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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE UNIBH RENATA GOMES DA SILVA THAMIRES DE ALMEIDA DEMONSTRAÇÕES CONTABÉIS DEMONSTRAÇÕES INTERMEDIÁRIAS, SEPARADAS E COMBINADAS BELO HORIZONTE 2016 RENATA GOMES DA SILVA THAMIRES DE ALMEIDA Trabalho elaborado na disciplina de estrutura das demonstrações contábeis do curso de Ciências Contábeis 2º semestre de 2016 do Centro Universitário de Belo Horizonte, UNIBH. Professora: Danilo Lacerda BELO HORIZONTE 2016 1. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As demonstrações contábeis também usualmente denominada financeiras, são apresentações estruturadas da posição patrimonial e financeira e do desempenho das empresas, de acordo com as normas dos órgãos que regulamentam. As demonstrações representam os resultados da atuação da administração no controle da entidade e a aptidão na prestação de contas quanto os recursos que lhe foram cedidos e tem como objetivo fornecer informações referente a posição financeira e patrimonial da organização, que são úteis a vários usuários na tomada de decisões. Para alcançar o objetivo as demonstrações contábeis permitem a visualização de informações como; ativo, passivo, patrimônio líquido, receitas e despesas que incluem ganhos ou perdas, alterações do capital próprio e fluxo de caixa. O conjunto de demonstrações contábeis de acordo com o comitê de pronunciamento contábil CPC 26, incluem: ● O balanço patrimonial, composto pelas contas de ativos, passivos e patrimônio líquido da empresa; ativos são considerados todos os bens, direitos e aplicações de recurso controlados pela entidade que podem gerar benefícios econômicos futuros; passivos entendese por obrigações com terceiros que necessitam de ativos para sua liquidação; patrimônio líquido compreendese como recurso próprio da entidade. ● A DFC (demonstração de fluxo de caixa), oferece informações relativas as alterações no caixa e equivalente de caixa da empresa de determinado período contábil. ● A DRE (demonstração do resultado do exercício), demonstra o resultado líquido em um exercício através do confronto das receitas, despesas e resultados apurados, gerando informações relevantes para tomada de decisão. ● A DRA ( demonstração do resultado abrangente), visa demonstrar os ajustes realizados no Patrimônio Líquido (PL) abrangendo as variações futuras de receitas e despesas que já estão registradas no ativo ou no passivo, mas ainda não afetaram o resultado do exercício. ● A DMPL ( demonstração das mutações do patrimônio líquido), apresenta de forma detalhada as alterações que ocorreram em determinado exercício no patrimônio líquido da empresa. ● A DVA (demonstração do valor adicionado) se destina a evidenciar, de forma sintética os dados e as informações do valor da riqueza gerada pela entidade em determinado período e sua distribuição. ● As notas explicativas apresentam informações necessárias para compreender situações patrimoniais, que constam nas demonstrações publicadas. A organização deve apresentar com uniformidade todas das demonstrações que fazem parte do conjunto, elaborandoas utilizando o regime de competência, exceto a DFC (demonstração de fluxo de caixa) que deve ser elaborada pelo regime de caixa; devendo ser apresentadas de forma que os saldos finais do exercício sejam confrontados com o saldo do exercício anterior. 2. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS INTERMEDIÁRIAS Demonstrações contábeis intermediárias consiste na apresentação do conjunto completo das demonstrações contábeis em um período inferior ao do exercício social da entidade, período intermediário. A apresentação de tais demonstrações é realizada de forma completa ou condensada de modo que o conteúdo dessa estejam em conformidade com os requisitos do pronunciamento técnico do Comitê de pronunciamento contábil (CPC)26. 2.1 Apresentação e elaboração da demonstração intermediária Ao apresentar a demonstração contábil intermediária devese compreender as demonstrações completas ou condensadas: balanço patrimonial, demonstração do resultado, demonstração do resultado abrangente, demonstração dos fluxos de caixa e demonstração das mutações do patrimônio líquido, acompanhadas de notas explicativas selecionadas. Ao apresentar o conjunto das demonstrações nos relatórios intermediários, tais demonstrações condensadas devem incluir cada um dos cabeçalhos e subtotais que constarem nas demonstrações contábeis anuais mais recente e juntamente as notas explicativas. Linhas de itens adicionais devem ser incluídas caso suas omissões façam com que a demonstração contábil intermediária fique enganosa. Conforme o CPC 21 que trata da demonstração intermediária, o balanço patrimonial intermediário deve ser comparado com o do final do exercício social anterior; as demonstrações do resultado e do resultado abrangente devem se referir ao período intermediário último e ao acumulado desde o início do exercício e serem comparadas com as de iguais períodos do exercício social anterior; e as demonstrações das mutações no patrimônio líquido e dos fluxos de caixa devem conter pelo menos as informações acumuladas do período corrente e do período acumulado do exercício social anterior com o qual se comparam . A demonstração contábil intermediária é preparada em bases consolidadas se as demonstrações contábeis anuais mais recentes da entidade forem consolidadas. No caso da entidade se encaixar no Pronunciamento Técnico CPC 41 – Resultado por ação, a demonstração que apresenta os componentes do resultado de período intermediário a entidade deve apresentar o lucro por ação básico e diluído para esse período. O usuário de demonstração contábil intermediária de uma entidade deve também ter acesso à última demonstração contábil anual. As notas explicativas das demonstrações contábeis intermediárias, devem conter informações claras evidenciando eventos ou operações que sejam úteis para o entendimento do período intermediário corrente, como: a. Uma declaração de que as políticascontábeis e os métodos de cálculo são os mesmos nas demonstrações contábeis intermediárias, quando comparados com a demonstração contábil anual mais recente; ou, se tais políticas e métodos foram alterados, uma descrição da natureza e dos efeitos dessa mudança; b. Comentários explicativos sobre operações intermediárias sazonais ou cíclicas; c. Emissões, recompras e reembolsos de títulos de dívida e de títulos patrimoniais; d. Se as demonstrações contábeis intermediárias da entidade estão de acordo com este Pronunciamento, tal fato deve ser evidenciado; Os relatórios intermediários são apresentados com a frequência trimestral, semestral ou anual; não podendo influenciar a mensuração dos resultados anuais, a menos quando a entidade estiver em situação de imparment de googwill nesse caso a mensurações são feitas em bases anualizadas. Para reconhecer, classificar ou evidenciar um item ao relatório intermediário devese considerar a materialidade com relação a informação do período a ser apresentado, não as informações anuais projetadas. 3. DEMONSTRAÇÕES SEPARADAS Demonstrações separadas conforme o comitê de pronunciamentos contábeisCPC 35 são relatório apresentados por uma sociedade controladora ou um investidor que exerça controle conjunto ou influência significativa sobre a investida por meio das quais os investimentos são contabilizados ao custo histórico ou de acordo com o pronunciamento técnico CPC 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração. Não se confundem com as demonstrações contábeis individuais. ” 3.1 Apresentação e elaboração da demonstração separada Demonstrações separadas são apresentadas de forma adicional às demonstrações consolidadas ou adicionalmente às demonstrações individuais. Entretanto não necessitam ser anexada ou acompanharem, as demonstrações consolidadas ou individuais. De acordo com o comitê de pronunciamento contábil 35: “Demonstrações consolidadas são demonstrações contábeis de um grupo por meio das quais os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxo de caixa da sociedade controladora e de suas controladas são apresentados como de uma única entidade econômica”. Qualquer entidade que seja controladora deverá apresentar demonstrações consolidadas, ficando dispensada somente nos casos: • sendo uma subsidiária integral ou parcial de outra entidade e seus acionistas não têm objeção a não apresentação de demonstrações consolidadas; • se os instrumentos de dívida ou de capital não forem negociáveis em um mercado público; • não esteja registrada nem em processo de registro em uma comissão de valores mobiliários; • publicação demonstrações contábeis consolidadas de acordo com pronunciamentos técnicos do comitê de pronunciamentos contábeis e as IFRS ( International Financial Reporting Standards) . Ao elaborar a demonstração separa, a organização deve contabilizar os investimentos em controladas, coligadas e empreendimentos administrados em conjunto, com base no custo histórico sendo o preço associado, pago pela empresa na aquisição de propriedades e ativos; ou em consonância com o CPC 38 que trata dos instrumentos financeiro. A entidade deve observar atentamente a aplicação de todos os pronunciamentos, enfoques e instruções do comitê de pronunciamento contábil, deve ser levado em consideração que o CPC 35 não obriga a apresentação da demonstração separada, conforme estudado, as demonstrações separadas substituem a demonstração consolidada, assim sendo a publicação desta é desnecessário. Um exemplo é quando as participações societárias de uma investidora têm muito mais a característica de um portfólio de investimentos e, não, a de um conjunto de entidades juridicamente separadas, mas pertencentes a um mesmo grupo econômico que as faz atuar como um todo. 4. DEMONSTRAÇÕES COMBINADAS As demonstrações combinadas representam o conjunto de determinadas entidades e não uma entidade controladora e suas controladas há sempre a necessidade da identificação de a quem pertencem as referidas entidades. Sempre que houver combinação de negócios exigindo que os ativos adquiridos e os passivos assumidos constituam um negócio deve ser feita a demonstração combinada. O principal objetivo é apresentar as informações como se todas as entidades sob controle comum fossem apenas em uma única entidade. 4.1 Apresentação e elaboração das demonstrações combinadas As demonstrações combinadas mostram a soma das demonstrações individuais, visto que não tem saldos e transações entre as entidades combinadas e ajustes decorrentes de eventuais resultados ainda não realizados entre essas entidades, bem como alinhamento de práticas contábeis. As demonstrações combinadas devem conter todas as demonstrações contábeis exigidas pela legislação: a) Balanço patrimonial; b) Demonstração do resultado; c) Demonstração do resultado abrangente; d) Demonstração das mutações do patrimônio líquido; e) Demonstração dos fluxos de caixa; f) Demonstração do valor adicionado (este último quando aplicável), acompanhadas de notas explicativas. As demonstrações combinadas são aplicadas normalmente em entidades consideradas na forma de holding ou entidade operacional que possua participação nas demais. Segundo o CPC 44, exemplos de quando apresentar as demonstrações combinadas em holding: (a) um grupo de entidades sob controle comum que ainda não tenha passado por processo de reestruturação societária, como é o caso da criação de uma holding pertencente, por exemplo, a uma pessoa física ou conjunto de pessoas físicas, referidas demonstrações combinadas devem ser referidas como “Entidades do Grupo Econômico XXX”, definindo essa identificação; (b) um grupo de entidades após processo de reestruturação societária, em que já tenha sido constituída uma holding, ou uma das entidades tenha passado a deter o controle societário de uma ou várias entidades, mas ainda reste outra ou restem outras entidades sob controle comum, referidas demonstrações.REFERÊNCIA WEBGRÁFICA DRE http://www.contabeis.com.br/artigos/801/conceitoobjetivoseestruturadadre/ DRA‐ hĥp://www.portaldecontabilidade.com.br/temaĕcas/demonstracaoresultadoabrangente.html CPC 44 ‐ hĥp://staĕc.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/437_CPC_44_final_06052013.pdf Demonstrações combinadas http://www.rochacontabil.cnt.br/site/post.php?site_id=1&conteudo_id=64
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