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Prof.ª Daniela Duque-Estrada DIREITO PENAL II DANIELA DUQUE-ESTRADA AULA11. Sursis e Livramento Condicional OBJETIVOS DA AULA ►Compreender os institutos da suspensão condicional da execução da pena e livramento condicional no contexto da aplicação da Sanção Penal. ► Analisar a necessidade de efetiva execução de sanção penal privativa de liberdade e a possibilidade da suspensão de sua execução por determinado período de tempo, desde que, preenchidas determinadas condições como forma eficaz de controle social. ►Identificar a correta aplicação da sanção penal com vistas à ressocialização e reinserção gradativa do apenado à convivência em sociedade, utilizando-se, para tanto, do instituto do livramento condicional como instrumento voltado à consecução destas funções. 1 – SUSPENSÃO CONDICIONAL DA EXECUÇÃO DA PENA. Art.77 a 82, do CP. 1.1 Conceito: Suspensão parcial da execução da pena privativa de liberdade de curta duração imposta, por determinado período de tempo e mediante o cumprimento de determinadas condições, observados os requisitos do art.77, do Código Penal. Obs. Período de Prova: Prazo durante o qual fica suspensa a execução da pena privativa de liberdade mediante o cumprimento de determinadas condições. Obs. (In)admissibilidade de detração penal. Prof.ª Daniela Duque-Estrada 1.2.Requisitos. Objetivos. Qualidade da pena;(art.77, caput, e art.80, CP) Quantidade da pena; (art.77, caput, exceto no caso do §2º) Impossibilidade de aplicação da substituição prevista no art.44, CP. OBS. Art.44,§3º c/c art.77,II, CP. condenado não reincidente em crime doloso; Subjetivos circunstâncias judiciais – art.59 c/c art.77, II, CP 1.3. Espécies. - Simples: Art.78,§1º c/c art.46 e 48, CP. - Etário: Art.77,§2º,CP. - Humanitário: Art.77,§2º,CP. -Especial : Art.78,§2º c/c art.59, CP. no caso de reparação do dano; 1.4.Condições. Legais – art.78,§1º (simples) e art. 78,§2º (sursis especial). Judiciais – art.79, CP. Indiretas – causas de revogação do sursis. Prof.ª Daniela Duque-Estrada 1.5.Revogação. - condenação irrecorrível pela prática de crime doloso (art.81,I) Obrigatória. – não reparação do dano injustificadamente; - descumprimento de quaisquer das condições legais do art.78,§1º. Revogado o sursis, a pena privativa de liberdade inicialmente suspensa será integralmente executada pelo condenado.(PRADO, Luiz Regis. pp, 604) Facultativa - condenação irrecorrível pela prática de crime culposo ou contravenção penal - descumprimento de quaisquer das condições judiciais do art.78,§2º. No caso da revogação facultativa, o juiz pode prorrogar o período de prova até o máximo ou exacerbar as condições impostas (art.81, §§1º e 3º, CP). Prorrogação automática do período de Prova – recebimento de denúncia ou queixa (art.8,§2º, CP). 1.6. Extinção. “Art. 82 - Expirado o prazo sem que tenha havido revogação, considera-se extinta a pena privativa de liberdade”. 2 - LIVRAMENTO CONDICIONAL. Art. 83 a 90, do Código Penal 2.1Conceito. Liberação do condenado após o cumprimento de parte da sanção penal aplicada, desde que observados determinados pressupostos sob condições previamente estabelecidas. Prof.ª Daniela Duque-Estrada 2.2 Requisitos. Objetivos. – art.83, caput – pena aplicada; - tempo de cumprimento de pena: art.83, I, II, V - reparação do dano, salvo efetiva impossibilidade. 2.3. Condições. Obrigatórias: Art. 132, §1º, LEP. Facultativas: Art. 132, §2º, LEP. 2.4 Revogação. Obrigatória: Art. 86, CP e art.141 e142, LEP. Facultativa: Art.87, CP . Revogação facultativa Art. 87 - O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, ou for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, a pena que não seja privativa de liberdade. Efeitos da revogação. Art. 88 - Revogado o livramento, não poderá ser novamente concedido, e, salvo quando a revogação resulta de condenação por outro crime anterior àquele benefício, não se desconta na pena o tempo em que esteve solto o condenado. LEI N.7210/1984. Art. 141. Se a revogação for motivada por infração penal anterior à vigência do livramento, computar-se-á como tempo de cumprimento da pena o período de prova, sendo permitida, para a concessão de novo livramento, a soma do tempo das 2 (duas) penas. Prof.ª Daniela Duque-Estrada Art. 142. No caso de revogação por outro motivo, não se computará na pena o tempo em que esteve solto o liberado, e tampouco se concederá, em relação à mesma pena, novo livramento. 2.5 Extinção. Art. 89, CP - O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em julgado a sentença em processo a que responde o liberado, por crime cometido na vigência do livramento. Art. 90, CP - Se até o seu término o livramento não é revogado, considera-se extinta a pena privativa de liberdade. Verbete de Súmula n.441, do Superior Tribunal de Justiça. A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional.
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