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CCJ0051-WL-C-PP-Coerência Textual-Rosemeri Covre

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Coerência Textual
Professora: Rosemeri Covre
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Um conjunto em que todas as partes se encaixam de maneira complementar de modo que não haja algo destoante, ilógico, contraditório e desconexo.
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No texto coerente, não há partes que não se relacionem com as demais.
Todos os elementos do texto devem ser coerentes.
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 “Lá dentro havia uma fumaça formada pela maconha e essa fumaça não deixava que nós víssemos qualquer pessoa, pois ela era muito intensa.
 Meu colega foi à cozinha me deixando sozinho, fiquei encostado na parede sala e fiquei observando as pessoas que lá estavam. Na festa havia pessoas de todos os tipos: ruivas, brancas, pretas, amarelas, altas, baixas, etc.”
Prof. Diana Luz Pessoa de Barros. In: Platão & Fiorin – Para entender o texto.
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É a articulação harmônica das figuras do texto, com base na relação de significado que mantêm entre si.
As várias figuras que ocorrem num texto devem articular-se de maneira coerente para constituir um único bloco temático.
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Todas as figuras que pertencem ao mesmo tema devem pertencer ao mesmo universo de significado.
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A coerência argumentativa está relacionada às idéias do autor.
O autor não pode recorrer em disputas ideológicas.
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Sempre que vemos, lemos ou interpretamos uma mensagem, seja composta no código linguístico seja em qualquer outro código, procuramos compreendê-la articulando os sentidos das partes com os sentidos do todo.
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A coerência pode ser considerada a possibilidade de atribuir uma continuidade de sentidos a um texto.
Estabelece-se na interlocução depende de uma multiplicidade de fatores que não estão apenas e exclusivamente no texto, pois o conhecimento de mundo e as experiências prévias das pessoas que o interpretam são alguns desses fatores.
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Nenhuma enunciação surge do nada: toda troca de informações linguísticas surge de uma necessidade desencadeada pela situação ou por outra enunciação anterior.
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Dizemos que toda enunciação estabelece um elo significativo com o que já foi dito, com o contexto dos interlocutores e com todas as formas de conhecimento que a precederam.
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A coerência de um texto não está propriamente no texto, ou na simples organização linguística: é uma qualidade que se constrói na leitura e interpretação dos textos, sejam eles verbais ou não verbais.
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A multiplicidade de experiências de mundo serve de base para compor o “quebra-cabeças” em que se constitui o texto. Quanto maior for a informação do leitor a respeito do tema, maior sua prontidão para interpretar a continuidade de sentidos, a coerência textual.
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Se um texto parte da premissa de que todos são iguais perante a lei, cai na incoerência se defender posteriormente o privilégio de alguns.
O argumentador pode até defender algumas regalias, mas não pode partir da premissa de que todos são iguais perante
 a lei.
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Para o estabelecimento da coerência textual, contribuem fatores não estritamente linguísticos, tais como o contexto situacional, os interlocutores em si, suas crenças e intenções comunicativas, o relacionamento social entre eles, além da função comunicativa do texto.
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Em suma, a situação sócio-comunicativa – que define gêneros textuais – fornece critérios relevantes para as decisões sobre a coerência de um texto. Por isso, a coerência também depende do gênero de um texto
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Além desses fatores – que envolvem quem produz e quem lê o texto, em que situação
sócio-comunicativa, com quais propósitos – é óbvio que não podemos menosprezar o
papel importante dos elementos linguísticos. Afinal de contas, são eles as “pistas” iniciais que desencadeiam nossas interpretações.
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“É a partir dos conhecimentos que temos que vamos construir um modelo de mundo representado em cada texto – é o mundo textual. Tal mundo, é claro, nunca vai ser uma cópia fiel do mundo real, já que o produtor do texto recria o mundo sob uma ótica ou ponto de vista, dependendo de seus objetivos, crenças, convicções e propósitos.”
Koch, I. & Travaglia, L.C. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 1990. p. 63
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O equilíbrio entre as informações que já são de conhecimento prévio do leitor e as informações novas que o texto pretende trazer é muito importante para a inteligibilidade do texto.
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Se as informações forem predominantemente novas, o leitor terá dificuldade em combiná-las com o que já sabe sobre o tema.
Se as informações forem predominantemente conhecidas, o texto poderá não ter razão de ser por excesso de redundância.
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No nível dos elementos lingüísticos, a coerência textual também depende da
cooperação do leitor para estabelecer a solidariedade significativa entre as partes de um texto. Muitos subentendidos precisam ser “completados”, muitos “fios condutores” dos raciocínios precisam ser identificados.

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