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Execucao de Titulo Judicial e Extrajudicial - Estácio - Ana Paula

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EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL
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1. Considerações iniciais
A execução possui caráter jurisdicional, pois nela o Estado exerce função substitutiva daquele que deveria cumprir a obrigação (devedor), e assim busca combater a crise de inadimplemento. Portanto é necessário invocar o Estado, pois o particular não pode invadir a esfera patrimonial do executado com suas próprias forças, uma vez que o Estado-juiz possui o monopólio da função executiva. Ou seja, o particular não pode fazer valer seu direito pelo exercício arbitrário das próprias razões.
Portanto o Estado, no exercício jurisdicional da sua atividade executiva, invade a esfera patrimonial do devedor, visando a obtenção de um resultado útil mais próximo possível do que resultaria o adimplemento espontâneo por parte do executado. E a competência, em matéria de execução, é disciplinada no NCPC nos art. 516 (para cumprimento de sentença), e 781 (para processo de execução autônomo de título executivo extrajudicial).
 
2. Competência para cumprimento de sentença (NCPC, art. 516)
Em princípio o juízo competente para cumprimento de sentença é onde ele se formou (competência absoluta). Trata-se de competência funcional, pois em tese o juízo mais aparelhado para a execução é aquele em que a sentença foi proferida. Ocorre que no Novo CPC existem 3 (três) foros concorrentes:
 
	a) o local onde foi proferida a sentença;
b) onde se encontram os bens sujeitos à expropriação; ou
c) o atual domicílio do executado.
 
Ou seja, a competência continua absoluta, mas existem três opções ao exequente. Sobre os procedimentos para que a execução se processe em outro domicílio, ou seja, “caso o credor opte por requerer a execução em outro juízo que não aquele onde foi proferida a sentença, os autos do processo deverão ser solicitados ao juízo de origem. O requerimento não será apresentado no juízo de origem, mas naquele no qual se deseja que a execução se processe. O juiz receberá o requerimento de execução, desacompanhado dos autos do processo, que estão no juízo de origem. Verificando que estão presentes os requisitos para que a execução se processo, seja porque os bens do devedor estão ali situados, seja porque é o devedor que está atualmente ali domiciliado, será solicitada a remessa dos autos. Para tanto, é preciso que o juiz conclua que é competente (...). Solicitada a remessa, a execução correrá nos próprios autos (...), sem constituir novo processo. Ao final, os autos serão arquivados no juízo onde correu a execução, e não restituídos ao de origem. O objetivo da lei ao criar os foros concorrentes foi facilitar o processamento da execução, permitindo que ela se processe onde seja mais fácil localizar a pessoa do devedor, ou seus bens, evitando, com isso, a multiplicidade de cartas precatórias”.
 
2.1. Competência executiva originária dos tribunais (NCPC, art. 516, I)
Em todas as decisões proferidas pelos tribunais em causas de sua competência originária (Exemplos: ação rescisória, mandado de segurança e ações em que todos os membros da magistratura sejam interessados), e que exijam fase procedimental executiva, tanto nas decisões condenatórias de pagar quantia certa, quanto nas obrigações de fazer, não fazer e entrega de coisa.
Exceção à regra de que é o próprio tribunal que executa suas decisões em ações de sua competência originária fica por conta da competência para execução de decisão proferida em homologação de sentença estrangeira de competência originária do STJ, cuja execução é feita por juiz federal de primeiro grau, por determinação constitucional (CF, art. 109, X e art. 12 da Resolução nº 9/2005-STJ).
Destaca-se que os tribunais não se encontram em regra preparados para atos materiais de constrição a serem praticados na busca da satisfação do direito do exeqüente. E neste caso é possível a delegação da competência, ou delegação de atribuições do tribunal para o juízo de primeiro grau para que sejam praticados os atos materiais necessários ao bom desenvolvimento da execução.
Tal delegação deve ser restrita a atos materiais de execução, os que dão andamento ao procedimento, e não aos atos decisórios referentes ao mérito executivo, para que não ocorra usurpação indevida da competência originária e para evitar que a decisão proferida no juízo inferior altere o conteúdo do título executivo formado pelo respectivo tribunal.
2.2. Competência do juízo que processou a causa no primeiro grau de jurisdição (NCPC, art. 516, II)
Trata-se da regra geral para títulos judiciais que estabelece ser competente para a execução o juízo que tenha sido competente no processo de conhecimento para a produção da sentença exequenda.
Sabe-se que é mais lógico e eficiente permitir que a execução seja proposta no local onde se encontram os bens que servirão de garantia ao pagamento do crédito exeqüendo, no local onde se encontra a coisa objeto de execução ou no local onde a obrigação deve ser cumprida.
Sensível a essa realidade o parágrafo único do art. 516 do NCPC determina que o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem. Segundo esse dispositivo, caso o credor queira optar por outro juízo que não o atual no qual foi formado o título executivo, deverá requerer de forma “fundamentada” a remessa dos autos ao novo juízo.
Deverá requerer a quem? Ao novo juízo (onde estão os bens por exemplo), ou ao juízo que formou o título (o que proferiu a sentença exequenda)? Ao juízo em que se formou o título, que será o responsável pelo envio dos autos ao novo juízo.
Trata-se de uma exceção ao princípio da perpetuação da jurisdição contido no NCPC, art. 43, uma vez que o NCPC art. 516 prevê um foro concorrente para a execução de sentença condenatória, tendo ocorrido por exemplo mudança de endereço do demandado (modificação do estado de fato). A propósito, admite-se mudança da competência territorial por mero ato de vontade da parte autora, independentemente de qualquer modificação de fato ou de direito superveniente.
 
2.3. Competência para execução de sentença penal condenatória, sentença arbitral e sentença estrangeira (NCPC, art. 516, III).
Quando o referido dispositivo faz menção a juízo cível competente, em verdade não esclarece nada. Teria sido melhor a redação que revelasse a corrente doutrinária dominante no sentido de que será competente o juízo cível que seria o competente para conhecer o processo de conhecimento se não existisse título executivo. Analisa-se então as três hipóteses previstas no NCPC art. 516, , III.
 
2.3.1. Sentença penal condenatória transitada em julgado
Em relação à sentença penal condenatória, “o que se executa é a obrigação civil (de indenizar), decorrente do efeito extrapenal anexo das sentenças penais condenatórias. A sentença penal, nesse caso, é liquidada e posteriormente executada. A competência para a liquidação obedece às normas do processo de conhecimento. Por exemplo: tratando-se de reparação de dano decorrente de ato ilícito, a competência é do lugar do ato ou do fato, conforme art. 100, V, ‘a’ e parágrafo único. E é nesse foro que, depois da liquidação, processar-se-á o cumprimento”.
Deve-se imaginar qual seria o juízo competente no caso de necessidade de processo de conhecimento para a formação do título, sendo esse juízo o competente para executar o título constituído na esfera penal. Aplica-se a mesma regra para liquidação da respectiva sentença.
 
2.3.2. Sentença arbitral
O próprio compromisso arbitral ou a cláusula compromissória devem prever tal foro. Em caso de omissão do contrato, aplica-se a regra para títulos extrajudiciais consistente em investigar qual o juízo competente para conhecer do processo de conhecimento se inexistissearbitragem.
Salienta-se que o arbitro ou o Tribunal arbitral não possuem poderes executórios, e por conta disso a sentença arbitral deve ser executada pelo Poder Judiciário, pois “... o uso da força física pelos órgãos privados desfiguraria, por completo, o instituto da arbitragem, visto que o árbitro, ad hoc ou integrante de um Tribunal Arbitral, além de julgar, passaria a ter a preocupação de organizar aparatos de força, ao passo que o Estado é o que melhor e mais adequadamente administra tais serviços, sob o comando do Poder Judiciário. Aliás, o poder de força, distintamente do poder jurisdicional, é o que constitui o monopólio do Estado em nosso sistema (art. 345 do CP)”.
 
2.3.3. Sentença estrangeira
Tal decisão deve ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça para que tenha eficácia no Brasil, mas o STJ não tem competência para executá-la (CF, art. 109, X), sendo esta competência da justiça federal de primeiro grau. E conforme a regra estabelecida pelo NCPC, 965, o cumprimento de decisão estrangeira far-se-á perante o juízo federal competente, a requerimento da parte, conforme as normas estabelecidas para o cumprimento de decisão nacional. O pedido de execução deverá ser instruído com cópia autenticada da decisão homologatória ou do exequatur, conforme o caso.
Ou seja, o cumprimento de sentença processar-se-á na justiça federal no foro da Seção Judiciária do domicílio do réu. Na justiça federal competente o executado será citado para o cumprimento da sentença homologada pelo STJ, ou se for o caso, para liquidação.
3.0 Competência Ação de Execução de Título Extrajudicial
O juízo competente para o ajuizamento da ação de execução no Novo CPC vem previsto no Livro II, Título I, capítulo III, nos seus artigos 781 e 782.
O artigo 781 dispõe que a execução de título extrajudicial será processada perante o juízo competente, observando-se as seguintes regras:
I – a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos;
II – tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer deles;
III – sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente;
IV – havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente;
V – a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o executado.
Por sua vez, o artigo 782 do Novo CPC prevê que após recebida a execução, caso a lei não disponha de modo diverso, o juiz determinará os atos executivos, e o oficial de justiça os cumprirá.
O § 1o do artigo 782 do Novo CPC alerta que o oficial de justiça poderá cumprir os atos executivos determinados pelo juiz também nas comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na mesma região metropolitana, sem a necessidade de expedição uma carta precatória.
O § 2o do mesmo artigo 782 do Novo CPC autoriza ao juiz requisitar o emprego de força policial, sempre que for necessário, para efetivar a execução.
Já o §3º, ainda do artigo 782 do Novo CPC, permite a inclusão do nome do executado nos cadastros de inadimplentes, sempre que for requerido pelo exequente. E o § 4o determna que a inscrição seja cancelada imediatamente após efetuado o pagamento, quando for garantida a execução ou se a execução for extinta por qualquer outro motivo.
Por fim, prevê o § 5o do artigo 782 do Novo CPC que o disposto nos §§ 3o e 4o, acima comentados, será aplicado à execução definitiva de título judicial.

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