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DIREITO DE IMAGEM DO ATLETA PROFISSIONAL

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DIREITO DE IMAGEM DO ATLETA PROFISSIONAL
Entendimento majoritário: 
O valor atribuído à título de direito de imagem, quando vinculado ao contrato de trabalho, deve ser considerado como quantia integrante da quantia atribuída como verba salarial.
Posições doutrinárias:
Fernando Rogério Peluso -> requisitos para reconhecimento do contrato de cessão de direito de imagem com natureza civil :
Efetiva utilização da imagem do jogador
Notoriedade da imagem
Proporcionalidade entre os valores pagos à título de direito de imagem e verba salarial.
Mauro Schiave -> acredita ser possível a convivência entre ambos os contratos atribuindo-lhes naturezas diferentes desde que naquele que diz respeito ao uso da imagem do esportista haja especificação de como será utilizada a imagem concomitantemente com a proporcionalidade entre os pagamentos.
MELLO FILHO -> “o contrato de trabalho do jogador de futebol profissional não se confunde com o contrato civil firmado entre a empresa da qual é o titular e o clube desportivo, razão pela qual o valor pago à título de direito de imagem não integra a sua remuneração enquanto atleta” (2011, p. 134)
MARTINS - > licença do direito de imagem como instituto trabalhista 
“ [...] Entendo, porém, que os pagamentos feitos ao atleta a título de uso da imagem são direitos trabalhistas. Têm natureza de remuneração, pois decorrem da existência do contrato de trabalho e são pagos pelo próprio clube empregador. Se não houver contrato de trabalho entre o atleta e o clube, não se faz contrato de uso de imagem do atleta. (...) Os clubes têm tentado mascarar o pagamento feito a título de direito de imagem, determinando que o atleta constitua empresa, sendo o pagamento feito a esta justamente para descaracterizar a natureza salarial do pagamento[...]”
Jurisprudência:
(Proc. 00015169220125020086 – Relatora Wilma Gomes da Silva – TRT2 – 11ª Turma)
A verba paga a título de direito de imagem está intimamente vinculada à atuação do jogador de futebol, que mantém contrato de trabalho com o clube; portanto, tem natureza salarial.
 “o direito de imagem negociado se baseia integralmente na pessoa do atleta como jogador do clube, inclusive com cláusula de exclusividade nas divulgações e apresentações públicas. A mera realização do contrato com empresa intermediária de assessoria esportiva não tem o condão de desvincular os pagamentos do contrato de trabalho mantido entre as partes. O direito de imagem negociado está intimamente vinculado à atuação do jogador, que mantém contrato de trabalho com o clube. Não há como dissociar o direito de imagem do contrato de trabalho, pois depende da atuação do atleta na função de jogador de futebol. E, para isso, foi contratado pelo clube, sob a égide da Consolidação das Leis do Trabalho. Dessa forma, o direito de imagem decorre do contrato de trabalho e, portanto, os pagamentos realizados sob tal rubrica têm natureza salarial.”
(AIRR – 868-45.2012.5.10.0004 – TST - 4ª Turma – Relator Fernando Eizo Ono – 10/09/2013)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. ATLETA PROFISSIONAL. DIREITO DE IMAGEM. NATUREZA JURÍDICA. Agravo de instrumento não provido, porque as razões apresentadas na minuta não autorizam a reforma do despacho denegatório do seguimento do recurso de revista.
Obs: O Fato tido como determinante para a decisão que considerou a integração do valor pago à título de direito de imagem foi a de ausência de cláusula contratual que atrelasse o pagamento da parcela “direito de imagem” à veiculação de jogos pela televisão.
(RO 0010503-93.2015.5.18.0003 – TRT 18 – 17.12.2015 – Relatora Marilda Jungmann)
EMENTA : DIREITO DE IMAGEM. O valor pago ao atleta profissional de futebol pelo uso de sua imagem por parte do clube que o emprega possui natureza salarial e deve integrar sua remuneração para todos os fins, porque tal parcela constitui uma das formas de remunerar o jogador pela participação nos eventos desportivos disputados, decorrendo diretamente do trabalho desenvolvido pelo empregado. Nesse sentido é a Jurisprudência atual do C. TST.
A Relatora argumenta seguindo o entendimento atual do TST dizendo “ser salarial a renda auferida pelo atleta profissional à título de direito de imagem por tratar-se de verba paga por força do contrato de emprego
TRT – Paraná
(TRT 15, 1710 SP 001710/2006, Relator: EDISON DOS SANTOS PELEGRINI, Data de Publicação: 20/01/2006 - TRT: 33415-2012-041-09-00-8 (RO)
“ATLETA PROFISSIONAL DE FUTEBOL (JOGADOR). DIREITO DE IMAGEM (DIREITO DE ARENA). NATUREZA SALARIAL DA VERBA. CABÍVEL. INTEGRAÇÃO NA REMUNERAÇÃO PARA FINS TRABALHISTA, PREVIDENCIÁRIO E FISCAL. Parcela paga a atleta profissional de futebol (jogador), a título de direito de imagem ou arena, possui natureza jurídica salarial, cabendo integração remuneratória para fins trabalhista, previdenciário e fiscal, mormente quando o valor pago é 157% superior ao salário para jogar futebol, entrar em campo. O direito de imagem, embora personalíssimo e de arrimo constitucional, civil e trabalhista, decorre do contrato de emprego firmado com o clube, cujo ganho é acessório, não podendo suplantar o salário pela atividade principal contratada (jogar bola). A dissimulação salarial fica evidente, não só pela desproporção da paga pelo direito de imagem, mas em razão da forma do pagamento: através de empresa simulada de divulgação e eventos em nome do reclamante. Não passando pelo crivo do art. 9º e 444 da CLT. Sentença mantida.” 
( 82300-63.2008.5.04.0402, 2ª Turma, Relator Ministro: Guilherme Augusto Caputo Bastos, j. 28/03/2012,D.J 03-04-2012)
RECURSO DE REVISTA. ATLETA PROFISSIONAL DE FUTEBOL. CONTRATO DE LICENÇA DO USO DE IMAGEM. INEXISTÊNCIA DE FRAUDE.CARÁTER NÃO SALARIAL DA VERBA RECEBIDA A TÍTULO DEDIREITO DE IMAGEM
. Trata-se o direito de imagem, direito fundamental consagrado no artigo 5º, V e X, da Constituição Federal de 1988, de um direito individual do atleta, personalíssimo, que se relaciona à veiculação da sua imagem individualmente considerada, diferentemente do direito de arena, o qual se refere à exposição da imagem do atleta enquanto partícipe de um evento futebolístico. É bastante comum a celebração, paralelamente ao contrato de trabalho,de um contrato de licença do uso de imagem, consistindo este num contrato autônomo de natureza civil (artigo 87-A da Lei nº 9.615/98) Mediante o qual o atleta, em troca do uso de sua imagem pelo clube de futebol que o contrata, obtém um retorno financeiro, de natureza jurídica não salarial. Tal contrapartida financeira somente teria natureza salarial caso a celebração do referido contrato se desse com o intuito de fraudar a legislação trabalhista. Nesses casos, quando comprovada a fraude, deve-se declarar o contrato nulo de pleno direito, nos termos do artigo 9º da CLT, com a atribuição do caráter salarial à parcela recebida fraudulentamente a título de direito de imagem e sua consequente integração na remuneração do atleta para todos os efeitos. Todavia, na hipótese dos autos, não restou comprovado o intuito fraudulento na celebração do contrato de licença do uso de imagem (premissa fática inconteste à luz da Súmula nº 126), razão pela qual decidiu bem a egrégia Corte Regional ao não conferir natureza salarial à parcela percebida pelo reclamante a título de direito de imagem. Recurso de revista conhecido e não provido. 2. HABITAÇÃO. NATUREZA JURÍDICA. SÚMULA Nº 367, ITEM I. No caso, a egrégia Corte Regional concluiu que o fornecimento de habitação não se caracteriza como salário-utilidade, porquanto era imprescindível à prestação laboral. Portanto, a decisão está em harmonia com a iterativa, notória e atual jurisprudência esta colenda Corte no sentido de que tal utilidade fornecida pelo empregador ao empregado, quando indispensável para a realização do trabalho, não têm natureza salarial. Inteligência da Súmula nº 367, item I. Incidência do artigo 896, § 4º, da CLT. Recurso de Revista não conhecido. ( 82300-63.2008.5.04.0402, 2ª Turma, Relator Ministro: Guilherme Augusto Caputo Bastos,j. 28/03/2012,D.J 03-04-2012)
RECURSO ORDINÁRIO DO RECLAMANTE. CLÁUSULA PENAL. ATLETA PROFISSIONAL. LEI PELÉ.A cláusula penal prevista na Lei nº 9.615/98 para os contratos de trabalho firmados com atletas profissionais de futebol se aplica em favor de ambas as partes contratantes, ou seja, possui aplicação bilateral. Aplicação dos princípios da igualdade e da proteção do trabalhador. Recurso provido.DIREITO DE IMAGEM. O direito de imagem, por expressa previsão constitucional, deve ser pactuado por instrumento diverso do contrato individual de trabalho, não consistindo em verba de natureza salarial
(TRT4, RO 0206400-08.2008.5.04.0203, Sétima Turma, Relatora Desembargadora Maria da Graça Ribeiro Centeno, j. 17.08.2011)

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