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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNCIONAL UNINTER
RESUMO
Esse trabalho tem como objetivo analisar a relação da escola com a comunidade, compreendendo a complexidade da realidade social, podendo identificar a comunidade com interação na escola e esta adotando um método que possa incluir os pais e seus filhos, assim ambos as partes estarão desenvolvendo pequenas ações positivas. Para ter uma comunicação mais ampla entre pais, professores, alunos e membros do conselho escolar onde todos devem e podem participar, assim uma relação mais ampla desenvolvendo um resultado positivo nesse sentido, é interessante realizar ações que possam influenciar a família no processo de aprendizagem e articular o processo de interação com a escola. Sabendo-se que a educação é um processo contínuo que se desenvolve no ambiente familiar e social, é importante desenvolver ações que envolvam o contexto familiar e a relação com o contexto escolar, o envolvimento que se pretende fazer é de defender a ideia de integrar escola, família e comunidade para a garantia de um efetivo ensino de qualidade, com base na formação de valores, cidadania e qualidade de vida.
Palavras-chave: Comunidade, Escola, Inclusão e Participação.
INTRODUÇÂO
Este trabalho tem como marco introdutório a relação entre escola e comunidade, intensificado a importância de melhorar a qualidade do ensino com a finalidade de apresentar neste trabalhoestratégias de coordenação pedagógicas, na capitação de espaços escolar na comunidade local na criação de recursos para mobilização de pessoas e setores da sociedade, revelando as possibilidades de participação democrática.A escola tem o papel de ensinar juntamente com a comunidade e formar para a cidadania e instruir o indivíduo sobre seus direitos e deveres como parte integrante da sociedade favorecendo a participação dos alunos em relações sociais.
A instituição educacional deve exercer uma função educativa junto aos pais, e assim se da numa discussão que primem por informar, aconselhar e encaminhar os mais diversos assuntos. As famílias constituem estruturas sociais com um impacto determinante no processo de socialização das crianças e dos jovens. Nesse sentido, é importante que a organização e gestão da escola permitam o envolvimento da família e dos alunos, em particular do pai e da mãe, como co-educadores.
A família e a escola formam uma equipe. É fundamental que ambas sigam os mesmos princípios e critérios, bem como a mesma direção em relação aos objetivos que desejam atingir. E aparceria da família com a escola sempre será fundamental para o sucesso da educação de todo indivíduo, á medida que a direção promove encontros e atividades, culturais, esportivos e de solidariedade começam a encontrar a inclusão social.
A gestão democrática tem como objetivo especifica,compreender a constituição das propostas de educação e a formação da instituição escolar,refletir sobre como as relações entre os agentes educativos de dentro e fora dos espaços escolares promovem as várias interfaces que definem rumos para a organização das reuniões e aprendizagens,perceber a importância da investigação na escola para dinamizar as relações da escola com a comunidade,compreender a escola como parte de um contexto social mais amplo.
E a escola tem que explicar aos pais sobre o modo de funcionamento da escola, o regulamento Interno; os espaços; os recursos materiais e humanos; os projetos; os objetivos; os métodos de trabalho e ensino e o que a escola pretende das aprendizagens, incentivando a participação da família nestas dinâmicas, alguns pais apresentam uma postura contrária à escola, não estimulando a escolarização dos seus filhos. Outros, expectativa de satisfazerem seus desejos de estudar não alcançados e de superar a condição social em que vivem, transmitem conselhos, valores e costumes familiares em relação aos estudos.
A família não tem o papel apenas de levar ou matricular o filho na escola, mas participar da sua vida escolar. A escola passa por transformações e uma dessas é aparticipação, e nesse sentido de participação que a escola trás a família para dentro do seu contexto e das responsabilidades para com a educação do seu filho, baseado nos valores éticos, sociais e humanos prioritários para aprimoramento pessoal e institucional como bem comum.
2.0 RELAÇÕES ESCOLA COMUNIDADE
2.1 FUNDAMENTAÇÂO TEÓRICA
FORMAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR
Partindo de um pressuposto histórico é possível estabelecer algumas informações de que a escola e comunidade da época antes da revolução industrial era de caráter catequista direcionado a escola e família, ou seja, as regras eram ditadas por pais e a escola. Quanto à avaliação e situação escolar não eram consultados, os pais a escola tinha autonomia para isto. Cabe ressaltar ainda que nesta época antes da Revolução Industrial a escola era para poucos.
A partir do momento que se constituiu a escola nova, a industrialização começou a ter seu espaço, no entanto para isto se concretizar era necessário a formação de mão-de-obra, neste período a escola começou a alfabetizar os pais.
Diante disso começou a se ter uma preocupação quanto à relação escola e família. Faria Filho (2000, p. 45)
Há uma clara consciência da importância da família na educação, que aparece das mais diversas formas e no interior de textos que tratam de assuntos variados. Há, no entanto, uma constante: a relação entre escola e família é, sempre, relacionada às mudanças sociais em curso, à vida na cidade e à necessidade do concurso de ambas para a formação do cidadão-trabalhador, higiênico e ordeiro.
A importância da relação escola e de certa maneira a comunidade, porque de fato os pais fazem parte de uma comunidade, já era importante, porém neste período também houve alguns métodos a serem ressaltados como a prática de ler e escrever não só apenas esta tarefa era do professor, mas como também a escola passou para os alunos quanto aos valores, respeito, disciplina, sendo que a família ajudaria nas lições de casa.
Na década de 80 a escola e a comunidade é normatizada a um novo modelo, neste modo o processo de ensino aprendizagem era voltado para alfabetização e de letramento. Verificamos que este aspecto histórico pode favorecer para entendermos melhor sobre como surgiu esta inter-relação entre escola e comunidade.
Quando citamos família, temos ligado a esta a comunidade e contextualizada de forma social, perante a estes acontecimentos históricos percebemos a importância de fatores conflituosos e finalidades socioeducativas, que fizeram com que houvesse relações entre os grupos sociais. De acordo com Vieira (2000, p.49).
Passar de uma concepção de administração do cotidiano das relações de ensino-aprendizagem para a noção de um todo mais amplo, multifacetado, relacionado não apenas a uma comunidade interna, constituída por professores, alunos e funcionário, mas que se articula com as famílias e a comunidade externa.
 Este argumento nos faz perceber que isto pode ser adotado com a nomenclatura democratização, em que todos são integrantes participativos para a construção do processo educativos, visando qualidade de ensino para todos em prol de estabelecer relação e opiniões de todos pertencentes a comunidade dentro e fora da escola.
Para que haja sucesso no processo ensino aprendizagem, é necessária a parceria efetiva de pais e escola, o acompanhamento é fundamental para a qualidade de ensino, na participação de reuniões, eventos entre outras situações e atividades realizadas pela escola, esta interação faz com que se compreendam as dificuldades e avanços do aluno. De acordo com Antunes e Souza (1998, p.59).
O interesse dos pais, manifestado no comparecimento às chamadas para as reuniões, no acompanhamento dos trabalhos no dia da avaliação, na elaboração de relatórios finais, nas discussões em torno da qualidade de ensino da escola frequentada por seus filhos, representa sua preocupação por um ensino de melhor qualidade.
A escola e a comunidade trabalham juntas em prol de uma democracia em que objetivoseja incluir a todos. Podemos citar um exemplo o quanto a democracia na escola se faz necessário.Quanto ao conselho de classe, este presente na escola, uma formalidade executada por órgãos diretamente envolvidos na gestão escolar, o objetivo deste procedimento é acompanhar e avaliar o processo de ensino aprendizagem.
Para Dalben, o conselho de classe é uma “Instancia formalmente instituída na escola, ou órgão colegiado, responsável pelo processo coletivo da avaliação da aprendizagem do aluno”. O conselho de classe é composto por todos que fazem parte da escola como professores, coordenadores, orientadores, pedagogos enfim equipe escolar. 
RELAÇÕES ORGANIZACIONAIS ENTRE COMUNIDADE E ESCOLA
	Podemos começar ressaltando a importância de órgãos que se reúnem em busca da melhoria do ensino e envolva a comunidade e alunos, este conhecido como “Grêmio Estudantil” . De acordo com a Lei Feferal nº 7.398 de 04 de novembro de 1985, Cortelazzo e Romanowski (2008, p. 62)aponta que:
Assegura aos estudantes dos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio o direito de se organizarem como entidades autônomas representativas dos interesses dos estudantes secundaristas com finalidades educacionais, culturais, cívicas esportivas e sociais. A organização, o funcionamento e as atividades do grêmio são estabelecidos nos seus estatutos, aprovados em assembleia geral do corpo discente de cada estabelecimento de ensino. Os estudantes aprovam o estatuto e elegem os dirigentes do grêmio estudantil. Cada estado brasileiro tem uma regulamentação própria para o funcionamento dos grêmios.
Conforme citado acima esta iniciativa visa benefício para vida estudantil, sendo que contribui na formação crítica dos jovens, além de buscar valores quanto o desenvolvimento cultural, econômico, educacional, pessoal, social e recreações esportivas, pois este órgão tem como aspecto propulsor atividades esportivas, jogos, grupos teatrais, música, atividades que sejam inteiramente ligadas a necessidades dos jovens. No entanto percebe uma imensa participação por parte dos alunos, bem como a interação e participação, sendo enriquecedor para o crescimento de cada um.
Ao abordar a participação e colaboração podemos destacar a Associação de Pais e Mestres, Marchesi e Martin,”referem-se à participação dos pais em relação à sua atuação no ambiente familiar e em relação aos programas que integram os pais na escola.
Conhecida como APM, organização escolar e comunidade que visa estabelecer formas concretas e parcerias entre pais e escola, busca ajudar e contribuir com a direção escolar através de projetos, contribui para a comunicação entre pais e alunos, além disso, auxilia para os recursos como materiais escolares entre outros, bem como proporciona apoio para direção no que diz respeito conservação, manutenção, equipamentos e instalações.
Segundo Anísio Teixeira, na década de 1930como diretor da Instrução Pública da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, apoia a ampliação da relação entre escola e comunidade e ajuda a criar o circulo de pais e professores (CPP), semelhante às atuais APMs.
Sabemos que não é nada fácil para uma escola se manter, depende de um sistema superior para adquirir tudo que se precisa, no entanto nem tudo é conseguido, por isso que na maioria das vezes a direção da escola pode contar com este apoio, que são estas associações que lutam a favor de qualidade, estas ajudam a fortalecer e em muitas vezes o que a escola não conseguiu, estas associações conseguem através de doações, convênios, muitas promovem eventos para adquirir um recurso que possa estar ajudando em materiais e entre outras necessidades que a escola necessita.
A educação é o bem maior que podemos oferecer para nossas crianças e adolescentes, portanto é necessário, parcerias, organizações e participação da comunidade, precisamos de pilares que sustentem esta ponte, que visa e busca o conhecimento e um futuro valioso para esta juventude.
O ser humano necessita dos processos educativos em sua vida para seu sucesso, e com isto garante sua vivência significativa no meio social, o ser humano é aquele que busca seu crescimento através de aperfeiçoamentos e assim sua permanência digna no seu espaço.
Como não observar que estes dois elementos estão relacionados, de um lado estamos com o elemento educação que prioriza os valores, ensina e forma cidadãos e de outro a comunidade que está dividida em dimensões históricas, econômicas, filosóficas, aspectos sociais, raças, culturas e tradições, todas estas dimensões e entre outras mais estão presentes em nossa sociedade contemporânea, mas esta é a relação que precisávamos para o crescimento do ser humano, saber conviver de forma que seja construtivo para ele, e que sua interação ao meio social seja significativa e venha contribuir.
A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO DINÂMICA ENTRE ESCOLA E COMUNIDADE
	Para que haja dinamismo é preciso união e força de ambas as partes para que o trabalho aconteça de maneira eficaz, para isso algumas ONGs foram criadas para fortalecer a comunidade em prol de melhorias e responsabilidades em que eram delegadas pelo poder publico.
	Um exemplo disso, temos a Unesco que coordena inúmeras ONGs que tem como finalidade contribuir com a melhoria da educação. Perante a isto como é possível estabelecer um dinamismo significativo entre estas parcerias, toda atitude de um ser humano é baseado a um conceito de cultura, que permite a ligação uns com os outros, ou seja, que nos faz se apropriar de valores, costumes, normas, experiências, conhecimentos, com base nisso, segundo Salvador et al. (1999, p. 142) 
Por meio das experiências educativas (experiências diversas, relativas a conteúdos diversos e também com diferentes graus de sistematização, com finalidades mais delimitadas ou difusas), esse individuo torna-se um membro ativo e participativo do seu grupo, à medida que vai compartilhando a cultura. Ao mesmo tempo, as aprendizagens que realiza, porque assim lhe permitem as experiências em que se vê imerso, constituem o motor por meio do qual se desenvolve em todas as suas capacidades-afetivo-relacionais, de equilíbrio pessoal, de inserção social, cognitivas e motoras, podemos afirmar que graças às aprendizagens que as diversas experiências educativas possibilitam, o individuo configura-se como uma pessoa que compartilha com as outras determinados e fundamentais aspectos, porém é única é irrepetível, porque são únicos também os contextos específicos em que vive, e a maneira que tem de se apropriar das ferramentas culturais idiossincrática.
	
Diante disso é possível perceber que há diferenças entre estes dois elementos, mas estes são para fortalecer e tornar-se construtivas neste processo de desenvolvimento, ou seja, nenhuma cresce sem a outra. Tratando-se de escolarização, o processo de ensino aprendizagem é direito de todos os indivíduos pertencentes ao grupo social, e isto faz com que o segmento de inclusão seja praticado de forma aceitável, mas não podemos deixar de relembrar que esta escolarização atual é que da direito a todos e que graças a uma comunidade que um dia reivindicou seus direitos quanto à educação. 
A escola é direito de todos, e a comunidade caminha junto com a escola, em trabalho, organização, participação e papel social. O dinamismo é possível quando se tem possíveis ideias concretas, um exemplo disso é que poderia ser adotado em todos os países para um melhor desempenho entre comunidade “pais de alunos” e escola seria “A Escola de Pais”, pois esta escola trataria em específico situações em que na maioria das vezes as famílias não conseguem trabalhar com seus filhos.
Esta iniciativa poderia trazer muitos benefícios como o aprimoramento na formação de pais, apresentar para os pais como a compreensão em certas situações, bem como, a conscientização das responsabilidades que estão encarregados de passar para seus filhos. Segundo Moreno e Cubero (1995). 
O contexto familiar é especialmente importante não só porque a criança permanece nele por longo período, mas porquepossibilita a abertura ou o fechamento para outros contextos. 
A escola de pais surgiu como uma organização no Brasil é uma sociedade civil, de origem cristã, nascida em São Paulo, em 1963, por inspiração de Madre Inês de Jesus, cônega, voluntário, gratuito e que não faz distinção alguma quanto a raça, condição social, credo politico ou religioso.
Tem por finalidade aprimorar a formação dos pais, ajudando-os a melhor exercerem suas funções educativas na família e na sociedade. Seu trabalho representa um aprendizado em ação, isto é, pretende atingir os pais enquanto educadores, para conscientizá-los de sua responsabilidade na formação de seus filhos, para que encontrem soluções alternativas para os problemas que os afligem, É afiliada à FederationInternationalpourL’EducationdesParents, com sede em paris e faz parte da Federação Latino-Americana de Escola de Pais. 
A escola de pais seria essencial para promover melhor qualidade de ensino e compreensão e divisão de responsabilidades, que promovam benefícios para ambas as partes, a comunidade, no entanto estaria sempre acompanhando todo o processo de ensino aprendizagem.
A equipe pedagógica como coordenação e direção são muito importantes nesta interação escola e comunidade, pois, é preciso haver transparência quanto às funções exercidas e o modo como às atividades da escola são reproduzidas. Partindo disso, quando a escola promove eventos, encontros, reuniões, atividades recreativas, culturais, a escola convida alunos e comunidade para participar, são exatamente nestes encontros é que começa a interação dos grupos e troca de experiências, bem como uma diversidade cultural começa ser inclusa.
Desta forma é possível estabelecer um contato maior com professores, coordenadores, pedagogos enfim a equipe da escola, a fim de haver respeito entre ambas as partes, nesta perspectiva pode haver uma troca de atitudes, semelhanças, experiências que podem ser trabalhadas juntamente entre escola e comunidade. De acordo com Piccianno (1997, p.36).
Uma vez que é óbvio que eles são parte integrante da comunidade escolar, professores e outros educadores da escola precisam construir relações com a comunidade mais próxima. Através dessas relações, professores e outros educadores desenvolvem respeito e compreensão pela comunidade próxima (alunos e pais); e, ao mesmo tempo, essa comunidade passa a respeitar e compreender a profissão de ensinar. A tarefa de supervisão mais importante do gestor é criar caminhos para isso e nutrir essas relações (PICCIANO, [1997],  p. 36).
Com base nisso podemos perceber de que é possível estabelecer relações quanto às pessoas, saber entender e compreender as opiniões nos fazem lidar com as diferenças e valorizar a diversidade cultural os contextos sociais e fazer um trabalho de maneira coletiva. De acordo com Freire (1975, p. 93)
A existência humana, porque humana, não pode ser muda, silenciosa, nem tampouco pode nutrir-se de falsas palavras, mas de palavras verdadeiras, com que os homens transformam o mundo. Existir humanamente é pronunciar o mundo, é modificá-lo. O mundo pronunciado, por sua vez, se volta problematizado aos sujeitos pronunciantes, a exigir deles novo pronunciar (FREIRE, 1975, p. 93).
Não podemos concluir que há identidades iguais, pelo contrário, diferenças são encontradas em qualquer lugar ou espaço que esteja ocupado por sujeitos, diferentes etnias e costumes, de acordo com estas diferenças é que o indivíduo irá evoluir no seu espaço apresentandoo seu conhecimento e contexto no qual esta inserido, refletindo em seu processo escolar, pessoal e profissional o que vivencia no seu cotidiano.
Cada sociedade, através de sua história, constrói seus costumes, sua forma de viver, ou seja, sua cultura, que dá identidade a uma sociedade local consciente das semelhanças culturais existentes entre os seus membros. Quando a sociedade perde esta consciência cultural, perde também sua identidade cultural. (SILVA, 2003, p. 37)
Desta maneira é imprescindível que haja atenção, reconhecimento para todos independentemente da onde vive ou grupo que pertence, classe social, etc. Toda produção humana se constrói a partir de seus costumes e cultura partindo das relações do ser humano com a natureza, com o outro e consigo mesmo. 
Não pode ser resumida apenas a manifestações artísticas, devendo ser compreendida como os modos de vida de trabalho, meio social, pessoal, familiar, profissional, religiões, festas etc. São elementos culturais presentes os quais caracterizam os diferentes sujeitos no mundo. Esses conteúdos culturais devem estar presentes nas práticas pedagógicas, pois são eles que fazem a escola ter um sentido na formação dos alunos. 
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs 1998: p. 32) para que aconteça a interação entre a escola e a comunidade, é preciso buscar formas para que a escola esteja mais presente no dia-a-dia da comunidade e também o inverso, isto é, a escola (...). De maneira com que a escola e a comunidade possam estabelecer atividades voltadas na inserção bem como melhorias e qualidade de ensino. 
	No entanto cabe ressaltar que com o mundo que vivemos hoje, e todas estas transformações e mudanças a escola acaba sofrendo alguma influências desta comunidade contemporânea, principalmente no que diz respeito aos avanços tecnológicos, violência, preconceitos, racismos entre outros, que estão sendo assuntos discutidos atualmente e que fazem parte da comunidade.
	Mas como há possibilidade de dinamizar e trabalhar com a relação escola e comunidade, percebe-se que estas situações citadas podem ser vivenciadas e trabalhadas de maneira conjunta entre comunidade família e escola, onde possa desenvolver atribuições de forma positiva, garantindo valores, construção do conhecimento e cidadania.
Com isso é preciso que a comunidade tenha ciência do seu papel na educação, bem como saber que o dever da escola trata-se de processos educativos, mas estará sempre aberta para novas ideias e desafios e se colocando a disposição da comunidade em prol de um trabalho coletivo. A comunidade tem seu papel importante que é estabelecer esta relação com a escola contribuindo para o crescimento destes jovens, pois esta que trará novos desafios, experiências, contextos sociais, diversidades culturais, bem como o auxilio que a educação precisa, a união, a força.
E quando tratamos de comunidade estamos falando de famílias, estas tem seu espaço garantido na escola fazendo seu papel de participação, acompanhamento do seu filho, que esta em busca de um futuro melhor, ou seja, a escola pode envolver e a comunidade pode se disponibilizar em participar nas ações escolares tanto pedagógicas quanto administrativas.
Se, todavia, concebemos a comunidade – para cujos interesses a educação escolar deve voltar-se – como real substrato de um processo de democratização das relações na escola, parece-me absurda a proposição de uma gestão democrática que não suponha a comunidade como sua parte integrante (PARO, 200, p. 15).
Percebemos que segundo Paro não haverá uma gestão democrática se não houver participação de todos e neste caso tratando-se de escola é necessário à interação e inclusão da comunidade de maneira significativa.
A ESCOLA COMO PARTE DE UM CONTEXTO SOCIAL MAIS AMPLO
A escola num contexto social mais amplo, baseado em todos os fatos citados acima podemos diretamente destacar práticas tanto a escola como a comunidade.
Quanto família a valorização deve prevalecer a escola, estudo e estimular o gosto pelo conhecimento, acompanhar sempre a vida escolar e não apenas quando o filho encontra-se em dificuldade mas sim em todos os aspectos, procurará orientar aos filhos que o estudar é importante para a sua vida. A escola passa para os alunos o ensino cientifico, conhecimentos, curiosidades é o processo de ensino aprendizagem. 
Neste momento, porém abre-se um leque para as funções de cada um,mas com um trabalho em conjunto através de direitos e deveres em que escola e comunidade fazem parte.
 Desenvolver uma nova éticasocial, onde prevaleça o valor do bem comum, do compromisso, da responsabilidade, respeito, união e trabalho.
 Valorização da educação a força entre profissionais da educação com a comunidade. Participação democrática na escola depende da democratização da sociedade, e os educadores equipe escolar devem se comprometer com o processo de transformação da realidade, alimentando um projeto comum de escola e de sociedade. Sendo assim escola e comunidade faz um trabalho construtivo que amplie	 valores, cultura e identidade.Desta forma, com Subirats, que afirma que: 
A comunidade-escola não pode ficar reduzida a uma instituição reprodutora de conhecimentos e capacidades. Deve ser entendida como um lugar em que são trabalhados modelos culturais, valores, normas e formas de conviver e de relacionar-se. É um lugar no qual convivem gerações diversas, em que encontramos continuidade de tradições e culturas, mas também é um espaço para mudança. A comunidade-escola e a comunidade local devem ser entendidas, acreditamos, como âmbitos de interdependência e de influência recíprocas, pois (...)indivíduos, grupos e redes presentes na escola também estarão presentes na comunidade local, e uma não pode ser entendida sem a outra. (SUBIRATS, 2003, p.76)
Com base nisso buscamos por uma educação transformadora que priorize a intenção de formar cidadania entre escola e comunidade. Neste mundo aprendemos uns com os outros, ou seja, este processo será de experiências e trabalho em conjunto a escola aprenderá e irá preparar cidadãos para o futuro, a comunidade auxiliará na educação uma ação sócio-educativa em rede, que possibilite às pessoas nos processos educativos.
Aprender na comunidade, com ela e para ela, significa usar a história da sua própria região, exteriorizando a cultura do silêncio. Significa aprender a engajar-se na sua própria região, tornando-se consciente da situação sociopolítica e lutando para que as sociedades fechadas sejam transformadas em sociedades abertas... é uma questão de urgência que as escolas se tornem menos fechadas, menos elitistas, menos autoritárias, menos distanciadas da população em geral. Isso é para a educação comunitária uma questão de fundamental importância. (FREIRE, 1995: 12-13).
É preciso conscientização da comunidade quanto o entendimento de que a educação não se faz somente na escola e sim em todos os espaços, prova de que é possível esta inter-relação entre escola e comunidade e que poderia ser a solução de muitas dificuldades enfrentadas seria um avanço para educação, segundo Gadotti (2005), o conceito de Cidades Educadoras, que surge na década de 90 a partir do primeiro Congresso Internacional das Cidades Educadoras, esta apresenta características de uma cidade que educa e tem como objetivo a formação da cidadania, consciência de direitos e deveres e exercício da democracia, uma vez que:
A comunidade educadora reconquista a escola no novo espaço cultural da cidade, integrando-a a esse espaço, considerando suas ruas e praças, suas árvores, seus pássaros, seus cinemas, suas bibliotecas, seus bens e serviços, seus bares e restaurantes, seus teatros e igrejas, suas empresas e lojas... enfim, toda a vida que pulsa na cidade. A escola deixa de ser um lugar abstrato para inserir-se definitivamente na vida da cidade e ganhar, com isso, nova vida. A escola se transforma num novo território de construção da cidadania. (idem)
Este fato traz claramente a ideia de comunidade e escola, esta cidade educadora que Gadotti apresenta é a própria comunidade envolvida com a escola. Poderíamos nomear como um planejamento participativo que envolve a todos para um objetivo a educação. Jaime Trilla (1993) destaca três dimensões possíveis para a relação educação-cidade: 
1) Aprender na cidade: A cidade é tida como lócus de educação, onde a trama da Cidade Educadora é composta por uma estrutura pedagógica formada por instituições especificamente educativas; instituições cidadãs não especificamente educativas; equipamentos educativos não planejados e uma gama de espaços onde se realizam ou podem se realizar encontros e vivências não planejados. 
2) Aprender da Cidade: a cidade é tida como agente informal de educação de caráter ambivalente, dada a dimensão da educação informal que não é seletiva. No entanto, isso não é um problema, já que é importante e necessário conhecer, na visão do autor, o curriculum da 14 cidade, que é formado por um conjunto contraditório daquilo que se ensina e se aprende, através dos modelos de relações sociais que a cidade molda. Todavia, a assunção da cidade enquanto Cidade Educadora deve garantir a elucidação desse curriculum implícito e transformá-lo em desejável. 
3) Aprender a Cidade: a cidade é tomada como conhecimento em si mesma, já que o conhecimento informal que gera o meio urbano é conhecimento sobre o meio. As instituições educativas e os recursos de mediação culturais se complementam. A cidade não é um objeto estático e sim um sistema dinâmico e evolutivo. Aprender a cidade é aprender a utilizá-la e a participar de sua construção.
Desta forma percebemos que este conceito de cidade educadora apontada por Gadotti e Jaime Trilla (1993) que aponta três dimensões possíveis, seria algo inovador para a relação escola e comunidade, esta parceria sustentaria processos educativos de qualidade em prol de formar para futuro.
2.2 METODOLOGIA
No desenvolvimento de inter-relação escola comunidade, o processo pode ser trabalhado da seguinte maneira, desenvolver reuniões, parcerias, eventos que envolvam a comunidade, bem como, um encontro mensalmente com as famílias dos alunos para apresentar sobre os projetos da escola, recursos e parcerias.
Neste encontro também é possível estabelecer o contato direto com os pais para que assim os professores possam interagir com a família, e informar sobre o andamento de aprendizagem de cada aluno. Com isso é possível que a comunidade possa ter o reconhecimento sobre as dificuldades e necessidades da escola, bem como, o aprendizado do seu filho.
Como metodologia deste procedimento seria possível à implantação de um “Projeto Relação Família e Escola”, este projeto se encaminharia da seguinte maneira, os dois elementos trabalham juntos, com a elaboração de um cronograma e com tempos determinados, os alunos fariam visitas a comunidade, registrariam os pontos positivos e negativos e planejariam um projeto de encontro com a comunidade, demonstrando as experiências de cada família, envolvendo cultura, costumes, tradições, entre outros aspectos significativos, estas informações seriam trazidas para escola para uma interdisciplinariedade.
Quando trazida para escola a comunidade seria convidada para esta exposição aonde poderia contar com apresentações e homenagens a cada comunidade. Outro momento do Projeto Escola e Comunidade se encaminharia na visita da Comunidade na escola em que esta, identificaria os pontos positivos e negativos, e com ajuda de um conselho e um representante também fariam um projeto em que aponte estas dificuldades enfrentadas pela escola e os benefícios que a educação traz para seus filhos.
Com isto também será realizada a exposição, este cronograma seria realizado anualmente com ambas as partes. Desta maneira haveria participação efetiva de todos e qualidade de ensino.
REFERÊNCIAS:
ANTUNES, A, L.; SOUZA, M. A. de. A escola e a comunidade escolar na avaliação da escola pública de Minas Gerais. Série Ideias, São Paulo, n.30, p.21-38,1998. 
BRASIL. Constituição 1988. Constituição da República Federativa do Brasil. São Paulo: Atlas, 1998. 180 p. 
CORTELAZZO, I.B.C.; ROMANOWSKI, J.P.; Pesquisa e prática profissional: relação escola comunidade. Curitiba, 2008.
DALBEN, Ã.I.L de F. Conselhos de classe e avaliação: perspectivas na gestão pedagógica da escola. 2. Ed. Campinas: Papirus, 2005. 192p.
FARIA FILHO, L. M. Para entender a relação escola-familia: uma contribuição da historia da educação. Revista São Paulo em Perspectiva. São Paulo, v. 14, n. 2,p. 44-50, 2000.
FREIRE, P. Pedagogia dooprimido. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1975.
FREIRE, Paulo. “Prefácio”. In POSTER, Cyril & ZIMMER, Jürgen (org). Educação Comunitária no terceiro mundo. Campinas, SP: Papirus, 1995.
MARCHESI, A.; MARTÍN, E. Qualidade do ensino em tempos de mudança. Porto Alegre: Artmed, 2003.
MORENO,M.C.; CUBERO,R. Relações sociais nos anos pré-escolares: família, escola, colegas. In: COLL, C. et al. Desenvolvimento psicológico e educação: psicologia evolutiva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais/Secretaria de Educação Fundamental.- Brasília: MEC/SEE, 1998.
PARO, Vitor Henrique. Gestão democrática da escola pública. 3 ed. São Paulo: Ática, 2000.
PICCIANO, A. G. ADSUP 702: Organization and Administration of the Public Schools. New York: Cuny, 1997. 
SALVADOR, C.C. et al. Psicologia da educação. Porto Alegre: Artmed, 1999.
SILVA, S. A. da.Lugar, Território e Paisagem no ensino da geografia. Fortaleza: Premius, 2003.
SUBIRATS, J. “Educação: responsabilidade social e identidade comunitária”. In: GÓMEZGRANELL & VILA (org.). A cidade como projeto educativo. Porto Alegre: Artmed, 2003, p.67-83.
SUBIRATS, J. “Educação: responsabilidade social e identidade comunitária”. In: GÓMEZGRANELL & VILA (org.). A cidade como projeto educativo. Porto Alegre: Artmed, 2003, p.67-83.

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