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CCJ0043-WL-D-AMMA-13-Culturalismo-axiológico de Miguel Reale

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AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
1
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca da 
razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Caso concreto da aula:
Caso 1 – Autonomia pública: a solidariedade e o bem 
comum
1.A partir da leitura acima, como Habermas sugere uma
possibilidade de consenso? Justifique sua resposta.
2. Com base em que argumentos este pensador reconstrói
o sentido de racionalidade para dar conta do problema da
universalidade? Justifique sua resposta.
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca 
da razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Caso 2 – Habermas: ética discursiva
Leia a citação abaixo de Olinto Pegoraro sobre Habermas e
responda à pergunta: como podemos caracterizar a ética
discursiva de Jürgen Habermas?
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca 
da razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Deve-se observar em Habermas a teoria do agir
comunicativo. Este autor construiu o conceito de razão ético-
comunicativa que integra o mundo objetivo, a
intersubjetividade dos sujeitos, organizando os conteúdos do
mundo vivido para a possibilidade de uma fundamentação
última dos princípios universais.
Vamos conhecê-lo?
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca da 
razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Obras:
Mudança estrutural na esfera pública: investigações quanto a 
uma categoria da sociedade burguesa (1962)
A crise de legitimação no capitalismo tardio (1973)
Consciência moral e agir comunicativo (1983)
Discurso filosófico da modernidade (1985)
Pensamento pós-metafísico (1988)
Direito e democracia. Entre a facticidade e validade (1992) 
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca da 
razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Habermas nos oferece uma nova teoria crítica da sociedade,
uma teoria da sociedade moderna (PINZANI, 2009, p.98)
1. Uma teoria da racionalidade (racionalidade comunicativa);
2. Um conceito de sociedade que reúna a teoria da ação e
teoria sistêmica.
“Habermas pretende desenvolver sua teoria da sociedade 
servindo-se de um conceito de racionalidade 
comunicativa que traga à tona o conteúdo normativo de 
qualquer comunicação orientada pela compreensão” 
(PINZANI, 2009, p. 98).
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca da 
razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Por quê?
Para este pensador, na sociedade contemporânea, o 
mundo da vida corre o risco de ser colonizado pelos 
sistemas da economia e da administração, como 
consequência de processos de racionalização ligados à 
modernização capitalista ( PINZANI, 2009, p.98).
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca da 
razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Como?
Habermas analisa o processo comunicativo e observa que
temos três níveis:
1º – relação do sujeito com o mundo de eventos ou fatos;
2º – relação do sujeito prático, que age e está envolvido em
interações com outros;
3º – a relação do sujeito com a sua própria natureza, com a
sua subjetividade e a subjetividade do outro.
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca da 
razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Como pensou o seu conceito de racionalidade?
Para Habermas, o tema central da filosofia deve ser a razão,
porque com a modernidade a filosofia perdeu a sua
capacidade totalizante de falar do conjunto do mundo.
Acredita que uma filosofia pós-metafísica não assume mais
essa tarefa totalizante, mas assume o compromisso de ser
uma teoria da racionalidade que busca oferecer uma
explicação formal das condições da racionalidade ( PINZANI,
2009, p. 100).
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca da 
razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Como distinguiu racionalidade comunicativa e
racionalidade instrumental?
Essa distinção forma a base da sua teoria e observa duas
formas diferentes de agir: o agir comunicativo, orientado
pelo entendimento; o agir instrumental que se afigura na
manipulação instrumental ( PINZANI, 2009, p. 100).
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca da 
razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca da 
razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Agir comunicativo:
Neste tipo de racionalidade encontramos sujeitos que agem
de maneira comunicativa e desejam entender-se sobre
alguma coisa. Neste caso é a linguagem o meio para o
entendimento. Se há imposição de ideias e opiniões no
sentido da manipulação do outro, há um agir
instrumental(PINZANI, 2009, p. 100).
A linguagem ocupa lugar central na sua teoria!!!
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca da 
razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Qual o papel da linguagem?
Segundo Pinzani (2009, p. 100), a linguagem é o elemento
fundamental para definir a racionalidade. Por meio dela os
seres humanos formam seu mundo comum, sua identidade,
verificam as pretensões de validade quanto às afirmações,
normas e formas da subjetividade. Através da linguagem os
sujeitos compartilham critérios para avaliar as suas ações.
“A racionalidade tem a ver com o oferecimento de razões para o 
agir que são criticáveis e suscetíveis de justificação e com sua 
avaliação” (PINZANI, 2009, p. 100)
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca da 
razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Assim, Habermas define a racionalidade como a disposição
dos sujeitos capazes de linguagem e de ação e tais
manifestações são passíveis de exame crítico (PINZANI,
2009, p. 100).
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca da 
razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Como Habermas diferenciou as dimensões da realidade
e pensou as três diferentes pretensões de validade como
formas de justificação e argumentação?
Se baseando no pensamento de Stephen Toulmin, Karl
Popper, Habermas observa três diferentes dimensões da
realidade, suas pretensões de validade correspondentes,
bem como formas de justificação e argumentação, a saber:
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca da 
razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
1º - Mundo objetivo: mundo dos objetos em que há
pretensões de verdade justificadas em discursos teoréticos.
Nesta caso, os sujeitos formam opiniões com base em
percepções e desenvolvem intenções. Podemos encontrar
um agir teleológico ou estratégico.
“O sucesso da ação depende também de outros atores, cada um 
dos quais se orienta pelo próprio sucesso e se comporta de forma 
cooperativa na medida em que isso corresponde ao seu cálculo 
egocêntrico de utilidade” (PINZANI, 2009, p. 101).
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca da 
razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
2º - Mundo das interações sociais reguladas por normas:
as pretensões de legitimidade são justificadas em
discursos práticos. Qual seria a perspectiva neste caso? É a
dos membros de um grupo social que orientam o agir por
valores e normas comuns. Estamos ao mesmo tempo no
mundo objetivo e no mundo social.
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca da 
razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
2º - Mundo das interações sociais reguladas por normas:
(continuação).
Este é o agir normativo em que há a obediência às normas,
pois para todos vigem as mesmas normas reconhecidas
como válidas ou justificadas pelos destinatários.
O mundo social é o lugar constituído por um contexto
normativo que estabelece as relações legítimasou
justificadas, a partir de valores compartilhados.
“Normas com validade social resultam de tais valores e por meio 
delas estes últimos se tornam vinculantes para os membros de um 
mundo social” (PINZANI, 2009, p. 101).
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca da 
razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
3º - O mundo do agir dramatúrgico: caracteriza-se pelo
agir espontâneo, mas com estilização dirigido a um público e
que desvela pretensões de veracidade. As questões que
surgem são: os atores expressam no momento adequado
suas vivências? Eles pensam no que estão dizendo? Estão
simulando?
Os três modelos representam três atividades da razão que foram 
estudadas por Kant. Habermas também pensou na unidade da 
razão, mas de forma comunicativa (PINZANI, 2009, p. 103).
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca da 
razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
O conceito de razão comunicativa faz jus às diferentes
pretensões de validade dos três modelos estudados:
verdade, legitimidade e veracidade.
O agir comunicativo, segundo Habermas, se refere à 
interação de dois sujeitos capazes de falar e agir e que 
buscam o entendimento para coordenar, de comum acordo, 
seus planos de ação. A linguagem ocupa lugar central 
(PINZANI, 2009, p.103).
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca da 
razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Modelo 
teológico/estratégico
A linguagem é unilateral
Modelo normativo A linguagem é o meio de
transmissão de valores
culturais e assim viabiliza o
consenso
Modelo dramatúrgico A linguagem é auto 
encenação.
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca 
da razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Neste caso, a linguagem poderá motivar alguém a agir, efeito
performativo, estabelecer relações inter-humanas e
expressar vivências.
Somente o modelo do agir comunicativo considera todas 
as funções da linguagem. Importa esclarecer que o agir 
comunicativo difere da práxis comunicativa cotidiana 
(PINZANI, 2009, p. 104)
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca 
da razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Habermas nos propõe a superação do paradigma da relação
sujeito-objeto na direção do paradigma da relação
comunicativa que toma como ponto de partida as interações
entre os sujeitos, linguisticamente mediatizados.
Com essa teoria Habermas propõe uma nova 
caracterização da racionalidade – uma 
racionalidade ético-comunicativa.
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca 
da razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
É importante pontuar a crítica de Habermas ao modelo
técnico-científico do pensamento ocidental e de uma
racionalidade instrumental que determinou o saber voltado
para técnica e a dominação da natureza e dos homens.
A linguagem ocupa o lugar de mediadora no mundo da vida,
porque através dela os sujeitos se entendem sobre o mundo
e podem alcançar o consenso intersubjetivo sobre princípios
verdadeiros, válidos para todos.
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca da 
razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Para Habermas, o mundo da vida é constituído por valores e
convicções básicas que formam o horizonte de cada ação.
Os seres humanos se movimentam sempre dentro do
horizonte do seu mundo da vida, não podem sair dele. É o
lugar transcendental (Kant) porque nele encontramos uma
relação interna entre estruturas do mundo da vida e
cosmovisão linguística de determinado grupo social
(PINZANI, 2009, p. 109).
Como Habermas definiu mundo da vida?
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca da 
razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Quais são os elementos estruturais do mundo da vida?
Elementos Processos Funções do agir 
comunicativo
Definições de 
Habermas
Cultura Reprodução 
cultural
Serve à tradição e a 
renovação do saber 
cultural
Acervo de saber do qual 
os participantes da 
comunidade se 
abastecem de 
interpretações.
Sociedade Integração social Serve à integração 
social e à 
solidariedade
Ordenamentos em que 
participantes pertencem 
a grupos sociais.
Pessoa socialização Formação de 
identidades sociais
Competências que 
tornam um sujeito capaz 
de agir e falar.
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca 
da razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Assim, buscou uma racionalidade que parte de uma
contextualização do cotidiano em que o sujeito está situado
linguistica e intersubjetivamente num locus em que deve se
configurar um equilíbrio entre a moralidade pessoal e a ética
pública.
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca 
da razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
O que podemos destacar é que a racionalidade ético-
comunicativa formulada por Habermas vai além da filosofia
da consciência porque pretende reunir sujeitos solidários.
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca 
da razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Nesse novo modelo de razão os sujeitos assumem um
processo de comunicação linguístico. O acordo comunicativo
que pretende não negar a existência de uma racionalidade
instrumental, mas propõe uma fundamentação última que
transcende a projeção baseada apenas na auto realização
do indivíduo em si.
O termo consenso assume os sentidos de acordo, acordo 
intersubjetivo, entendimento ou entendimento mútuo.
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca da 
razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Ética do Discurso:
A ética do discurso de Habermas visa redimensionar a
discussão em torno da ética da interação e da
responsabilidade conduzindo à argumentação moral, a
previsão das consequências e a efetiva interação de todos.
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca 
da razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Cabe lembrar, que o ponto de partida para fundamentação
da ética do discurso de Habermas, encontra-se na escola de
Frankfurt e na Teoria Crítica que oferecem, dentre outras
possibilidades, o referencial teórico e a metodologia
reconstrutivista.
Ética deontológica, cognitivista, formalista e 
universalista.
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca 
da razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Características da Ética do Discurso
Deontológica Orienta-se por normas.
Cognitivista Diferentes pretensões de validade
são justificadas por meio de
argumentação.
Formalismo e universalismo
(ética procedimental)
Não oferece valores materiais em
normas concretas, mas um critério
formal que nos permite definir o
procedimento por meio do qual todos
podem participar da criação de
normas válidas universalmente.
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca 
da razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
A ética de Habermas apresenta como procedimento o
discurso em que há a função de se alcançar o entendimento,
o consenso.
O discurso ideal seria aquele em que todos os concernidos
podem participar, com regras específicas, que são as regras
do discurso, com o objetivo de alcançar o consenso
(PINZANI, 2009, p. 125)
Habermas retomou a questão da universalização apresentada por 
Kant: a universalização das máximas do agir.
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca 
da razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Habermas afirmou que questões morais são aquelas que
podem ser resolvidas a partir de razões universalmente
válidas, ou seja, oferecer razões com as quais todos
poderiamestar de acordo.
Uma norma moralmente válida seria aquela cuja vigência
poderá ser aceita por todos (PINZANI, 2009, p. 125/6).
A ética do discurso pretende reconstruir o ponto de vista moral sem 
se referir a questões da vida boa.
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca 
da razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
No horizonte kantiano, Habermas afirma que precisamos de
um princípio para a justificação da pretensão de legitimidade
dos enunciados morais e que possibilite distinguir razões
válidas das não válidas.
Assim, utiliza o critério de universalização que denominou de
princípio de universalização (PINZANI, 2009, p. 128).
O princípio “U” afirma que só devem ser consideradas como 
válidas as normas que possam ser aceitas por todos os envolvidos. 
Assim, todos assumem as consequências e os efeitos colaterais 
(PINZANI, 2009, p. 128).
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca da 
razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Qual a importância do princípio “U”?
Para Habermas, tal princípio impossibilita que a moral se
fundamente no paradigma monológico e viabiliza a regra da
argumentação entre participantes. Para ele, as normas não
podem ser fundamentadas monologicamente, mas deve
resultar da cooperação.(PINZANI, 2009, p. 128).
A argumentação moral representa um tipo de agir comunicativo, o 
agir reflexivo!
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca 
da razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
A ética do discurso, portanto, configura a tentativa de
estruturar uma teoria da racionalidade amparada na razão
comunicativa. Para tanto, desenvolve os conceitos de sujeito
comunicativo.
Esse novo conceito de racionalidade pode ser definido da
seguinte maneira:
são racionais as proposições que foram validadas num 
processo argumentativo em que o consenso foi 
alcançado efetivamente, sem violência, sem falsa 
consciência, mas a partir da força do melhor argumento.
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca 
da razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Vale comparar Kant e Habermas quando Kant entende o
mundo ético regido pela razão, pois parte da existência de
normas válidas universalmente.
E Habermas, de outro modo, introduz uma dinâmica que
ultrapassa a lógica da consciência e viabiliza o entendimento
mútuo, sem negar o mundo vivido com suas sensações,
paixões, historicidade e subjetividade.
O mundo vivido é o pano de fundo da teoria do agir
comunicativo e da Ética do Discurso.
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca 
da razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Concluindo Habermas:
Na fase do Agir Comunicativo este autor inseriu o Direito em
um papel negativo de colonizador do mundo da vida.
Na fase do Direito e Democracia reelabora o seu papel, pois
percebe que numa política secularizada, não se pode
manter um Estado de Direito sem uma democracia radical.
Neste ponto, rompeu com a tradição de Frankfurt e a tese
segundo a qual as ideologias são importantes na legitimação
do Direito.
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca 
da razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Assim, através do nexo que estabelece entre soberania
popular e direitos humanos, o autor resgata o Direito porque
participantes de uma comunidade jurídica precisam
compreender-se a si mesmos como sujeitos emancipados,
responsáveis pela auto organização democrática.
E como fica o Direito?
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca 
da razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
O Direito passa a exercer um papel integrativo porque sua
legitimidade não decorre da submissão à moral, mas porque
os agentes se reconhecem como coautores das normas.
Por isso, o mundo da vida não se afigura mais como o plano
estabilizador das normas.
O Direito o substitui e encontra a sua legitimidade a partir de
uma política deliberativa.
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Habermas: o agir comunicativo como busca 
da razoabilidade.
CURSO DE DIREITO
AULA 6
Habermas percebeu na sua teoria discursiva que a
linguagem, por si só, não teria força suficiente para
integração social, numa sociedade complexa. O Direito
criado por meio de uma política deliberativa, é o medium da
integração social.
Observou o duplo aspecto da validade do direito ( leis da 
liberdade e leis da coerção) inspirado em Kant para pensar na 
cooriginalidade entre Direito e Democracia.
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Referências
CURSO DE DIREITO
AULA 6
HABERMAS, Jürgen. A crise de legitimação no capitalismo tardio. 
Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1980.
______. Mudança estrutural na esfera pública: investigações quanto 
a uma categoria da sociedade burguesa. Rio de Janeiro: Tempo 
Brasileiro, 1984.
______. Consciência moral e agir comunicativo. Rio de Janeiro: 
Tempo Brasileiro, 1989.
______.Pensamento pós-metafísico. Rio de Janeiro: Tempo 
Brasileiro, 1990.
______. Discurso filosófico da modernidade. Lisboa: Dom Quixote, 
1990.
______. Direito e democracia. Entre a facticidade e validade. . Rio de 
Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997. v. I.
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Referências
CURSO DE DIREITO
AULA 6
ARAGÃO, Lucia Maria de C. Razão comunicativa e teoria social 
crítica em Jürgen Habermas. Rio de Janeiro: tempo Brasileiro, 1992.
BARBOSA, Ricardo Corrêa. Habermas e Adorno. Dialética da 
reconciliação. Rio de Janeiro: UAPÊ, 1996.
CRUZ, Álvaro Ricardo de Souza. Habermas e o direito brasileiro. 2. 
ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008.
MAIA, Antonio Cavalcanti. Jürgen Habermas: filósofo do direito. Rio de
Janeiro: 2008.
PINZANI, Alessandro. Habermas. Porto Alegre: Artmed, 2009.
AULA 1
NOME DA DISCIPLINA
Referências
CURSO DE DIREITO
AULA 6
PIZZI, Jovino. Ética do Discurso. A racionalidade ético-comunicativa.
Porto Alegre: EDIPUCRS, 1994.
REESE-SCHÄFER, Walter. Compreender Habermas. Petrópolis/RJ:
Vozes, 2008.
SIEBENEICHLER, Flávio B. Jürgen Habermas: razão comunicativa e
emancipação. Rio de Janeiro: Tempo brasileiro, 1989.

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