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CCJ0043-WL-B-AMMA-03-Platão - Justiça e a Fundação do Estado

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NOME DA DISCIPLINA 
Aula 3 
1 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Fundamentos para uma Filosofia Jurídica 
Platão - justiça e a fundação do Estado. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
 
Nesta parte da matéria conheceremos os filósofos que 
ofereceram interessantes contribuições à filosofia Jurídica. 
Vamos conhecer um pouco da vida de Platão? 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Platão nasceu em 427 a.C. e faleceu na mesma cidade, 
Atenas, em 347 a.C. Filho de uma família da aristocracia 
ateniense dedicada à política, foi discípulo de Crátilo (séc. 
V a.C.) que por sua vez foi seguidor de Heráclito de Éfeso; 
posteriormente, Platão tornou-se discípulo de Sócrates. 
Fundou sua Academia em 387 a.C., nos arredores de 
Atenas, em cujo pórtico figurava o lema: “Não passe 
destes portões quem não tiver estudado geometria”. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Em seu pensamento encontramos a primeira formulação 
clássica da Filosofia, ou seja, a problemática do 
conhecimento como possibilidade de tomada da realidade. 
Para isso, apresentou uma preocupação direta sobre o 
método, indagando se é possível o conhecimento; numa 
verificação se o conhecimento passa pelos sentidos ou 
pela razão; os mundos sensível e inteligível como objetos 
de conhecimento. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Um pouquinho de história... 
Platão reproduziu em suas obras o jogo dialógico de 
Sócrates convidando o leitor a uma verdadeira 
investigação filosófica, inserindo-o na tarefa maiêutica de 
buscar a verdade pelo procedimento dialético. 
A partir dessa perspectiva, em que constrói o seu 
pensamento filosófico, ancorado na crítica do 
conhecimento verdadeiro, Platão toma a Filosofia como um 
conjunto de princípios cuja função é pensar os 
fundamentos de sua cultura no intuito de reformá-la. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Um pouquinho de história... 
A realidade política de Atenas estava marcada pela 
injustiça e pela corrupção, fazendo com que Platão 
desistisse de ingressar na vida pública, o que fez, pois 
percebeu que a corrupção era um fenômeno desintegrador 
da cidade, mas que caberia à Filosofia resgatar a ordem e 
a justiça nas relações sociais. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Metodologia do Caso Concreto 
Caso 1 - O papel do filósofo na República 
Diante da situação acima apresentada, responda: 
1- Que critério entendia Platão como o correto para a 
escolha daqueles que deveriam exercer os poderes da 
polis? 
2 - Pelo que você leu no texto acima e pelos seus 
conhecimentos acerca do processo eleitoral americano, a 
atual candidata a vice-presidência americana, muito 
popular entre certa camada social daquele país, cumpre os 
requisitos exigidos para exercer o poder, segundo aqueles 
que entendem como correta a visão platônica? 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Caso 2 - A relação entre justiça e lei 
1. A possibilidade de uma lei ser injusta é largamente 
discutida nos dias de hoje. A partir de uma perspectiva 
platônica de Estado, expressa na obra República, é natural 
que o filósofo-rei elabore regras concretas injustas? 
Justifique. 
2. Tomando o caso argentino acima como referência, 
Platão consideraria possível que uma regra injusta 
pudesse ser emanada por um governo popular? Por quê? 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Vamos começar? 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Platão 
Diálogos: 
•Visava o desmascaramento da realidade, buscava o 
consenso fundado no conhecimento verdadeiro. 
Discurso: 
•Função comunicativa que exige sempre inteligibilidade e a 
sinceridade; 
•Regras que permitem desmascarar a manipulação e a 
opinião (doxa); 
•Interpelar o interlocutor, i.e., exigir explicações de seus 
discursos ( O que se diz; por que se diz; o que significa 
aquilo que é dito). 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Platão 
República (Politéia) 
•obra mais importante que representou um compêndio do 
pensamento sobre a vida ideal; 
•Tema: as condições ideais para o florescimento da vida 
perfeita na comunidade natural; 
•Concebeu a teoria das ideias ou formas puras; 
•Elaborou um projeto político pedagógico; 
•A Filosofia era necessária como resposta a uma situação 
histórica injusta e ilegítima; 
•Fundou sua Academia em 387 a.C. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Platão 
República (Politéia) 
•A sua teoria das ideias marcou o início da Metafísica 
Clássica, ou seja, o estudo sobre a natureza dos conceitos 
e definições para o conhecimento verdadeiro; 
•Platão concebeu o mundo em uma dualidade: mundo 
sensível e mundo inteligível ( Alegoria da Caverna); 
•Usou a linguagem mitológica por ser uma referência 
importante para ajudar na compreensão; 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
República! 
A obra a República representa um projeto político 
pedagógico e contempla a ideia de uma comunidade 
alternativa àquelas existentes, daí a relevância da 
educação no seu pensamento como marca singular de sua 
filosofia, que buscava edificar uma sociedade a partir de 
novos laços integrativos, implicando, logicamente, a criação 
de uma identidade cultural cujo sentido passasse por uma 
unidade comunitária. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
República! 
O seu programa pedagógico visava instaurar uma política 
fundamentada no saber cujo fim primeiro era norteado pelo 
princípio de justiça. 
Nessa perspectiva, Platão é o primeiro pensador a 
defender o caráter público da educação, entregando ao 
poder comunitário a responsabilidade não só de sua 
execução como também sua formulação teórica. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Como o fundamento da educação é comunitário, e a 
política visa por meio daquela estabelecer laços 
integrativos, no interior da polis, a razão é a medida de tudo 
que possa ser perceptível pela inteligência e, nesse 
contexto, a justiça afigura-se como a virtude suprema do 
cidadão, o fundamento da polis. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Para Platão, sua carência propicia a degeneração dos 
regimes políticos, a obediência às leis configura um quanto 
de harmonia como cópia da ordem cósmica. Partindo 
dessa premissa temos que compreender o paralelo que o 
autor do Banquete estabeleceu entre a tripartição da alma 
e sua teoria sobre a polis. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
República, Livro IV... 
Platão concebe a alma como tripartite, ou seja, a mesma 
se divide em uma parte racional, e outra irracional que, ao 
seu turno se subdivide em irascível (impulsos e afetos) e 
concupiscente (necessidades elementares). 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
República, Livro IV... 
A parte racional é regida pela sabedoria ou prudência, 
capaz de estabelecer o que convém a cada um. A parte 
irascível corresponde à fortaleza e coragem que permite 
seguir os imperativos da razão. Já a parte da 
concupiscência está relacionada ao sentido das 
necessidades elementares. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
República, Livro IV... 
As duas dimensões da parte irracional da alma devem se 
submeter à parte racional através da virtude da 
temperança ou moderação. Com tais virtudes surge a 
virtude da justiça que estabelece o equilíbrio de cada uma 
das faculdades em seu âmbito próprio e função 
específica. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
E a relação datripartição da alma com a 
polis? 
Estabelecendo uma analogia da alma com a cidade, Platão 
apresenta o que podemos chamar de concepção 
organicista de sociedade, na qual a Cidade constaria de 
três classes diferenciadas por suas funções próprias. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
As classes na República! 
A primeira seria a dos filósofos ou governantes, guiados 
pela sabedoria; a segunda dos guerreiros que defenderiam 
a polis interna e externamente, cultivando a fortaleza; a 
terceira seria constituída pelos artesãos (artífices), 
comerciantes, agricultores e aqueles que formavam a base 
econômica da cidade. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
As classes na República! 
As classes dos guerreiros e dos artífices aceitam o domínio 
dos governantes pela ação da temperança ou moderação. 
Assim como na alma, a justiça, na cidade, apresenta-se 
primordialmente para garantia do funcionamento do todo e 
da manutenção da hierarquia baseada nas tarefas 
específicas de cada classe. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
As classes na República! 
O pensamento político de Platão inspirou-se no postulado 
segundo o qual a parte se subordina ao todo, o que significa 
dizer que as classes se subordinariam ao bem comum da 
cidade, dado pela razão divina, que por sua vez é 
contemplada pela dialética ascendente, o que leva Platão a 
operar uma inversão na concepção individualista da 
sofística quanto à relatividade das coisas, buscando a 
universalidade pela superação da individualidade absoluta. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
As classes na República! 
Nesse modo de ver, o indivíduo se situa no plano coletivo e 
não em uma autonomia absoluta perante a polis, que por 
sua vez existe para tornar possível a vida humana. 
Destarte, o horizonte do indivíduo seria o horizonte do 
cidadão. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
As classes na República! 
Ressalte-se que as classes da República não se baseiam 
em uma ordem hereditária, já que o ponto fulcral repousa 
sobre as aptidões pessoais dos membros da polis, 
desenvolvidas pela cidade através do processo 
educacional. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Quem deve governar? 
A aristocracia de Platão, diferentemente daquela calcada na 
propriedade fundiária ou na riqueza advinda do comércio, é 
uma aristocracia do espírito cujo saber legitima o poder, 
porque só pode governar a cidade aquele que é justo por 
conhecer as implicações e mecanismos das ações justas, 
fornecidas, obviamente, pelo conhecimento filosófico. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Por quê? 
Platão, preocupado com as bases integrativas de sua 
sociedade, não admitia que o poder estivesse nas mãos 
daqueles que manipulavam a vida econômica ou a estrutura 
bélica, pois a cidade se constituiria em uma verdadeira 
tirania, ao passo que uma sociedade comandada por 
filósofos estaria ordenada sob princípios universais dados 
pela razão. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Uma curiosidade! 
É bom lembrar que os governantes, submetidos a esse 
conjunto de princípios, deveriam ter por escopo, através do 
seu projeto político-pedagógico, suprimir a instituição 
família como também a propriedade privada para as duas 
classes superiores dos filósofos e dos guerreiros, isso a fim 
de afastar interesses particulares que pudessem conduzir à 
corrupção. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
A classe dos filósofos e guerreiros 
Somente as duas classes superiores teriam participação 
na vida pública, enquanto que o complexo dos artífices 
estaria limitado à vida na esfera privada. Na cidade 
platônica, governada pelo sentido da filosofia, não seria 
necessário o direito positivo, pois os filósofos deveriam 
decidir, em cada caso particular, o que a justiça exigiria 
segundo as circunstâncias. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Formas de governo 
Platão nos oferece duas classificações distintas das 
formas de governo, uma na República, livros VIII e IX e 
outra no Político. Na República descreve cinco formas. 
Entretanto, somente uma assume o caráter de justa e 
legítima: a aristocracia do espírito ou governo dos sábios. 
Todas as restantes são formas corruptas que não 
permitem a realização da justiça. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Formas de governo 
Se os guerreiros tomarem o poder, teremos uma 
timocracia ou timarquia que significa governo da honra, 
caracterizado pela ambição do espírito belicoso. Esta 
forma poderia conduzir a uma oligarquia que liga o poder à 
fortuna. Todavia, o enriquecimento de poucos e a extrema 
pobreza de muitos poderá gerar a democracia, o governo 
da multidão, que aspira à igualdade absoluta, 
desrespeitando hierarquias naturais e legítimas. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Formas de governo 
Dessa forma, a democracia, desemboca na desordem, que 
acaba por ser aproveitada por algum indivíduo ambicioso e 
audacioso, capaz de instaurar uma tirania que desvelaria 
um caráter violento e desenfreado. Os seus excessos 
provocariam a reação dos mais decididos e com seu 
derrube encerra-se o ciclo constitucional, ou seja, a 
dinâmica política. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
A política ideal 
O sentido de ordem política ideal é o de justiça que 
correlaciona intrinsecamente lei e justiça. As leis são justas 
porque são editadas por quem pratica a virtude da justiça e 
a conhece em sua estrutura para além do plano das 
aparências, isto é, numa imagem divina. Nesse sentido, 
encontramos a ligação entre as duas perspectivas do 
conceito de justiça em Platão: justiça como ideia (forma 
pura) e justiça como virtude, ação do homem virtuoso. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
A Justiça 
Segundo Joaquim Carlos Salgado (1995, p. 24-29), o 
pensamento platônico sobre a justiça é o ponto de partida 
para uma reflexão sobre a ideia de justiça como igualdade. 
Platão apresenta duas perspectivas de sua concepção de 
justiça na obra República, a saber: a justiça como ideia e a 
justiça como virtude ou prática individual. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
A Justiça 
Ao relacionar o célebre livro VII, da República, que narra a 
Alegoria da Caverna em conjunto com sua teoria da 
reminiscência, compreendemos com maior clareza o que o 
fundador da Academia assinala na Carta VII, isto é, “só 
conhece a justiça àquele que é justo”, ou seja, só conhece 
a justiça aquele que a compreende na perspectiva divina, 
pelo conhecimento da alma e não dos sentidos, o 
conhecimento verdadeiro dado pela matriz dialética e 
desenvolvido pela educação. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Alegoria da Caverna 
 República, Livro VII: 
“Imaginemos uma caverna separada do mundo externo por 
um alto muro, cuja entrada permite a passagem da luz 
exterior. Desde seu nascimento, geração após geração, 
seres humanos ali vivem acorrentados, sem poder mover a 
cabeça para a entrada, nem locomover-se, forçados a 
olhar apenas a parede do fundo, e sem nunca terem visto 
o mundo exterior nem a luz do Sol.” (trad. Livre Marilena 
Chauí) 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Alegoria da Caverna, Livro VII 
•Mundo material ou sensível: lugar dos objetos visíveis, 
particulares, mutáveis, perecíveis. Também denominado 
de mundo das sombras, reflexos, conhecimento sensível, 
imediato, incompleto e superficial. 
•Mundo inteligívelou das ideias: lugar das realidades 
abstratas, perfeitas, eternas, imutáveis, inteligíveis, lugar 
das formas ou natureza essencial das coisas. A existência 
prévia das ideias condiciona o ser e o conhecer no mundo 
empírico. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Alegoria da Caverna, Livro VII 
•A caverna: o mundo sensível; 
•Os prisioneiros: as pessoas comuns e sua doxa; 
•Fogueira: a luz artificial; 
•Sombras na parede: a doxa; 
•Prisioneiro que se liberta: filósofo; 
•Saída da caverna: dialética ascendente; 
•Homens com objetos: sofistas; 
•O sol: a luz da razão; 
•Retorno à caverna: diálogo filosófico; 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Justiça e Alteridade 
Platão enfatiza o agir justo na medida em que considera o 
outro como portador dos mesmos direitos para a 
superação da ótica individualista dos sofistas, assinalando 
para a alteridade como descoberta de si numa dimensão 
exterior ao comprometimento do homem com a sua polis. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Justiça e Alteridade 
Platão enfatiza através de seu personagem, Sócrates, que 
fazer a justiça é melhor que recebê-la, e sofrer a injustiça é 
melhor que praticá-la. Na República, afirma que o melhor 
modo de viver é o viver praticando a justiça, 
correlacionando, desse modo, os atos justos com uma 
alma sadia. A justiça é uma virtude que fundamenta e 
fortifica a alma. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Justiça 
Na República, livro I, Platão expressa a difusa ideia de 
justiça em um conceito preciso a partir do entendimento do 
poeta Simônides, (PLATÃO, República, 322c, 433a e 
433e) que afirmava a ideia de justiça como dar a cada um 
o que lhe é devido. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Justiça 
Platão amplia essa ideia para além da simples relação 
entre particulares e a relaciona diretamente com a 
estrutura de sua cidade. No dizer de Salgado: “O que é 
devido a cada um, o que lhe pertence por natureza é o 
posto que corresponde às suas aptidões e a função que 
cada um, por força dessas mesmas aptidões, pode 
desempenhar no Estado”( PLATÃO, República, 433a; 
SALGADO, 1995, p. 27). 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Justiça 
Platão concebe a justiça como uma preocupação política 
que repousa na ideia de igualdade; uma igualdade 
geométrica, na medida em que garante a cada um o que 
lhe é devido, segundo suas aptidões. O seu conceito de 
justiça assume também o caráter de universalidade 
enquanto se vincula à ideia de representação da harmonia 
do cosmos. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Justiça 
A justiça é um compromisso do cidadão com a Cidade, na 
dedicação ao bom funcionamento da vida coletiva a partir 
das aptidões naturais de cada um. Sendo assim, Platão 
elabora duas vertentes do conceito de justiça: a justiça 
como ideia norteadora do direito e da lei, e a justiça como 
virtude norteada e determinada pela lei. 
A ideia de justiça como hábito de cumprir o direito. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Justiça Retributiva Transcendente 
Platão desenvolve um conceito de justiça retributiva e 
transcendente. Vejamos. Na República, livro X, encontra- 
se o mito de Er que consagra o sentido de justiça 
retributiva e transcendente. O mito narra a história de um 
guerreiro chamado Er que vivencia a experiência da justiça 
como recompensa no além-túmulo. 
Mito de Er, Livro X, República 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Concluindo... 
Platão, através de dois mitos - o da caverna e 
o de Er - recupera a antiga noção da alétheia 
(o não-esquecido), ainda que a transforme 
profundamente, como vimos. Para um 
pensamento que toma a verdade como 
evidência, o verdadeiro é a retidão do olhar 
espiritual, isto é, a correspondência entre a 
ideia e a sua representação intelectual. Somos 
coautores do verdadeiro. 
 (Marilena Chauí) 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Resumindo... 
Nesta aula conhecemos em linhas gerais a importância 
de Platão para tradição Filosófica. Estudamos a 
dualidade na Alegoria da Caverna e o papel do filósofo 
na República. Compreendemos, também, a ideia de 
justiça retributiva apresentada no mito de Er. 
AULA 1 
NOME DA DISCIPLINA 
Na próxima aula estudaremos os 
 seguintes pontos: 
•A importância de Aristóteles para tradição Filosófica; 
•Estudar os conceitos de igualdade, proporcionalidade, 
equidade, justiça distributiva e comutativa; 
•Compreender a relação entre Ética e Direito; 
AULA 1 
 
NOME DA DISCIPLINA 
Referências: 
ABBAGANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: 
Mestre Jou, 1982. 
ARANHA, M. l. A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: 
introdução à filosofia. 3. ed., São Paulo: Moderna, 2003. 
BITTAR, E. C. B.; ALMEIDA, G. A. A. Curso de filosofia do 
direito. 3. ed., São Paulo: Atlas, 2004. 
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 
2001. 
PLATÃO. A República. 8. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 
1996. 
SALGADO, J. C. A idéia de justiça em Kant. Belo 
Horizonte: UFMG, 1995. 
AULA 1

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