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CCJ0051-WL-A-Trab-02-TP Argumentação Jurídica -Respostas Web-Aulas

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Turma A – Manhã - 2012.1�� HYPERLINK "http://portal.estacio.br/" \o "Estácio" �� INCLUDEPICTURE "http://portal.estacio.br/img/logo.png" \* MERGEFORMATINET ������Teoria e Prática da Argumentação Jurídica
Prof.: Renan Gonçalves Pinto Marques�Disciplina:
CCJ0051��Trab:
002�Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior
Matrícula: 2012.01.140749�Folha:
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Prof.: Renan Gonçalves Pinto Marques�Disciplina:
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Trabalho para AV2
	
	Resolução Caso Concreto
	
	Caso Concreto: Ciça Guimarães
Rafael Mascarenhas de 18 anos, filho da atriz da TV Globo Ciça Guimarães, morreu atropelado em uma terça-feira, dia 20 de julho de 2010, segundo bombeiros que socorreram o rapaz por volta de 1:50 da madrugada, ele foi atropelado por um motorista que trafegava no túnel Acústico na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro. De acordo com os bombeiros, ele ainda foi levado com vida para o hospital, e chegou à Unidade com politraumatismos na cabeça, no tórax, nos braços e pernas. Chegou ainda a ser operado, mas faleceu por volta das 8 horas do mesmo dia. Segundo a 15° DP quem investiga o Caso, Rafael estava andando de skate no túnel, que estava interditado para manutenção e dois carros estavam dentro do Túnel na hora do atropelamento. Além disso os amigos do jovem garante que os dois carros trafegavam em alta velocidade aparentado praticar um racha. A CET-Rio afirma que a pista ficou fechada ao tráfego de 1:10 às 4:10, bem como os motoristas que estavam no túnel não furaram o bloqueio da via, informou ainda que dentro túnel há uma passagem usada para saída de emergência que foram utilizadas por eles, ainda a possibilidade de indiciar os acusados por corrupção Ativa, já que na saída do túnel, dois policiais Militaras foram subornados para liberar os jovens que dirigiam o carro bastante avariado.
Diante do Caso Concreto apresente um argumento Pró-tese, um Argumento de Autoridade (Art. 61 do CTB, e Art. 927 do Código Civil), um Argumento de Causa e Efeito e um Argumento de Senso Comum em favor da vítima e na área do Direito Civil.
Argumento Pró-tese:
RESPOSTA:
O réu praticou um ato ilícito porque causou dano a outrem e também ocasionou morte além de não ter prestado socorro a vítima.
Argumento de Autoridade: (Art. 61 do CTB, e Art. 927 do Código Civil).
RESPOSTA:
Apesar da via não apresentar um limite de velocidade o Código de Transito Brasileiro estabelece, a depender da via pela qual se esteja trafegando, a velocidade máxima de 80Km/h. Percebe-se que o réu excedia essa velocidade devido a gravidade das lesões sofridas pela vítima e tamanha avaria que detectada no carro. Infere-se, então, que houve uma imprudência do condutor do veículo o que configura um ato ilícito causador de um dano e, por conseguinte, o direito de indenizar.
Argumento de Causa e Efeito
RESPOSTA:
De acordo com duas testemunhas o motorista conduzia o veículo em excesso de velocidade motivo que trouxe por consequência o resultado morte.
Argumento de Senso Comum
RESPOSTA:
A tragédia, ocasionada pela prática de “racha”, como fora noticiado, foi o causador de mais uma vítima, atitude reprovável tanto pela sociedade quanto pelo judiciário por já ter vitimado várias pessoas.
==XXX==
	
	Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-07
	
	CASO CONCRETO
Cliente baleado diz que vigia disparou após discussão em porta giratória:
O cabeleireiro João Adriano Santos, de 29 anos, foi baleado por um vigia de uma agência bancária em São Mateus, na Zona Leste de São Paulo, após ser parado na porta giratória e discutir com o funcionário. O tiro atingiu João nas costas, mas não causou ferimentos graves. Ele está consciente e foi liberado após receber tratamento no Hospital São Mateus.
A Polícia Militar foi acionada pouco depois das 14h para ir até o banco, na Avenida Mateo Bei. O vigia, de 37 anos, está detido. João Adriano relatou que havia ido ao banco pagar uma conta e foi parado na entrada. O segurança teria pedido que ele retirasse todos os objetos de metal do bolso, mas João disse que não carregava nenhum objeto desse tipo. Houve uma discussão e João conta ter sido insultado pelo vigia.
Após entrar, João Adriano ficou ao lado do segurança, esperando que o amigo que o acompanhava passasse pela porta giratória. Nesse momento, afirma ter levado uma rasteira e, em seguida, o tiro. Ele foi levado para o hospital e, às 19h, estava no 49º Distrito Policial, em São Mateus, prestando depoimento. “Acho que todas as portas giratórias de banco tinham que ser retiradas porque não há funcionários preparados para trabalhar com elas”, afirmou. A agência bancária foi fechada logo após o incidente.
O Banco disse estar acompanhando a recuperação do cliente e lamentou o ocorrido. Em nota oficial, a instituição afirmou que "colabora com as investigações sobre o incidente até o total esclarecimento dos fatos".
(Disponível em: <http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/03/cliente-baleado-diz-que-vigia-disparou-apos-discussao-em-porta-giratoria.html>. Acesso em: 12 fev. 2012.
QUESTÃO DISCURSIVA
Leia o caso concreto indicado para esta aula e recorra, se desejar, às fontes indicadas. Redija um texto argumentativo que contenha, além dos argumentos já trabalhados este semestre, três parágrafos: um argumento de oposição, um argumento de causa e efeito e um argumento de analogia. O caso concreto desta aula tem repercussão civil e criminal. Escolha apenas uma dessas linhas para teu texto.
Se julgar adequado, recorra às polifonias adiante:
Lesão corporal
Art. 129 do CP: Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Lesão corporal de natureza grave
§ 1º Se resulta:
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;
IV - aceleração de parto:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 2° Se resulta:
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável;
III - perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
Lesão corporal seguida de morte
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
Art. 14 do CP: Diz-se o crime:
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Pena de tentativa
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
Homicídio simples
Art. 121 do CP: Matar alguém:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo fútil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Art.6º do CDC: São direitos básicos do consumidor:
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;
Art. 14 do CDC: O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
RESPOSTA: É bem verdade que é dever obrigacional de um vigia tomar as medidas necessárias a fim de manter a segurança no estabelecimento no qual mantém vínculo empregatício. E, embora o segurança, a princípio, tenha agido dentro do que a sua função lhe exige, qual seja: solicitar a retirada de todos os objetos de metal que se porte após ser parado diante de uma porta giratória, sua atitude fora desproporcional frente a uma mera discussão, situação que exigia do funcionário enquanto profissional devidamente treinado e, principalmente pelo fato de portar arma de fogo, um autocontrole condizente a sua função.
Ocorreu que João Adriano Santos, 29 anos, cabeleireiro, após ser parado na porta giratória de uma agência bancaria e ter discutido com o vigilante da referida agência tomou do mesmo uma rasteira que o levou ao chão, e em seguida foi baleado covardemente pelas costas após ter sido insultado pelo vigilante. Fato que lhe ocasionou felizmente apenas uma lesão corporal de natureza leve.
É certo que a sociedade diante de tanta violência espera daqueles que tem o dever de zelar pela segurança uma conduta responsável, fato claramente não evidenciado e que, portanto, não pode ser aceito como uma atitude aceitável diante de um conflito tão banal. Do mesmo modo como não foi no caso decidido pela Suprema Corte quando do policial militar a paisana que incidiu no crime de lesão corporal de natureza grave contra dono de estabelecimento noturno por motivo fútil.
Argumento de oposição concessiva e restritiva em favor do vigia na área criminal fazendo uso do artigo 25 do Código Penal:
Argumento de Oposição Concessiva
RESPOSTA: Embora a primeira vista possa parecer que o vigia tenha atingido o cabeleireiro João Adriano Santos com um tiro pelas costas. Na verdade o ocorrido foi que o vigia agiu em legítima defesa (PUTATIVA). de todos os presentes no estabelecimento bancário, ao impedir que um sujeito que poderia estar armado, após ter sido parado na porta giratória e ter discutido com o mesmo, invadi-se o local sem saber quais eram as suas intenções. O vigia agindo de forma hábil, usando moderadamente dos meios necessários, repele a injusta agressão, atual e iminente, a direito de outros, ao imobilizar o suspeito, efetuando um tiro nas costas, em uma área não vital, fato que apenas ocasionou uma lesão corporal de natureza leve.
Ainda que há quem argumente que o vigilante tenha efetuado covardemente um tiro pelas costas do cabeleireiro João Adriano Santos. Vale salientar que um tiro nas costas não é o mesmo que um tiro pelas costas, um tiro pelas costas é um ato de covardia, já o que ocorreu na realidade é que o vigilante no intuito de manter a segurança dos presentes no estabelecimento bancário, agindo de forma hábil, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem, ao imobilizar o suspeito, efetuando um tiro nas costas, em uma área não vital, fato que apenas ocasionou uma lesão corporal de natureza leve.
Conector sintático que põe em foco a evidência contrária.
Evidência que apóia a argumentação contrária à tese em defesa.
Argumento decisivo, contrário à perspectiva anterior.
Argumento de Oposição Restritiva
RESPOSTA: A primeira vista pode parecer que o vigia tenha atingido o cabeleireiro João Adriano Santos com um tiro pelas costas, mas na verdade o ocorrido foi que o vigia agiu em legítima defesa (PUTATIVA) de todos os presentes no estabelecimento bancário, ao impedir que um sujeito que poderia estar armado, após ter sido parado na porta giratória e ter discutido com o mesmo, invadi-se o local sem saber quais eram as suas intenções. O vigia agindo de forma hábil, usando moderadamente dos meios necessários, repele a injusta agressão, atual e iminente, a direito de outros, ao imobilizar o suspeito, efetuando um tiro nas costas, em uma área não vital, fato que apenas ocasionou uma lesão corporal de natureza leve.
Há quem argumente que o vigilante tenha efetuado covardemente um tiro pelas costas do cabeleireiro João Adriano Santos, por outro lado, vale salientar que um tiro nas costas não é o mesmo que um tiro pelas costas, um tiro pelas costas é um ato de covardia, já o que ocorreu na realidade é que o vigilante no intuito de manter a segurança dos presentes no estabelecimento bancário, agindo de forma hábil, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem, ao imobilizar o suspeito, efetuando um tiro nas costas, em uma área não vital, fato que apenas ocasionou uma lesão corporal de natureza leve.
Evidência que apóia a argumentação contrária à tese em defesa
Conector sintático que permite uma manobra discursiva, que desarticula o argumento introdutório
Argumento que anula a proposição inicial do parágrafo, gerando uma quebra de expectativa
Argumento de causa e efeito em favor do cliente baleado
RESPOSTA: Em virtude de João Adriano Santos, ter sido agredido moralmente e fisicamente pelo vigilante do estabelecimento bancário, fato que ocasionou uma lesão corporal ao ser atingido injustamente com um tiro nas costas. É certa e pacífica a tese de que quando alguém viola um interesse de outrem, juridicamente protegido, fica obrigado a reparar o dano daí decorrente. Daí que, o fato de um cliente ao tentar adentrar agência bancaria e ter seu direito podado em virtude de uma falha no sistema de segurança e, por esse motivo vir a ser constrangido por meio de insultos e lesionado fisicamente lhe é assegurado o direito de pleitear uma indenização por danos morais e pessoais uma vez que veio a sofrer uma lesão injusta, além de uma lesão corporal.
Pois bem, adentrando na análise legal do tema, inicialmente é oportuno fazer referência à Constituição Federal de 1988, que foi muito clara ao dispor, no seu art. 5º, inciso X, "in verbis":
"X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação".
No mesmo sentido, o legislador não deixou de pronunciar esta garantia no Código de Defesa do Consumidor que em seu artigo 6º deixa claro que são direitos básicos do consumidor:
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
E em seu artigo 14 (CDC), que:
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
Além de incansáveis decisões as quais asseguraram o direito líquido e certo de quem se encontrava lesado por fato alheio a sua vontade.
	
	Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-08
	
	CASO CONCRETO
Mãe diz que não abandonou o menino que caiu
Moradora do Barramares, onde filho morreu em queda do 26º andar, achou que ele seria vigiado pelo irmão mais velho.
O sono pesado de Fernando Moraes Júnior, de 3 anos, deu à mãe dele, Rosana Rosa Cavalcanti da Silva, a certeza de que poderia ir sem problemas até a farmácia de propriedade da família num pequeno shopping embaixo do apartamento onde mora, no 26º andar de um dos prédios do Condomínio Barramares, na Barra da Tijuca.
Segundo Rosana contou a parentes, mesmo assim pediupara o filho mais velho, de 8 anos, ficar em casa até que ela voltasse. Mas o menino recebeu um telefonema de um vizinho e saiu para jogar bola. Fernando acordou sozinho, abriu a porta do quarto e levou uma cadeira até a varanda – que estava com a porta de correr aberta. Fernando subiu na cadeira, apoiou-se no parapeito sem grade, desequilibrou-se e caiu de uma altura de pouco mais de 80 metros às 20h40min de 6 de maio de 1999. Ele morreu no local e foi enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo (RJ).
A mãe foi avisada e encaminhou-se para o local. Em estado de choque, sentou e chorou ao lado do corpo do filho por mais de duas horas. Segundo testemunhas, antes de cair no chão o corpo ainda bateu num coqueiro na frente do edifício, o que amorteceu a queda e evitou que ele tivesse muitas escoriações. O menino ainda teria respirado por alguns instantes, mas não resistiu. Policiais militares cobriram o corpo com um plástico preto.
- Não há dúvidas de que foi uma fatalidade. Ela sempre foi uma excelente mãe, cuidadosa, carinhosa com os filhos. Não foi negligência – afirmou Gisela Moraes Zepeta, irmã de Fernando Moraes, pai do menino.
A morte foi registrada na 16ª. DP (Barra) como fato a ser investigado. O perito Antônio Carlos Alcoforado disse que encontrou uma cadeira na sacada do apartamento no 26º andar. Segundo ele, o parapeito tinha 1.20 metros e só com a cadeira o menino poderia ter ultrapassado.
O delegado titular disse que vai esperar alguns dias até que a família esteja mais tranquila para tomar os depoimentos. Segundo ele, caso seja apurada negligência na atenção ao menor, o responsável poderá ser indiciado por homicídio culposo.
- Não podemos, porém falar de um caso assim porque a família já está sofrendo muito. Temos que esperar pelas provas técnicas – disse o delegado.
Segundo Gisela, Rosana contou que foi até a Farmácia Barramares 2000, que é administrada pelo marido, Fernando, pegar remédios e um panfleto para fazer no computador de casa. A mãe contou ainda que o menino estava cansado depois de brincar na creche que frequentava desde o início do ano, dentro do condomínio. Depois de tomar banho e jantar, ele dormia profundamente, segundo a mãe que aproveitou para descer. Segundo Gisela, Rosana teria demorado fora de casa cerca de cinco minutos até o momento do acidente.
Consulte também as fontes:
Art. 133 do CP: Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos.
§ 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos.
§ 2º - Se resulta a morte:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.
O instituto do perdão judicial somente pode alcançar o acusado que se mostrar suficientemente punido pelo sofrimento que o ato praticado causou na sua própria vida.
Art. 121, § 5º do CP: Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
Art. 107, IX do CP: Extingue-se a punibilidade: pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
QUESTÃO DISCURSIVA
Selecione algumas das expressões do quadro anterior e produza três parágrafos argumentativos que defendam uma tese sobre a situação de conflito apresentada no caso concreto. O tipo de argumento é de sua livre escolha. Serão avaliadas, na correção, as escolhas que produzam melhor coesão entre os parágrafos.
RESPOSTA:
Os fatos narrados, especificamente no terceiro parágrafo, deixa claro que se trata de um caso que invoca o instituto do perdão judicial, visto que ele alcança a respectiva mãe que se mostrou suficientemente punida pelo sofrimento que o acidente ocorrido causou na sua vida.
Embora ela tenha o dever de cuidado sobre seu filho acreditou que a criança permaneceria dormindo enquanto rapidamente a deixaria na companhia de seu outro filho até se deslocar ao térreo do edifício que habitava, todavia enquanto rapidamente se ausentou, o que descarta a ideia de abandono, a irreparável fatalidade lhe sobreveio, vindo a ocasionar a morte de seu filho.
Contudo, é indiscutível que a consequência produzida pelo seu erro a atingiu de forma tão grave que nenhuma sanção penal será capaz de puni-la mais que sua própria dor, elemento plenamente agasalhado pelo direito pátrio o qual extingue a punibilidade pelo perdão judicial.
____________________________________
Waldeck Lemos de Arruda Junior
==XXX==
MD/Direito/Estácio/Período-03/CCJ0051/Trabalho-002/WLAJ/DP
MD/Direito/Estácio/Período-03/CCJ0051/Trabalho-002/WLAJ/DP

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