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Demonstração - Semana 3

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Quadro – Semana 3 
DEMONSTRAÇÃO ARGUMENTAÇÃO 
Meio de prova, fundado na proposta 
de uma racionalidade matemática, 
que visa a delimitar os passos a 
serem percorridos (silogismo) para 
deduzir premissas de outras já 
existentes. 
Atividade que objetiva o “estudo 
das técnicas discursivas que 
permitem provocar ou aumentar a 
adesão dos espíritos às teses que se 
apresentam”. 
Estabelece regras imutáveis, 
próprias das ciências exatas e 
naturais: raciocínios matemáticos e 
analíticos. 
Adota procedimentos flexíveis, 
próprios das ciências humanas e 
sociais: raciocínios dialéticos – mais 
de uma tese – e valores. 
(orador x auditório) 
Lógica formal: método dedutivo 
(geral para o particular) 
 
Lógica do razoável: método 
indutivo (particular para o geral) 
 
Opera-se por axiomas Recorre às teses 
 
Na área jurídica, pode estar a 
serviço da argumentação – 
premissas verdadeiras 
 
Busca a adesão dos espíritos à tese 
apresentada – premissas verossímeis 
Silogismo lógico 
Premissa maior (PM) – norma 
Premissa menor (Pm) – fato 
Conclusão (C) 
 
Entimema (tipo de silogismo 
dialético)* 
Premissa maior (PM) – norma 
Premissa menor (Pm) – fato 
Conclusão (C) 
Atemporal Histórica e temporal 
 
Utiliza uma linguagem artificial, 
técnica. 
 
Recorre a uma linguagem comum, 
simples, acessível, que facilite a 
persuasão. 
 
 
 
 
 
*Entimema: conceito e exemplos 
Um entimema é um argumento que contém pelo menos uma premissa não 
formulada, habitualmente designada por premissa implícita. Pode-se também 
dizer que se trata de uma premissa subentendida ou oculta. Por exemplo: no 
argumento “Heitor é advogado; logo, Heitor tem formação universitária” a 
premissa implícita é “os advogados têm formação universitária”. Sem esta 
premissa o argumento não seria válido (há entimemas que continuam a ser 
argumentos inválidos mesmo após a explicitação das premissas subentendidas, 
pois encerram outras incorreções). No dia a dia, os entimemas são muito 
frequentes. Habitualmente, o que leva alguém a não explicitar todas as 
premissas de um argumento é o fato de considerar que se trata de algo tão óbvio 
que seria monótono e inútil fazer essa explicitação. Quem está por dentro do 
contexto em que decorre a argumentação em causa normalmente percebe quais 
são as ideias subentendidas. 
 
Exemplo de um entimema: 
Anos atrás eu e um amigo íamos a percorrer uma avenida de Lisboa (Av. 
Almirante Reis) quando vimos um homem a comprar um limão. Disse 
imediatamente ao meu amigo, como se fosse uma enorme evidência: “Ele está a 
comprar um limão, logo é drogado”. Como o meu amigo duvidou da conclusão 
(achando que o fato de uma pessoa comprar um limão não é razão suficiente 
para concluirmos que é drogada), vi-me obrigado a explicitar as várias razões 
(premissas) que não tinha formulado por achá-las óbvias. Ei-las: 
 Normalmente as pessoas compram mais do que um limão, mas não seria 
prático um toxicodependente fazer isso. O sumo de limão costuma ser usado 
para preparar doses de heroína. 
 Aquele indivíduo tinha um certo ar pálido e macilento que caracteriza 
muitos toxicodependentes. 
 Aquela zona era um lugar de passagem quase contínua de toxicodependentes 
que iam comprar droga ao bairro da Curraleira (que na época era uma 
conhecida zona de tráfico). 
Perante essas razões adicionais que explicitei, o meu amigo ficou 
convencido: “Deves ter razão”. No entanto, mesmo reforçada com essas razões a 
conclusão é apenas uma consequência provável (e não necessária) das premissas 
– como é característico dos argumentos não dedutivos. Embora isso não fosse 
provável, podia suceder que as premissas fossem todas verdadeiras e a 
conclusão falsa. Por exemplo: o fato de só comprar um limão podia explicar-se 
pela circunstância de partir de férias no dia seguinte e não querer deixar em casa 
produtos perecíveis; o ar pálido e macilento podia dever-se a uma doença 
qualquer etc.

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