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Crédito Tributário: O que é e como funciona

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UNIARP – Universidade Alto Vale do Rio do Peixe
Acadêmicos: Gustavo e Jaqueline
Professor: Leandro Chiarello
Curso de Direito – 8ª fase 
Trabalho de Direito TributárioII
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
	Denomina-se crédito tributário o direito do sujeito ativo de uma obrigação tributária de exigir o objeto prestacional, normalmente uma importância em dinheiro. Ocorrido o fato gerador, instaura-se uma relação jurídica entre o Fiscoe o contribuinte, assim surge a obrigação tributária e desta obrigação nasce o crédito, onde o contribuinte deve recolher determinada importância aos cofres públicos.
	Para constituir esse crédito, é necessário o lançamento fiscal, para que o sujeito passivo precise o valor exato da obrigação, e para que o sujeito ativo possa cobrá-lo. O crédito tributário nasce de uma obrigação e dela é consequência, através da constituição do crédito a obrigação se torna líquida e exigível na data, prazo e condições previstas em lei.
	A obrigação tributária principal surge com a ocorrência do fato gerador. Neste exato momento nasce o dever de o sujeito passivo pagar o tributo ou a penalidade pecuniária, bem como o direito de crédito do sujeito ativo. Dessa forma,cumprimento da obrigação pelo sujeito passivo deve ser realizada após a ocorrência do fato gerador, independentemente de qualquer manifestação do sujeito ativo.
	Segundo o artigo 139, o crédito tributário tem a mesma natureza da obrigação principal, que lhe deu origem, ou seja, a obrigação tributária é uma relação jurídica obrigacional de direito público de natureza pessoal, classificando-se, pelo menos a obrigação principal, em uma obrigação de dar. Essa é também a natureza do crédito tributário, segundo a doutrina majoritária.
	Se o sujeito passivo tinha todos os meios para cumprir a obrigação e a lei o obrigava a cumpri-la após o fato gerador, independentemente de qualquer manifestação do credor e ele assim não procedeu, ou se ele não tinha os meios para cumprira obrigação sozinho, o sujeito ativo tem que agir verificando a ocorrência do fato gerados, a matéria tributável, o montante do tributo, quem é o devedor e notificando-o para que cumpra a obrigação. Essa atividade do sujeito ativo é o que chamamos de lançamento e tem por finalidade tornar a obrigação líquida e certa, constituindo o crédito tributário.
	Após o lançamento do tributo, o contribuinte tem a possibilidade de extinguir o crédito, suspendê-lo ou, caso não cumpra a obrigação, o crédito será inscritoem dívida ativa.
	Uma vez lançado o tributo, o contribuinte poderá praticar alguns atos, que acarretarão a suspensão da exigibilidade do crédito e, consequentemente, do débito. Suspensa a exigibilidade, o Fisco não pode cobrar o tributo, e nem mesmo ajuizar uma execução fiscal, que terá seu prazo prescricional suspenso.
	Carvalho dispõe quea suspensão é da exigibilidadedo crédito e não do próprio crédito, sendo que a exigibilidade é “o direito que o credor tem de postular, efetivamente, o objeto da obrigação, e isso tão só ocorre, como é óbvio, depois de tomadas as providências necessárias àconstituiçãoda dívida, com a lavratura do ato de lançamento. No período que antecede tal expediente, ainda não se tem o surgimento da obrigação tributária, inexistindo, consequentemente, crédito tributário, o qual nasce com o ato do lançamento tributário.”1CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 22ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
	O artigo 151 do CTN nos traz as hipóteses de suspensão da exigibilidadedo crédito tributário:
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I - Moratória;
II - O depósito do seu montante integral;
III - As reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
IV - Aconcessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – A concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;
VI – O parcelamento.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes.
	Segundo Regina Helena Costa, não pode haver a cobrança enquanto perdurar a suspensão da exigibilidade, e parece inadequado falar do lançamento só para evitar adecadência do direito de lançar. A decadência é consequência da inercia do titular do direito, que não pode ser a Fazenda Pública, uma vez que está impedida de cobrar seu crédito devido a suspensão dessa exigibilidade.
	Cabe aqui salientar que com a suspensão da exigibilidade do crédito é possível que o sujeito passivo obtenha a certidão positiva de crédito com os mesmos efeitos da negativa, conforme o artigo 206 do CTN, com a qual é capaz de utilizá-la para os fins que necessitar, como habilitar-se em licitações.
	Seguindo este passo, as hipóteses que excluem o crédito tributário são a isenção e a anistia, assim como prevê o art. 175 do CTN.
	A isenção(art. 176-179 CTN)consiste em uma norma infraconstitucional que exclui o crédito tributário, impedindo a incidência da norma de tributação. Para tanto, deverá ocorrer antes da prática do fato gerador.
Isto é: antes da ocorrência do fato deve haver disposição legal excluindo o crédito tributário que decorreria daquele fato. Por isso se diz que a lei exclui da tributação hipótese que constitucionalmente poderia ser tributada.
	Já a anistia(art. 180-182 CTN)é a hipótese de exclusão do crédito tributário, na qual o crédito já foi constituído e houve o inadimplemento por parte do contribuinte, cuja consequência é a imputação de multa. Nesse panorama, a anistia consiste, exatamente, na feitura de lei posterior com a finalidade de perdoar a multa.
Desta feita, resta a crítica doutrinária que entende por errado a colocação da anistia como hipótese de exclusão do crédito tributário, tendo-se em vista que o crédito permanece, a exclusão é tão-somente da multa.
Todavia, cumpre ressaltar que fica impossibilitada a concessão de anistia quando i. O ato praticado for qualificado como crime contra a ordem tributária, ou ii. As infrações forem resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas, salvo disposição legal contrária.
	Portanto, diante do exposto, denota-se que o crédito tributário, muitas vezes pode ser suspenso ou extinto, após o lançamento deste, seja pelas hipóteses de suspensão ou de exclusão mencionadas acima.
	O que é extreme de dúvida é de que se o contribuinte tem o dever de pagar o tributo, que este o faça, não deixando para ser inscrito em dívida ativa, e consequentemente, contribuir a abarrotar o judiciário.
REFERÊNCIAS
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/26413164/credito-tributario
http://www.aprendatributario.com.br/?p=76
http://www.berbel.pro.br/credito%20tributario.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5172Compilado.htm
https://ericaavallone.jusbrasil.com.br/artigos/267771698/suspensao-da-exigibilidade-do-credito-tributario-conceito-e-modalidades
https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/389641104/a-exclusao-do-credito-tributario-isencao-e-anistia

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