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Trabalho De Filosofia
O Discurso Sobre o Método de René Descartes
Ao reunir suas convicções amadurecidas no texto aqui estudado, o fundador da Filosofia Moderna buscou não apenas expor a necessidade de se produzir um pensamento racional isento de hipóteses vazias e da aceitação incondicional do que não se pode compreender e explicar. Desta forma, esta pesquisa resulta da abordagem bibliográfica e filosófica do Discurso Do Método e apresentar seus resultados de forma elucidativa. 
A primeira parte do livro apresenta o autor através de suas experiências de vida, de forma bastante sutil e reflexiva. Com produção não muito proficiente, mas de relevância na produção do pensamento científico moderno, René Descartes, físico e matemático francês, teve em sua capacidade restrita de aprendizado, o direcionamento para elaboração de seu pensamento pautado no bom senso ao mesmo tempo em que sugere que a filosofia deve ser difundida.
Descartes nasceu com a saúde muito fragilizada e tal condição o acompanhou por toda a vida afetando amplamente sua vida social e acadêmica. Diante de tal condição, a ele era permitido ficar na cama até o meio dia, e, também culminou com a sua morte mais adiante. A busca por uma verdade sólida surgiu para Descartes após concluir sua formação acadêmica. Sua primeira graduação foi o Direito cuja prática negou-se a seguir, optando pela carreira militar durante a guerra, onde pouco ou nada atuava. Usou seu tempo vago para refletir sobre seus primeiros questionamentos. 
Primeiramente observou que das obras que havia contemplado ao longo da vida, aquelas planejadas ou executadas por individualmente eram mais belas que as feitas por várias pessoas. Observou também que prédios reformados não tinham aparência tão agradável nem eram tão resistentes quantos os novos. Concluiu na formulação do saber, a mesma constatação seria plenamente aplicável, uma vez que dispunha de princípios aprendidos na juventude sem questionar a veracidade.
Uma sequência de três sonhos que ele teve e o fez meditar acerca das premissas que regem o saber contemporâneo sobre o mundo. A partir destes sonhos ele passou a observar que seus mestres, aqueles que antes lhe pareciam sábios, apenas repassavam conhecimentos fundamentados em convenções e hipóteses, muitas vezes sequer testadas.
O principal elemento da produção do pensamento, o bom senso, é característica comum a todos os indivíduos da raça humana. É a capacidade de escolher entre o certo e o errado, o bom e o ruim é que nos diferencia do restante dos animais. O que diferencia cada indivíduo é a forma como toma suas decisões e quanto é difícil satisfazê-lo. Descartes destaca que não há um indivíduo mais racional que o outro, o que é evidenciado como diferenças é a forma como aplica esta virtude. As habilidades físicas e intelectuais são tidas como acidentes naturais.
Ninguém, por mais ponderado que seja, pode estar imune a equívocos de forma que um valor tomado com verdadeiro pode ser engano. De forma humilde, Descartes apresentou o Discurso sobre o Método não como uma fórmula absoluta, mas, como o resultado dos caminhos que seguiu para desenvolver sua filosofia. Ele escreveu sua obra, convicto que se Deus distribuiu o bom senso a cada ser humano, sua obra deveria estar acessível para além de instruir a si mesmo, pudesse estimular a quem busque uma fórmula para conduzir sua razão.
René buscou aplicar ao pensamento filosófico os mesmos fundamentos indubitáveis da matemática, apoiando tais certezas na ausência de dúvidas após a reconstrução de uma visão recém-demolida acerca do universo. 
A segunda parte Descartes dedica a descrever seu método de avaliação raciona, apresentando as quatro premissas que devem ser seguidas para a composição do pensamento filosófico, sendo que o primeiro está intimamente ligado ao aprendizado. Nesta etapa, o pensador deve ser escrupuloso com as informações recebidas, atentando se a todos os detalhes que envolvam o conhecimento recebido. Nesta mesma etapa, deve-se aceitar apenas o que é isento de dúvidas, rejeitando o incerto ou questionável. Não se trata de ceticismo, mas, da capacidade crítica diante de algo questionável cuja aceitação tácita implica em prejuízos ao pensamento.
Num segundo momento, o pensador deve buscar solucionar as dificuldades dividindo por partes mais simples até que possa solucionar dos pontos divergentes.
O terceiro passo consiste em conduzir o pensamento iniciando pelas coisas mais simples, buscando a total compreensão, passando para as estruturas mais complexas, sempre partindo da mais simples para a mais difícil.
A última etapa consiste em avaliar o conteúdo questionado, relacionando cada elemento exaustivamente até que todas as lacunas estejam exauridas. 
Estas etapas se assemelham com a forma que matemáticos e geômetras usam para resolver problemas complexos cujos atalhos de cálculo ainda não foram formulados. A razão somente encontra limites na aceitação não questionada das coisas como nos apresentam. Da mesma forma, ao abster-se de aceitar uma coisa incerta como verdadeira, fazendo uso de observação e bom senso crítico, é possível alcançar a verdade. 
A terceira parte o autor dá destaque para a importância da obediência aos valores religiosos, éticos e morais, guiando-se no caminho reto, o que fez de forma moderada, esquivando-se dos excessos. O indivíduo precisa ser convicto, O pensamento, não é a assimilação, mas a capacidade de ponderar é o que define a existência da pessoa. Esta premissa é apresentada como condição existencial do ser humano infungível, a pessoa única e insubstituível. 
A quarta parte do livro comporta a expressão mais profunda de Descartes “penso, logo existo”, é tida pelo autor como uma afirmação de que tudo que temos como claro e indubitável é verdadeiro. Sendo assim a composição de valores deve seguir ao método para que o indivíduo não fique entregue ao engano. É nesta parte que ele declara que a busca da perfeição humana leva a aproximar-se das certezas e de um ser maior, infinito, imutável, todo poderoso e portador da consciência universal: Deus, a quem ele atribui a perfeição e a certeza geométrica, embora seja preciso conviver com o fato de nossa imperfeição, de certa forma, tem origem divina.
Na quinta parte ele destaca que a função do discurso não é de subjugar nem impor regras, muito menos de questionar o paradigma alheio mas, demostrar o quão valioso foi ter se dedicado a buscar a própria satisfação onde a escola não o fez, contando com a ajuda de Deus. Dedicou-se a explicar de forma testamental o seu sucesso estimulando a seus espectadores e leitores a trilhar seus próprios caminhos tomando as experiências ali compartilhadas como um norte a seguir..
O pensador não deve ignorar opiniões, mas precisa ser firme nas suas para não se perder do caminho que percorre rumo à verdade. É preciso vencer a si próprio, abandonando vaidades, para alcançar o conhecimento, o único patrimônio que temos a certeza da posse. Sendo dom divino a capacidade de diferenciar o verdadeiro e o falso, o homem deve se distinguir do cético, que dúvida apenas por duvidar, sendo um a pessoa de bom senso que dúvida em busca da verdade.
Uma crítica de Descartes que permeia toda a produção e execução do método por ele proposto é que na composição de algo, a funcionalidade da coisa pode ser prejudicada pelo excesso de pensamentos divergentes. Interessante é que o resultado alcançado por um filósofo é a expressão da verdade, depois de eliminadas as incertezas, mas, só persiste até que novas dúvidas possam ser levantadas sobre esta.
A sexta parte Descartes dedica a um desabafo ao tempo em que entrega a obra a quem lhe tiver acesso, criticando a forma que Filósofos contemporâneos como Galileu e outros que por cautela não são nomeados, foram censurados e reprimidos. Neste capítulo ele descreve como desenvolveu a sensibilidade espiritual que lhe permitiu observar o universo e a natureza em sua amplitude, oferecendo sua experiência para o conhecimento de pessoas virtuosas que intencionem contribuirpara o bem da humanidade por meio da ciência.
Um dos principais críticos ao método de René Descartes, Martin Heidegger, propõe um novo método que se sobrepõe ao de descartes, eliminando erros conceituais e metodológicos cometidos por Descartes. Tal critica, embora tomada por muitos filósofos modernos declarados não-Cartesianos, dada a forma sutil que o autor a apresenta, expressa um desejo infundado de apresentar um método superior ao original. René Descartes foi bastante prudente ao expor seu método não como algo absoluto, mas algo relativo à sua pessoa.
Conclusão
A obra aqui esmiuçada dispensa comentários externos, sendo o monólogo da forma com que o autor pode alcançar sua maturidade racional, desprovido de vaidade. Sua obra serviu de base e inspiração para importantes pensadores modernos, mesmo aqueles que não o citam, mas adotam mecanismos apresentados por descartes nesta obra. 
Diante da experiência alcançada, Descartes recomenda que a busca do saber das mais diversas fontes deve ser intensa sem que o indivíduo se dedique demasiadamente a um sabe apenas, ampliando seu conhecimento de forma metodológica. O pensamento racional dispensa uma avaliação prévia do que se quer aprender e destaca que o conhecimento sobre as más doutrinas sem as quais não se pode distinguir o falso do verdadeiro.
Mesmo com o apogeu da Filosofia Moderna, na prática pedagógica atual paira uma rigidez conceitual vivenciada e posteriormente por Descartes em sua vida acadêmica e posteriormente criticada em seus trabalhos, na qual o aluno deve receber o conhecimento da grade curricular limitando-se a tecer críticas e absorver o conteúdo 
Referências
DESCARTES, R. Discurso do Método. Tradução de Paulo Neves. Porto Alegre: L&PM, 2009.
HEIDEGGER, Martin, Nietzsche II, 2001; traduções de Gabriella Arnhold e Maria de Fátima de Almeida Prado. Editora Vozes – Petrópolis, RJ.
LEITE, D. T. B. D. S.; SOUZA, B. B. D.; CHAGAS, S. O. O problema do método de Descartes. Aracaju: Faculdade Amadeus - FAMA, 2016.

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