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1 HAYEK e AMARTYA SEM O DESENVOLVIMENTO COMO LIBERDADE ROSTOW: AS 5 ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO ESTRUTURA DA AULA HAYEK, Friedrich August von. O caminho da Servidão. São Paulo: Vide Editorial, 2013. Primeira edição de 1944: The Road to Serfdom. Chicago: University of Chicago Press. Disponível em: http://www.mises.org.br. ROSTOW, Walt Whitman. As etapas do desenvolvimento econômico. Rio de Janeiro: Zahar, 1974. SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2010 1. Agenda: Assunto 30min Debate A Liberdade Econômica 30min A Curva de Kuznet 30min Friedrich August von Hayek 30min Friedrich August von Hayek Intervalo 30min Vídeo 30min Amartya Sem - revisão 30min Rostow e as 5 Etapas do D 30min 2 o HAYEK e AMARTYA SEM: O DESENVOLVIMENTO COMO UMA CONQUISTA DA LIBERDADE O que é LIBERDADE ECONÔMICA? A “Liberdade” dos Liberais na visão dos .... Liberais http://www.anjou-sculpture.com/mortalslovers.php 3 A “Liberdade” dos Liberais na visão dos .... Marxistas http://www.consumerfreedom.com/tag/cartoon/page/5/ 4 A “Liberdade” dos Marxistas na visão dos .... Marxistas www.theblaze.com A “Liberdade” dos Marxistas na visão dos .... Liberais http://scottthong.wordpress.com 5 A Visão “Tradicional” de Desenvolvimento: a Curva de Kuznet Crescimento e Distribuição de renda o Simon Kuznet (1901-1985), o o ―pai do PIB‖: Simon Kuznets definiu: produto, renda e despesa o Com base em poucos dados propôs a ―Curva em U invertida‖ [Curva de Kuznets] que procura mostrar que o mais provável é que a desigualdade social aumente no início da industrialização, mas depois recue. Curva de Kuznets só foi desmentida em 1996 por Klaus Deininger e Lyn Squire ―Comparison of the new data set with existing compilations reveals that the data assembled here represent an improvement in quality and a significant expansion in coverage, although differences in the definition of the underlying data might still affect intertemporal and international comparability. Based on this new data set. the authors do not find a systematic link between growth and changes in aggregate inequality. They do find a strong positive relationship between growth and reduction of poverty.‖ [Deininger, Klaus and Lyn Squire, "A New Data Set Measuring Income Inequality", The World Bank Economic Review, 10(3): 565-91, 1996.] http://www-wds.worldbank.org/servlet/WDSContentServer/WDSP/IB/1996/09/01/000009265_3961214153426/Rendered/PDF/multi_page.pdf “Using a new and improved cross-country data set on inequality to examine the dynamics of growth and poverty reduction, we reached three main conclusions. First, while policymakers 6 should certainly pay attention to the distribution consequences of different policy options, the fear that economic growth on its own will have a systematic negative effect on the distribution of income is unfounded. Second, unequal distribution of assets, more than of income, can be an impediment to rapid growth, implying that redistributive policies that enhance people’s access to credit markets and, thus, their ability to invest could contribute to growth. Third, although redistributive policies have the potential to benefit the poor both directly and indirectly, they will do so only if redistribution does not jeopardize investment—this may be one explanation for the observation that, in the past, redistributive policies such as land reform have often failed to help the poor. If countries want to implement redistributive policies, their ability to devise mechanisms that would at the same time maintain or increase investment incentives may well determine whether such policies help with poverty reduction.‖ [Deininger, Klaus and Lyn Squire. Economic Growth and Income Inequality: reexaminini the links. Finance & Development, march, 1997.] http://www.felagshyggja.net/deiscu.pdf 7 Friedrich August von Hayek (Viena 1899 – Freiburg 1992) O D COMO RESULTADO DO INDIVIDUALISMO E DA LIBERDADE O INDIVIDUALISMO = supremacia das preferências, dotes e inclinações pessoais “Estamos rapidamente abandonando não só as ideias de Cobden e Bright, de Adam Smith e Hume, ou mesmo de Locke e Milton, mas também uma das características mais importantes da civilização ocidental que evoluiu a partir dos fundamentos lançados pelo cristianismo e pelos gregos e romanos. Renunciamos progressivamente não só ao liberalismo dos séculos XVIII e XIX, mas ao individualismo essencial que herdamos de Erasmo e Montagne, de Cícero e Tácito, de Péricles e Tucídides. O líder nazista que 8 definiu a revolução nacional-socialista como uma contra-Renascença estava mais próximo da verdade do que provavelmente imaginava. Ela representou a etapa final da destruição da civilização construída pelo homem moderno a partir da Renascença e que era, acima de tudo, uma civilização individualista. O individualismo tem hoje uma conotação negativa e passou a ser associado ao egoísmo. Mas o individualismo a que nos referimos, em oposição a socialismo e a todas as outras formas de coletivismo, não está necessariamente relacionado a tal acepção. Só de maneira gradual, no decorrer deste livro, é que poderemos esclarecer a distinção entre os dois princípios opostos. Por enquanto podemos dizer que o individualismo, que a partir de elementos fornecidos pelo cristianismo e pela filosofia da antiguidade clássica pôde desenvolver-se pela primeira vez em sua forma plena durante a Renascença e desde então evoluiu e penetrou na chamada civilização ocidental, tem como características essenciais o respeito pelo indivíduo como ser humano, isto é, o reconhecimento da supremacia de suas preferências e opiniões na esfera individual, por mais limitada que esta possa ser, e a convicção de que é desejável que os indivíduos desenvolvam dotes e inclinações pessoais.” (HAYEK, 2013, P. 44 e 45) A LIBERDADE POLÍTICA Resultando em DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO “A transformação gradual de um sistema hierárquico organizado em moldes rígidos num sistema em que os homens podiam pelo menos tentar dirigir a própria vida, tendo a oportunidade de conhecer e escolher diferentes formas de existência, está intimamente ligada ao desenvolvimento do comércio. Das cidades comerciais do norte da Itália, a nova concepção de vida irradiou-se, graças ao comércio, para o oeste e o norte da Europa e chegou, através da França e do sudoeste da Alemanha, aos Países Baixos e às Ilhas Britânicas, consolidando-se onde quer que não fosse sufocada pelo despotismo político. (...) Durante todo esse período moderno da história europeia, a tendência geral do desenvolvimento social era libertar o indivíduo das restrições que o mantinham sujeito a padrões determinados pelo costume ou pela autoridade no que dizia respeito a suas atividades ordinárias. A constatação de que os esforços empreendidos pelos indivíduos de modo espontâneo e não dirigido pela autoridade eram capazes de produzir uma complexa ordem de atividades econômicas só poderia ocorrer depois que esse processo de desenvolvimento tivesse avançado até certo ponto. A elaboração de uma tese coerente de defesa da liberdade econômica resultou do livre desenvolvimento das atividades econômicas que tinham sido um subproduto imprevisto e não planejado da liberdade política.” (HAYEK, 2013, p. 45) 9 Daí aconvicção de que a liberdade individual é fundamental para o D Portanto, é preciso: a) conhecer muito bem o que é a “Liberdade” e como ela impulsiona o D “A atitude do liberal para com a sociedade é semelhante à do jardineiro que cuida de uma planta e que, a fim de criar as condições mais favoráveis ao seu crescimento, deve conhecer tudo o que for possível a respeito da estrutura e das funções dessa planta.” ”Nenhum espírito sensato teria duvidado de que as regras primitivas nas quais foram expressos os princípios da política econômica do século XIX eram apenas o começo, de que ainda tínhamos muito a aprender e de que havia ainda imensas possibilidades de progresso no caminho que vínhamos seguindo.” (HAYEK, 2013, p. 49) b) combater o liberalismo vulgar, o esquecimento das conquistas da liberdade e o coletivismo [comunismo, socialismo, nazismo, hitlerismo, fascismo, estatismo, ...] “Há, em particular, enorme diferença entre criar deliberadamente um sistema no qual a concorrência produza os maiores benefícios possíveis, e aceitar passivamente as instituições tais como elas são. Talvez nada tenha sido mais prejudicial à causa liberal do que a obstinada insistência de alguns liberais em certas regras gerais primitivas, sobretudo o princípio do laissez-faire. Contudo, de certa maneira, essa insistência era necessária e inevitável. Diante dos inumeráveis interesses a demonstrar que certas medidas trariam benefícios óbvios e imediatos a alguns, ao passo que o mal por elas causado era muito mais indireto e difícil de perceber, apenas regras fixas e imutáveis teriam sido eficazes. E como se firmara uma forte convicção de que era imprescindível haver liberdade na área industrial, a tentação de apresentá-la como uma regra sem exceções foi grande demais para ser evitada.”(HAYEK, 2013, p. 48) A impaciência crescente em face do lento progresso da política liberal, a justa irritação com aqueles que empregavam a fraseologia liberal em defesa de privilégios antissociais, e a ilimitada ambição aparentemente justificada pela melhoria material já conquistada fizeram com que, ao aproximar-se o final do século, a crença nos princípios básicos do liberalismo fosse aos poucos abandonada. Tudo o que fora conquistado passou a ser considerado um bem estável, indestrutível e definitivo. Os olhos do povo fixaram-se em novas reivindicações, cuja rápida satisfação parecia obstada pelo apego aos velhos princípios. Passou-se a acreditar cada vez mais que não se poderia esperar maior progresso dentro das velhas diretrizes e da estrutura geral que permitira os avanços anteriores, mas apenas mediante uma completa reestruturação da sociedade. Já não se tratava de ampliar ou melhorar o mecanismo existente, mas de descartá-lo e substituí-lo por outro. E à medida que as esperanças da nova geração se voltavam para algo inteiramente novo, a compreensão e o interesse pelo funcionamento da sociedade existente 10 sofreram brusco declínio. Com esse declínio, declinou também a nossa consciência de tudo o que dependia da existência do sistema liberal.” (HAYEK, 2013, p. 50) c) combater o “caminho da servidão”: c1) O conceito socialista de liberdade “No que se referia à liberdade, os fundadores do socialismo não escondiam suas intenções. Eles consideravam a liberdade de pensamento a origem de todos os males da sociedade do século XIX, e o primeiro dos planejadores modernos, Saint-Simon, chegou a predizer que aqueles que não obedecessem às comissões de planejamento por ele propostas seriam „tratados como gado‟". Foi apenas sob a influência das fortes correntes democráticas que antecederam a revolução de 1848 que o socialismo começou a aliar-se às forças da liberdade. Mas o novo "socialismo democrático" precisou de muito tempo para vencer as suspeitas despertadas pelos seus antecedentes. De Tocqueville, mais do que ninguém, percebeu que a democracia, como instituição essencialmente individualista, entrava em contradição frontal com o socialismo: „A democracia amplia a esfera da liberdade individual [dizia ele em 1848], o socialismo a restringe. A democracia atribui a cada homem o valor máximo; o socialismo faz de cada homem um mero agente, um simples número. Democracia e socialismo nada têm em comum exceto uma palavra: igualdade. Mas observe-se a diferença: enquanto a democracia procura a igualdade na liberdade, o socialismo procura a igualdade na repressão e na servidão‟. ["Discours prononcé à l'Assemblée Constituante le 12 septembre 1848 sur la question du droit au travail." Oeuvres complétes d'Alexis de Tocqueville, 1866, v. IX, p. 546] Para afastar essas suspeitas e atrelar a si o mais forte de todos os incentivos políticos - o anseio de liberdade - o socialismo começou a utilizar com maior frequência a promessa de uma "nova liberdade". O advento do socialismo seria um salto do reino da necessidade 11 para o reino da liberdade. Ele traria a "liberdade econômica", sem a qual a liberdade política já obtida "de nada serviria". Somente o socialismo seria capaz de pôr termo à luta secular pela liberdade, na qual a conquista da liberdade política era apenas um primeiro passo. É importante perceber a sutil alteração de sentido a que se submeteu a palavra liberdade para tornar plausível este argumento. Para os grandes apóstolos da liberdade política, essa palavra significava que o indivíduo estaria livre da coerção e do poder arbitrário de outros homens, livre das restrições que não lhe deixavam outra alternativa senão obedecer às ordens do superior ao qual estava vinculado. Na nova liberdade prometida, porém, o indivíduo se libertaria da necessidade, da força das circunstâncias que limitam inevitavelmente o âmbito da efetiva capacidade de escolha de todos nós, embora o de alguns muito mais do que o de outros. Para que o homem pudesse ser verdadeiramente livre, o "despotismo da necessidade material" deveria ser vencido, e atenuadas "as restrições decorrentes do sistema econômico". Liberdade neste sentido não passa, é claro, de um sinônimo de poder ou riqueza. Contudo, embora a promessa dessa nova liberdade frequentemente se somasse a promessas irresponsáveis de um significativo aumento da riqueza material na sociedade socialista, não se esperava alcançar essa liberdade econômica mediante vitória tão grande sobre a escassez da natureza. A promessa, na realidade, significava que as grandes disparidades existentes na efetiva possibilidade de escolha de cada indivíduo estavam destinadas a desaparecer. A reivindicação da nova liberdade não passava, assim, da velha reivindicação de uma distribuição equitativa da riqueza. Mas o novo rótulo forneceu aos socialistas mais uma palavra em comum com os liberais, e eles a exploraram ao máximo. E, conquanto o termo fosse empregado em sentido diferente pelas duas correntes, poucos o notaram, e menor número ainda se perguntou se as duas formas de liberdade prometidas poderiam realmente harmonizar-se. Sem dúvida a promessa de maior liberdade tornou-se uma das armas mais eficazes da propaganda socialista, e por certo a convicção de que o socialismo traria a liberdade é autêntica e sincera. Mas essa convicção apenas intensificaria a tragédia se ficasse demonstrado que aquilo que nos prometiam como o caminho da liberdade era na realidade o caminho da servidão. Foi inquestionavelmente a promessa de maior liberdade que atraiu um número crescente de liberais para o socialismo e tornou-os incapazes de perceber o conflito existente entre os princípios do socialismo e os do liberalismo, permitindo em muitas ocasiões que os socialistas usurpassem o próprio nome do antigo partido da liberdade. O socialismo foiaceito pela maior parte da intelligentsia como o herdeiro aparente da tradição liberal: não surpreende, pois, que seja inconcebível aos socialistas a ideia de tal sistema conduzir ao oposto da liberdade.” (Hayek, 2013, p. 56 a 57) C2) O Método Socialista de atingir a justiça social “Antes de prosseguir na análise de nosso tema principal, resta-nos um obstáculo a transpor: esclarecer um equívoco responsável em grande parte pelo modo como estamos 12 sendo levados a situações não desejadas por ninguém. Esse equívoco, na realidade, diz respeito ao próprio conceito de socialismo. Tal conceito pode significar simplesmente os ideais de justiça social, maior igualdade e segurança que são os fins últimos do socialismo - e é muitas vezes usado nesse sentido. Mas significa também o método específico pelo qual a maior parte dos socialistas espera alcançar esses fins, e que para muitas pessoas inteligentes são os únicos métodos pelos quais esses fins podem ser plena e rapidamente alcançados. Nesse sentido, socialismo equivale à abolição da iniciativa privada e da propriedade privada dos meios de produção, e à criação de um sistema de "economia planificada" no qual o empresário que trabalha visando ao lucro é substituído por um órgão central de planejamento.” (Hayek, 2013, p. 63) “Quase todos os pontos de divergência entre socialistas e liberais referem-se aos métodos comuns a todas as formas de coletivismo e não aos fins específicos para os quais os socialistas desejam empregá-los (...)”(Hayek, 2013, p. 65) Modelos Socialista By Campell Grant Liberal Objetivo justiça social maior igualdade maior segurança Igual Meios para chegar aos objetivos Fim da iniciativa privada Fim da propriedade privada dos meios de produção Planificação econômica estatal Iniciativa privada Propriedade privada dos meios de produção Planeamento individual 13 b) entender qual é o papel do Estado para o D “Há, em particular, enorme diferença entre criar deliberadamente um sistema no qual a concorrência produza os maiores benefícios possíveis, e aceitar passivamente as instituições tais como elas são.”(HAYEK, 2013, p. 48) Portanto, é necessário uma intervenção do Estado para que a Liberdade seja ampliada. “Mas esse progresso só seria alcançado à medida que conquistássemos um crescente domínio intelectual das forças que teríamos de empregar. Muitas eram as tarefas evidentes, como o aperfeiçoamento do sistema monetário e a prevenção ou o controle do monopólio, e eram ainda mais numerosas as tarefas menores, mas nem por isso menos importantes, em outros campos em que o governo sem dúvida possuía enormes poderes para o bem e para o mal; tudo levava a esperar que, com uma melhor compreensão dos problemas, algum dia teríamos condições de empregar com êxito esses poderes.” (HAYEK, 2013, p. 49) RESUMINDO: “Os princípios básicos do liberalismo não contêm nenhum elemento que o faça um credo estacionário, nenhuma regra fixa e imutável. O princípio fundamental segundo o qual devemos utilizar ao máximo as forças espontâneas da sociedade e recorrer o menos possível à coerção pode ter uma infinita variedade de aplicações.”(HAYEK, 2013, p. 48) 14 o AMARTYA SEM [Nobel de economia de 1998] Livro: ―Desenvolvimento como Liberdade‖ publicado no Brasil em 2000. Elogiado pela The Economist O caminho do Meio Vídeo o D não é apenas Crescimento e nem um simples Mito. o D = Liberdade de: Participação política Nutrição satisfatória Saúde Moradia, Vestuário Saneamento básico Serviços de assistência médica e previdência Segurança, paz e ordem Fazer intercâmbio econômico: Entrar nos mercados de trabalho e consumidor A liberdade é o principal fim e meio para o D. É preciso eliminar tudo o que limita as oportunidades e a liberdade de escolha A Liberdade depende de Crescimento econômico [o meio para aumentar a liberdade] Educação Saúde Direitos civis Contribuem para a Liberdade: 15 Industrialização Desenvolvimento Tecnológico Modernização social Limitam a Liberdade Tirania Falta de oportunidades: o Investimento o Emprego Destituição social [falta de dignidade] Falta de serviços públicos, programas epidemiológicos, segurança Falta de água potável, remédios, vestuário dignos Repressão e interferências estatais Dois caminhos para redução rápida da mortalidade o Mediado pelo crescimento Crescimento deve ser: Amplo Gerador de grande número de empregos Uso da política fiscal para investir em saúde, educação e seguridade social o Conduzido pelo custeio público mesmo com crescimento econômico lento. Precisa de Eficiente infraestrutura de serviços de saúde, educação e seguridade social Aproveitando o baixo custo da mão de obra 16 o ROSTOW e as CINCO ETAPAS do DESENVOLVIMENTO Walt Whitman Rostow, economic historian and presidential aide, born October 7 1916; died February 13 2003. http://www.theguardian.com/news/2003/feb/17/guardianobituaries.usa 17 http://lankareporter.com/lr/2013/11/21/secret-white-house-memo-president-jfks-relations-with-ceylon-a-hot-potato-in-1963/ ROSTOW, Walt Whitman. As etapas do desenvolvimento econômico. Rio de Janeiro: Zahar, 1974. ―É possível enquadrar todas as sociedades, em suas dimensões econômicas, dentro de uma das cinco seguintes categorias: a sociedade tradicional, as pré-condições para o arranco, o arranco, a marcha para a maturidade e a era do consumo em massa.‖ [Rostow, 1974, p. 16] 18 http://pt.slideshare.net/geographyalltheway/ib-geography-develpent-rostow-model 19 Etapa 1 – A sociedade tradicional o ―é aquela cuja estrutura se expande dentro de funções de produção baseadas em uma ciência e tecnologia pré-newtonianas, assim como em atitudes pré-newtonianas diante do mundo físico‖ [Rostow, 1974, p. 16] Não é uma sociedade estática porque Área do comércio, agricultura e produção podem ↑ Surgem inovações ―rendosas‖ no comércio, agricultura e indústria A produtividade pode ↑ o Existe um teto para o volume de produção pq não são aplicadas C&T 20 o Depende de turbulências nos ambientes sociais e políticos, das colheitas, guerras e pragas A grande parte da população dedicada à agricultura Estrutura social hierarquizada Sistemas de valores sincronizados com o fatalismo: a vida do neto será igual à vida do avô É possível melhorar a vida através do esforço individual Centro do poder político com os proprietários de terras. ―englobamos todo o mundo pré-newtoniano; as dinastias da China; a civilização do Oriente Médio e do Mediterrâneo; o mundo da Europa medieval e (...) as sociedades pós-newtonianas que, por certo tempo, permaneceram intatas ou indiferentes à nova capacidade do homem para manipular regularmente o meio ambiente tendo em vista seu proveito econômico‖ [Rostow, 1974, p. 16] STARNINA, Gherardo di Jacopo. Italian painter, Florentine school (b. ca. 1354, Firenze, d. 1409/13, Firenze) Thebaid (detail) c. 1410. Tempera on wood Galleria degli Uffizi, Florence 21 LORENZETTI, Ambrogio. Italian painter, Sienese school (b. ca. 1290, Siena, d. 1348, Siena). The Effects of Good Government in the Countryside (detail). 1338-40. Fresco. Palazzo Pubblico, Siena. http://www.wga.hu/frames- e.html?/html/s/starnina/index.html 22 Pietro de' Crescenzi.(1230–1305), born in Bologna where he studied natural history, law, and medicine. http://www.oxfordreference.com/view/10.1093/oi/authority.20110803095647352. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Crescenzi_calendar.jpg 23 Etapa 2 – As precondições para o Arranco ou Decolagem [Europa Ocidental fim do XVII e início do XVIII] Grã-Bretanha. BROWN, Ford Madox. English painter (b. 1821, Calais, d. 1893, London) Work. 1852-63. Oil on canvas, 137 x 197 cm. City Art Gallery, Manchester. http://www.wga.hu/support/viewer/z.html 24 BROWN, Ford Madox. English painter (b. 1821, Calais, d. 1893, London). The Last of England. 1852-55. Oil on panel, 83 x 75 cm. City Art Gallery, Birminghamhttp://www.wga.hu/support/viewer/z.html o Taxa de investimento de 5% o Exploração da C&T como ―fatores de produção‖ para eliminar os ―rendimentos decrescentes‖ [Rostow, 1974, p. 18] na Agricultura, indústria, serviços, 25 Coincide com expansão comercial mundial e concorrência internacional ―O caso mais geral da história moderna, entretanto, viu a fase das pré-condições surgir, não endogenamente, mas provindo de uma intromissão externa por sociedades mais adiantadas‖ [Rostow, 1974, p. 19] Invasões o Gera centralização do Estado o Disseminam a ideia de progresso, lucro, dignidade nacional, bem-estar social. o Surgem empresários, bancos, transporte, comunicações, m-p o Surgem ilhas de alta produtividade Etapa 3 – O arranco (take off) – Grã-Bretanha, USA, Canadá, etc. ==================================================================== GOGH, Vincent van. Dutch painter (b. 1853, Groot Zundert, d. 1890, Auvers-sur-Oise) The Factory at Asnières. Summer, 1887. The Barnes Foundation, Merion Station, PA (F318) 26 http://www.vangoghgallery.com/catalog/Painting/119/Factories-at-Asnieres-Seen-from-the-Quai-de-Clichy.html http://www.vangoghgallery.com/catalog/Painting/120/Factories-Seen-from-a-Hillside-in-Moonlight.html Factories Seen from a Hillside in Moonlight 27 Weaver Facing Left, with Spinning Wheel. March 1884, Nuenen. Oil on canvas, 63 x 84 cm. Museum of Fine Arts, Boston. http://www.wga.hu/art/g/gogh_van/02/nuenen02.jpg o Difusão das Forças que estavam gerando ↑ produtividade na etapa anterior Evolução tecnológica na indústria e agricultura ↑Nova classe empresarial Acesso ao poder político de uma classe preparada para modernizar a economia Taxa de investimento salta de 5% para 10% ↑uso de RN Surgem métodos de produção mais eficientes Expansão de novas indústrias que reinvestem o lucro: ↑mão-de-obra ↑serviços industriais ↑urbanização ↑Renda A Agricultura se transforma em agroindústria 28 Mudanças revolucionárias na produtividade Exemplo: Grã-Bretanha 1800 a 1810 França e USA – 1800 aos 1860 Alemanha – 1875 Japão – pós 1875 Rússia e Canadá – 1890 a 1914 Índia e China - 1950 Etapa 4 – A marcha para a maturidade 29 http://wirednewyork.com/forum/showthread.php?t=5010 o ↑Produção > ↑População Novas indústrias Substituição de importações Exportações de novos artigos Pode ocorrer Substituição do carvão, ferro e indústria pesada [ferrovia] por máquinas-ferramenta, químicos, equipamentos elétricos Taxa de investimento salta de 10% para 20% ―Podemos definir essencialmente a maturidade como a etapa em que a economia demonstra capacidade de avançar para além das indústrias que inicialmente lhe impeliram o arranco e para absorver e aplicar eficazmente num campo bem amplo de 30 seus recursos – se não a todos eles - os frutos mais adiantados da tecnologia (então) moderna. Esta é a etapa em que a economia demonstra que possui as aptidões técnicas e organizacionais para produzir não tudo, mas qualquer coisa que decida produzir. Pode carecer (como a Suécia e a Suíça contemporânea, por exemplo) das matérias-primas ou de outros fatores de suprimento necessários para produzir economicamente um determinado tipo de produção; sua dependência, todavia, é antes uma questão de opção econômica ou de prioridade política do que uma carência tecnológica ou institucional. (...) Historicamente, pareceria que cerca de 60 anos são necessários para uma sociedade avançar do início do arranco até a maturidade‖ [Rostow, 1974, p. 22 e 23] Etapa 5 – A era do consumo de massa 31 http://blogs.estadao.com.br/reclames-do-estadao/category/politicamente-incorretas/ o Liderança do Setores de Bens de Consumo Duráveis e Serviços [máquina de costura, bicicleta, aparelhos elétricos e, o principal, automóvel] ↑Geral da renda ↑Geral do consumo além das necessidades mínimas [alimentação, habitação e vestuário] ↑produção urbana ↑trabalhadores de escritórios e operários especializados Opção social pelo Welfare State Ex: Europa Ocidental, Japão e Rússia nos 1960’s ―Para os Estados Unidos, o ponto crítico foi, quiçá, a linha de montagem móvel de Henry Ford em 1913-1914‖ [Rostow, 1974, p. 24] 32 ―E depois vem a época mais além, uma época de que a História só nos dá por enquanto fragmentos esparsos: o que fazer quando a própria elevação da renda real perder seu fascínio? Mais filhos, tédio, fins de semana de três dias, a Lua, ou a criação de novas fronteiras humanas interiores em substituição aos imperativos da escassez?‖ [Rostow, 1974, p. 30] PRÓXIMA AULA Assunto: Bibliografia: Atividade/Pendência:
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