sempre, e apenas, à constituição de seu direito, com 
pedido eventual de preceito mandamental 
Gabarito: 
1-C 2-C 3-C 4-A
Direito Processual Civil TRT/SC 
Prof. Giuliano Tamagno Página 16 
1. DAS PARTES E PROCURADORES:
Para existir o processo propriamente dito é necessária a participação três sujeitos 
principais, Autor – Juiz/Estado – Réu, formando a relação jurídica trilateral. 
Montada a pirâmide, precisamos distinguir dois conceitos de parte, a material e a 
processual 
Quem chama o Direito para sí, aquele que invoca a tutela, denomina-se autor, e o que 
fica na posição defensiva da ação se chama réu. Contudo, para que o processo se desenvolva até 
a solução da lide, não basta a presença das duas partes interessadas, é preciso também que as 
partes sejam legítimas. 
Portanto, PARTE em sentido processual é o sujeito que intervém no contraditório ou 
que se expõe as suas conseqüências dentro da relação processual. 
A capacidade postulatória é a capacidade de fazer valer e defender as próprias 
pretensões ou as de outrem em juízo ou, em outra palavras, a qualidade ou atributo necessário 
para poder pleitear ao juiz. 
Esse poder está consubstanciado na condição de ser membro de alguma instituição 
legitimada ou ser inscrito na OAB. 
2. DISTINÇÃO ENTRE CAPACIDADE POSTULATÓRIA E CAPACIDADE
PROCESSUAL 
Não se pode confundir capacidade postulatória com capacidade processual. 
Postulatória refere à capacidade de estar em juízo independentemente de assistência 
ou representação, ocorre que para os atos postulatórios (falar com o juiz por escrito), a lei exige 
uma técnica especial, sem o qual o ato é inválido. Essa aptidão técnica é a capacidade 
postulatória. 
Em regra, tem capacidade postulatória o Ministério Público, a Defensoria Pública (CF, 
art. 134 e LCF 80/94, art. 4º, parágrafo 6º) e o advogado, cf. artigo 36 do Código de Processo 
Civil Art. 36. 
A parte será representada em juízo por advogado legalmente habilitado. Ser-lhe-á 
lícito, no entanto, postular em causa própria, quando tiver habilitação legal ou, não a tendo, no 
caso de falta de advogado no lugar ou recusa ou impedimento dos que houver. 
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Exemplos: 
1) o habeas corpus, que pode ser impetrado por qualquer cidadão, conforme o artigo 
654 do Código de Processo Penal. 
2) as causas cíveis com valor menor do que vinte salários mínimos, que podem ser
propostas pelos próprios interessados, cf. artigo 9º da Lei dos Juizados Especiais (Lei Federal n.° 
9.099/1995) 
Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão 
pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é 
obrigatória.. 
Vale ressaltar que a capacidade postulatória é um pressuposto de validade processual, 
ou seja, sua falta gera a nulidade do processo. 
3. CAPACIDADE PROCESSUAL:
A capacidade que se exige da parte para participar do processo é a mesma que se 
reclama para os atos da vida civil. 
Vale lembrar que quando é necessária a representação do incapaz ou do privado de 
demandar pessoalmente, como o falido e o insolvente civil, o representante não é 
considerado parte, mas sim gestor de interesses alheios. 
Portanto, podem ser parte as pessoas naturais e as pessoas jurídicas regularmente 
constituídas, tanto de direito público quanto de direito privado. Em conseqüência, não tem 
capacidade processual quem não dispõe e aptidão para a prática de atos civis, como os menores e 
os alienados mentais. 
Acapacidade de atuar em juízo constitui, portanto, um pressuposto processual. A não 
constatação da capacidade impede a formação valida da relação jurídico processual. 
E cabe ao juiz, provocado ou não, fazer o seu exame e reconhecimento. 
Sempre que a parte for civilmente incapaz, mesmo regularmente 
representada ou assistida, haverá a necessidade de intervenção do Ministério Público 
no processo, sob pena de nulidade. (arts. 82,I e 84 CPC) 
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 CAPACIDADE PROCESSUAL DAS PESSOAS CASADAS: 
Art. 10. o cônjuge somente necessitará do consentimento do outro para propor ações 
que versem sobre direitos reais imobiliários”. 
Sendo assim, entende-se nas ações que versem sobre direitos reais imobiliários o 
cônjuge, tanto o varão quanto a mulher, dependerá do assentimento de seu consorte para 
ingressar em juízo. 
Mas como se vê essa restrição é recíproca, pois atinge ambos os cônjuges. 
O código civil de 2002 abranou essa exigência excluindo, da mesma, o regime de 
separação absoluta de bens (art. 1467, I) *Ver questão 1*. 
4. SUBSTITUIÇAO PROCESSUAL:
Art. 6º ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando 
autorizado por lei. 
Além dos legitimados ordinários que vimos no tópico da legitimidade, existem os 
extraordinários, que são chamados de substitutos processuais. 
Dessa forma, substituição processual consiste em demandar em nome próprio, a tutela 
de um direito controvertido de outrem. Vale lembrar que esta é uma faculdade excepcional, pois a 
mesma só é possível nos casos expressamente autorizados pela lei. 
Uma dessas hipóteses ocorre quando a parte, na pendência do processo, aliena a coisa 
litigiosa ou cede o direito pleiteado em juízo. Embora o alienante deixe de ser sujeito da lide, 
continua como parte (sujeito do processo), agindo em nome próprio, mas na defesa do direito de 
outro. (art. 42) 
 Art. 42. A alienação da coisa ou do direito litigioso, a título particular, por ato 
entre vivos, não altera a legitimidade das partes. 
Ainda como exemplo, podemos citar uma associação ou um sindicato também pode 
demandar em defesa de direito de seus associados por que o fim social da entidade envolve esse 
tipo de tutela aos seus membros, ou ainda uma investigação de paternidade patrocinada pelo MP 
(segundo a lei 8.560/92 o MP é legitimado para propor essa ação). 
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5. SUBSTITUIÇÃO DA PARTE:
Primeiramente não se pode confundir a substituição processual com a substituição da 
parte. 
Se o direito controvertido se torna, durante o andamento do processo, objeto de 
transferência a título particular, não importando se, por ato entre vivos ou se por causa de morte, 
o processo segue entre as partes originarias (quando por ato entre vivos) ou perante o sucessor a
titulo universal (quando por causa de morte), mas a sentença produz seus efeitos mesmo perante 
o adquirente e o legatário. (art. 42, §3º)
Na substituição de parte ocorre uma alteração nos pólos subjetivos do processo. Uma 
outra pessoa passa a ocupar o lugar do primitivo sujeito da relação processual. 
Exemplo disso seria o herdeiro que passa a ser o novo autor ou o novo réu, na ação 
em que ocorreu a morte do litigante originário. 
6. DEVERES DA PARTES E PROCURADORES:
Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam 
do processo: 
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade; 
II - proceder com lealdade e boa-fé; 
III - não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são destituídas de 
fundamento; 
IV - não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou 
defesa do direito. 
V - cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e não criar embaraços à 
efetivação de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou final. 
Exemplo de improbidade encontramos nas expressões injuriosas, cujo emprego nos 
escritos do processo é expressamente vedado as partes e seus advogados, cabendo ao juiz 
mandar riscá-las, de oficio ou a requerimento do ofendido (art. 15). 
Quando a injuria é feita verbalmente, em audiência, o juiz deverá advertir o advogado 
para não mais cometê-la, sob pena de lhe ser caçada a palavra. (art. 15, p. único) 
Ocorre, igualmente, violação do dever de lealdade em todo e qualquer ato inspirado na 
malícia ou má-fé e principalmente naqueles que procuram desviar o processo da observância do 
contraditório. 
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Registre-se, finalmente, que os deveres de lealdade e probidade, a que se referem os 
arts. 14 e 15 tocam a ambas as partes (réu e autor), bem como aos terceiros intervenientes, e 
ainda aos advogados que os representem no processo. 
7. RESPONSABILIDADE DAS PARTES NO DANO PROCESSUAL:
Da má-fé do litigante resulta o dever legal de indenizar as perdas e danos causados à 
parte prejudicada (art. 16). 
Assim, o art. 17 considera litigante de má-fé aquele que: 
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; 
II - alterar a verdade dos fatos 
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; 
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; 
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; 
Vl - provocar incidentes manifestamente infundados. 
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. 
O conteúdo da indenização compreenderá, segundo o art. 18: 
1º Os prejuízos da parte; 
2º Os honorários advocatícios; 
3º As despesas efetuadas pelo lesado. 
Essa reparação, que decorre de ato ilícito processual, será devida, qualquer que seja o 
resultado da causa, ainda mesmo que o litigante de má-fé, ao final, sentença favorável. 
Além do ressarcimento dos prejuízos, o litigante de má-fé se sujeita a pagar multa de 
até um por cento sobre o valor da causa, e que será revertido em benefício da parte prejudicada 
(art. 35). 
No caso de pluralidade de litigantes, o juiz condenara cada um na proporção de seu 
respectivo interesse na causa. Mas se a má-fé foi praticada em comum, a condenação atingira os 
participes solidariamente. (Art. 18, §1º) 
Não há necessidade de ação própria para reclamar a indenização. O prejudicado, 
demonstrando a má-fé do outro litigante, poderá pedir sua condenação, incidentemente, nos 
próprios autos do processo em que o ilícito foi cometido. 
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8. Questões:
1. CESPE - 2013 - CNJ – SUP- Disciplina: Direito Processual Civil Pedro e João litigaram
judicialmente a respeito de determinado bem. No curso do processo, João alienou esse 
bem a terceiro, Ricardo. Com referência a essa situação hipotética, julgue o item abaixo. 
Independentemente de ter ou não ciência do processo ou de vir ou não a integrá-lo, 
Ricardo será atingido pelos efeitos da sentença proferida no feito ajuizado. 
( ) Certo ( ) Errado 
2. FGV - 2010 - OAB – SUP O Código de Processo Civil regulamenta como se dará a atuação
das partes e dos procuradores em juízo. Além de dispor sobre a capacidade processual e
dos deveres de cada um, disciplina sobre a constituição de representante processual e
substituição das partes e dos procuradores.
A respeito dessa temática, assinale a alternativa correta. 
a) Ao advogado é admitido procurar em juízo sem instrumento de mandato a fim de
praticar atos reputados urgentes. Mas, para tanto, deverá prestar caução e exibir o
instrumento de mandato no prazo improrrogável de quinze dias.
b) O instituto da sucessão processual ocorrerá quando houver a morte de qualquer das
partes, que será substituídapelo espólio ou por seus sucessores, suspendendo-se o
processo e sendo defesa a prática de atos processuais, salvo atos urgentes a fim de
evitar dano irreparável.
c) O advogado poderá a qualquer tempo renunciar ao mandato, devendo, entretanto,
assistir o mandante nos dez dias subsequentes a fim de lhe evitar prejuízo, salvo na
hipótese de ter comprovado que cientificou o mandante para que nomeasse substituto.
d) Caso o advogado deixe de declarar na petição inicial o endereço em que receberá
intimação, poderá fazê-lo até a fase de saneamento, mas as intimações somente
informarão o nome do advogado quando tal dado estiver regularizado.
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3. Em relação à capacidade processual, é correto afirmar que
a) nas ações possessórias é sempre indispensável a participação no processo de ambos os
cônjuges.
b) para propor ações que versem sobre direitos reais imobiliários necessita o cônjuge do
consentimento do outro, exceto no caso de regime de separação absoluta de bens, sem
no entanto exigir-se a formação de litisconsórcio necessário.
c) vindo o autor ao processo sem o consentimento do cônjuge, em caso no qual esse
consentimento era necessário, deverá o juiz extinguir o processo de imediato, por
ausência de pressuposto processual essencial.
d) a presença de curador especial no processo torna prescindível a participação do Ministério
Público, estando em causa interesses de incapazes.
e) ambos os cônjuges serão necessariamente citados para ações que digam respeito a
direitos reais mobiliários.
4. CESPE - 2013 - SEGER-ES – SUP- Disciplina: Direito Processual Civil | Assuntos: Das Partes
e Procuradores ;
Com relação aos sujeitos da relação processual no âmbito do processo civil, assinale a 
opção correta. 
a) Para cumprir o dever de expor os fatos em juízo conforme a verdade, basta que a parte
não altere intencionalmente os fatos.
b) A representação do condomínio em juízo, ativa ou passivamente, cabe ao síndico ou ao
administrador, enquanto a representação do município cabe ao seu prefeito ou
procurador.
c) Verificada e não sanada a incapacidade do autor, o juiz deve proferir, por falta de
legitimidade da parte, a sentença de improcedência do pedido do autor.
d) O juiz deverá nomear curador especial para réu citado por edital ou por hora certa, bem
como para o réu preso.
e) Em ações que versem sobre direitos reais imobiliários propostas por autor casado, se for
necessário discutir esses direitos, o litisconsórcio será necessário, seja no polo ativo,
seja no polo passivo.
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5. FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) – SUP- Sobre honorários advocatícios sucumbenciais, é
correto afirmar:
a) Os honorários advocatícios não são devidos à Defensoria Pública quando ela atua contra a
pessoa jurídica de direito público à qual pertença.
b) Os honorários advocatícios, que não foram fixados em sentença transitada em julgado,
podem ser cobrados em ação autônoma.
c) O advogado é parte legítima para cobrar honorários advocatícios, por meio de execução,
ainda que não fixados em sentença.
d) A fixação de honorários advocatícios em salários- mínimos é admissível.
e) Pedido expresso para condenação do réu em honorários é indispensável.
Gabarito: 
1-C 2-B 3-B 4-B 5-A 
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1. ASSISTÊNCIA
1.1 Assistência Simples - Interesse Jurídico - Interesse de Fato = O interesse que 
legitima o terceiro a agir como assistente de uma das partes, conquanto não seja um simples 
interesse de fato, mas de um interesse jurídico, não se confunde com direito seu, que não está 
em lide. O assistente intervém fundado no interesse, que tem, de que a sentença não seja 
proferida contra o assistido, porque proferida contra este poderia influir desfavoravelmente na 
sua situação jurídica. Assim, como exemplo, na causa entre o credor e o devedor afiançado, o 
fiador, pelo interesse que tem na vitória do afiançado, pela influência da sentença na sua 
situação jurídica, poderá intervir como assistente deste. Em suma, o terceiro deve, para intervir 
na causa das partes, possuir uma particular legitimação, que se classifica entre as chamadas 
legitimações anômalas. 
1.2 Assistência Autônoma = Quando o terceiro se apresenta como titular de uma 
relação jurídica idêntica ou dependente da relação jurídica deduzida em juízo, ou seja, de uma 
relação jurídica contra o adversário do assistido, e que será normada pela sentença. Então, o 
interveniente poderia agir conjuntamente com o autor, contra o adversário comum, ou ser 
acionado conjuntamente com o réu. Isto é, o interveniente poderia ter sido litisconsorte do 
assistido contra o adversário comum, e não o sendo, tendo sido deixado fora da relação 
processual, intervém, assistindo a parte contrária àquela que teria sido o seu adversário, com a 
finalidade de impedir que a sentença, que normará a relação jurídica de que este participa, lhe 
estenda os efeitos. Assim, como exemplo, na ação de anulação de testamento proposta contra o 
testamenteiro, o legatário poderá intervir como assistente do réu, porque a sentença anulatória 
sobre ele se refletirá como coisa julgada. Nesta figura de assistência, chamada autônoma, 
qualificada ou litisconsorcial, se exigem dois requisitos, que se não impõem na assistência 
simples: a) há de haver uma relação jurídica entre o interveniente e o adversário do assistido; b) 
essa relação há de ser normada na sentença. 
2. LITISCONSÓRCIO
Do latim litis consortium, do verbo litigo (-are): litigar. Daí litis cum sors, expressão na 
qual lis, litis significa processo, cum preposição que indica junção, e sors (tis): destino, sorte. É a 
pluralização subjetiva, tanto no polo ativo como no passivo. Só a Lei dirá a possibilidade de haver 
litisconsórcio. 
Litisconsórcio é a reunião de vários interessados num mesmo processo, na qualidade 
de autores ou de réus, para a defesa de interesses comuns. O litisconsórcio não se confunde, 
evidentemente, com a cumulação de ações, pois se refere a pessoas que integram uma das 
partes no pleito. 
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O litisconsórcio pode ser ativo ou passivo, facultativo ou necessário. Será ativo quando 
os litisconsortes forem autores, passivo quando forem réus. Será facultativo quando a sua 
formação depender do mútuo consentimento das pessoas que formarão uma das partes, e 
necessário, se se impuser aos interessados em virtude de lei ou pela natureza da relação jurídica. 
2.1 Classificação do litisconsórcio - Requisitos do litisconsórcio 
Tomando como referência o lado que litiga: 
Polo ativo - autor(es) - Litisconsorte ativo 
Polo passivo- réu(s) - Litisconsorte passivo 
Polos ativo e passivo - Litisconsórcio misto 
Momento que se deu o fenômeno: 
a) início do processo;
b) ao decorrer do processo. (ex.: toda Intervenção de Terceiros ulterior ou posterior).
Natureza da consorciação: "força" 
a) Litisconsórcio facultativo - Art. 46 do CPC = Depende exclusivamente da vontade
das partes - ex.: reparação de danos em acidente sofrido por diversas pessoas (acidente 
comunitário), ao mesmo tempo, e com grau de gravidade diverso. Todos podem participar da 
lide em conjunto ou separadamente ou não litigar se quiser. 
Hipóteses: de obrigações e/ou de direitos: 
ex.: inciso I do Art. 46 CPC - Comunhão de direitos e-ou deveres do espólio e seus 
herdeiros para cobrar ou pagar dívidas referentes ao inventário. 
exs.: inciso II do Art. 46 CPC- vítima de atropelamento por empregado de empresa de 
transporte - a ação pode ser movida contra o motorista e-ou contra o patrão -passivo. 
ex.: acidente de ônibus - todos ou cada um dos passageiros podem entrar contra a 
empresa - ativo. 
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ex.: inciso III do Art. 46 do CPC - num prédio, a parte de cima é alugada para uma 
pessoa e a parte de baixo para outra - o despejo é feito no mesmo processo quando a locação é 
feita num mesmo contrato. 
b) Litisconsórcio necessário - Art. 47 do CPC
Por exemplo a anulação de casamento pelo MP. Todas as partes passivas (o casal), 
têm que, necessariamente, participar da lide. Num primeiro momento é ditado por Lei (Art. 10 do 
CPC). Composse - Posse praticada pelo casal (co-possuidores). 
Pela sentença proferida: 
a)Litisconsórcio unitário
Quando a sentença for uniforme para todas as partes. 
Ex.: anulação de partilha - a sentença atinge a todos os litisconsortes na mesma 
proporção. (Usucapião – Composse) 
b) Litisconsórcio simples - quando a sentença for diferente para cada parte.
Ex.: o acidente comunitário, quando cada litisconsorte sofre uma gravidade de dano - 
a sentença atinge a cada um de acordo com o dano sofrido. 
Pela natureza da relação jurídica: (se a Lei não falar) 
Ex.: ação de anulação de partilha 
Ação Pauliana - quando é vendido o único bem para fraudar credores, todos são 
litisconsortes (facultativos). 
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3. Características do Litisconsorte (e naão do litisconsórcio).
- debates em audiência: Art. 454, § 1º, CPC 
- efeito de confissão judicial: Art. 350, CPC 
- legitimidade ativa em ação demarcatória: Art. 952, CPC 
- litigantes de má-fé, condenação por danos processuais: Art. 18, § 1º, CPC 
- prazo em dobro: Art. 191, CPC 
- prazo para contestar: Art. 298, CPC 
- prova pericial, escolha de assistente técnico: Art. 421, § 1º, CPC 
- são considerados litigantes distintos: Art. 48, CPC 
- têm o direito de promover o andamento do processo: Art. 49, CPC 
- todos devem ser intimados: Art. 49, CPC 
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4. Questões
1. FCC - 2013 - TJ-PE – SUP No tocante ao litisconsórcio, analise os enunciados abaixo.
I. O juiz poderá limitar o litisconsórcio necessário quanto ao número de litigantes, quando 
este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa. O pedido de limitação 
suspende o prazo para a resposta, que recomeça da intimação da decisão. 
II. Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou pela natureza da relação
jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes; caso em que a 
eficácia da sentença dependerá da citação de todos os litisconsortes no processo. 
III. Salvo disposição em contrário, os litisconsortes serão considerados como litigantes
distintos em suas relações com a parte adversa. Os atos e as omissões de um não 
prejudicarão nem beneficiarão os outros. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II. 
b) III. 
c) II e III.
d) I e II.
e) I e III.
2. VUNESP - 2012 - SPTrans – SUP- Há litisconsórcio necessário quando:
a) entre as partes houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide.
b) os direitos ou as obrigações das partes derivarem do mesmo fundamento de direito.
c) entre as causas, em que há interesse das partes, houver conexão pelo objeto ou pela
causa de pedir.
d) por disposição de lei a decisão da lide deva ser uniforme para todas as partes.
e) ocorrer afinidade de questões por um ponto comum de fato ou de direito entre as
partes envolvidas.
3. VUNESP - 2012 - SPTrans – SUP- Reputam-se conexas duas ou mais ações quando
a) lhes for comum o objeto ou a causa de pedir.
b) há identidade quanto às partes e à causa de pedir.
c) Ihes for comum o objeto ou a causa de pedir e há identidade de partes.
d) objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o da outra.
e) objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o da outra e há identidade de partes.
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4. FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) – SUP- Das modalidades seguintes, não se caracteriza
como intervenção de terceiro:
a) a nomeação à autoria.
b) a oposição.
c) o litisconsórcio. 
d) a denunciação à lide.
e) o chamamento ao processo. 
5. FCC - 2012 - PGE-SP – SUP Tratando-se de litisconsórcio e intervenção de terceiros é
INCORRETO afirmar que:
a) a assistência simples em ação de desapropriação depende de interesse jurídico fundado
em direito real.
b) a Fazenda Pública, na qualidade de assistente simples, não tem o prazo diferenciado
para recorrer.
c) a intervenção anômala da União Federal não implica em modificação de plano da
competência para o julgamento da demanda.
d) em ação cujo objeto é anular a licitação, a empresa vencedora deve comparecer como
litisconsorte necessária.
e) não há condenação do assistente simples em honorários advocatícios.
6. CESPE - 2013 - CNJ – SUP Cinco pessoas, entre as quais havia comunhão de direitos
derivados de idênticos fundamentos fáticos e jurídicos, ajuizaram uma única ação, na qual
eram representados, todos, pelo mesmo advogado. Nessa situação hipotética, caracterizou-
se litisconsórcio ativo necessário, espécie do gênero intervenção de terceiros.
( ) Certo ( ) Errado 
Gabarito: 
1-C 2-D 3-A 4-C 5-B 6-E

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