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CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 
Técnico Judiciário 
Profª Vanessa Patricio 
 
www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 1 
 
 
 
Olá Guerreiro Concurseiro! 
 
Meu nome é Vanessa Patricio e foi com muito prazer e 
satisfação que aceitei o convite do Canal dos Concursos para estar aqui com 
você, contribuindo com sua preparação para a prova de Técnico Administrativo 
do TJDFT. 
Sou advogada formada pela Universidade Presbiteriana 
Mackenzie e especialista em Direito Civil e Processo Civil com capacitação para 
o Ensino no Magistério Superior pela Faculdade de Direito Professor Damásio 
de Jesus. 
Atuei como assessora jurídica na Prefeitura de São Paulo, 
posteriormente ingressando em uma instituição financeira, na área de 
Contratos e Direitos do Consumidor. 
Agora que já fomos apresentados, quero lhe parabenizar 
pela escolha! Estudar de forma direcionada fará toda diferença em sua 
preparação. 
Mas lembre-se, será necessário muita dedicação e estudo! 
Esse período entre a divulgação do edital e a realização da prova deve ser 
aproveitado intensamente, e da melhor maneira possível. Estude agora para 
aproveitar depois, comemorando sua aprovação! 
Com relação ao curso, abordaremos todos os itens 
exigidos no edital da forma mais didática possível então, mesmo que você 
nunca tenha tido contato com a matéria, não fique preocupado, vou te ajudar! 
Trarei esquemas, organogramas, tabelas e exercícios, tudo pensando em você 
e em como facilitar seu entendimento e fixação, mas repito: a parte principal é 
sua, ESTUDE! 
A banca que irá organizar o concurso será o CESPE/UnB, 
uma organizadora bastante tradicional e exigente, que possui como diferencial 
APRESENTAÇÃO 
CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 
Técnico Judiciário 
Profª Vanessa Patricio 
 
www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 2 
 
a aferição da pontuação, portanto, se não atentou para esse detalhe, é bom 
lembrar: 
8.10.2 A nota em cada item das provas objetivas, feita com base nas 
marcações da folha de respostas, será igual a: 1,00 ponto, caso a resposta 
do candidato esteja em concordância com o gabarito oficial definitivo 
das provas; 1,00 ponto negativo, caso a resposta do candidato esteja 
em discordância com o gabarito oficial definitivo das provas; 0,00, caso 
não haja marcação ou haja marcação dupla (C e E). 
Nossas aulas serão divididas da seguinte forma: 
 MATÉRIA DISPONÍVEL 
 
 
 
 
 
AULA 
DEMO 
JURISDIÇÃO 
 Noções Gerais 
 Conceito 
 Aspectos e Finalidades 
 Características 
 Princípios 
 Poderes 
 Modalidades 
 Órgãos 
 Exercícios 
 ANEXO 1 – Código de Processo Civil -
artigos mais relevantes para o estudo 
do conteúdo do edital divulgado 
 
 
 
 
 
 
02/02/2013 
 
 
 
AULA 1 
AÇÃO 
 Noções Gerais 
 Conceito 
 Natureza Jurídica 
 Condições 
 Classificação 
 
 
 
09/02/2013 
 
 
 
AULA 2 
 
SUJEITOS DO PROCESSO 
 Partes e Procuradores 
 Juiz 
 Ministério Público 
 Serventuários e Oficial de Justiça 
 
 
 
 
16/02/2013 
CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 
Técnico Judiciário 
Profª Vanessa Patricio 
 
www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 3 
 
 
AULA 3 
 
DOS ATOS PROCESSUAIS 
 
 
23/02/2013 
 
Espero que aproveitem ao máximo o curso e que ele seja 
uma das ferramentas do seu sucesso! 
Bons estudos e conte comigo! 
Abraços 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 
Técnico Judiciário 
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SUMÁRIO 
1. DA JURISDIÇÃO 
1.1 Noções Gerais 
1.2 Conceito 
1.3 Aspectos e Finalidades 
1.4 Características 
1.5 Princípios 
1.6 Poderes 
1.7 Modalidades 
1.8 Órgãos 
1.9 Bibliografia 
QUESTÕES TESTES 
GABARITO 
QUESTÕES COMENTADAS 
GABARITO 
ANEXO 1 – Código de Processo Civil 
 
1. DA JURISDIÇÃO 
 
1.1 Noções gerais 
 
Atualmente, tendo em vista a existência de um Estado de 
Direito organizado, regulado por um conjunto de normas, com força suficiente 
para impor sua vontade à dos cidadãos, o poder de resolver os conflitos entre 
as partes é exclusivo do Estado, representado, neste caso, pelo Poder 
Judiciário, mas nem sempre foi assim. 
Quando da inexistência desse Estado organizado, a 
solução dos conflitos era feita pelas próprias partes, pelo que se chamava 
autotutela, fazendo prevalecer a lei do mais forte. 
Tempos depois, mas ainda na presença de um Estado não 
totalmente organizado, surgiu a autocomposição, onde uma das partes 
sacrifica sua pretensão em prol da solução de conflitos. Por fim, surge a 
CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 
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arbitragem, na qual a solução é dada por um terceiro desinteressado, eleito 
pelos próprios envolvidos no conflito (hoje regulada pela Lei 9.307/1996). 
Para ajudar nos seus estudos, preparei uma série de 
esquemas que tornarão o entendimento muito mais fácil, vamos conferir? 
 
 
 
 
 
AUTOCOMPOSIÇÃO 
 
JUDICIAL 
OU 
EXTRAJUDICIAL 
 
DESISTÊNCIA 
RENÚNCIA À PRETENSÃO 
Uma das partes renuncia ao 
seu direito. 
SUBMISSÃO 
RENÚNCIA À RESISTÊNCIA 
OFERECIDA À PRETENSÃO 
Uma das partes se submete 
à vontade da outra, 
sacrificando por inteiro seu 
interesse. 
TRANSAÇÃO 
CONCESSÕES RECÍPROCAS 
Cada uma das partes abre 
mão parcialmente de seu 
direito, a fim de que o conflito 
seja resolvido. 
FORMAS DE 
SOLUÇÃO DE 
CONFLITO 
AUTOTUTELA 
Uma das partes impões à outra a 
solução que julga ser a melhor, sem 
se importar com a existência ou 
inexistência do direito, 
satisfazendo-se simplesmente pela 
força. 
AUTOCOMPOSIÇÃO 
Limita-se a fixar a existência ou 
inexistência do direito. Resulta do 
sacrifício parcial ou total da 
pretensão das partes envolvidas. 
Nos tempos iniciais, o cumprimento 
da decisão continuava dependendo 
de solução violenta e parcial. 
JURISDIÇÃO 
O juiz, provocado pelas partes e 
com base nos preceitos jurídicos, 
busca a melhor solução para o 
conflito, sendo investigada a 
existência ou não do direito e a 
quem ele pertence. As partes não 
podem mais fazer "justiça com as 
próprias mãos" (autotutela). 
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 Desistência, Submissão e Transação são soluções parciais de conflito 
e dependem de ato das próprias partes. 
 
 
 Autotutela e Autocomposição são formas não jurisdicionais de 
solução de conflito, ou seja, não contam com a figura do Estado-juiz. 
Essas formas de solução de conflito são também chamadas de 
Equivalentes Jurisdicionais. 
 
TRANSAÇÃO 
 
CONCILIAÇÃO 
O conciliador, que é um terceiro imparcial, 
tenta fazer com que as partes cheguem a um 
acordo dentro do que está sendo discutido. 
 
MEDIAÇÃO 
É uma das formas de autocomposição que 
ganhou autonomia. O mediador, que é um 
terceiro imparcial, propõe uma nova solução, 
uma forma de satisfação do interesse das 
partes. O mediador não decida nada, quem 
decide são as partes. 
 
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FORMAS 
ALTERNATIVAS 
DE SOLUÇÃO DE 
CONFLITO NO 
DIREITO 
MODERNO 
AUTOTUTELA 
(COMO 
EXCEÇÃO) 
 
Exemplos: 
Direito de Retenção (v.g. 
arts. 558, 644, 1219, 1433, II e 
1434, ambos do Cód. Civil); 
Penhor Legal (art. 1467 do 
Cód. Civil); Poder de efetuar 
Prisões em Flagrante; Atos 
realizados em Legítima 
Defesa ou Estado de 
Necessidade (arts. 188, 929 e 
930 do Cód. Civil); Direito de 
cortar raízes em árvores 
limítrofes que ultrapassem a 
extrema do prédio (art. 1283 
do Cód. Civil). 
Motivos pelos quais se 
admite a autotutela: 
A)Impossibilidade da 
presença do Estado-Juiz 
ante à iminênica ou a 
violação de um direito; 
B)Ausência de confiança 
para a autocomposição. 
AUTOCOMPOSIÇÃO 
Principalmente mediante a 
CONCILIAÇÃO 
ARBITRAGEM 
Lei 9.307/1996 
Arbitragem não é Equivalente 
Jurisdicional como a Autotutela e 
a Autocomposição. Na 
arbitragem um terceiro escolhido 
pelas partes decide o conflito 
(HETEROCOMPOSIÇÃO). 
Resulta de um negócio jurídico 
celebrado pelas partes que 
optam por escolher um terceiro 
para resolver o conflito. 
Somente direitos disponíveis 
podem ser objeto da arbitragem. 
Hoje a posição majoritária no 
Brasil é de que Arbitragem é 
Jurisdição, sendo a decisão 
executada, e não apenas 
homologada, pelo Juiz estatal. 
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E então, não ficou bem mais fácil assimilar a matéria? 
Agora que você já tem uma noção geral das formas de solução de conflitos e 
sua evolução, está na hora de aprofundar um pouco mais. Vamos comigo? 
 
1.2 Conceito 
 
Conforme acabamos de estudar, com o surgimento do 
Estado de Direito, a tarefa de solucionar os conflitos passa para o Estado, o 
grande responsável pela organização e pelo controle social. Enquanto poder 
soberano, o Estado exerce três funções básicas: legislativa, executiva e 
judiciária. 
 
A atividade jurisdicional é uma das mais importantes 
atividades do Estado, que tem o objetivo de aplicar a norma editada no caso 
concreto. 
Mas o que é jurisdição? Para melhor compreender, vamos 
buscar ajuda na origem da palavra: 
 
 
 “dizer o direito” 
 
 
 
 
ESTADO 
SEPARAÇÃO 
DOS 
PODERES 
PODER 
LEGISLATIVO 
FUNÇÃO 
LEGISLATIVA 
Elaboração de leis, de normas 
gerais e abstratas, impostas 
coativamente a todos. 
PODER 
EXECUTIVO 
FUNÇÃO 
EXECUTIVA 
OU ADMINISTRATIVA 
Adminstração do Estado, de 
acordo com as leis elaboradas 
pelo Poder Legislativo. 
PODER 
JUDICIÁRIO 
FUNÇÃO 
JUDICIÁRIA 
OU JURISDICIONAL 
Atividade jurisdicional do 
Estado, de distribuição da 
justiça e aplicação da lei ao 
caso concreto, em situações 
de litígio, envolvendo 
conflitos de interesses 
qualificados pela pretensão 
resistida. 
 
INSTITUTOS 
FUNDAMENTAIS 
DO 
PROCESSO CIVIL 
 
JURISDIÇÃO 
JURIS 
(direito) 
DICTIO 
(dizer) AÇÃO 
 
EXCEÇÃO 
OU 
DEFESA 
 
PROCESSO 
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Visto isto, podemos conceituar jurisdição como: 
A atividade do Estado, exercida por intermédio do juiz, que 
busca a pacificação dos conflitos em sociedade pela aplicação da lei 
aos casos concretos. 
O exercício da jurisdição, pelo Estado, normalmente está 
relacionado com a existência de uma lide1, que as partes levam ao juiz para 
ser solucionada de forma justa. Note: a parte (ou as partes) interessada 
deve levar o conflito ao conhecimento do juiz (Estado-juiz) que 
somente após ser acionado por um dos interessados, e por meio de um 
processo, irá aplicar a lei ao caso concreto, buscando dar solução ao 
conflito. 
 
 
 
 
 
 
 
Daí decorre que a jurisdição é sempre inerte, visto que o 
juiz aguardará a provocação das partes, as quais incumbe dar início ao 
processo, conforme expresso no próprio CPC: 
“Art. 2o Nenhum juiz prestará a tutela 
jurisdicional senão quando a parte ou 
o interessado a requerer, nos casos e 
forma legais.” 
A decisão tomada pelo juiz frente ao caso concreto torna-
se imutável, porque a partir de um determinado momento não pode mais ser 
discutida (faz-se coisa julgada2). 
 
1
 De acordo com o Dicionário Jurídico de Bolso, lide é o conflito de interesses suscitado em juízo. 
2 Coisa julgada é a qualidade conferida à sentença judicial contra a qual não cabem mais recursos, 
tornando-a imutável e indiscutível. Atualmente tem por objetivos a segurança jurídica e impedir a 
perpetuação dos litígios. 
Cansado de tanto 
esperar “A” (credor) 
procura o Judiciário 
e, em posse dos 
documentos que 
comprovam a 
existência da dívida, 
convence o juiz. 
“A” (credor) 
cobra dívida de 
“B” (devedor) 
que se recusa a 
pagar. 
 
O Estado, através do Juiz, profere a sentença 
(exerce seu poder jurisdicional) e declara “B” 
devedor, condenando-o a pagar a dívida. Caso “B” 
não realize o pagamento, o Estado possui meios 
de, coativamente, obrigá-lo a satisfazer a 
obrigação (por exemplo, processo de execução). 
 
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1.3 Aspectos e Finalidades 
 
JURISDIÇÃO 
4 ASPECTOS 
é um 
PODER do 
Estado 
É também chamado de 
PODER-DEVER pois é 
obrigação do Estado 
solucionar os conflitos 
levados à sua 
apreciação. 
é um 
DIREITO 
da parte 
é uma FUNÇÃO 
do Judiciário 
(via de regra) 
Nos termos do CPC: 
"Art. 1o A jurisdição 
civil, contenciosa e 
voluntária, é exercida 
pelos juízes, em todo o 
território nacional, 
conforme as disposições 
que este Código 
estabelece." (grifo 
nosso) é uma 
ATIVIDADE dos 
órgãos 
jurisdicionais 
(representados, 
via de regra, pelo 
juiz, também 
chamado de 
Estado-Juiz) 
FINALIDADES 
(ESCOPOS) 
SOCIAL 
VISA TRAZER A 
PAZ SOCIAL; 
APROXIMAR O 
JUDICIÁRIO DA 
SOCIEDADE 
JURÍDICA 
COMPOSIÇÃO DE 
LITÍGIOS ATRAVÉS 
DA APLICAÇÃO DO 
DIREITO AO CASO 
CONCRETO 
POLÍTICA 
REALIZAÇÃO DA 
JUSTIÇA; 
FORTALECIMENTO 
DA IMAGEM DO 
ESTADO COMO 
PODER SOBERANO 
EDUCACIONAL 
OU 
PEDAGÓGICO 
EDUCAR AS PARTES 
E AOS DEMAIS 
JURISDICIONADOS 
SOBRE SEUS 
DIREITOS E 
DEVERES 
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1.4 Características 
 
Caro aluno, muito embora este não seja um tópico exigido 
no edital, sugiro que leia com atenção os itens abaixo, pois seu entendimento 
contribuirá para melhor absorção e compreensão do instituto ora em estudo. 
De forma resumida e didática, passemos à análise de cada uma das 
características da jurisdição: 
 
a) Inércia (Princípio Dispositivo ou da Demanda): A 
jurisdição (representada pela figura do Estado-juiz) só 
atua mediante provocação da parte. Neste sentido, o 
CPC é expresso: 
“Art. 2o Nenhum juiz prestará a tutela 
jurisdicional senão quando a parte ou 
o interessado a requerer, nos casos e 
forma legais.” (grifo nosso) 
O princípio dispositivo,ou da demanda, informa que é 
do cidadão, e não do juiz, a iniciativa de movimentar 
(ou não) o Poder Judiciário. É o que se depreende da 
leitura dos seguintes artigos do mesmo Código: 
“Art. 262 O processo civil começa por 
iniciativa da parte, mas se desenvolve 
por impulso oficial.” (grifo nosso) 
“Art. 128 O juiz decidirá a lide nos 
limites em que foi proposta, sendo-lhe 
defeso conhecer de questões, não 
suscitadas, a cujo respeito a lei exige 
iniciativa da parte.” (grifo nosso) 
Cabe lembrar, entretanto, que existem exceções, ou 
seja, situações nas quais o juiz pode (e deve) agir 
mesmo sem a solicitação das partes, por exemplo, o 
inventário (art. 989 do CPC) e procedimentos da 
jurisdição voluntária (arts. 1113, 1129, 1142, todos 
do CPC). 
“Art. 989 O juiz determinará, de 
ofício, que se inicie o inventário, se 
nenhuma das pessoas mencionadas 
nos artigos antecedentes o requerer 
no prazo legal.” (grifo nosso) 
CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 
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b) Lide (ou Justa Solução da Lide): A jurisdição, em 
regra, atua para solucionar uma lide. Para Cândido 
Rangel Dinamarco existem duas espécies de lide: 
b.1. LIDE REAL, em que há conflito de interesse entre 
as partes, qualificado por uma pretensão resistida. 
b.2. LIDE PRESUMIDA, não há conflito entre as partes, 
que tem uma pretensão comum, mas a lei resiste à 
pretensão das partes, impedindo a solução da situação 
pela via extrajudicial. Ex.: Jurisdição Voluntária. 
 
 O pressuposto para o exercício da 
jurisdição não é a lide, mas uma situação fática 
relevante, que pode ser uma lide (é a regra), o risco 
de dano (tutela preventiva) ou uma situação 
individual relevante. 
 
 Excepcionalmente haverá jurisdição sem 
lide, exemplos: na separação, divórcio e inventário 
consensuais, sem incapaz ou testamento, e as partes 
optam pela via judicial; na tutela preventiva (onde há 
apenas o risco de dano). 
 
c) Imperatividade: A jurisdição é imposta às partes, 
independentemente de prévia anuência. O juiz exerce o 
PODER e as partes ficam em estado de sujeição. 
 
d) Imparcialidade: Imparcialidade do juiz ou do terceiro 
imparcial investido na condição de juiz. Põe em prática 
a vontade da lei, sem privilegiar qualquer das partes. 
 
e) Definitividade: Somente a decisão tomada pelo 
Estado-juiz, em um dado momento, pode tornar-se 
definitiva (imutável, imodificável). 
 
CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 
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 Nem sempre a jurisdição é dotada de 
definitividade. Para que a decisão prestada pelo 
Estado-juiz tenha tal caráter é necessário que a 
demanda (o processo) seja apreciado em seu mérito, 
ou seja, que o conflito seja resolvido. 
 
f) Substitutiva: Ao exercê-la o juiz substitui as partes na 
solução do conflito. A vontade do Estado (da lei) 
substitui a vontade das partes. 
 
g) Declaratória de direitos (ou Declarativa): A 
jurisdição não cria direitos para as partes, apenas 
reconhece direitos pré-existentes. 
 
1.5 Princípios 
 
Agora que já estudamos as características da jurisdição, 
falaremos de seus princípios, estes sim pedidos no edital. Estude e memorize 
cada um deles, pois este é um ponto que você não pode perder na hora da 
prova! 
 
a) Indeclinabilidade (ou Inafastabilidade da 
Jurisdição): Não poderá o juiz se eximir de julgar 
(salvo nos casos de impedimento, suspeição e 
incompetência). Veja como o princípio foi inserido em 
nosso Código de Processo Civil e, em seguida, confira o 
amparo constitucional: 
 
“Art. 126. O juiz não se exime de 
sentenciar ou despachar alegando 
lacuna ou obscuridade da lei. No 
julgamento da lide caber-lhe-á aplicar 
as normas legais; não as havendo, 
recorrerá à analogia, aos costumes e 
aos princípios gerais de direito.” (grifo 
nosso) 
 
“Art. 5º, XXXV a lei não excluirá da 
apreciação do Poder Judiciário lesão 
ou ameaça de direito.” 
CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 
Técnico Judiciário 
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b) Inevitabilidade: Ligado à característica da 
Imperatividade (ver item 1.4, letra c). Uma vez ativada 
pelas partes, a jurisdição é forma de exercício do poder 
estatal, e o cumprimento de suas decisões não pode 
ser evitado pelas partes, sob pena de cumprimento 
coercitivo. 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIO DA 
INDECLINABILIDADE 
OU 
INAFASTABILIDADE 
DA JURISDIÇÃO 
2 VERTENTES 
TODO CIDADÃO TEM DIREITO 
DE LEVAR UMA DEMANDA À 
APRECIAÇÃO DO PODER 
JUDICIÁRIO, NÃO PODENDO O 
JUIZ NEGAR-SE A APRECIÁ-
LA. 
O PROCESSO DEVE GARANTIR 
O ACESSO A UMA ORDEM 
JURÍDICA JUSTA. 
PRINCÍPIO DA 
INEVITABILIDADE 
DA JURISDIÇÃO 
VINCULAÇÃO 
OBRIGATÓRIA 
AO 
PROCESSO 
VINCULAÇÃO 
OBRIGATÓRIA 
AOS EFEITOS 
DA 
JURISDIÇÃO 
Depois que a parte (ou 
as partes) procura o 
Poder Judiciário para 
por fim a um conflito, 
não pode desistir da 
demanda. 
A parte (ou as partes) 
fica vinculada à 
decisão do juiz, 
devendo suportar seus 
efeitos. 
CURSO EM PDF – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – TJ-DF 2013 
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c) Juiz Natural: Este princípio deve ser estudado sob 
dois aspectos: 
PRINCÍPIO DA 
INEVITABILIDADE DA 
JURISDIÇÃO 
Exceções: 
- Arbitragem: É um acordo de vontades, 
celebrado entre pessoas capazes que, 
preferindo não se submeter à morosidade de 
um crivo judicial, utilizam-se de árbitros 
para a solução de suas controvérsias ou 
litígios, quando estas recaírem sobre 
direitos patrimoniais disponíveis, isto é, 
aqueles que podem ser objeto de transação 
entre os interessados. Assim sendo, as 
partes não estarão vinculadas ao 
processo ou aos efeitos da jurisdição. 
- Nomeação à autoria: o nomeado citado 
pode se recusar a ser réu naquele 
processo. (art. 67 do CPC) 
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 A criação de varas especializadas não viola o princípio do Juiz 
Natural, pois se trata de regra abstrata e impessoal. 
 
d) Investidura: A jurisdição deve ser exercida por 
autoridade regularmente investida. 
 
 
 
JUIZ NATURAL 
 
PARA O 
ESTADO 
É vedado ao Estado a criação de 
Tribunais de Exceção, ou seja, 
criados após determinado fato e 
somente para o julgamento dele, 
conforme preceitua nossa 
Constituição Federal em seu art. 
5º, XXXVII "não haverá juízo ou 
tribunal de exceção;". 
PARA A 
PARTE 
INTERESSADA 
É proibida a escolha do Juízo, ou 
seja, o Estado determinará 
quem será o juiz competente 
para julgamento da causa. 
Observe o disposto no CPC: 
 
"Art. 253. Distribuir-se-ão por 
dependência as causas de 
qualquer natureza: 
I - quando se relacionarem, por 
conexão ou continência, com 
outra já ajuizada; 
II - quando, tendo sido extinto o 
processo, sem julgamento de 
mérito, for reiterado o pedido, 
ainda que em litisconsórcio com 
outros autores ou que sejam 
parcialmente alterados os réus 
da demanda; “. (grifo nosso) 
ESTADO 
PODER 
JURISDICIONAL 
ESTADO DELEGA 
PODER 
JURISDICIONALAOS 
SEUS AGENTES 
(JUÍZES). A 
INVESTIDURA DA 
FUNÇÃO 
JURISDICIONAL 
ACONTECE DE 
DUAS FORMAS: 
ATRAVÉS DE 
CONCURSO PÚBLICO 
PARA A 
MAGISTRATURA 
ART. 93, I DA 
CF/88 
ATRAVÉS DO QUINTO 
CONSTITUCIONAL 
ART. 94 DA CF/88 
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e) Territorialidade (Aderência ao Território ou 
Improrrogabilidade): Cada órgão jurisdicional exerce 
suas atividades dentro de uma área pré-determinada 
(dentro de um limite territorial). 
 
 
 
Não confundir JURISDIÇÃO com COMPETÊNCIA. 
Um Juiz, por exemplo, tem jurisdição em todo o 
território nacional, entretanto, possui 
competência limitada territorialmente, ou seja, 
deve atuar somente dentro dos limites de sua 
comarca3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuidado com as pegadinhas na hora da prova, o 
examinador vai testá-lo, mas você estará 
preparado! 
 
Importante lembrarmos que o princípio da 
territorialidade traz exceções. Vejamos alguns 
exemplos: 
 
 Quando a ação versa sobre imóvel situado em 
mais de um Estado ou comarca, o juízo de 
 
3 Segundo o Dicionário Jurídico de Bolso, comarca é a circunscrição judiciária sob a jurisdição de um ou mais 
juízes de direito. 
COMPETÊNCIA = MEDIDA 
OU QUANTIDADE DE 
JURISDIÇÃO ATRIBUÍDA 
AOS SEUS ÓRGÃOS 
EXISTENTES. CADA ÓRGÃO 
TERÁ PODER DENTRO DE 
UM LIMITE TERRITORIAL. 
 
 
LIMITE JURISDIÇÃO = 
TERRITÓRIO BRASILEIRO 
 
 
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qualquer delas tem competência para julgar 
sobre o imóvel todo. 
 
Art. 107, CPC “Se o imóvel se achar 
situado em mais de um Estado ou 
comarca, determinar-se-á o foro pela 
prevenção, estendendo-se a 
competência sobre a totalidade do 
imóvel.” 
 
 A citação pelo correio para qualquer comarca do 
país. 
Art. 222, CPC “A citação será feita 
pelo correio, para qualquer comarca 
do país...” 
 
 Citação e intimação por oficial de justiça nas 
comarcas contíguas e de fácil acesso ou da 
mesma região metropolitana. 
 
Art. 230, CPC “Nas comarcas 
contíguas, de fácil comunicação, e nas 
que se situem na mesma região 
metropolitana, o oficial de justiça 
poderá efetuar citações ou intimações 
em qualquer delas.” 
 
 
 A penhora de imóvel em qualquer lugar do país 
com base na certidão de matrícula. 
 
 A penhora online de dinheiro em qualquer banco 
do país. 
 
f) Indelegabilidade: Também deve ser estudado sobre 
dois aspectos: 
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g) Inafastabilidade da Jurisdição ou Garantia de 
Acesso à Justiça: Nenhuma “lesão ou ameaça de 
lesão” (fundamento da tutela preventiva) a direito será 
excluída da apreciação do Poder Judiciário. Observe a 
previsão constitucional: 
“Art. 5º, XXXV a lei não excluirá da 
apreciação do Poder Judiciário lesão 
ou ameaça a direito;” 
 
Deste princípio decorrem duas regras: 
1ª) Toda decisão administrativa pode ser revista pelo 
Judiciário. 
 
2ª) É possível recorrer diretamente ao 
Judiciário. Não é necessário o prévio esgotamento das 
vias administrativas. Exceção: JUSTIÇA DESPORTIVA 
– ART. 217, §1º CF/88, que diz: “O Poder Judiciário 
só admitirá ações relativas à disciplina e às 
competições desportivas após esgotarem-se as 
instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.” (grifo 
nosso) 
 
INDELEGABILIDADE 
 
ASPECTO 
EXTERNO 
O Judiciário não pode delegar 
suas funções a outro poder, 
salvo exceções expressas, 
como as previstas no art. 
102, I, "m" da CF/88, e arts. 
201 e 492 do CPC; 
ASPECTO 
INTERNO 
Um órgão jurisdicional não 
pode delegar suas funções a 
outro, por exemplo, o Juiz 
"A" não pode delegar ao Juiz 
"B" sua competência para 
julgamento de determinada 
demanda. 
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h) Unicidade: Muito embora se fale em jurisdição civil e 
penal, Justiça Federal e Estadual, na realidade esse 
poder-dever é uno e indivisível, ou seja, é exercido da 
mesma forma em todo o território nacional. 
 
 
 
 
 
 
JURISDIÇÃO 
COMUM 
CIVIL 
ESTADUAL 
FEDERAL 
PENAL 
 
ESTADUAL 
FEDERAL 
 
ESPECIAL 
MILITAR 
ELEITORAL 
TRABALHISTA 
A ATIVIDADE JURISDICIONAL É 
DIVIDIDA APENAS PARA MELHOR 
FUNCIONALIDADE. 
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Agora que estudamos cada uma das características e 
princípios da jurisdição, é importante memorizar para não confundir na hora da 
prova. Vamos treinar? 
 
 
 MEMORIZANDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS DA 
JURISDIÇÃO 
PRINCÍPIOS DA 
JURISDIÇÃO 
INÉRCIA INDECLINABILIDADE 
LIDE INEVITABILIDADE 
IMPERATIVIDADE JUIZ NATURAL 
IMPARCIALIDADE INVESTIDURA 
DEFINITIVIDADE TERRITORIALIDADE 
SUBSTITUTIVA INDELEGABILIDADE 
DECLARATÓRIA DE DIREITOS INAFASTABILIDADE 
 UNICIDADE 
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1.6 Poderes 
Quando se fala em poderes da jurisdição, na verdade se 
está fazendo uma referência aos atributos inerentes à atividade jurisdicional, 
ou seja, poderes decorrentes de tal atividade. São eles: 
 
a) Poder de decisão 
Consiste na atividade jurisdicional de por fim aos 
conflitos sociais, aplicando o direito ao caso concreto, 
decidindo a lide. É o poder-dever de dizer o direito. 
 
b) Poder de polícia 
Para assegurar que suas decisões sejam cumpridas, o 
Poder Judiciário pode fazer uso da força pública. Assim, 
poder de polícia4 é aquele dado ao magistrado para 
dirigir o processo, conforme previsto nos arts. 445 e 
446 do CPC: 
“Art. 445. O juiz exerce o poder de 
polícia, competindo-lhe: 
I - manter a ordem e o decoro na 
audiência; 
II - ordenar que se retirem da sala da 
audiência os que se comportarem 
inconvenientemente; 
III - requisitar, quando necessário, a 
força policial. (grifo nosso) 
Art. 446. Compete ao juiz em 
especial: 
I - dirigir os trabalhos da audiência; 
II - proceder direta e pessoalmente à 
colheita das provas; 
III - exortar os advogados e o órgão 
do Ministério Público a que discutam a 
causa com elevação e urbanidade. 
 
4 Consoante disposto no Dicionário Jurídico de Bolso, poder de polícia é atividade da administração pública 
que, limitando ou disciplinado direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, 
em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina daprodução e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do 
Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
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Parágrafo único. Enquanto depuserem 
as partes, o perito, os assistentes 
técnicos e as testemunhas, os 
advogados não podem intervir ou 
apartear, sem licença do juiz.” 
 
c) Poder de coerção 
Decorre da força coercitiva das decisões emanadas pelo 
poder judiciário, substituindo a vontade das partes e 
impondo a observância desses comandos. Alguns 
abordam poder de coerção e poder de polícia 
conjuntamente. 
 
d) Poder de documentação 
É aquele que resulta da necessidade de documentar, de 
modo a fazer fé, de tudo o que ocorre perante os 
órgãos judiciais ou sob sua ordem (termos de 
assentada, da constatação, de audiência, de provas, 
certidões de notificações, de citações, etc.). Segundo o 
art. 169 do CPC: 
 
“Os atos e termos do processo serão 
datilografados ou escritos com tinta 
escura e indelével, assinando-os as 
pessoas que neles intervieram. 
Quando estas não puderem ou não 
quiserem firmá-los, o escrivão 
certificará, nos autos, a ocorrência.” 
 
e) Poderes jurisdicionais 
São os decorrentes dos atos praticados pelo juiz no 
curso do processo, com o fim de lhe dar andamento. 
 
 
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1.7 Modalidades 
 
Nenhum poder estatal exerce com exclusividade suas 
funções inerentes, há casos em que, atipicamente, um poder pode exercer as 
atividades típicas de outro. 
Assim, é possível que o Judiciário exerça funções distintas 
daquelas que lhe são inerentes, ora assumindo função legislativa, ora 
praticando atos de pura administração. 
Observe o art. 1º do CPC: 
 
“A jurisdição civil, contenciosa e 
voluntária, é exercida pelos juízes, em 
todo o território nacional, conforme as 
disposições que este Código 
estabelece.” (grifo nosso) 
 
JURISDIÇÃO PODERES 
DE 
DECISÃO 
DE 
POLÍCIA 
DE 
COERÇÃO 
 
DE 
DOCUMENTAÇÃO 
 
JURISDICIONAIS 
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Agora vamos ao estudo da parte mais importante, qual 
seja, as diferenças entre estas duas principais modalidades de jurisdição. O 
quadro comparativo a seguir tornará a fixação do conteúdo mais fácil e 
certamente o ajudará no momento da prova! 
 
JURISDIÇÃO 
CONTENCIOSA 
 JURISDIÇÃO 
VOLUNTÁRIA 
Função Jurisdicional ATIVIDADE Atribuição Administrativa 
Visa à 
composição/solução de 
conflito de interesses 
Há uma “LIDE” 
 
 
CAUSA 
Visa à integração do Estado 
para dar validade a um negócio, 
ato ou providência jurídica 
NÃO há “LIDE”, e sim um 
acordo de vontades 
JURISDIÇÃO 
CIVIL 
CONTENCIOSA 
Atividade inerente ao Poder 
Judiciário. 
É jurisdição. 
VOLUNTÁRIA 
 
 
ATENÇÃO!!!!! 
Não é, na realidade, 
jurisdição, correspondendo 
mais a uma simples 
atribuição administrativa 
conferida em lei - chamada 
também de administração 
pública de interesses 
privados . 
Exemplos: casamento, que 
deve ser realizado perante o 
oficial do cartório de registro 
de pessoas civis; separação 
judicial consensual, entre 
outras. 
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Partes contrapostas 
 
ASPECTOS 
SUBJETIVOS 
“Interessados” (art. 1104 do 
CPC5) na tutela de um mesmo 
interesse 
Por meio de ação, em 
que se formula o 
pedido do autor contra 
o réu 
 
 
 INICIATIVA 
Por meio simples 
“requerimento”, em que se 
indica a providência judicial 
postulada. Essa providência não 
é contra ninguém, mas apenas 
em favor do requerente 
Mediante um 
“processo”, 
observando os 
princípios do 
contraditório e da 
ampla defesa 
 
MANEIRA DE 
PROCEDER 
Simples procedimento 
administrativo 
Produz “coisa julgada” 
Sentença de mérito (o 
juiz aplicará o direito 
ao caso concreto) 
 
 
SENTENÇA 
Não produz a “coisa julgada”, 
podendo ser modificada em face 
de circunstâncias 
supervenientes (art. 1111 do 
CPC6) 
Homologação, pelo Poder 
Judiciário, de um acordo de 
vontade entre as partes, cuja 
validade, em razão de 
determinação legal, depende da 
manifestação do juiz 
O da “legitimidade”, 
com a aplicação do 
direito objetivo para a 
eliminação do conflito 
CRITÉRIO DE 
JULGAMENTO 
Não é obrigatória a “legalidade 
estrita”, podendo o juiz ater-se 
a critérios de equidade, 
conveniência e oportunidade 
(art. 1109 do CPC7) 
 
 
5 “Art. 1104 O procedimento terá início por provocação do interessado ou do Ministério Público, cabendo-lhes 
formular o pedido em requerimento dirigido ao juiz, devidamente instruído com os documentos necessários e 
com a indicação da providência judicial.” (grifo nosso) 
6 “Art. 1111 A sentença poderá ser modificada, sem prejuízo dos efeitos já produzidos, se ocorrerem 
circunstâncias supervenientes.” 
7 “Art. 1109 O juiz decidirá o pedido no prazo de 10 (dez) dias; não é, porém, obrigado a observar critério 
de legalidade estrita, podendo adotar em cada caso a solução que reputar mais conveniente ou oportuna.” 
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Podemos falar, ainda, em outras espécies de jurisdição, 
são elas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO PELO CRITÉRIO DE SEU OBJETO 
JURISDIÇÃO 
CIVIL 
causas e 
pretensões 
não-penais 
PENAL 
causas penais 
e pretensões 
punitivas 
 
CLASSIFICAÇÃO PELO CRITÉRIO DA POSIÇÃO 
HIERÁRQUICA DOS ÓRGÃOS QUE A EXERCEM 
JURISDIÇÃO 
INFERIOR 
exercida pelos juízes 
que ordinariamente 
conhecem do processo 
desde o seu início 
(competência 
originária) 
SUPERIOR 
exercida pelos órgãos 
aos quais cabem 
recursos contra as 
decisões proferidas 
pelas juízes inferiores 
(TJ, TRF, TRT, TRE, STJ, 
TST, TSE, STF...) 
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CLASSIFICAÇÃO PELO CRITÉRIO DA FONTE DE DIREITO COM 
BASE NA QUAL O JULGAMENTO É PROFERIDO 
JURISDIÇÃO 
DE DIREITO 
o juiz decide de acordo com 
as leis 
DE EQUIDADE 
o juiz decide sem as 
limitações impostas pela 
lei, podendo aplicar a 
norma de forma mais 
individualizada, de acordo 
com cada caso concreto 
Art. 127 do CPC "O juiz só 
decidirá por equidade nos 
casos previstos em lei. 
 
CLASSIFICAÇÃO PELO CRITÉRIO DOS ORGANISMOS 
JUDICIÁRIOS QUE A EXERCEM 
JURISDIÇÃOCOMUM 
FEDERAL ESTADUAL 
ESPECIAL 
TRABALHO ELEITORAL MILITAR 
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1.8 Órgãos 
 
 Conforme vimos anteriormente, quando do estudo dos 
princípios, a jurisdição é una, sendo a atividade jurisdicional dividida apenas 
por questão de funcionalidade. A estrutura baseada em órgãos distintos visa 
garantir celeridade e maior alcance de sua função. 
Dito isso, a organização do Poder Judiciário é composta 
pelos seguintes órgãos (segundo arts. 92, 98, 125, § 3º e 126, todos da 
CF/88): 
a) Supremo Tribunal Federal (STF) 
b) Conselho Nacional de Justiça (CNJ) 
c) Superior Tribunal de Justiça (STJ) 
d) Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais (TRF’s) 
e) Tribunais e Juízes do Trabalho (TST, TRT’s) 
f) Tribunais e Juízes Eleitorais (TSE, TRE’s) 
g) Tribunais e Juízes Militares (STM, TJM) 
h) Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e 
Territórios (TJ’s) 
 
Ficou confuso? Ainda tem dúvida? Não se preocupe, o 
organograma e a tabela a seguir irão ajudá-lo! 
 
 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À MATÉRIA 
JURISDIÇÃO 
JUSTIÇA 
ESTADUAL 
JUSTIÇA 
FEDERALIZADA 
TRABALHO ELEITORAL MILITAR 
FEDERAL 
COMUM 
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Fonte: Blog Direito Acadêmico 
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ÓRGÃO 
 
 
COMPETÊNCIA 
 
 COMPOSIÇÃO 
STF 
 
A ESSE ÓRGÃO ESTÁ 
RESERVADA A FUNÇÃO MAIOR 
DE GUARDA DO RESPEITO 
AOS PRECEITOS CONSTANTES 
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 
 
SUAS ATRIBUIÇÕES ESTÃO 
ELENCADAS DO ART. 102 DA 
CF/88. 
 
O STF É COMPOSTO POR 11 
MINISTROS, COM IDADE 
SUPERIOR A 35 E INFERIOR A 
65 ANOS, QUE POSSUAM 
REPUTAÇÃO ILIBADA E 
NOTÁVEL CONHECIMENTO 
JURÍDICO. É CARGO 
PRIVATIVO DE BRASILEIRO 
NATO. 
 
OS COMPONENTES SÃO 
NOMEADOS DIRETAMENTE 
PELO CHEFE DO PODER 
EXECUTIVO, APÓS A 
APROVAÇÃO POR MAIORIA 
ABSOLUTA NO SENADO 
FEDERAL. 
 
CNJ COMPETE AO CNJ O 
CONTROLE DA ATUAÇÃO 
ADMINISTRATIVA E 
FINANCEIRA DO PODER 
JUDICIÁRIO E DO 
CUMPRMENTO DOS DEVERES 
FUNCIONAIS DOS JUÍZES, 
ENTRE OUTRAS ATRIBUIÇÕES 
CONFERIDAS PELO ART. 103-
B, §4º E INCISOS. 
 
O CNJ É COMPOSTO POR 15 
MEMBROS, NA FORMA 
PREVISTA NO ART. 103-B DA 
CF/88. 
STJ É O GUARDIÃO DO SISTEMA 
FEDERATIVO, DEVENDO 
ZELAR, COMO PRINCIPAL 
ATRIBUIÇÃO ESTABELECIDA 
PELA CONSTITUIÇÃO 
O STJ É COMPOSTO DE, NO 
MÍNIMO, 33 MINISTROS, 
COM IDADE SUPERIOR A 35 E 
INFERIOR A 65 ANOS, QUE 
POSSUAM REPUTAÇÃO 
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FEDERAL, PELA LEI FEDERAL. 
 
SUAS COMPETÊNCIAS ESTÃO 
ESTABELECIDAS NO ART. 105 
DA CF/88. 
 
ILIBADA E NOTÁVEL 
CONHECIMENTO JURÍDICO. 
OS MINISTROS SÃO 
NOMEADOS PELO 
PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA, 
APÓS APROVAÇÃO PELA 
MAIORIA ABSOLUTA DO 
SENADO E DEMAIS 
REQUISITOS PREVISTOS NO 
ART. 104, PARÁGRAFO ÚNICO, 
DA CF/88. 
 
STM SUA COMPETÊNCIA ESTÁ 
DESCRITA NO ARTIGO 124 DA 
CF/88, JULGANDO OS CRIMES 
MILITARES. 
É COMPOSTO POR 15 
MINISTROS VITALÍCIOS 
INDICADOS PELO PRESIDENTE 
DA REPÚBLICA E APROVADOS 
PELO SENADO FEDERAL, NA 
FORMA DO ART. 123 DA CF/88. 
 
TRF JUSTIÇA RESPONSÁVEL 
ESPECIALMENTE POR CAUSAS 
ENVOLVENDO INTERESSES 
DA UNIÃO, DE SUAS 
AUTARQUIAS E EMPRESAS 
PÚBLICAS. 
 
SUAS FUNÇÕES ESTÃO 
DESCRITAS NO ARTIGO 108 
DA CF/88, QUE TAMBÉM 
DISCIPLINA QUAIS SÃO AS 
MATÉRIAS A SEREM 
ABARCADAS POR ESTES 
TRIBUNAIS. 
EM DEFINIÇÃO, OS TRIBUNAIS 
REGIONAIS FEDERAIS SÃO A 
2ª INSTÂNCIA DA JUSTIÇA 
FEDERAL, SENDO 
RESPONSÁVEIS POR JULGAR 
OS RECURSOS ORIUNDOS DA 
1ª INSTÂNCIA (JUÍZES 
FEDERAIS). 
 
COMPÕEM-SE DE, MÍNIMO, 7 
JUÍZES, NA FORMA DO 
DISPOSTO NO ART. 107 DA 
CF/88. 
 
OS TRIBUNAIS FEDERAIS SÃO 
DIVIDIDOS, ATUALMENTE, EM 
5 REGIÕES. (LEI 9.788/1999 
QUE PREVÊ A 
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REESTRUTURAÇÃO DA JUSTIÇA 
FEDERAL). 
 
TST A COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA 
DO TRABALHO VEM PREVISTA 
NO ART. 114 DA CF/88, COM 
DESTAQUE PARA A SOLUÇÃO 
DAS CONTROVÉRSIAS 
DECORRENTES DA RELAÇÃO 
DE TRABALHO. 
O TST É FORMADO POR 27 
MINISTROS, COM IDADE 
MÍNIMA DE 35 E MÁXIMA DE 
65 ANOS, NOMEADOS PELO 
PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
APÓS A APROVAÇÃO DO 
SENADO FEDERAL. (VER ART. 
111-A DA CF/88) 
 
TSE ÓRGÃO QUE SE OCUPA 
SOMENTE DE MATÉRIA 
ELEITORAL. 
O TSE É COMPOSTO DE, NO 
MÍNIMO, 7 MEMBROS, 
ESCOLHIDOS NA FORMA DO 
ART. 119 DA CF/88. 
TRT JULGAM, EM SUMA, LITÍGIO 
TRABALHISTA, PARA TANTO, 
SE ESTRUTURA NO BINÔMIO 
EMPREGADO – EMPREGADOR. 
O TRT COMPÕEM-SE DE, NO 
MÍNIMO, 7 JUÍZES, 
NOMEADOS PELO PRESIDENTE 
DA REPÚBLICA NA FORMA DO 
ART. 115 DA CF/88. 
 
TRE OS TRE'S SÃO OS ÓRGÃOS 
DO PODER JUDICIÁRIO 
ENCARREGADOS DE 
GERENCIAR AS ELEIÇÕES EM 
NÍVEL ESTADUAL, 
ABRANGENDO DESDE O 
REGISTRO DOS PARTIDOS 
POLÍTICOS ATÉ A IMPRESSÃO 
DE BOLETINS E MAPAS DE 
APURAÇÃO DURANTE A 
TOTALIZAÇÃO DAS 
CONTAGENS DO VOTO. PODE-
SE INCLUIR TAMBÉM, ENTRE 
AS ATRIBUIÇÕES DO 
TRIBUNAL REGIONAL 
ELEITORAL, O CADASTRO DOS 
 
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ELEITORES, PELA 
CONSTITUIÇÃO DAS JUNTAS E 
ZONAS ELEITORAIS E PELA 
APURAÇÃO DE RESULTADOS E 
DIPLOMAÇÃO DOS ELELITOS 
EM NÍVEL ESTADUAL. 
 
TJM ATUAM NA ÓRBITA ESTADUAL 
E TEM COMO FUNÇÃO 
PRIMORDIAL JULGAR AS 
CONDUTAS QUE VIOLEM O 
CÓDIGO PENAL MILITAR, 
RESTRINGINDO SUA FUNÇÃO 
AOS INTEGRANTES DAS 
FORÇAS AUXILIARES – 
POLÍCIA MILITAR E CORPOS 
DE BOMBEIROS MILITARES. 
 
SUA JURISDIÇÃO É RESTRITA 
APENAS AOS ESTADOS QUE 
POSSUEM O CONTINGENTE 
MILITAR SUPERIOR A VINTE 
MIL INDIVÍDUOS (ART. 125, § 
3º DA CF/88). NO CASO DO 
BRASIL SÓ HÁ TRIBUNAIS DE 
JUSTIÇA MILITAR EM SP, MG E 
RS. 
 
NA ESFERA FEDERAL A 
JUSTIÇA MILITAR ESTÁ 
ESTRUTURADA EM 
CONSELHOS DE JUSTIÇA, 
COM A PRESENÇA DE UM 
AUDITOR MILITAR QUE ATUA 
EM SITUAÇÕES RELATIVAS ÀS 
FORÇAS ARMADAS – 
EXÉRCITO, AERONÁUTICA E 
MARINHA. 
 
 
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TJ DEVIDO A SUA 
ORGANIZAÇÃO, É PERMITIDO 
QUE FUNCIONE 
DESCENTRALIZADAMENTE, 
ISTO É, SEJA CONSTITUÍDO 
CÂMARAS REGIONAIS, COM A 
FINALIDADE DE GARANTIR O 
PLENO ACESSO DAS PARTES 
ENVOLVIDAS À JUSTIÇA, EM 
TODAS AS FASES QUE 
DECORREM DO PROCESSO. 
(ART. 125, §6º DA CF/88) 
 
DA MESMA FORMA, POSSUI 
COMPETÊNCIA PARA JULGAR 
OS RECURSOS E DECISÕES 
ORIUNDOS DA PRIMEIRA 
INSTÂNCIA (DECORRENTE 
DAS VARAS) E AS CAUSAS 
QUELHE SÃO RESERVADAS, 
CONSOANTE A LEGISLAÇÃO. 
 
 
A ESCOLHA DE SEU CONSELHO 
DE MAGISTRATURA FEITA 
MEDIANTE VOTAÇÃO SECRETA, 
EM QUE ELEGEM ENTRE OS 
JUÍZES MAIS ANTIGOS, QUAIS 
SERÃO OS TITULARES DOS 
CARGOS DE DIREÇÃO, COM O 
MANDATO DE DOIS ANOS (UM 
BIÊNIO), VEDADA A 
REELEIÇÃO. 
 
RESERVADO UM QUINTO DAS 
VAGAS PARA MEMBROS DO 
MINISTÉRIO PÚBLICO E 
ADVOGADOS. 
*JUIZADOS 
ESPECIAIS 
ESTES ÓRGÃOS DO PODER 
JUDICIÁRIO ESTÃO 
SUBORDINADOS AO 
SUPERIOR TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA (STJ) E TEM COMO 
PONTO DE SUSTENTAÇÃO A 
BUSCA PELA PACIFICAÇÃO 
SOCIAL E EVITAR A 
SOBRECARGA 
DESNECESSÁRIA DO 
JUDICIÁRIO. 
 
O JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 
TEM COMO ATRIBUIÇÕES 
JULGAR CAUSAS COM MENOR 
COMPLEXIDADE E QUE 
 
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ENVOLVAM UM MONTANTE DE 
ATÉ QUARENTA (40) 
SALÁRIOS MÍNIMOS, SENDO 
FACULTATIVA A UTILIZAÇÃO 
DE UM ADVOGADO EM 
QUESTÕES QUE ENVOLVAM 
ATÉ VINTE (20) SALÁRIOS 
MÍNIMOS. DEVE-SE AINDA 
SALIENTAR, QUE FOI VEDADO 
A ESSE JUIZADO, JULGAR 
QUESTÕES RELATIVAS À 
NATUREZA ALIMENTAR, 
FALÊNCIA, INTERESSES DA 
FAZENDA PÚBLICA, 
INCLUINDO AINDA 
SITUAÇÕES REFERENTES 
ACIDENTES DE TRABALHO. 
 
QUANTO AO JUIZADO 
ESPECIAL CRIMINAL, PREVÊ 
EM SUAS ATRIBUIÇÕES A 
FUNÇÃO DE JULGAR 
SITUAÇÕES QUE ENVOLVEM 
QUESTÕES DE MENOR 
POTENCIAL OFENSIVO PARA A 
SOCIEDADE E QUE TENHAM 
COMO PERÍODO DE SANÇÃO 
IGUAL OU INFERIOR A DOIS 
(02) ANOS. 
 
 
 
Parabéns Guerreiro! Você acaba de concluir 
o estudo de uma parte muito importante do 
edital, o primeiro degrau rumo ao TJDFT! 
Agora é hora de treinar e fixar os 
conhecimentos. Mãos à obra e até nosso 
próximo encontro, onde falaremos sobre 
Ação. Abraços e até mais! 
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Bibliografia 
 
BARROSO, Carlos Eduardo Ferraz de Mattos. Processo 
civil: teoria geral do processo e processo de conhecimento, volume 11 – 3. ed. 
rev. – São Paulo: Saraiva, 2000 – (Coleção sinopses jurídicas). 
 
FELIPPE, Donaldo Jr. Dicionário jurídico de bolso: 
terminologia jurídica: termos e expressões latinas de uso forense; atualizado 
por Afonso Celso F. Rezende – 17. ed. – Campinas, SP: Millennium Editora, 
2006. 
 
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Novo curso de direito 
processual civil, volume 1: teoria geral e processo de conhecimento (1ª parte) 
– 4. ed. rev. e atual. – São Paulo: Saraiva, 2007. 
 
HOUAISS, Antônio e Villar, Mauro de Salles. Minidicionário 
Houaiss de língua portuguesa – 3. ed. rev. e aum. – Rio de Janeiro: Objetiva, 
2008. 
 
MENNA, Fabio de Vasconcellos 
Processo Civil. São Paulo: Primas Cursos Preparatórios, 
2004. 
 
MPE-RJ – MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE 
JANEIRO – Técnico do Ministério Público – Área de Notificação e Atos 
Intimatórios – Nível Médio – Conhecimentos Básicos e Específicos. Atualizada 
até 08/2011. 
 
VADE MECUM: 2012: COM FOCO NO EXAME DA OAB E EM 
CONCURSOS PÚBLICOS/ Alexandre Gialluca, Nestor Távora [Organizadores]. – 
Niterói, RJ: Ímpetus, 2012. 
 
Apostilas do Canal dos Concursos: 
Curso em PDF – Processo Civil – TRE/SP – Analista 
Judiciário – Área Judiciária. Prof. Renan Araújo. 
 
Curso em PDF – Direito Processual Civil – Exercícios CESPE 
– Profa. Elisa Pinheiro. 
 
Outras Apostilas: 
MPE-RJ – MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE 
JANEIRO – Técnico do Ministério Público – Área de Notificação e Atos 
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Intimatórios – Nível Médio – Conhecimentos Básicos e Específicos. Atualizada 
até 08/2011. 
 
Sites consultados: 
http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4159 
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAsDIAB/teoria-geral-processo 
http://ns2.webartigos.com/artigos/organizacao-da-jurisdicao-no-brasil/11316/ 
http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=964 
www.qinet.com.br/sala28/aula_8_jurisdicao.ppt 
www.francis.med.br/direitofaj/materias.../jurisdicao_luciana_001.ppt 
 
 
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QUESTÕES - TESTES 
 
CESPE - 2008 - TST - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA 
A jurisdição é a atividade desenvolvida pelo Estado por meio da qual são 
resolvidos conflitos de interesses visando-se à pacificação social. Acerca desse 
tema, julgue os itens seguintes. 
 
1 ) A jurisdição pode ser dividida em ordinária e extraordinária. 
( )CERTO ( )ERRADO 
 
2) A jurisdição pode ser classificada em comum ou especial. 
( )CERTO ( )ERRADO 
 
3) Por seu inegável alcance social, a justiça trabalhista é exemplo claro de 
jurisdição comum. 
( )CERTO ( )ERRADO 
 
4) CESPE – TJ-ES/2011 – ANALISTA JUDICIÁRIO 
Uma das características da atividade jurisdicional é a sua inércia, razão pela 
qual, em nenhuma hipótese, o juiz deve determinar, de ofício, que se inicie o 
processo. 
( )CERTO ( )ERRADO 
 
5) CESPE – TJ-ES/2011 – ANALISTA JUDICIÁRIO 
A função jurisdicional é, em regra, de índole substitutiva, ou seja, substitui-se 
a vontade privada por uma atividade pública. 
( )CERTO ( )ERRADO 
 
 
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6) CESPE – DETRAN-DF/2009 - ADVOGADO 
O direito de ação é exercido contra o Estado-juiz e não contra quem, na 
perspectiva de quem o exercita, lesiona ou ameaça direito seu. 
( )CERTO ( )ERRADO 
 
7) CESPE - 2011 - TJ-ES - ANALISTA JUDICIÁRIO - DIREITO - ÁREA 
JUDICIÁRIA 
A jurisdição civil pode ser contenciosa ou voluntária, esta também denominada 
graciosa ou administrativa. Ambas as jurisdições são exercidas por juízes, cuja 
atividade é regulada pelo Código de Processo Civil, muito embora a jurisdição 
voluntária se caracterize pela administração de interesses privados pelos 
órgãos jurisdicionais, ou seja, não existe lide ou litígio a ser dirimido 
judicialmente. 
( )CERTO ( )ERRADO 
 
8) CESPE - 2008 - TRT - 5ª REGIÃO (BA) - ANALISTA JUDICIÁRIO - 
ÁREA ADMINISTRATIVA 
O contraditório, a eventualidade e a oralidade são princípios informadores e 
fundamentais inerentes à jurisdição. 
( )CERTO ( )ERRADO 
 
9) CESPE - 2007 - TRT-9R - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA 
ADMINISTRATIVA 
A jurisdição voluntária, visando à composição de conflitos de interesses, tem 
por finalidade resguardar a segurança jurídica e a decisão nela proferida, 
aplicando, dessa forma, o direito no caso concreto, de acordo com a pretensão 
ou a resistência das partes. 
( )CERTO ( )ERRADO 
 
10) CESPE - 2008 - TRT - 5ª REGIÃO (BA) - ANALISTA JUDICIÁRIO - 
ÁREA ADMINISTRATIVA 
Sobre jurisdição, partes, procuradores, intervenção de terceiros e Ministério 
Público, julgue. 
 
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O contraditório, a eventualidade e a oralidade sãoprincípios informadores e 
fundamentais inerentes à jurisdição. 
( )CERTO ( )ERRADO 
 
11) CESPE – TJ/RR – 2006 – TÉCNICO JUDICIÁRIO 
Assinale a opção correta no que diz respeito a jurisdição e competência. 
a) A jurisdição penal é exercida pelos juízes estaduais comuns, pela justiça 
militar estadual, pela justiça militar federal, pela justiça federal, pela justiça 
eleitoral e pela justiça do trabalho. 
b) Chama-se de jurisdição inferior aquela exercida pelos juízes que 
ordinariamente conhecem do processo desde o seu início, a exemplo dos juízes 
de direito na justiça estadual. 
c) Sendo o STF órgão máximo de jurisdição superior, os magistrados e 
ministros das instâncias inferiores são subordinados hierarquicamente ao 
presidente desse tribunal. 
d) No processo penal, o foro comum é determinado predominantemente no 
interesse do réu, em atenção ao princípio da ampla defesa e ao princípio da 
verdade real. 
 
12) CESPE – TJ/RR – 2006 – TÉCNICO JUDICIÁRIO 
Em relação a jurisdição, sob enfoque do processo civil, assinale a opção 
correta. 
a) A jurisdição contenciosa tem por objeto assegurar a ordem jurídica e a paz 
social e, independentemente da existência de discussão judicial e de pendência 
ou litígio, promover a composição dos conflitos de interesses por meio da 
homologação formal do acordo de vontades. 
b) Cabe ao proponente a escolha do procedimento a ser adotado no 
julgamento do litígio por ele ajuizado. No entanto, se a escolha for pelo 
procedimento de jurisdição voluntária, o qual exige acordo de vontade entre as 
partes, esse procedimento deve seguir até a sentença final. 
c) A jurisdição civil é a função estatal, exercida no processo, por órgão do 
poder judiciário, mediante propositura de ação, visando compor um litígio não-
penal e tem como finalidade a resolução justa do litígio. 
d) Ao poder judiciário, com exclusividade, é atribuída a função jurisdicional. No 
exercício dessa função, ao compor os conflitos, seja de jurisdição voluntária ou 
contenciosa, substitui a vontade das partes litigantes por uma sentença e as 
decisões proferidas revestem-se de caráter jurisdicional e fazem coisa julgada 
material. 
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13) CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO 
Paulo e Hélio, maiores de idade e capazes, não tendo entrado em acordo 
quanto ao pagamento de dívida que o segundo contraíra com o primeiro, 
concluíram que seria necessária a intervenção de terceiro, capaz de propor 
solução para o problema. Levaram, então, o caso ao conhecimento de Lúcio, 
professor emérito da faculdade onde Paulo e Hélio estudavam, que propôs que 
apenas dois terços da dívida fossem pagos no prazo de trinta dias, o que foi 
aceito pelos interessados. 
Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta. 
a) Ao aceitarem a solução intermediária, os interessados realizaram 
autocomposição. 
b) Configura-se, no caso, a autotutela, dada a inexistência de intervenção do 
Estado-juiz. 
c) A figura do terceiro que conduz os interessados a solução 
independentemente de intervenção judiciária indica a ocorrência de mediação. 
d) Como a solução proposta se fundamenta na regra jurídica aplicável e tem 
executividade própria, trata-se de verdadeira jurisdição. 
e) Dada a ocorrência de solução por intervenção de terceiro, fica caracterizada 
a arbitragem. 
 
14) VUNESP – OAB/SP – 2007 
Os procedimentos de interdição e de separação consensual são exemplos de 
a) jurisdição voluntária. 
b) jurisdição contenciosa. 
c) ação ordinária. 
d) ação sumária. 
 
15) IESES - 2011 - TJ-CE - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE 
REGISTROS 
a) Pelo princípio da aderência os juízes e tribunais exercem a atividade 
jurisdicional apenas no território nacional. Essa atividade é repartida de acordo 
com as regras de competência. Todavia, a eficácia erga omnes ou ultra 
partes da coisa julgada, de sentença proferida em ação coletiva, pode 
eventualmente estender os limites subjetivos da coisa julgada para além dos 
limites territoriais da competência do juiz. 
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b) A jurisdição voluntária, também denominada pela doutrina de jurisdição 
contenciosa, é forma de administração pública de interesses privados. 
c) Instituído juízo arbitral por convenção de arbitragem celebrada entre as 
partes, embora o árbitro seja juiz de fato e de direito, sua sentença se 
submete a recurso e precisa ser homologada pelo Poder Judiciário – detentor 
do monopólio da jurisdição – para ter força de coisa julgada material. 
d) Na jurisdição voluntária há processo e lide, embora não haja partes, mas 
interessados. Não incide o princípio dispositivo, mas o inquisitório. Não 
prevalece o princípio da legalidade estrita, pois o juiz pode decidir por 
equidade. 
 
16) MARQUE A ALTERNATIVA INCORRETA: 
a) A jurisdição estadual tem competência expressa na Constituição, restando à 
jurisdição federal a denominada competência residual. 
b) A jurisdição voluntária é forma de administração pública de interesses 
privados vez que nela não há conflito jurídico. 
c) A jurisdição penal aplica-se aos casos de conflito jurídicos envolvendo bens 
tutelados pelo direito penal material. 
d) As jurisdições especializadas (Trabalho, Eleitoral e Militar) são todas 
organizadas por lei federal. 
 
17) MARQUE A ALTERNATIVA QUE NÃO REPRESENTA UMA 
CARACTERÍSTICA OU PRINCÍPIO DA JURISDIÇÃO. 
a) É exercida apenas quando provocada e sempre nos limites em que foi feita 
esta "provocação”. 
b) É uma função privativa do Estado não podendo ser delegada a outras 
entidades e/ou instituições. 
c) É exercida em caso de conflitos jurídicos, não sendo submetidos a ela 
conflitos que não estejam tutelados pelo Direito. 
d) É inasfatável, mas o Estado-Juiz pode, na falta de norma expressa que 
regule o caso, deixar de exercê-la, desde que apresente justificativa. 
 
18) MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA: 
a) A jurisdição é uma expressão do poder soberano aplicando-se, quando 
necessário, fora das fronteiras do estado para proteger nacionais em territórios 
estrangeiros. 
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b) A jurisdição atua com objetivo de garantir a ordem jurídica, notadamente as 
normas de direito material, em caso de violação. 
c) A vedação a autotutela significa que apenas depois de tentar resolver 
amigavelmente o conflito, pode a parte provocar a atuação do Estado-Juiz. d) 
A jurisdição voluntária não se submete aos mesmos princípios da jurisdição 
contenciosa. 
 
19) QUAIS DAS CARACTERÍSTICAS ABAIXO NÃO SE APLICAM A 
JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA: 
a) Definitividade da decisão; 
b) Lide; 
c) Inafastabilidade; 
d) Inércia. 
 
20) COM RELAÇÃO ÀS CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO: 
I - Uma das características próprias das decisões jurisdicionais é que elas 
tornem-se imutáveis; 
II – Dizer que a Jurisdição é una significa dizer que nenhuma outra pessoa 
física ou jurídica pode exercê-la, a não ser por delegação de poderes feita pelo 
Estado; III – A existência de conflito jurídico a ser solucionado é essencial a 
atuação da jurisdição, que atua sempre por provocação. 
São falsas as afirmativas: 
a) Apenas I; 
b) ApenasII; 
c) Apenas I e III; 
d) Todas as alternativas estão corretas. 
 
21) FCC - 2010 - TRT - 22ª REGIÃO (PI) - ANALISTA JUDICIÁRIO - 
ÁREA JUDICIÁRIA 
A indeclinabilidade é uma característica: 
a) da ação. 
b) da jurisdição. 
c) do processo. 
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d) da lide. 
e) do procedimento. 
 
22) TRT 19ª 2008 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA 
A respeito da jurisdição e da ação, considere: 
I. Nenhum juiz prestará tutela jurisdicional, senão quando a parte ou o 
interessado a requerer, nos casos e formas legais. 
II. O direito de ação é objetivo, decorre de uma pretensão e depende da 
existência do direito que se pretende fazer reconhecido e executado. 
III. Na jurisdição voluntária, não há lide, tratando-se de forma de 
administração pública de interesses privados. 
É correto o que se afirma APENAS em 
a) II. 
b) II e III. 
c) I. 
d) I e II. 
e) I e III. 
 
23) TRT 2ª REGIÃO (SP) - 2010 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - JUIZ 
a) Possui caráter substitutivo, uma vez que a atividade do Estado afasta 
qualquer outra possibilidade de quem tem uma pretensão de invadir a esfera 
jurídica alheia para satisfazer-se. 
b) É função estatal cometida exclusivamente ao Poder Judiciário, de acordo 
com o critério orgânico. 
c) Pode ser delegada de um juiz a outro por meio de carta precatória. 
d) Rege-se pelo princípio da inércia, excetuadas as hipóteses de atuação ex 
officio expressamente previstas em lei. 
e) Quando provocada, impõe-se por si mesma, salvo cláusula contratual em 
que se estipule sua inaplicabilidade ao caso concreto. 
 
24) FCC - 2010 - TCE-RO - AUDITOR 
A jurisdição contenciosa civil 
a) é divisível. 
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b) é atividade substitutiva. 
c) é exercida pelo Tribunal de Contas da União. 
d) é exercida por membro do Ministério Público. 
e) não pressupõe território. 
 
25) FCC - 2009 - TJ-PA - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA 
Jurisdição é 
a) a faculdade atribuída ao Poder Executivo de propor e sancionar leis que 
regulamentem situações jurídicas ocorridas na vida em sociedade. 
b) a faculdade outorgada ao Poder Legislativo de regulamentar a vida social, 
estabelecendo, através das leis, as regras jurídicas de observância obrigatória. 
c) o poder das autoridades judiciárias regularmente investidas no cargo de 
dizer o direito no caso concreto. 
d) o direito individual público, subjetivo e autônomo, de pleitear, perante o 
Estado a solução de um conflito de interesses. 
e) o instrumento pelo qual o Estado procede à composição da lide, aplicando o 
Direito ao caso concreto, dirimindo os conflitos de interesses. 
 
26) PGT - 2008 - PGT - PROCURADOR DO TRABALHO 
A propósito da Jurisdição, considere as seguintes proposições: 
I - enquanto manifestação da soberania do Estado, a jurisdição não é passível 
de delegação a terceiros, sendo exercida exclusivamente por magistrados 
investidos em conformidade com as regras da Constituição Federal; 
II - por força do princípio da aderência, a jurisdição está limitada ao espaço 
geográfico sobre o qual se projeta a soberania do Estado; 
III - a ideia matriz do princípio do juiz natural legitima a instituição de juízos e 
tribunais especiais, destinados à solução de conflitos prévios e determinados, 
gravados de especial interesse social; 
IV - embora não se instaure de ofício a jurisdição, os órgãos jurisdicionais do 
Estado devem oferecer respostas a todos os conflitos que lhes sejam 
submetidos, ainda que omissa ou obscura a legislação em vigor. 
 
De acordo com as assertivas acima, pode-se afirmar que: 
a) o item I é certo e o item II é errado; 
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b) o item II é certo e o item III é errado; 
c) o item III é certo e o item IV é errado; 
d) o item IV é certo e o item I é errado; 
e) não respondida. 
 
27) CESPE - 2008 - TST - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA 
Considerando-se a sistemática federativa vigente no Brasil, a justiça comum é 
dividida em federal e estadual. 
( )CERTO ( )ERRADO 
 
28) CESPE - 2008 - OAB-SP 
O princípio do juiz natural tem por finalidade garantir a prestação da tutela 
jurisdicional por juiz independente e imparcial. 
( )CERTO ( )ERRADO 
 
29) CESPE – 2010 – MPE – RO – PROMOTOR DE JUSTIÇA 
O princípio da indelegabilidade estabelece que a autoridade dos órgãos 
jurisdicionais, considerados emanação do próprio poder estatal soberano, 
impõe-se por si mesma, independentemente da vontade das partes ou de 
eventual pacto para aceitarem os resultados do processo. 
( )CERTO ( )ERRADO 
 
30) CESPE - 2010– MPE – RO – PROMOTOR DE JUSTIÇA 
O princípio da inércia, um dos princípios basilares da jurisdição, não admite 
exceção. 
( )CERTO ( )ERRADO 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES – TESTES 
GABARITO 
 
 
1. ERRADO 2. CERTO 3. ERRADO 4. ERRADO 5. CERTO 
6. ERRADO 7. CERTO 8. ERRADO 9. ERRADO 10. ERRADO 
11. B 12. C 13. C 14. A 15.A 
16. A 17. D 18. B 19. B 20. D 
21. B 22. E 23. D 24. B 25. C 
26. B 27. C 28. C 29. E 30. E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
1) FCC – 2010 – DPE/SP – AGENTE DE DEFENSORIA – PSICOLÓGO 
Um meio de resolução de controvérsias, referentes a direitos patrimoniais 
disponíveis, no qual ocorre a intervenção de um terceiro independente e 
imparcial, que recebe poderes de uma convenção para decidir por elas, sendo 
sua decisão equivalente a uma sentença judicial é denominado de: 
A) Mediação 
B) Arbitragem 
C) Conciliação 
D) Audiência 
E) Avaliação 
 
2) FCC – 2008 – TRT 19 RG – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA 
JUDICIÁRIA 
A respeito da jurisdição e da ação, considere: 
I. Nenhum juiz prestará tutela jurisdicional, senão quando a parte ou o 
interessado a requerer, nos casos e formas legais. 
II. O direito de ação é objetivo, decorre de uma pretensão e depende da 
existência do direito que se pretende fazer reconhecido e executado. 
III. Na jurisdição voluntária, não há lide, tratando-se de forma de 
administração pública de interesses privados. 
É correto o que se afirma APENAS em: 
A) II. 
B) II e III. 
C) I. 
D) I e II. 
E) I e III. 
 
3) FCC – 2006 – TRT 20 – TÉCNICO JUDICIÁRIO 
No que concerne à Jurisdição e à Ação, de acordo com o Código de Processo 
Civil, é correto afirmar que: 
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A) a jurisdição civil contenciosa e voluntária é exercida pelos juízes e membros 
do Ministério Público em todo o território nacional. 
B) o juiz prestará a tutela jurisdicional ainda que não haja requerimentoda 
parte ou do interessado, nos casos e formas legais. 
C) para propor ou contestar ação basta ter legitimidade. 
D) ninguém poderá pleitear, em regra, em nome próprio, direito alheio. 
E) o interesse do autor não pode limitar-se à declaração de inexistência de 
relação jurídica. 
 
4) CESPE/UnB – TJ-ES - 2010 – OFICIAL DE JUSTIÇA 
A jurisdição civil pode ser contenciosa ou voluntária, esta também denominada 
graciosa ou administrativa. Ambas as jurisdições são exercidas por juízes, cuja 
atividade é regulada pelo Código de Processo Civil, muito embora a jurisdição 
voluntária se caracterize pela administração de interesses privados pelos 
órgãos jurisdicionais, ou seja, não existe lide ou litígio a ser dirimido 
judicialmente. 
( )CERTO ( )ERRADO 
 
5) VUNESP - 2008 - TJ-SP – JUIZ 
Como é sabido, a jurisdição é o poder de dizer o direito objetivo, função do 
Estado, desempenhada por meio do processo, na busca da solução do conflito 
que envolve as partes, para a realização daquele e a pacificação social. Sobre 
o assunto em questão, assinale a resposta correta. 
A) O exercício espontâneo da jurisdição, na condição de regra geral, implicaria 
em possível prejuízo da imparcialidade do juiz na solução da lide. 
B) Quando em causa direitos indisponíveis, mais se reforça o entendimento de 
que os órgãos jurisdicionais não hão de ficar inertes no que se refere à 
iniciativa de instauração do processo, não devendo eles ficar à espera de 
provocação de algum interessado para a atuação da vontade concreta da lei. 
C) No exercício da jurisdição voluntária, tal e qual se passa na jurisdição 
contenciosa, o juiz busca a pacificação social. Então, as duas jurisdições se 
confundem, sem consequências práticas. 
D) O juiz não conta com impedimento para conceder ao autor tutela 
jurisdicional diversa da postulada, contanto que se mostre qualitativa ou 
quantitativamente superior. 
 
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6) CESPE - 2007 - TRT-9R - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA 
ADMINISTRATIVA 
A jurisdição voluntária, visando à composição de conflitos de interesses, tem 
por finalidade resguardar a segurança jurídica e a decisão nela proferida, 
aplicando, dessa forma, o direito no caso concreto, de acordo com a pretensão 
ou a resistência das partes. 
( )CERTO ( )ERRADO 
 
7) CESPE - 2007 - TRT-9R - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA 
ADMINISTRATIVA 
O poder jurisdicional é exercido em sua plenitude pelos órgãos dele investidos. 
Entretanto, o exercício válido e regular desse poder por esses órgãos é 
limitado legalmente pelo que se denomina competência. Assim, a competência 
legitima o exercício do poder pelo órgão jurisdicional, em um processo 
concretamente considerado. 
( )CERTO ( )ERRADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
GABARITO 
 
1) FCC – 2010 – DPE/SP – AGENTE DE DEFENSORIA – PSICOLÓGO 
Um meio de resolução de controvérsias, referentes a direitos patrimoniais 
disponíveis, no qual ocorre a intervenção de um terceiro independente e 
imparcial, que recebe poderes de uma convenção para decidir por elas, sendo 
sua decisão equivalente a uma sentença judicial é denominado de: 
A) Mediação. 
ERRADA: Na mediação há a figura do mediador, que é uma pessoa que 
promove um acordo entre as partes, fornecendo meios alternativos 
para a solução da controvérsia, mas sua atuação não obriga as partes. 
B) Arbitragem. 
CORRETA: A arbitragem é a forma de solução alternativa de conflitos 
prevista no enunciado. Nesta hipótese, não há “acordo”. As partes, 
previamente, decidem que uma terceira pessoa, da confiança de 
ambas, decidirá a questão em caso de conflito. A decisão do árbitro 
NÃO PODE SER REVISTA PELO JUDICIÁRIO. 
A arbitragem está regulamentada na lei 9.307/97, e só pode ser utilizada para 
a solução de conflitos que envolvam direitos disponíveis (Direito de família, 
sucessões, por exemplo, não são passíveis de solução por arbitragem!). 
C) Conciliação. 
ERRADA: A conciliação é semelhante à mediação, mas aqui o 
conciliador (terceiro) não dá novas “ideias” para a solução do conflito, 
simplesmente estimula as partes a transigirem, mostrando-lhes os 
benefícios deste meio de solução de controvérsias. 
D) Audiência. 
ERRADA: A audiência é mero ato processual, e dentre suas 
características não se encontra a indeclinabilidade, até porque a 
audiência não é necessária, sempre, no processo. 
E) Avaliação. 
ERRADA: A avaliação é outro ato processual, e não guarda qualquer 
relação com o princípio da indeclinabilidade, que, como já falado, 
pertence à Jurisdição. 
 
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2) FCC – 2008 – TRT 19 RG – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA 
JUDICIÁRIA 
A respeito da jurisdição e da ação, considere: 
I. Nenhum juiz prestará tutela jurisdicional, senão quando a parte ou o 
interessado a requerer, nos casos e formas legais. 
CORRETA: Esta é a redação do art. 2° do CPC. 
II. O direito de ação é objetivo, decorre de uma pretensão e depende da 
existência do direito que se pretende fazer reconhecido e executado. 
ERRADA: Estudaremos melhor este tema na próxima aula, mas 
adianto a vocês que a questão está errada, pois o direito de ação não é 
objetivo, é abstrato, pois sua existência independe da existência do 
direito material alegado. 
III. Na jurisdição voluntária, não há lide, tratando-se de forma de 
administração pública de interesses privados. 
CORRETA: De fato, na Jurisdição voluntária não há lide, que é um 
conflito de interesses caracterizado pela pretensão de uma das partes 
resistida pela outra. Na Jurisdição voluntária ambas as partes desejam 
a mesma coisa, e pleiteiam, tão somente, a chancela do Judiciário, daí 
se dizer que não há propriamente Jurisdição nestes casos, dado seu 
caráter não substitutivo (não substitui a vontade das partes pela do 
Estado, pois são idênticas – Embora haja controvérsias). 
É correto o que se afirma APENAS em: 
A) II. 
B) II e III. 
C) I. 
D) I e II. 
E) I e III. 
 
3) FCC – 2006 – TRT 20 – TÉCNICO JUDICIÁRIO 
No que concerne à Jurisdição e à Ação, de acordo com o Código de Processo 
Civil, é correto afirmar que: 
A) a jurisdição civil contenciosa e voluntária é exercida pelos juízes e membros 
do Ministério Público em todo o território nacional. 
ERRADA: Os membros do MP não estão investidos no Poder 
Jurisdicional, que compete apenas aos órgãos do Poder Judiciário, 
conforme art. 1º do CPC. 
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B) o juiz prestará a tutela jurisdicional ainda que não haja requerimento da 
parte ou do interessado, nos casos e formas legais. 
ERRADA: O requerimento da parte é indispensável à prestação da 
Tutela Jurisdicional. Trata-se do princípio da inércia da Jurisdição, 
previsto no art. 2º do CPC. 
C) para propor ou contestar ação basta ter legitimidade. 
ERRADA: Embora não se trate de tema da nossa aula, para propor ou 
contestar ação o CPC exige que se tenha legitimidade e interesse, nos 
termos

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