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» Cacildo Baptista Palhares Júnior 
Advogado em Araçatuba (SP) 
 
 
Questões resolvidas de Direito Civil da prova objetiva do concurso de 
2009 para Defensor do Mato Grosso 
 
31. Segundo a Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro, 
(A) salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país três 
meses depois de oficialmente publicada. 
(B) nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei federal inicia-se três 
meses depois de oficialmente promulgada, salvo disposição contrária. 
(C) a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, 
quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria 
de que tratava a lei anterior. 
(D) quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, 
os costumes, a equidade e os princípios gerais de direito. 
(E) salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a lei 
revogadora perdido a vigência. 
 
Resolução: 
 
(A) Incorreta. Artigo 1º, caput: 
 
“Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo 
o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.” 
 
(B) Incorreta. De acordo com o artigo 1º, § 1º, o prazo de três meses inicia-
se a partir da publicação: 
 
“§ 1º Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, 
quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente 
publicada.” 
 
(C) Correta. Artigo 2º, § 1º: 
 
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“§ 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o 
declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule 
inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.” 
 
(D) Incorreta. Artigo 4º: 
 
“Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo 
com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.” 
 
(E) Incorreta. Artigo 2º, § 3º: 
 
“§ 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura 
por ter a lei revogadora perdido a vigência.” 
 
 Alternativa “c”. 
 
_________________________________________________________ 
 
32. A respeito da capacidade de exercício, é correto afirmar: 
(A) O menor de dezoito anos é absolutamente incapaz, ao passo que a 
capacidade de exercício plena ocorre somente aos vinte e um anos. 
(B) Em relação às pessoas físicas, ocorre a partir do nascimento com vida, 
colocando-se a salvo os direitos dos nascituros desde a concepção. 
(C) Em relação às pessoas jurídicas, ocorre a partir do nascimento com vida, 
mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 
(D) Para o maior de dezoito anos, pode ser afastada mediante ação de 
interdição, na qual se prove a total falta de discernimento do interditando, 
quer por doença, quer por mal congênito. 
(E) Consiste na aptidão para ter direitos e deveres na esfera civil. 
 
Resolução: 
 
Capacidade de direito, de gozo ou de aquisição consiste na capacidade 
de adquirir direitos e contrair obrigações. Todos os indivíduos possuem tal 
capacidade, visto que, de acordo com o artigo 2º do Código Civil, todo 
homem é capaz de direitos e obrigações na ordem civil. 
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Capacidade de fato ou de exercício é a aptidão de exercer por si os atos 
da vida civil. Depende do discernimento, da prudência, do juízo, e, sob o 
prisma jurídico, da aptidão que tem a pessoa de distinguir o lícito do ilícito, 
o conveniente do prejudicial. 
 
(A) Incorreta. Artigo 5º, caput, do Código Civil: 
 
“Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando 
a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.” 
 
(B) Incorreta. A alternativa refere-se à capacidade de direito. 
 
(C) Incorreta. Pessoa moral é pessoa jurídica. 
 
(D) Correta. O interdito deve estar sujeito a curatela, conforme artigo 1.183, 
parágrafo único, do Código de Processo Civil: 
 
“Parágrafo único. Decretando a interdição, o juiz nomeará curador 
ao interdito.” 
 
O caso de interdição em questão é referido no artigo 1.767 do Código 
Civil: 
 
“Art. 1767. Estão sujeitos a curatela: 
 
I - aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não 
tiverem o necessário discernimento para os atos da vida civil;” 
 
(E) Incorreta. 
 
 Alternativa “d”. 
 
_________________________________________________________ 
 
33. Assinale a alternativa que se coaduna com o Código Civil brasileiro. 
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(A) Tem domicílio necessário o absolutamente incapaz, o servidor público, 
o militar e o marítimo, apenas. 
(B) O domicílio necessário do incapaz é o do seu representante ou assistente; 
o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas 
funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a 
sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do 
marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que 
cumprir a sentença. 
(C) O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua 
residência com ânimo definitivo, não admitindo o direito atualmente 
vigente a pluralidade de domicílios. 
(D) Consideram-se bens imóveis para os efeitos legais o direito à sucessão 
aberta e os direitos reais e as ações que os asseguram. 
(E) Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por 
determinação da lei, mas não por vontade das partes. 
 
Resolução: 
 
(A) Incorreta. Artigo 76 do Código Civil: 
 
“Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, 
o militar, o marítimo e o preso. 
 
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante 
ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer 
permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo 
da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se 
encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o 
navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a 
sentença.” 
 
(B) Correta. Vide resposta à alternativa “a”. 
 
(C) Incorreta. Artigos 70 e 71 do Código Civil: 
 
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“Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela 
estabelece a sua residência com ânimo definitivo. 
 
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, 
onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer 
delas.” 
 
(D) Incorreta. Não são imóveis todos os direitos reais, conforme artigo 80, I, 
do Código Civil: 
 
“Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
 
II - o direito à sucessão aberta.” 
 
(E) Incorreta. Artigo 88 do Código Civil: 
 
“Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se 
indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes.” 
 
 Alternativa “b”. 
 
_________________________________________________________ 
 
34. São causas de anulabilidade do negócio jurídico: 
(A) a simulação e a lesão. 
(B) a fraude à execução e o estado de perigo. 
(C) a fraude à execução e o dolo, quando este for a sua causa. 
(D) o não revestimento de forma prescrita em lei. 
(E) a coação e fraude contra credores. 
 
Resolução: 
 
 Dispõem os artigos 171 e 145 do Código Civil: 
 
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“Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é 
anulável o negócio jurídico: 
 
I - por incapacidade relativa do agente; 
 
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, 
lesão ou fraude contra credores.” 
 
(A) Incorreta. Artigo 167, caput, do Código Civil: 
 
“Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o 
que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.” 
 
(B) e (C) incorretas. A fraude de execução determina a ineficácia do ato de 
alienação ou oneração; a fraude contra credores é causa de anulação.Assim, 
a fraude de execução não é causa de anulabilidade do negócio jurídico. 
 
(D) Incorreta. Artigo 166 do Código Civil: 
 
“Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: 
 
(...) 
 
IV - não revestir a forma prescrita em lei;” 
 
(E) Correta. 
 
 Alternativa “e”. 
 
_________________________________________________________ 
 
35. No Direito das Obrigações, 
(A) pode o cessionário exercer os atos conservatórios do direito cedido, 
independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor. 
(B) na cessão de um crédito sempre se abrangem todos os seus acessórios. 
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(C) o cessionário de crédito hipotecário tem o direito de fazer averbar a 
cessão no registro do imóvel, desde que haja autorização do devedor. 
(D) o credor pode ceder o seu crédito, ainda que a isso se oponha a natureza 
da obrigação, não se admitindo cláusula proibitiva da cessão por se tratar de 
condição protestativa. 
(E) a cessão do crédito tem eficácia em relação ao devedor, 
independentemente de notificação. 
 
Resolução: 
 
(A) Correta. Artigo 293 do Código Civil: 
 
“Art. 293. Independentemente do conhecimento da cessão pelo 
devedor, pode o cessionário exercer os atos conservatórios do 
direito cedido.” 
 
(B) Incorreta. Artigo 287 do Código Civil: 
 
“Art. 287. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito 
abrangem-se todos os seus acessórios.” 
 
(C) Incorreta. Artigo 289 do Código Civil: 
 
“Art. 289. O cessionário de crédito hipotecário tem o direito de 
fazer averbar a cessão no registro do imóvel.” 
 
(D) Incorreta. Artigo 286 do Código Civil: 
 
“Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se 
opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o 
devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao 
cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da 
obrigação.” 
 
(E) Incorreta. Artigo 290 do Código Civil: 
 
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“Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao 
devedor, senão quando a este notificada; mas por notificado se tem 
o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente 
da cessão feita.” 
 
 Alternativa “a”. 
 
_________________________________________________________ 
 
36. Assinale a alternativa correta. 
(A) O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à 
jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, estará 
dispensado de inscrevê-la, se fizer prova da inscrição originária. 
(B) Considera-se empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza 
científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou 
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de 
empresa. 
(C) É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de 
Empresas Mercantis da respectiva sede, impreterivelmente até 30 dias após o 
início de sua atividade. 
(D) Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade 
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de 
serviços. 
(E) A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de 
empresário, se a exercer, não responderá pelas obrigações contraídas, mas 
arcará com multa civil a ser paga a todos que com ele celebrarem negócios, 
desde que de boa-fé. 
 
Resolução: 
 
(A) Incorreta. Caput do artigo 969 do Código Civil: 
 
“Art. 969. O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, 
em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Público de 
Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a 
prova da inscrição originária.” 
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(B) Incorreta. Artigo 966 do Código Civil: 
 
“Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação 
de bens ou de serviços. 
 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce 
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, 
ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o 
exercício da profissão constituir elemento de empresa.” 
 
(C) Incorreta. Artigo 967 do Código Civil: 
 
“Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro 
Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início 
de sua atividade.” 
 
(D) Correta. Vide resposta à alternativa “b”. 
 
(E) Incorreta. Artigo 973 do Código Civil: 
 
“Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade 
própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações 
contraídas.” 
 
 Alternativa “d”. 
 
_________________________________________________________ 
 
37. À luz do Código Civil brasileiro, 
(A) o direito de propriedade será exercido de forma plena, absoluta e 
exclusiva por todo aquele que detiver o título, sendo inconstitucional 
qualquer restrição, excetuando-se as impostas pela lei. 
(B) segundo Savigny, a posse, por se tratar da exteriorização do direito de 
propriedade, gera presunção juris et de jure de domínio. 
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(C) a propriedade de bem imóvel é adquirida no momento da averbação em 
Cartório de Registro de Imóveis do título aquisitivo, tratando-se de ato inter 
vivos, e, no caso de sucessão mortis causa, a transmissão da propriedade 
ocorre no momento de sua abertura. 
(D) a propriedade de bem imóvel transmite-se ao herdeiro do de cujus, pelo 
registro do formal de partilha no Cartório de Registro de Imóveis, sendo 
certo que, até esse momento, existe para o sucessor mera expectativa de 
direito. 
(E) a propriedade de veículo automotor, por se tratar de bem legalmente 
equiparado a imóvel, somente se transmite com a transferência do título de 
propriedade por meio do registro do Detran. 
 
Resolução: 
 
(A) Incorreta. O direito de propriedade é restringido pelo artigo 5º, XXIII, 
da Constituição Federal: 
 
“XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;” 
 
(B) Incorreta. Segundo Savigny, a posse é o poder de dispor fisicamente da 
coisa, com ânimo de considerá-la sua e defendê-la contra a intervenção de 
outrem. Encontram-se, assim, na posse dois elementos: um elemento 
material, o corpus, que é representado pelo poder físico sobre a coisa; e, um 
elemento intelectual, o animus, ou seja, o propósito de ter a coisa como sua, 
isto é, o animus rem sibi habendi. É a teoria subjetiva, que leva em 
consideração o animus. 
 
De acordo com Ihering, a distinção entre corpus e animus é 
irrelevante, pois a noção de animus já se encontra na de corpus, sendo a 
maneira como o proprietário age em face da coisa de que é possuidor. 
 
É Ihering, e não Savigny, que afirma que se protege a posse porque é a 
exteriorização do domínio, dado que há presunção de que o possuidor é o 
proprietário. No entanto, essa presunção é juris tantum, e não juris et de jure. 
 
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(C) Correta. No caso de ato entre vivos, aplica-se o disposto no artigo 1.245 
do Código Civil: 
 
“Art. 1245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o 
registro do título translativo no Registro de Imóveis. 
 
§ 1º Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante 
continua a ser havido como dono do imóvel. 
 
§ 2º Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a 
decretação de invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, 
o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel.” 
 
 Quanto à sucessão mortis causa, aplica-se o conteúdo do artigo 1.784 
do Código Civil: 
 
“Art. 1784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, 
aos herdeiros legítimos e testamentários.” 
 
(D) Incorreta. Vide resposta à alternativa “d”. 
 
(E) Incorreta. Veículo automotor não é bem legalmente equiparado a 
imóvel. Transmite-se pela tradição. 
 
 Alternativa “c”. 
 
_________________________________________________________38. A respeito da paternidade, é correto afirmar: 
(A) Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos 
de sua mulher, decaindo, porém, desse direito se não o exercitar em até 4 
anos após o término da relação conjugal. 
(B) O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável, 
exceto quando feito em testamento. 
(C) São nulas a condição e o termo apostos ao ato de reconhecimento do 
filho. 
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(D) O filho reconhecido, enquanto menor, ficará sob a guarda do genitor 
que o reconheceu, e, se ambos o reconheceram e não houver acordo, sob a 
da genitora conforme pacífico entendimento do Superior Tribunal de 
Justiça. 
(E) A filiação materna ou paterna pode resultar de casamento declarado 
nulo, ainda mesmo sem as condições do putativo. 
 
Resolução: 
 
(A) Incorreta. Artigo 1.601, caput, do Código Civil: 
 
“Art. 1601. Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade 
dos filhos nascidos de sua mulher, sendo tal ação imprescritível.” 
 
(B) Incorreta. Artigo 1.610 do Código Civil: 
 
“Art. 1610. O reconhecimento não pode ser revogado, nem 
mesmo quando feito em testamento.” 
 
(C) Incorreta. Artigo 1.613 do Código Civil: 
 
“Art. 1613. São ineficazes a condição e o termo apostos ao ato de 
reconhecimento do filho.” 
 
Para CARVALHO SANTOS, “nulidade é o vício que retira todo ou 
parte de seu valor a um ato jurídico, ou o torna ineficaz apenas para certas 
pessoas.” 
 
 No caso, não se trata de nulidade, havendo ineficácia, porque esta se 
estende a todos. 
 
(D) Incorreta. Artigo 1.612 do Código Civil: 
 
“Art. 1612. O filho reconhecido, enquanto menor, ficará sob a 
guarda do genitor que o reconheceu, e, se ambos o reconheceram e 
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não houver acordo, sob a de quem melhor atender aos interesses 
do menor.” 
 
(E) Correta, conforme artigo 1.617 do Código Civil: 
 
“Art. 1617. A filiação materna ou paterna pode resultar de 
casamento declarado nulo, ainda mesmo sem as condições do 
putativo.” 
 
 Em relação aos filhos havidos do casamento, ainda que este seja 
declarado nulo, há presunção de paternidade. Quanto aos filhos havidos fora 
do casamento, há necessidade de reconhecimento. 
 
 Casamento putativo é o casamento nulo ou anulável que produz 
efeitos civis válidos em relação aos consortes ou à prole. A presunção de 
paternidade subsiste ainda que seja o caso de casamento putativo, como 
consta do artigo 1.561 do Código Civil: 
 
“Art. 1561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-
fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como 
aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória. 
 
§ 1º Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, 
os seus efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão. 
 
§ 2º Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o 
casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão.” 
 
 Alternativa “e”. 
 
_________________________________________________________ 
 
39. De acordo com o Direito da Infância e da Juventude: 
(A) Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de 
idade completos, e adolescente aquela entre treze e dezoito anos de idade. 
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(B) O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, 
indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus 
herdeiros, sem qualquer restrição, em procedimento dotado de ampla 
publicidade com vistas à preservação de interesses de terceiros. 
(C) A colocação em família substituta estrangeira constitui medida 
excepcional, somente admissível na modalidade de adoção ou de tutela. 
(D) É proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo 
na condição de aprendiz, a partir de doze anos de idade. 
(E) Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma criança ou 
adolescente nascido em território nacional poderá sair do País em 
companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior. 
 
Resolução: 
 
(A) Incorreta. Artigo 2º, caput, do Estatuto da Criança e do Adolescente: 
 
“Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até 
doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e 
dezoito anos de idade.” 
 
(B) Incorreta. Artigo 27 do Estatuto da Criança e do Adolescente: 
 
“Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito 
personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser 
exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer 
restrição, observado o segredo de Justiça.” 
 
(C) Incorreta. Artigo 31 do Estatuto da Criança e do Adolescente: 
 
“Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira constitui 
medida excepcional, somente admissível na modalidade de 
adoção.” 
 
(D) Incorreta. Artigo 60 do Estatuto da Criança e do Adolescente: 
 
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“Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze 
anos de idade, salvo na condição de aprendiz.” 
 
(E) Correta. Artigo 85 do Estatuto da Criança e do Adolescente: 
 
“Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma 
criança ou adolescente nascido em território nacional poderá sair 
do País em companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no 
exterior.” 
 
 Alternativa “e”. 
 
_________________________________________________________ 
 
40. Sobre o Direito das Sucessões, é correto afirmar: 
(A) Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor de um terço 
da herança. 
(B) Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da 
abertura do testamento ou do início do inventário. 
(C) A companheira ou companheiro participará da sucessão do outro, 
quanto a todos os bens adquiridos na vigência da união estável, sendo certo 
que se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à 
que por lei for atribuída ao filho. 
(D) O co-herdeiro poderá ceder a sua quota hereditária a pessoa estranha à 
sucessão, se nenhum co-herdeiro a quiser, tanto por tanto. 
(E) O co-herdeiro, a quem não se der conhecimento da cessão, poderá, 
depositado o preço, haver para si a quota cedida a estranho, se o requerer até 
cento e oitenta dias após a abertura da sucessão. 
 
Resolução: 
 
(A) Incorreta. O artigo 1.846 do Código Civil dispõe que cabe aos herdeiros 
necessários de pleno direito metade dos bens da herança: 
 
“Art. 1846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a 
metade dos bens da herança, constituindo a legítima.” 
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 Portanto, o testador somente pode dispor da outra metade. 
 
(B) Incorreta. Artigo 1.787 do Código Civil: 
 
“Art. 1787. Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei 
vigente ao tempo da abertura daquela.” 
 
 A abertura da sucessão ocorre no momento do óbito. 
 
(C) Incorreta. De acordo com o artigo 1.790, I, do Código Civil, somente 
haverá participação na sucessão no caso de bens adquiridos onerosamente: 
 
“Art. 1790. A companheira ou o companheiro participará da 
sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na 
vigência da união estável, nas condições seguintes: 
 
I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota 
equivalente à que por lei for atribuída ao filho;” 
 
(D) Correta. Artigo 1.794 do Código Civil: 
 
“Art. 1794. O co-herdeiro não poderá ceder a sua quota hereditária 
a pessoa estranha à sucessão, se outro co-herdeiro a quiser, tanto 
por tanto.” 
 
(E) Incorreta. Artigo 1.795, caput, do Código Civil: 
 
“Art. 1795. O co-herdeiro, a quem não se der conhecimento da 
cessão, poderá, depositado o preço, haver para si a quota cedida a 
estranho, se o requerer até cento e oitenta dias após a 
transmissão.” 
 
 Alternativa “d”. 
 
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41. No que toca ao Direito de Registros Públicos, é correto afirmar: 
(A) O interessado, no primeiro ano após ter atingido a maioridade civil, 
poderá, pessoalmente ou por procurador bastante, alterar o nome, desde que 
não prejudique os apelidos de família, averbando-se a alteração que será 
publicada pela imprensa. 
(B) A substituição do prenome será ainda admitida em razão de fundada 
coação ou ameaça decorrente da colaboração com a apuração de crime, por 
determinação, em sentença, de juiz competente, dispensada, em casos 
excepcionais, a manifestação do Ministério Público. 
(C) A cremação de cadáver somente será feita daquele que houver 
manifestado a vontade de ser incinerado ou no interesse da saúde pública ou 
no dos familiares do de cujus e se o atestado de óbito houver sido firmado 
por 2 (dois) médicos ou por 1 (um) médico legista e, no caso de morte 
violenta, depois de autorizada pela autoridade judiciária. 
(D) O registro civil das pessoas naturais possui caráter constitutivo ao passo 
que o das pessoas morais possui caráter meramente declaratório. 
(E) Todo nascimento que ocorrer no território nacional deverá ser dado a 
registro, no lugar em que tiver ocorrido o parto ou no lugar da residência 
dos pais, dentro do prazo de trinta dias, que será ampliado em até três meses 
para os lugares distantes mais de quarenta quilômetros da sede do cartório. 
 
Resolução: 
 
(A) Correta. Artigo 56 da Lei 6.015/73: 
 
“Art. 56. O interessado, no primeiro ano após ter atingido a 
maioridade civil, poderá, pessoalmente ou por procurador 
bastante, alterar o nome, desde que não prejudique os apelidos de 
família, averbando-se a alteração que será publicada pela 
imprensa.” 
 
(B) Incorreta. Artigo 58, parágrafo único, da Lei 6.015/73: 
 
“Parágrafo único. A substituição do prenome será ainda admitida 
em razão de fundada coação ou ameaça decorrente da colaboração 
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com a apuração de crime, por determinação, em sentença, de juiz 
competente, ouvido o Ministério Público. (NR) (Parágrafo com 
redação determinada na Lei nº 9.807, de 13.7.1999, DOU 
14.7.1999)” 
 
(C) Incorreta. Artigo 77, § 2º, da Lei 6.015/73: 
 
“§ 2º A cremação de cadáver somente será feita daquele que 
houver manifestado a vontade de ser incinerado ou no interesse da 
saúde pública e se o atestado de óbito houver sido firmado por 2 
(dois) médicos ou por 1 (um) médico legista e, no caso de morte 
violenta, depois de autorizada pela autoridade judiciária.” 
 
(D) Incorreta. O registro da pessoa jurídica tem caráter constitutivo, 
conforme artigo 119, caput, da Lei 6.015/73: 
 
“Art. 119. A existência legal das pessoas jurídicas só começa com o 
registro de seus atos constitutivos. 
 
Parágrafo único. Quando o funcionamento da sociedade depender 
de aprovação da autoridade, sem esta não poderá ser feito o 
registro.” 
 
 O registro da pessoa natural tem caráter declaratório. 
 
(E) Incorreta. Artigo 50, caput, da Lei 6.015/73: 
 
“Art. 50. Todo nascimento que ocorrer no território nacional 
deverá ser dado a registro, no lugar em que tiver ocorrido o parto 
ou no lugar da residência dos pais, dentro do prazo de 15 (quinze) 
dias, que será ampliado até 3 (três) meses para os lugares distantes 
mais de 30 (trinta) quilômetros da sede do cartório. (Caput com 
redação determinada na Lei nº 9.053, de 25.5.1995, DOU 
26.5.1995)” 
 
 Alternativa “a”. 
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42. De acordo com o direito consumerista, são válidas cláusulas que 
(A) possibilitem a renúncia do direito de indenização por benfeitorias 
necessárias, desde que o consumidor seja devidamente esclarecido sobre as 
conseqüências jurídicas de sua decisão. 
(B) determinem a utilização compulsória de arbitragem. 
(C) obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua 
obrigação, se igual direito lhe seja conferido contra o fornecedor. 
(D) deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, embora 
obrigando o consumidor. 
(E) autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo ou a 
qualidade do contrato, após sua celebração. 
 
Resolução: 
 
(A) Incorreta. Artigo 51, XVI, do Código de Defesa do Consumidor: 
 
“Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas 
contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: 
 
(...) 
 
XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por 
benfeitorias necessárias.” 
 
(B) Incorreta. Artigo 51, VII, do Código de Defesa do Consumidor: 
 
“Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas 
contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: 
 
(...) 
 
VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem;” 
 
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(C) Correta. Artigo 51, XII, do Código de Defesa do Consumidor: 
 
“Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas 
contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: 
 
(...) 
 
XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de 
sua obrigação, sem que igual direito lhe seja conferido contra o 
fornecedor;” 
 
(D) Incorreta. Artigo 51, IX, do Código de Defesa do Consumidor: 
 
“Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas 
contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: 
 
(...) 
 
IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, 
embora obrigando o consumidor;” 
 
(E) Incorreta. Artigo 51, XI, do Código de Defesa do Consumidor: 
 
“Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas 
contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: 
 
(...) 
 
XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, 
sem que igual direito seja conferido ao consumidor;” 
 
 Alternativa “c”. 
 
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43. O ato infracional 
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(A) consiste na conduta descrita como crime ou contravenção penal e 
somente pode ser praticado por adolescente. 
(B) consiste na conduta descrita como crime ou contravenção penal, 
podendo ser praticado por criança ou adolescente. 
(C) praticado por criança ou adolescente importará a aplicação de medida 
socioeducativa. 
(D) praticada por pessoa menor de 12 anos importará a aplicação de medida 
específica de proteção, como, por exemplo, a liberdade assistida. 
(E) somente será punível se for praticado por adolescente, dada a sua semi-
imputabilidade. 
 
Resolução: 
 
(A) Incorreta. Artigos 103 e 105 do Estatuto da Criança e do Adolescente: 
 
“Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como 
crime ou contravenção penal. 
 
(...) 
 
Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança corresponderão 
as medidas previstas no artigo 101.” 
 
(B) Correta. Vide resposta à alternativa “a”. 
 
(C) Incorreta. As medidas socioeducativas somente podem ser aplicadas a 
adolescente, conforme artigo 112 do Estatuto da Criança e do Adolescente: 
 
“CAPÍTULO IV 
DAS MEDIDAS SÓCIO-EDUCATIVAS 
Seção I 
Disposições Gerais 
 
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade 
competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas: 
 
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I - advertência; 
 
II - obrigação de reparar o dano; 
 
III - prestação de serviços à comunidade; 
 
IV - liberdade assistida; 
 
V - inserção em regime de semiliberdade; 
 
VI - internação em estabelecimento educacional; 
 
VII - qualquer uma das previstas no artigo 101, I a VI. 
 
§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua 
capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da 
infração. 
 
§ 2º Em hipótese alguma e sob pretextoalgum, será admitida a 
prestação de trabalho forçado. 
 
§ 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência mental 
receberão tratamento individual e especializado, em local 
adequado às suas condições.” 
 
(D) Incorreta. De acordo com o artigo 112, IV, do Estatuto da Criança e do 
Adolescente, a liberdade assistida é medida socioeducativa que se aplica 
apenas ao adolescente, e não à criança, a qual é definida no artigo 2º, caput, 
do Estatuto como menor de doze anos: 
 
“Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até 
doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e 
dezoito anos de idade.” 
 
(E) Incorreta. Conforme o artigo 105 do Estatuto da Criança e do 
Adolescente, são aplicadas medidas em relação a criança que pratica ato 
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infracional. São chamadas medidas específicas de proteção, e estão arroladas 
no caput do artigo 101 do Estatuto da Criança e do Adolescente: 
 
“Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no artigo 98, 
a autoridade competente poderá determinar, dentre outras, as 
seguintes medidas: 
 
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de 
responsabilidade; 
 
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários; 
 
III - matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial 
de ensino fundamental; 
 
IV - inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à 
família, à criança e ao adolescente; 
 
V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, 
em regime hospitalar ou ambulatorial; 
 
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, 
orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; 
 
VII - acolhimento institucional; (Inciso com redação determinada 
na Lei nº 12.010, de 3.8.2009, DOU 4.8.2009, em vigor 90 
(noventa) dias após a sua publicação) 
 
VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar; (Inciso com 
redação determinada na Lei nº 12.010, de 3.8.2009, DOU 4.8.2009, 
em vigor 90 (noventa) dias após a sua publicação) 
 
IX - colocação em família substituta. (Inciso acrescentado 
conforme determinado na Lei nº 12.010, de 3.8.2009, DOU 
4.8.2009, em vigor 90 (noventa) dias após a sua publicação)” 
 
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 De acordo com o artigo 27 do Código Penal, os menores de dezoito 
anos são penalmente inimputáveis: 
 
“Menores de dezoito anos 
 
Art. 27. Os menores de dezoito anos são penalmente inimputáveis, 
ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. 
(Artigo com redação determinada na Lei nº 7.209, de 11.7.1984, 
DOU 13.7.1984, em vigor seis meses após a data de publicação)” 
 
 Alternativa “b”. 
 
_________________________________________________________ 
 
44. De acordo com o Estatuto do Idoso, é correto afirmar que aos idosos que 
não possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por 
sua família, é assegurado, a partir de 
(A) 65 anos, o benefício mensal de meio salário-mínimo, nos termos da Lei 
Orgânica da Assistência Social, não sendo computado para os fins do cálculo 
da renda familiar per capita benefício similar já concedido a qualquer 
membro da família. 
(B) 65 anos, o benefício mensal de meio salário-mínimo, nos termos da Lei 
Orgânica da Assistência Social, sendo computado para os fins do cálculo da 
renda familiar per capita benefício similar já concedido a qualquer membro 
da família. 
(C) 65 anos, o benefício mensal de um salário-mínimo, nos termos da Lei 
Orgânica da Assistência Social, não sendo computado para os fins do cálculo 
da renda familiar per capita benefício similar já concedido a qualquer 
membro da família. 
(D) 70 anos, o benefício mensal de meio salário-mínimo, nos termos da Lei 
Orgânica da Assistência Social, sendo computado para os fins do cálculo da 
renda familiar per capita benefício similar já concedido a qualquer membro 
da família. 
(E) 70 anos, o benefício mensal de um salário-mínimo, nos termos da Lei 
Orgânica da Assistência Social, não sendo computado para os fins do cálculo 
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da renda familiar per capita benefício similar já concedido a qualquer 
membro da família. 
 
Resolução: 
 
Diz o artigo 34 da Lei 10.741/03: 
 
“Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não 
possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida 
por sua família, é assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-
mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social - Loas. 
 
Parágrafo único. O benefício já concedido a qualquer membro da 
família nos termos do caput não será computado para os fins do 
cálculo da renda familiar per capita a que se refere a Loas.” 
 
 Alternativa “c”. 
 
_________________________________________________________ 
 
45. A respeito da disciplina dos contratos, é lícito afirmar que 
(A) o contrato real é o que se aperfeiçoa com a transferência do direito de 
propriedade de um bem ao credor. 
(B) o contrato faz lei entre as partes e, uma vez celebrado, vigora, em 
qualquer hipótese, o princípio segundo o qual pacta sunt servanda. 
(C) as obrigações decorrentes de todo e qualquer contrato serão válidas na 
medida em que atendam aos princípios da boa-fé objetiva e de sua função 
social, bem como sejam reduzidas a instrumento escrito em letras com fonte 
não inferior ao corpo 12, de modo a facilitar sua compreensão. 
(D) o contrato real aperfeiçoa-se e valida-se com a entrega de um bem, sendo 
irrelevante a existência de consenso. 
(E) o distrato somente será admitido se feito pela mesma forma exigida para 
o contrato. 
 
Resolução: 
 
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(A) Incorreta. Segundo MARIA HELENA DINIZ, contrato real é aquele 
que somente se ultima com a entrega da coisa por um contratante a outro, 
por exemplo comodato, depósito, penhor etc. 
 
(B) Incorreta. Modernamente o princípio pacta sunt servanda vem sendo 
limitado pelo princípio da função social do contrato. 
 
(C) Incorreta. É correto que as obrigações decorrentes de todo e qualquer 
contrato serão válidas na medida em que atendam aos princípios da boa-fé 
objetiva e de sua função social. No entanto, é na esfera consumerista, nos 
contratos escritos de adesão, que o instrumento deve ser lavrado com fonte 
não inferior ao corpo 12, conforme dispõe o artigo 53 do Código de Defesa 
do Consumidor: 
 
“§ 3º Os contratos de adesão escritos serão redigidos em termos 
claros e com caracteres ostensivos e legíveis, cujo tamanho da 
fonte não será inferior ao corpo doze, de modo a facilitar sua 
compreensão pelo consumidor (Parágrafo com redação 
determinada na Lei nº 11.785, de 22.9.2008, DOU 23.9.2008)” 
 
(D) Incorreta. Para a formação de um contrato, é necessário consenso. 
 
(E) Correta. Artigo 472 do Código Civil: 
 
“Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o 
contrato.” 
 
 Alternativa “e”.

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