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15/09/2016 1 MANEJO DE REBANHOS EM PASTEJO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE AGRONOMIA ELISEU MACIEL DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA AVALIAÇÃO DE PASTAGENS COMO PLANEJAR? Quanto pasto eu tenho? Quantos animais eu alimento? CONDUÇÃO DOS ANIMAIS NA PASTAGEM � Massa de forragem – estoque imediato � Crescimento da pastagem � Disponibilidade de forragem � Carga animal para uma dada Oferta de Forragem QUANTO PASTO EU TENHO? 15/09/2016 2 Massa de forragem (Forage mass): Quantidade - massa ou peso seco - total de forragem presente por unidade de área acima do nível do solo Medida de caráter pontual, normalmente expressa em kg MS/ha METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DE PASTAGENS DETERMINAÇÃO DA MASSA DE FORRAGEM Avaliação deve refletir fielmente as condições reais da pastagem para que seja manejada adequadamente, conforme recomendação técnica. IMPOSSIBILIDADE DE ACESSAR TODO UNIVERSO AMOSTRAL (MÉTODO DIRETO) Corte de amostras Estimativas visuais Altura do dossel MÉTODOS INDIRETOS Corte de amostras Estimativas visuais Altura do dossel MÉTODOS INDIRETOS Disco medidor Bastão graduado (Sward Stick) Altura do dossel Corte de amostras 15/09/2016 3 EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS Balança Tesoura Sacos FornoQuadrado de ferro 50 cm 50 cm Avaliação de pastagem: Caminhamento (conhecer as dimensões da área) Pastejo Contínuo: avaliações � Pastagens de estação fria - a cada 3 semanas � Pastagens nativas - a cada 4 semanas � Pastagens de estação quente - a cada 2 semanas Pastejo Rotacionado: Avaliações: QUANDO AVALIAR??? Pré-pastejo � Pós-pastejo � Coleta de amostras 50 ou 100 cm de lado =0,25 ou 1,0 m² Obs. Não coletar mantilho e solo Pequenas áreas com pastagem homogênea � corte de amostras 15/09/2016 4 Número de amostras: Ponderar entre o que “deve” e o que “pode” ser feito. Ideal � Nº determinado por métodos matemáticos (Estabilidade do Erro Padrão da Média / da Média / Curva do coletor) Executável � 10 – 20 amostras/piquete (homogêneo) Amostras aleatórias evitando � Pontos de acúmulo de esterco ou urina, beira de aramados, caminhos, cochos e bebedouros Quadrado de 0,5 x 0,5 ou 1,0 x 1,0 m de lado; área de 0,25 ou 1,0 m2 Tamanho: < U.A � > homogeneidade dentro e < entre U.A. Determinação do Peso Verde Secagem: Secar estas amostras em estufa de ar quente forçado a, no máximo, 550C por 72h (análise bromatológica) ou em forno comum. Microondas: � Pesar a amostra; � Colocar a amostra junto com um copo de água no microondas � Secar em potência máxima por 3 min. e após, pesar novamente �Secar novamente por 1 min. e pesar � Repetir a última operação até atingir peso constante Estimativa do %MS conforme o estádio de desenvolv.: Estádio vegetativo = 15 a 20% MS Estádio pré-florescimento = 25% MS CN: média 30% MS 15/09/2016 5 Corte � Peso Verde � Estimativa do %MS conforme o estádio de desenvolvimento�Massa de Forragem Corte� Peso Verde� Peso Seco�Massa de Forragem (PS/PV)*100 � Teor de MS (%) Corte� Peso Seco�Massa de Forragem CÁLCULO DA MASSA DE FORRAGEM: Calcular a média do rendimento de MS obtido nas sub- amostras (g/0,25m²)� x 40 para extrapolar para kg/ha RESUMO DO CÁLCULO DA MASSA DE FORRAGEM: OU OU Exemplo de uma amostra que pesou 102,69 g MS/0,25m²: gMS/0,25 m² � gMS/ha 0,25 m² � 102,69g 10.000 m² � X = 4.107.600 gMS/ha gMS/ha � kgMS/ha 1000 g � 1 kg 4.107.600 g � X = 4.107,6 kg MS/ha CÁLCULO DA MASSA DE FORRAGEM DETALHADO Multiplica por 40 porque cada hectare tem 40.000 quadros de 0,25m² e divide-se por 1000 para passar g � kg Se os quadros forem de 1m², multiplica-se por 10, pois cada hectare tem 10.000 quadros de 1m² e divide-se por 1000 para passar g � kg São eleitos 5 escores: Primeiro o escore 1 e 5 Escore 3 Escore 2 Escore 4 Amostras Corte - Pesagem (MV) e visualização Limitações: � Necessita avaliador treinado � Calibração deve ser refeita a cada novo estádio fenológico Estimativa Visual � Calibração ÁREAS GRANDES �métodos indiretos Exemplo: Massa verde das amostras dos diferentes escores: Escore 1 = 50g Escore 2 = 80g Escore 3 = 130g Escore 4 = 210g Escore 5 = 270g Escore Médio= 3 MV média das amostras= 148 g/0,25m² Corte e pesagem da MV e/ou MS (visualização) 15/09/2016 6 Como “neste caso” não temos como secar as amostras, então converteremos a MV em MS por estimativa: Consideraremos que a espécie está no início do estádio vegetativo e por isso possui em torno de 15% de MS Escore 1 = 50g MV 7,5g MS Escore 2 = 80g MV 12g MS Escore 3 = 130g MV 19,5g MS Escore 4 = 210g MV 31,5g MS Escore 5 = 270g MV 40,5g MS Escore Médio= 3 MS média das amostras= 22,2g/0,25m² X 15% Agora a conversão de g/0,25m² para kg/ha: Escore 1 = 7,5 g/0,25m² MS 300 kg/haMS Escore 2 = 12 g/0,25m² MS 480 kg/haMS Escore 3 = 19,5 g/0,25m² MS 780 kg/haMS Escore 4 = 31,5 g/0,25m² MS 1260 kg/haMS Escore 5 = 40,5 g/0,25m²MS 1620 kg/haMS Escore Médio= 3 MS média das amostras= 888kg/haMS X 40 Ex: Foram feitas 50 amostragens no caminhamento da área Escore médio = ∑ dos 50 escores /50 � 3,8 Escore 3 888 Kg/ha Escore 3,8 x Massa de forragem = 1124,8 Kg/ha MS CÁLCULO DA MASSA DE FORRAGEM POR REGRA DE TRÊS Escore Massa Forragem Por equação do tipo: Y = a + bx Após construir a equação basta substituir o X pela média das avaliações visuais de escore Atentar para R² < 0,7 15/09/2016 7 Método da altura � régua, bastão graduado (stick) ou disco ÁREAS GRANDES �métodos indiretos Verificar a altura no ponto mais baixo da pastagem Verificar a altura no ponto mais alto da pastagem Corte e pesagem (MV e MS) Observação: � Quanto maior o número de sub-amostras maior a precisão da avaliação Calibração (construção da equação de egressão) do método da altura � régua/ bastão /disco Verificar a altura em pontos de alturas intermediárias ÁREAS GRANDES �métodos indiretos Construção da equação de calibração: Y = a + bx Onde: Y= MF; a e b= Valores gerados pela equação; x= média das avaliações do disco (bastão ou régua); Após a construção das equações (calibração) percorre-se a área para a obtenção da altura média do dossel 15/09/2016 8 E AS EQUAÇÕES QUE ACOMPANHAM O DISCO MEDIDOR??? E AS EQUAÇÕES QUE ACOMPANHAM O DISCO MEDIDOR??? (Kroning et al., 2015) Separação botânica (separação anterior a secagem) � Espécies de interesse (consumíveis, indesejadas, etc...) � Folha (pode ser dividida em lâmina e bainha) �Colmo com ou sem inflorescência �Relação folha/colmo �Material morto � Qualidade da forragem (PB, FDN, FDA, NDT, Digest., Consumo) QUE OUTRAS AVALIAÇÕES PODEM SER FEITAS NAS AMOSTRAS DE FORRAGEM COLHIDAS? � Aumento na massa de forragem de uma área de pastagem durante um determinado período de tempo. �Importância prática: � Ajuste de carga � Planejamento forrageiro anual (curva de produção de forragem) Taxa de acúmulo ou taxa de crescimento 15/09/2016 9 Pode ser estimada através de: � Revisão Bibliográfica �Gaiolas de exclusão, realocadas ± cada 28 dias� Pastejo Contínuo �Avaliações Pós e Pré Pastejo� Pastejo Rotacionado Taxa de acúmulo Dados de revisão bibliográfica � Taxas de acúmulo de matéria seca de lâminas foliares (TALF) (kg/ha/dia) e de matéria seca total (TAT) (kg/ha/dia) capim-elefante anão e do tifton 85 sob pastejo contínuo no noroeste do Rio Grande do Sul (Maixner et al., 2009). Dados de revisão bibliográfica � Massa de forragem total acumulada (MFTA), taxa de acúmulo (TA) e massa de forragem desaparecida (MFD) de amendoim forrageiro sob diferentes intensidades de pastejo. Médias seguidas de mesma letrana coluna não diferem estatisticamente para o teste de Tukey (P<0,05). (Adaptado de Griffith, 2016.) Intensidade de Pastejo (resíduo) MFTA (kg/ha) Taxa de Acúmulo (kg MS/ha/dia) MFD (kg/ha) 11,2 cm 7407,0 ab 50,92 a 868,0 b 8,8 cm 6972,2 ab 51,35 a 911,0 b 5,9 cm 7966,6 a 60,71 a 1501,5 ab 3,2 cm 6193,8 b 51,02 a 1885,2 a Média 7134,91 53,50 1291,42 CV 10,62 18,43 30,62 15/09/2016 10 � Pastejo contínuo (histórico da propriedade) � Construir histórico da propriedade Gaiolas de exclusão do pastejo � Gaiolas de Exclusão Fonte: Perez e Silveira (2015) Técnica das gaiolas de exclusão � �Logo após o rebaixamento da pastagem (pós-pastejo) e �Momentos antes da entrada dos animais (pré-pastejo) Avaliações � Pastejo rotacionado: � Acúmulo baseado no que ocorre durante o período de descanso da pastagem TA = (MFpré-pastejo – MFpós-pastejo)/nº dias descanso 15/09/2016 11 De posse destas informações podemos calcular a DISPONIBILIDADE DE FORRAGEM � Disponibilidade�massa de forragem + acúmulo de forragem em determinado período “Porção da massa de forragem, expressa como peso ou massa por unidade de área, que está acessível para o consumo dos animais” Conhecida a disponibilidade é hora da CONDUÇÃO DOS ANIMAIS EM PASTEJO Ajuste da OFERTA DE FORRAGEM e da CARGA ANIMAL
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