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CCJ0043-WL-B-AMMA-07-Locke a Garantia da Propriedade

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1 
Hobbes: o estado como garantia da segurança 
 jurídico-política para ordem econômica 
Caso concreto da aula: 
Caso 1 - O fato da violência no estado pré-jurídico e 
pós-jurídico 
1. Em que situação, segundo Hobbes, há possibilidade de rompimento 
do contrato? 
2. O retorno ao estado de natureza inviabiliza a existência de uma 
ordem jurídica? 
3. O caso narrado caracteriza a incapacidade do Estado em manter a 
coesão e a ordem social? Se não, por quê? Se sim, que consequência 
prevê Hobbes para esta situação? 
 AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Hobbes: o estado como garantia da segurança 
 jurídico-política para ordem econômica 
Caso concreto da aula: 
Caso 2 – Notícias STF 
Considerando o fato da violência urbana observada na 
notícia acima e a tese de Thomas Hobbes, responda: 
1. O texto confirma as ideia de Hobbes sobre o homem no 
estado de natureza? Justifique. 
2 . A solução hobbesiana poderia ser invoca nos dias de 
hoje? 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Hobbes: o estado como garantia da segurança 
 jurídico-política para ordem econômica 
 A Filosofia do Direito Moderna marcou uma 
 fase que se estende do Absolutismo ao 
 movimento iluminista e revelou autores 
 que influenciaram decisivamente esse 
 momento histórico. 
 Hobbes foi um deles. 
Como teórico do Absolutismo nos revela uma 
 visão moderna que valoriza a 
 racionalidade, liberta da fundamentação 
 teológica. 
 Vamos conhecê-lo? 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Contexto Histórico: do Renascimento ao 
 Iluminismo 
Quando focalizamos o período moderno, pensamos numa 
filosofia do direito moderna que se estende do Séc. XV ao 
XVIII. Nessa fase, destacamos três movimentos importantes: 
1.Renascimento; 
2.Absolutismo ( Séc. XVI); 
3.Iluminismo ( Séc. XVII e XVIII). 
( MASCARO, 2010) 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Contexto Histórico: do Renascimento ao 
 Iluminismo 
Segundo Alysson L. Mascaro (2010, p. 127-9), o período do 
Renascimento é marcado pelo debate teológico a partir do 
confronto entre católicos e protestantes. Neste cenário, a 
categoria liberdade assume lugar de destaque ao lado da 
retomada do clássicos gregos. 
O Renascimento representou a retomada dos clássicos e 
 provocou um deslocamento do debate teológico para a 
questão da racionalidade, sendo conhecido também pelo 
 nome de humanismo. 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Contexto Histórico: do Renascimento ao 
 Iluminismo 
Neste momento, o homem é colocado no cerne do debate 
filosófico em rompimento com a tradição medieval. Mas a 
despeito dessa mudança de paradigma, alguns autores 
como Jean Bodin, por exemplo, resgataram em suas 
reflexões sobre o Estado algumas concepções que 
fortalecerão o advento do Absolutismo (MASCARO, 2010, p. 
129-130). 
O que representou o Absolutismo nesta fase? 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Contexto Histórico: do Renascimento ao 
 Iluminismo 
Segundo Mascaro, o Absolutismo representou uma solução 
político-jurídica interessante aos Reis. Resgatou-se a tese 
do poder temporal fundado no poder divino e que na Idade 
Média havia legitimado o poder do senhor feudal . 
Como contradição no interior do cenário renascentista, o 
Absolutismo legitima seu poder real com argumentos 
teológicos(MASCARO, 2010, p. 130-1). 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Contexto Histórico: do Renascimento ao 
 Iluminismo 
Segundo Mascaro, o Absolutismo representou uma solução 
político-jurídica interessante aos Reis. Resgatou-se a tese 
do poder temporal fundado no poder divino e que na Idade 
Média havia legitimado o poder do senhor feudal . 
Como contradição no interior do cenário renascentista, o 
Absolutismo legitima seu poder real com argumentos 
teológicos(MASCARO, 2010, p. 130-1). 
Como ficou a Filosofia do Direito? 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Contexto Histórico: do Renascimento ao 
 Iluminismo 
Ocorreu uma mudança de paradigma na Filosofia do Direito 
com a passagem da antiga percepção da filosofia voltada 
para a área da política prática, para o campo de uma 
fundamentação moral do poder (MASCARO, 2010). 
“O monarca não se justificava pela moralidade de cada um dos seus 
atos, mas sim por uma espécie de competência originária de poder que 
lhe era dado por Deus. O Absolutismo se afirma, então, teologicamente, 
como uma espécie de contrato de procuração ou mandato realizado 
entre Deus, o outorgante, e o Rei, o outorgado, com delegação total de 
poderes de um a outro” ( MASCARO, 2010, p. 131). 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Contexto Histórico: do Renascimento ao 
 Iluminismo 
E a categoria “razão” resgatada pela tradição 
renascentista? 
O movimento iluminista, ou seja, movimento dos 
pensadores dos séc. XVII e XVIII, valorizaram a razão como 
a única possibilidade de leitura de mundo, uma razão oposta 
às crenças e costumes e se tornaram o contraponto ao 
Absolutismo (MASCARO, 2010, p. 133). 
A Filosofia do Direito e a Filosofia Política se tornam antiabsolutista. 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Contexto Histórico: do Renascimento ao 
 Iluminismo 
Quais as características desse período moderno? 
1. Surgimento e consolidação do capitalismo; 
2. O Estado começa a ser exaltado; 
3. Advento do individualismo e sua relação com interesse 
privado burguês; 
(MASCARO, 2010) 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Contexto Histórico: do Renascimento ao 
 Iluminismo 
Segundo Mascaro (2010, p. 133-6), nesta fase o 
pensamento filosófico se envolve com o sentido do 
individualismo,a tese dos direitos subjetivos,a 
necessidade de limitação do Estado pelo direito, a 
concepção da universalidade dos direitos, o contratualismo 
e o movimento antiabsolutismo. 
Fundamentos do pensamento iluminista!!! 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Contexto Histórico: do Renascimento ao 
 Iluminismo 
Segundo Mascaro (2010, p. 133-7), 
O individualismo implica a reflexão específica sobre as 
relações da sociedade e do Estado com o interesse privado 
burguês, (...) A filosofia do direito moderna iluminista é a 
exata medida da necessidade das revoluções liberais, 
burguesas. Os direitos naturais são os direitos necessários à 
burguesia contra os privilégios. 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Contexto Histórico: do Renascimento ao 
 Iluminismo 
ATENÇÃO!!! 
Foi o Absolutismo que promoveu um grande elogio ao 
 Estado, a unificação da sociedade. Sociedade que se 
 tornou um bom mercado que propiciou o advento da 
 classe burguesa que, mais adiante se uniu aos 
iluministas para uma crítica a esse Estado Absolutista. 
 Para a burguesia, o estado deveria estar subordinado 
 aos interesses individuais. 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Contexto Histórico: do Renascimento ao 
 Iluminismo 
 Como devemos compreender 
a relação entre individualismo e iluminismo? 
No pensamento clássico o paradigma era a concepção das 
virtudes políticas ( bom cidadão como homem bom). A ação 
virtuosa é política e não individual. O cristianismo inverte 
esse padrão. A filosofia medieval valorizou a individualidade, 
pois a salvação é individual. 
“Não importa, aos medievais, salvar o mundo, que é corrompido, e 
sim a conquista individual do mundo eterno” ( MASCARO, 2010, p. 
 138) 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Contexto Histórico: do Renascimento ao 
 Iluminismo 
Contratualismo, individualismo e iluminismo. Como se 
 interligam? 
Os teóricos do contratualismo defendem a tese segundoa 
qual o início da vida social é marcada pela presença de 
homens iguais por natureza. E em razão do indivíduo e seus 
interesses que se criou o Estado. Em particular, a 
propriedade privada. 
Novo paradigma na filosofia: o indivíduo como origem da 
 experiência jurídica (MASCARO, 2010, p. 138) 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Contexto Histórico: do Renascimento ao 
 Iluminismo 
A sociedade política é uma artifício para a garantia e 
manutenção da propriedade privada! 
 Na filosofia política: o contratualismo; 
Na filosofia jurídica: o direito natural racionalista; 
 No conhecimento: Empirismo e racionalismo 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Contexto Histórico: do Renascimento ao 
 Iluminismo 
Gregos antigos modernos 
A sociedade é o resultado da A sociedade é a união de 
natureza humana. O homem é indivíduos, uma ficção de que em 
naturalmente político.princípio, havia seres humanos 
 isolados e, depois, decidiram viver 
 em sociedade. A natureza humana 
 é individual. A sociedade surge do 
 contrato 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Hobbes: o estado como garantia da segurança 
 jurídico-política para ordem econômica 
Thomas Hobbes (1588-1679) 
•Defensor do absolutismo, mas numa vertente racional; 
•Obras importantes: Do cidadão (1642); Leviatã – ou 
matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil 
(1651); 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Hobbes: o estado como garantia da segurança 
 jurídico-política para ordem econômica 
•Para Hobbes, a vida é o bem maior. A justiça e a injustiça resultam de 
convenções. O homem é por natureza egoísta: homo hominis lupus 
( violência generalizada) e bellum omnium contra omnes ( a guerra de 
todos contra todos). 
•Assim, sugere um pacto social em que o Soberano coloca-se acima 
do bem e do mal, acima de todas as instituições, com poder absoluto. 
Há a servidão no Estado: “todos os homens devem renunciar aos 
direitos do estado natural”. 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Hobbes: o estado como garantia da segurança 
 jurídico-política para ordem econômica 
Contrato social 
A tese de contrato de Hobbes se opõe à tese de 
Aristóteles. Para ele a vida social se revela aos homens 
artificialmente. 
Por conseguinte, não é a boa vontade que permite a 
convivência, mas o medo. A inclinação natural dos homens 
é a satisfação de seus desejos. 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Hobbes: o estado como garantia da segurança 
 jurídico-política para ordem econômica 
Hobbes (2002, p. 25) menciona que: 
“ A maior parte daqueles que escreveram alguma coisa a propósito 
das repúblicas ou supõe, ou nos pede ou requer que acreditemos que 
o homem é um criatura que nasce apta para sociedade. Os gregos 
chamam-no zoon politikon; e sobre este alicerce eles erigem a 
doutrina da sociedade civil como se, para se preservar a paz e o 
governo da humanidade, nada mais fosse necessário do que os 
homens concordarem em firmar certas convenções e condições em 
comum, que eles próprios chamariam, então, leis. Axioma este que, 
embora acolhido pela maior parte, é contudo sem dúvida falso – um 
erro que procede de considerarmos a natureza humana muito 
superficialmente.” 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Hobbes: o estado como garantia da segurança 
 jurídico-política para ordem econômica 
Hobbes (2002, p. 28) menciona que : 
“Devemos portanto concluir que a origem de todas as grandes e 
duradouras sociedades não provém da boa vontade recíproca que os 
homens tivessem uns com os outros, mas do medo recíproco que uns 
tinham dos outros.” 
Para Hobbes, a igualdade humana se revela na condição de medo. A 
paz é resultante do contrato que nasce do medo de um estado de guerra 
de todos contra todos. Por isso, o indivíduo transfere todo o seu poder a 
um homem, o soberano. Interessante que Hobbes inova quando 
fundamenta o poder absoluto no contrato social através do consenso e 
não no poder divino - pacto de submissão. 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Hobbes: o estado como garantia da segurança 
 jurídico-política para ordem econômica 
No estado de natureza de Hobbes, “todo homem tem direito a todas 
 as coisas, incluindo os corpos dos outros” (Leviatã, Parte I, Cap. 
 XIV, p.82) 
Toda a humanidade tem “ uma inclinação geral” que ele caracteriza 
 como “um perpétuo e irrequieto desejo de poder e mais poder, que 
 somente cessa com a morte” (Leviatã, Parte I, Cap. XI, p.64) 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Hobbes: o estado como garantia da segurança 
 jurídico-política para ordem econômica 
Estado de Natureza = estado de guerra: 
“não haverá como negar que o estado natural dos homens, antes de 
ingressarem na vida social, não passava de guerra, e esta não ser 
uma guerra qualquer, mas uma guerra de todos contra todos” 
(HOBBES, 2002, p.33). 
Para Renato Janine Ribeiro (1999) Hobbes apresenta um absolutismo 
com um individualismo radical. Nesse sentido, temos que observar que 
o filósofo é um pensador de transição, ao mesmo tempo que é 
absolutista, busca fundamento diverso do fundamento teológico. É 
absolutista inovador. 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Hobbes: o estado como garantia da segurança 
 jurídico-política para ordem econômica 
•Hobbes é absolutista e contratualista; 
•A justiça se afigura no cumprimento das determinações do soberano 
pela força do contrato; 
•A submissão ao soberano não nega uma lei natural que decorre da 
razão, pois pela insuficiência do homem em realizá-la no estado de 
natureza, submete-se à lei civil; 
•Segundo Mascaro (2010), é uma espécie de jusnaturalista que tem 
por justo o direito estatal; 
•As leis naturais para Hobbes precedem a vida e o pacto social. 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Hobbes: o estado como garantia da segurança 
 jurídico-política para ordem econômica 
•Do Cidadão: 
“Portanto, a verdadeira razão é uma lei certa, que ( já que faz parte 
da natureza humana, tanto quanto qualquer outra faculdade ou 
afecção da mente) também é denominada natural. Por conseguinte, 
assim defino a lei na natureza: é o ditame da reta razão no tocante 
àquelas coisas que, na medida de nossas capacidades, devemos 
fazer, ou omitir, a fim de assegurar a conservação da vida e das partes 
do nosso corpo” (2002, p. 38). 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Hobbes: o estado como garantia da segurança 
 jurídico-política para ordem econômica 
•Leviatã: 
“As leis da natureza são imutáveis e terenas, pois a injustiça, a 
ingratidão, a arrogância, o orgulho, a iniquidade, a acepção de 
pessoas etc. jamais podem se tornados legítimos. Pois nunca poderá 
ocorrer que a guerra preserve a vida e a paz a destrua. (...) Ora, a 
ciência da virtude e do vício é a filosofia moral, portanto a verdadeira 
doutrina das leis da natureza é a verdadeira filosofia moral” (2008, p. 
136). 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Hobbes: o estado como garantia da segurança 
 jurídico-política para ordem econômica 
•Acessamos a lei natural através da recta ratio; 
•Hobbes deslocou o sentido clássico de direito natural para o sentido 
de preservação/interesse; 
“O direito natural hobbesiano nada tem de natural no seu sentido de 
apreensão do todo da natureza e de suas leis. O que se possa chamar 
por natural no máximo está ligado a um pendor da natureza individual” 
( MASCARO, 2010, p. 167). 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Hobbes: o estado como garantia da segurança 
 jurídico-política para ordem econômica 
•Para Hobbes, a lei natural não é lei jurídica, mas direito moral. 
“O direito de natureza, a que os autores geralmente chamam jus 
naturale, é a liberdade que cada homem possui de usar o seu próprio 
poder, da maneira que quiser,para a preservação da sua própria 
natureza, ou seja, da sua vida; e consequentemente de fazer tudo 
aquilo que o seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios 
mais adequados a esse fim” ( Leviatã, 2008, p. 168-9). 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Hobbes: o estado como garantia da segurança 
 jurídico-política para ordem econômica 
•Há exceção à submissão total: o direito à autodefesa; 
•O direito de autodefesa constitui a possibilidade de desobediência 
civil; 
•O paradoxo no pensamento de Hobbes está na submissão de 
indivíduos racionais ao poder exterior do soberano. 
AULA 6 
CURSO DE DIREITO 
Hobbes: o estado como garantia da segurança 
 jurídico-política para ordem econômica 
Concluindo Hobbes: 
•O fato da violência no estado pré-jurídico; 
•A racionalidade instrumental = racionalidade prática (imperativo 
hipotético); 
•O uso da força legitimado para manter a ordem e a segurança; 
•Estado: fundamento está no contrato social, fruto da racionalidade 
instrumental; 
•A desobediência civil na hipótese de o soberano não cumprir o pacto. 
AULA 6 
 
Referências 
BOBBIO, N. Thomas Hobbes. Rio de Janeiro: Campus, 1991. 
HOBBES, T. Do cidadão. São Paulo: Martins Fontes, 2002. 
_______. Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 2008. 
MARCONDES, D. Iniciação á história da Filosofia. Rio de Janeiro: 
Zahar, 1997. 
MASCARO, A. L. Filosofia do direito. São Paulo: Atlas, 2010. 
SKINNER, Q. Razão e retórica na filosofia de Hobbes. São Paulo: 
UNESP, 1999. 
AULA 6

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