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DA PENHORA

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DA PENHORA
PONTOS IMPORTANTES:
O primeiro ponto importante a respeito da penhora é, obviamente, o que pode ser penhorado e o que não pode ser penhorado.
	Os bens impenhoráveis estão expressos no art.. 833 do NCPC, e que resumidamente, são bens geralmente únicos, e que pode deixar o executado sem o amparo do princípio da dignidade humana, se a caso viesse a penhorar tal bem. Um exemplo clássico é o bem imóvel para moradia, que é impenhorável, justamente por isso, para não retirar a honra e a dignidade do executado.
	Já os bens penhoráveis seguem uma ordem expressa, que está prevista no art. 835 do NCPC, que tal ordem é dinheiro, títulos da dívida pública com cotação em mercado, títulos mobiliários, veículos terrestres, bens imóveis, e etc.
	Já um segundo ponto importante a respeito do tema é a penhora online, prevista no art. 854 NCPC.
 Como é certo, o dinheiro em espécie é o primeiro na ordem, pois caso venha a ser penhorado algum bem da parte executada, será para ser transformado em pecúnia, para o posterior pagamento da dívida, ou seja, o dinheiro em espécie é o sonho de qualquer advogado autor, através do bloqueio via Bacen Jud, que nada mais é que penhora de valores online, diretamente das instituições financeiras, caso o executado não venha a quitar a dívida voluntariamente.
Pode ser pesquisada aplicações financeiras ainda, com ofícios emitidos às cooperativa de crédito, visto que as mesmas não englobam o sistema de instituições financeiras alcançadas pelo Bacen Jud.
Efetivado o bloqueio, o executado será intimado a respeito da penhora, ou citado e intimado, caso haja sido bloqueado através de arresto. O executado terá 5 dias para contestar a penhora, indicando ser impenhorável.
Se o executado não manifestar-se a respeito do bloqueio, o juiz expedirá alvará judicial do valor que estava depositado em conta vinculada ao juízo à parte autora, a requerimento, para posterior pagamento da dívida, integral ou parcial. Caso seja parcial, prosseguirá a execução.
O terceiro ponto fundamental sobre a penhora, é a penhora de créditos em favor de terceiros, prevista no art. 855 do NCPC.
Se recaída a penhora em crédito do executado, será intimado ao terceiro envolvido, para que não pague ao executado, seu credor, e sim deposite quantia ou porcentagem determinada pelo juiz em conta vinculada ao processo.
	Um quarto ponto relevante quanto à penhora, é em caso de estar sendo executada uma empresa, prevista no art. 866 do NCPC.
Caso a empresa esteja ativa e com faturamento, o juiz poderá determinar penhora em favor do faturamento da empresa, fixando um percentual a ser depositado em juízo todo mês, e apresentado um balancete, através de um administrador-depositário nomeado pelo juiz. 
Ainda, com o avanço tecnológico, muitas pessoas se utilizam de cartões de créditos para efetuarem seus pagamentos.
 Nessa esteira, surgiu a penhora sobre cartões de créditos, também caso o executado for empresa, onde a empresa executada que obtém créditos em favor das operadoras de cartão de crédito, é intimada a depositar em juízo um percentual, definido pelo juiz, mensalmente, até a garantia integral do débito.
Porém, para impedir da empresa omitir informações e não repassar tal valor, pode ser oficiado diretamente às operadoras de cartões de créditos, para que as mesmas efetuem tal depósito mensalmente, no valor do percentual definido pelo juiz, até a garantia integral do débito.
Por fim, o último ponto importante é quando a penhora recai sobre bem imóvel, prevista nos arts. 867, 868 e 869 do NCPC.
Caso seja encontrado bem imóvel em nome do executado, e não houver outro meio de obter o valor devido, este mesmo imóvel será registrado junto ao ofício de registro de imóveis, como penhorado, ação esta preparada pelo próprio exequente.
Se o imóvel não estiver penhorado em outras ações, posteriormente será levado a leilão, para venda e consequente pagamento da dívida ao exequente.
Portanto, esses são os cinco pontos mais importantes referentes à penhora, na minha visão.

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