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VACINAS E REAÇÕES ADVERSAS -

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VACINAS E REAÇÕES ADVERSAS 
INTRODUÇÃO
"Poucas coisas na história da humanidade tiveram
um impacto tão significativo na melhoria da qualidade
e no aumento da expectativa de vida da população".
Ésper Kallás
2. FARMACOVIGILÂNCIA E CONTROLE DE QUALIDADE
DESENVOLVIMENTO DE VACINAS:
3.SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA DE EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAÇÃO - SNVEAPEV
OBJETIVOS;
INSTRUMENTOS:
	Formulário próprio de investigaçãonotificação;
	Manual de vigilância;
	Sistemas de notificação.
DEFINIÇÕES GERAIS
FALHA DE VACINAÇÃO CLINICAMENTE COMPROVADA
SUSPEITA CLÍNICA DE FALHA DE VACINAÇÃO
FALHA DE VACINAÇÃO IMUNOLOGICAMENTE CONFIRMADA
SUSPEITA DE FALHA DE VACINAÇÃO IMUNOLÓGICA
FALHA DA VACINA
FATORES RELACIONADOS AO HOSPEDEIRO: Imunodeficiência, idade, resposta imune insuficiente, agentes infecciosos;
FATORES RELACIONADOS ÀS VACINAS: eficácia, cobertura, interferências e interações antigênicas, produção
FALHA NA VACINAÇÃO
FATORES RELACIONADOS À UTILIZAÇÃO OU ADMINISTRAÇÃO: erros de administração, esquemas vacinais incompletos, armazenamento e conservação, validade;
FATORES RELACIONADOS AOS PROGRAMAS DE VACINAÇÃO: recomendações de calendário, escassez na quantidade.
CLASSIFICAÇÃO DOS EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAÇÃO
FATORES QUE CARACTERIZAM ERROS DE IMUNIZAÇÃO
Vacina BCG
•O bacilo de Calmette-Guérin (BCG) vem sendo utilizado há várias décadas e é uma das principais estratégias da Organização Mundial da Saúde para o controle da mortalidade por formas graves da infecção causada pelo Mycobacterium tuberculosis em países em que a doença ainda tem importância epidemiológica.
•Sua administração é também recomendada para contatos domiciliares de hanseníase como forma de prevenir a doença em indivíduos expostos ao M. leprae.
•A vacina BCG é aplicada por via intradérmica e provoca primoinfecção artificial. Esta infecção por bacilos com virulência atenuada tem como objetivo desenvolver uma resposta imune específica que permita controlar uma infecção ulterior, causada por bacilos selvagens.
•A vacina é administrada na inserção inferior do músculo deltóide do braço direito.
Precauções gerais e contraindicações
Precauções gerais 
•A vacina deverá ser adiada até três meses após o tratamento com imunodepressores ou com corticosteroides em dose elevada. 
•A vacinação também deve ser adiada em recém-nascidos com menos de 2.000 g até que atinjam este peso.
Contraindicações 
•Indivíduos portadores de imunodeficiência primária ou adquirida. 
•Indivíduos acometidos de neoplasias malignas. 
•Pacientes em tratamento com corticosteroides em dose elevada por período superior a duas semanas. 
•Pacientes em uso de outras terapias imunodepressoras (quimioterapia antineoplásica, radioterapia, entre outros). 
•Grávidas.
•Durante a evolução normal da lesão vacinal, pode ocorrer enfartamento ganglionar axilar e supra ou infraclavicular, único ou múltiplo, não-supurado. Aparece três a seis semanas após a vacinação, é homolateral ao local da aplicação, firme, móvel, clinicamente bem perceptível, frio, indolor, medindo até 3cm de diâmetro, e não acompanhado de sintomatologia geral. Desaparece espontaneamente, sem necessidade de tratamento.
•Pode ocorrer linfadenopatia regional com mais de 3cm de diâmetro, sem evidências de supuração (flutuação e/ou fistulização); como conduta, deve-se observar e acompanhar o paciente, até que ocorra regressão expressiva da adenomegalia. Não puncionar e não administrar isoniazida. Notificar.
Eventos adversos
Lesões locais e regionais mais freqüentes
a) úlcera com diâmetro maior que 1cm;
b) abscesso subcutâneo frio;
c) abscesso subcutâneo quente;
d) linfadenopatia regional supurada;
e) cicatriz quelóide;
f) reação lupóide.
Lesões resultantes de disseminação
Podem ser localizadas ou generalizadas e sua incidência é bastante rara.
a) lesões localizadas
• em pele;
• osteoarticulares;
• em linfonodos;
• em um único órgão.
b) lesões generalizadas, acometendo mais de um órgão.
•Os eventos adversos locais e regionais (úlcera com diâmetro maior que 1 cm, abscesso, linfadenopatia regional não supurada maior que 3 cm, linfadenopatia regional supurada e granuloma), em geral, não estão relacionados à imunodeficiência e podem, em alguns casos, estar ligados à técnica incorreta de administração da vacina.
Há, entretanto, algumas situações que merecem atenção e uma conduta individualizada. São elas: 
•ausência de resposta à medicação com isoniazida após um período de 3 a 4 meses; 
•recidiva da lesão do evento adverso após a suspensão da isoniazida; 
•sinais de disseminação do evento adverso: presença de febre persistente, hepatoesplenomegalia, acometimento pulmonar, falta de ganho de peso, presença de infecções prévias ou concomitantes ao quadro de evento adverso ao BCG; 
•localização pouco usual de lesão do tipo nodular que pode sugerir diagnóstico diferente de linfadenopatia (lipoma, por exemplo); 
•aparecimento de linfadenopatia em outras cadeias ganglionares.
Reativação do BCG
•Trata-se de situação em que uma lesão de BCG já cicatrizada volta a apresentar atividade. O quadro varia desde hiperemia na região da cicatriz até uma franca reativação, com possibilidade de disseminação. Este fenômeno tem sido descrito em indivíduos com diferentes condições de base ou mesmo sem nenhuma comorbidade, com ou sem fator desencadeante reconhecido. 
•Entre as comorbidades já relacionadas à reativação do BCG, destacam-se: 
1- infecção pelo HIV (tanto em fases avançadas com comprometimento imunológico importante quanto na situação de reconstituição imune pós-introdução de terapia antirretroviral potente); 
2-pós-transplante de células tronco-hematopoéticas; 
3-uso de medicação imunossupressora pós-transplante de órgãos sólidos; 
4- como parte das manifestações da doença de Kawasaki;
5- pós-infecções virais leves; 
6- pós-vacinação
Conduta
•A conduta diante de uma reativação do BCG depende do quadro clínico e da condição imunológica do indivíduo acometido. 
•Assim, na presença do evento adverso em um paciente com infecção pelo HIV e naqueles transplantados de células tronco-hematopoéticas e de órgãos sólidos, deve-se instituir medicação específica para a cepa do BCG. 
•Nos casos de evento locorregional em pacientes sem comprometimento extenso do sistema imune, pode-se iniciar isoniazida e observar a resposta. Naqueles com comprometimento imunológico importante no momento do diagnóstico, recomenda-se a associação de drogas, como no tratamento de casos de disseminação do BCG. 
•A reativação do BCG no indivíduo sem condição de base que comprometa o sistema imune geralmente não necessita de tratamento, visto que muitas vezes só ocorre hiperemia no local da cicatriz. Este é caso dos pacientes com reativação do BCG pós-infecções virais leves e naqueles pós-imunização. 
•A reativação do BCG na situação de doença de Kawasaki deve ser também observada, com tratamento para o Kawasaki de acordo com as orientações.
Hepatite B
•As vacinas hepatite B disponíveis no Brasil são produzidas por tecnologia DNA recombinantes e vêm apresentando altos índices de segurança, sendo bem toleradas e, pouco reatogênicas. 
•Quando os eventos adversos se fazem presentes, geralmente são leves e transitórios, com duração menor que 24 horas.
•A vacina recombinante é produzida pela inserção do plasmídeo contendo o gene para o HbsAg (antígeno de superfície do vírus da hepatite B) no interior de levedu-ras. As células do levedo produzem, então, o antígeno recombinante de superfície
Precauções gerais e contraindicações
Precauções 
• O efeito do antígeno no desenvolvimento fetal é ainda desconhecido, porém, a gestação e/ou lactação não são contra-indicação para a utilização da vacina em situações de risco (abuso sexual, acidente punctório, etc.).
• Na ocorrência de doenças agudas febris moderadas ou graves, recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da doença.
Contraindicações
•Anafilaxia prévia a qualquer componente da vacina contraindica o seu uso. 
•Púrpura trombocitopênica pós-vacinal.
Eventos Adversos
Manifestações locais 
•Pode ocorrer dor e enduração/rubor no local da injeção. 
•Eventualmente podem ocorrer abscessos locais, decorrentes da contaminação bacteriana secundária por falha técnica de aplicação vacinal. 
•Não há contraindicação para administração de doses subsequentes
Manifestações sistêmicas 
•Febre nas primeiras 24 horas após a vacinação. Geralmente é bem tolerada e autolimitada. 
•Fadiga, tontura, cefaleia, irritabilidade, desconforto gastrintestinal leve podem estar presentes. 
Púrpura trombocitopênica 
•A púrpura trombocitopênica idiopática após administração da vacina hepatite B é um evento raro cuja relação causal é difícil de ser comprovada. O diagnóstico baseia-se na exclusão de outras causas possíveis. O tempo de latência entre a vacina e o aparecimento dos sintomas, que geralmente é de alguns dias até dois meses, sugere esta relação. 
•Notificar e investigar todos os casos, com a finalidade de excluir outros diagnósticos diferenciais. 
•Há contraindicação para doses subsequente.
Reações de hipersensibilidade 
•Excepcionalmente podem ocorrer manifestações de hipersensibilidade a algum dos componentes da vacina, incluindo o timerosal e o levedo (risco teórico). 
•Ocorre em um caso para 600 mil vacinados e é mais raro em crianças e adolescentes. 
•A anafilaxia é imediata e ocorre habitualmente na primeira hora após a exposição ao alérgeno. 
•Há contraindicação para doses subsequentes.
DTP/Hib - Tetravalente
A vacina faz parte do calendário básico vacinal do Brasil desde 2002, sendo indicada para ser realizada no 2º, 4º e 6º mês de vida
As reações adversas desta vacina ocorrem principalmente nas primeiras 48h-72h
Sobre a vacina conjugada e reações adversas:
as vacinas aplicadas numa mesma injeção têm reações adversas semelhantes à aplicação simultânea em locais diferentes.
não aumenta a frequência e a gravidade dos eventos adversos
Hib conjugada ao toxoide tetânica apresenta perfis de reatogenicidade semelhantes
DTP/Hib - Tetravalente
Reações Adversas
EEH - Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo
• Inicio súbito de:
» Hipotonia.
» Hiporresponsividade.
» Cianose ou palidez (ou coloração da pele não observada).
OBS: Ocorrência nas primeiras 48 horas pós-vacinação. Sendo indicado pelo estudo que todos os casos confirmados começaram entre 30 minutos e 5h após inoculação da vacina. → Próxima dose DTP acelular
Reações Adversas
Reações locais:
Vermelhidão, calor, endurecimento e edema, acompanhados ou não de dor, pouco intensos e restritos ao local da aplicação);
Nódulo indolor no local na injeção;
Abscesso FRIO OU QUENTE
OBS: notificar caso seja relatado esses eventos
Conduta
a) Tratamento sintomático.
b) Utilização de compressas frias no local de aplicação para alívio da dor e ou
da inflamação.
c) Medicamentos analgésicos podem ser utilizados para alívio da dor.
d) Os abscessos devem ser submetidos à avaliação médica para a conduta
apropriada.
e) Não há contra-indicação para administração de doses subseqüentes.
Reações Adversas
Reações sistêmicas:
Febre
Vômito
Sonolência
Choro persistente (SE ANORMAL) *Observar nas próximas 24h
Anorexia
Encefalopatia *presença de convulsões, rebaixamento do nível de consciência e/ou alteração do comportamento - 2 desses critérios
Reações de Hipersensibilidade
Apneia
OBS: notificar: febre >39, anorexia, EHH, convulsão, encefalopatia*, anafilaxia*, apneia
Composição
DTP de células inteiras
• Toxóide diftérico purificado: 10Lf
• Toxóide tetânico purificado: 10Lf
• Suspensão de células inteiras de Bordetella pertussis inativada: 16OU
• Hidróxido de alumínio (adjuvante): <1,25mg
• Timerosal como preservativo
Hib
• Polissacarídeo capsular de Haemophilus influenzae (PRP):10μg
• Conjugado com Toxóide tetânico (carreador protéico): 20 a 40μg
Contra-indicações
• A ocorrência de reação anafilática ou encefalopatia aguda grave subseqüente à aplicação da vacina tetravalente constitui contra-indicação absoluta para a administração de outras doses dessa vacina.
• Após completar 7 anos de idade.
Precauções
a) Doenças agudas febris moderadas ou graves: recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro, com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da doença.
b) Portadores de doenças neurológicas crônicas e com risco de descompensação devido à febre, tais como cardiopatas e pneumopatas graves.
c) Recém-nascidos prematuros extremos (<31 semanas e/ou < 1.000g).
Vacina oral contra a poliomielite (VOP)
•Descrição do produto: solução oral, composta por poliovírus atenuado tipos 1, 2 e 3. Contém cloreto de magnésio, estreptomicina, eritromicina, polissorbato 80, L-arginina e água destilada.
•Contraindicações da VOP
-Pessoas com imunodeficiência humoral ou mediada por células, neoplasias, uso de terapia imunossupressora.
-Pacientes portadores do HIV e seus comunicantes.
-História de alergia tipo anafilática a antibióticos contidos na vacina (neomicina, polimixina e estreptomicina).
-História de pólio vacinal associada à dose anterior
-Gestantes.
Efeitos adversos
•Poliomielite associada à vacina (VAPP): O vírus vacinal pode sofrer mutação para neurovirulência.
-Paralisia flácida e aguda que se inicia entre 4 e 40 dias após o recebimento da VOP e que apresenta sequela neurológica compatível com poliomielite 60 dias após o início do déficit motor.
•Conduta: Notificar e investigar; Coleta adequada das fezes; Liquor; Eletroneuromiografia; há contraindicação para doses subsequentes. Continuar a vacinação com a vacina inativada.
•Meningite asséptica e encefalite
•Reação de hipersensibilidade
Vacina oral de rotavírus humano(VORH)
•Composição: suspensão oral composta por rotavírus humano vivo, atenuado, com apenas um sorotipo em sua composição que é o G1[P8] da cepa RIX4414. Contém sacarose, adipato dissódico, meio Eagle modificado por Dulbecco e água estéril.
-Estudos mostraram que houve proteção cruzada para gastrenterite e gastrenterite grave causadas por outros sorotipos não G1 (G2, G3, G4 e G9).
•Contraindicações: Imunodeficiência, uso de medicamentos imunossupressores, alergia, doença do aparelho gastrointestinal. Idade: 1ª dose: entre 1 mês e 15 dias a 3 meses e 15 dias.
 	 2ª dose: entre 3 meses e 15 dias a 7 meses e 29 dias.
•Precauções: Doença febril; Crianças filhas de mãe soropositiva para HIV; Em casos de regurgitação, não revacinar.
Efeito adverso
•Invaginação intestinal: É mais freqüente em crianças entre 4 e 9 meses de idade, sendo a causa mais comum de emergência abdominal na faixa etária menor de 2 anos. O quadro clínico caracterizado por dor abdominal intensa e intermitente, evoluindo para obstrução intestinal com náuseas, vômitos e distensão abdominal. Devido ao processo isquêmico no segmento do intestino invaginado, a presença de sangue nas fezes pode ocorrer e nos casos mais graves pode haver necrose com perfuração intestinal.
•Conduta: Notificar e investigar todos os casos de invaginação que ocorram até 30 dias após a vacina.
-Avaliação clínico-cirúrgica;
-Contraindica dose subsequente.
Vacina contra a febre amarela
Vacina altamente imunogênica (95-99% dos vacinados), recomendada a partir dos 9 meses com revacinação após 10 anos.
2001 a 2003 houve 172 notificações de eventos adversos (7,6 em um milhão) variando entre reações locais a falências de múltiplos órgãos.
Constituição: vírus atenuado (em ovo de galinha) com sacarose, glutamato,sorbitol, gelatina bovina, eritromicina e canamicina
Precauções: adiar a dose em caso de doença febril aguda, infectados por HIV, nutrizes ou lactantes amamentando criança abaixo de 6 meses (esperar a criança completar 6 meses, primovacinação em maiores de 60 anos, doenças autoimunes e pacientes transplantados de células
tronco hematopoiéticas.
Contraindicação:
crianças menores de 6 meses
pacientes com imunossupressão
Pacientes infectados pelo HIV com imunossupressão grave, com a contagem de células CD4 <200 células/mm3.
Tratamento com drogas imunossupressoras
Pacientes submetidos a transplante de órgãos
Pacientes com imunodeficiência primária, neoplasias 
Indivíduos com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras).
Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica
Gestantes
Vacina tríplice viral e dupla viral – SCR e SR
Tríplice( sarampo, rubéola e caxumba): vacina combinada com vírus vivos atenuados. Tomar aos 12 meses e aos 1 ano e 6 meses
Dupla (sarampo e rubéola): vírus vivos atenuados
Os eventos adversos podem ser devidos a reações de hipersensibilidade ou manifestações clínicas semelhantes às causadas pelo vírus selvagem.
Precaução: Doenças agudas febris moderadas ou graves e Após uso de imunoglobulina, sangue e derivados (adiar por 3 meses)
Contraindicação: anafilaxia na última dose, grávidas (esperar 1 mês), imunodeficiências congênitas ou adquiridas (HIV assintomático não é contraindicação), uso de corticosteróides em doses imunossupressoras e quimioterapia, Transplantados de medula óssea
Vacina influenza
•Publico alvo: são grupos de maior vulnerabilidade, que incluem os idosos, crianças (de 6 meses a menores de 5 anos de idade), povos indígenas, trabalhadores do setor Saúde, gestantes, puérperas, população presidiária e indivíduos dos seguintes grupos de risco clínico: doenças respiratória crônica, doença cardíaca crônica, doença renal crônica, doença hepática crônica, doença neurológica crônica, diabetes, imunodepressão e obesidade grau III.
•Composição: diferentes cepas do vírus Myxovirus influenzae atualizadas anualmente, as quais são propagadas em ovos embrionados de galinha. A vacina pode conter conservante timerosal, traços de antibióticos (neomicina ou gentamicina) e formaldeído. 
•Precauções: adiar a dose em caso de doença febril aguda; em caso de ocorrência de síndrome de Guillain-Barré (SGB) no período de até seis semanas após a dose anterior, realizar avaliação médica sobre benefício e risco; pessoas com história de alergia a ovo, que apresentem apenas urticária após a exposição pode receber a vacina, mas deve permanecer em observação por 30 minutos.
•Contraindicações: A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores bem como a qualquer componente da vacina ou alergia grave relacionada a ovo de galinha e a seus derivados.
 	• Reações anafiláticas graves a doses anteriores também contraindicam doses subsequentes. 
Vacinas Pneumocócicas
•Pneumocócica 23-valente:
•Reações locais:
•Dor, edema e vermilhidão mais frequentes na revacinação
•Manifestações leves e bem toleradas que duram entre 24 e 48h
•Reacão tipo Arthus relacionada à vacinação precoce
•Tratamento: Sintomático
Vacinas Pnemocócias
•Pneumocócica 23-valente:
•Manifestações sistêmicas
•Febre baixa, mialgia, astenia, artralgia e cefaleia – <1% ~24h
•Anafilaxia e manifestações alérgicas são eventos raros e podem ocorrer como reação a qualquer um dos componentes da vacina
•Tratamento: Sintomático se necessário e específico da anafilaxia
Vacina Raiva (inativada)
•2 tipos: vacinas de tecido nervoso e de cultura de células
•A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a substituição, o mais rapidamente possível, das vacinas de tecido nervoso pelas desenvolvidas por intermédio de cultura de células, por serem mais eficazes e seguras.
•Reações locais:
•Dor, prurido, edema, enduração e pápulas urticariformes – 15 a 25 dos vacinados
•Outras: Abscesso local e linfadenopatia regional
Vacina Raiva (inativada)
•Tratamento:
•• Avaliação clínica.
•• Tratamento com analgésico, se necessário
•• Compressas frias, se necessário.
•Não há contraindicação para doses subsequentes
Vacina Raiva (inativada)
•Manifestações Sistêmicas:
•Febre, mal-estar, cefaleia, náuseas, dor abdominal, dores musculares e tonturas - 10% a 20%
•Podem ocorrer durante ou após a administração do esquema vacinal.
•Tratamento:
•Tratamento sintomático
•• Não há contraindicação para doses subsequentes.
•• Afastar outros diagnósticos diferenciais.
Vacina Raiva (inativada)
•Manifestações de hipersensibilidade:
•Incidência de 11:10.000 casos vacinados
•Relacionada à presença de albumina humana alterada
•Mais frequentes: Exantema pruriginoso generalizado, urticária, artralgia, artrites, angioedema, e raramente anafilaxia.
•A maioria dos casos é revertida com o uso de anti-histamínicos.
•Somente em casos esporádicos há necessidade de uso de corticoides ou adrenalina.
•• Avaliar a necessidade da manutenção do esquema antirrábico.
•• Nas reações leves ou moderadas, fazer a vacina PVCV após avaliação do caso e, se necessário, sob uso de anti-histamínico.
•• Nas reações graves, incluindo a anafilaxia, havendo a necessidade de continuidade do tratamento ou em nova exposição de risco, substituir a vacina por outra com composição distinta das vacinas PVCV (albumina humana).
Vacina Raiva (inativada)
•Manifestações Neurológicas:
•Alterações desmielinizantes e inflamatórias tais como, paralisia progressiva ascendente (síndrome de Guillain-Barré) ou inflamação do nervo ótico
•Com base nos conhecimentos atuais não se pode excluir completamente a possibilidade de que, em casos raros, a imunização pode induzir a uma reação aguda em pacientes com doenças autoimunes (como a esclerose múltipla) ou com predisposição genética
•Tratamento:
•Avaliação e tratamento imediato e específico das manifestações neurológicas.
•• Avaliar a necessidade da continuação do esquema, se necessário, utilizar vacina isenta de albumina humana.
Imunobiológicos disponíveis no CRIE
Investimento em imunobiológicos modernos
Beneficiar população com: susceptibilidade aumentada ou risco aumentado
Motivos biológicos (imunodepressão, asplenia, transplante e aids)
Contato com imunodeprimidos (profissionais da saúde e conviventes)
Intolerância aos imunobiológicos comuns (alergia ou evento adverso grave)
Exposição inadvertida a agentes infecciosos (acidentel profissional ou violência)
Imunobiológicos distríbuidos
Vacina inativada contra poliomelite (VIP)
Vacina contra Hepatite B (HB) e Hepatite A (HA)
Vacina contra varicela (VZ)
Vacina contra influenza (VZ)
Vacina de polissacarídeos contra pneumococo (Pn23)
Vacina conjugada contra o pneumococo (Pnc7)
Vacina conjugada contra o Haemofilus influenzae do tipo B (Hib)
Vacina tríplice bacteriana (DTPa)
Vacina dupla tipo infantil (DT)
Vacina conjugada contra o meningococo C (MncC)
Imunoglobulinas humanas hiperimunes específicas contra tétano (IGAHT), hepatite B (IGHAHB), raiva (IGHAR) e varicela-zoster (IGHAVZ)
Imunoglobulina anti-hepatite B (IGAHB)
Imunoglobulinas produzidas a partir do plasma de doadores hiperimunizados e com alto títulos de anticorpos anti-HBs
Indicação: pessoas não previamente imunizadas 
 profilaxia após exposição a sangue HBs-Ag positivo
Imunoglobulina antirrábica (IGAR) 
A profilaxia da raiva que utiliza o soro antirrábico ou IGAR, além da vacina, é indicada no caso de acidentes considerados graves. São eles:
Ferimento em mucosas no seguimento cefálico, mãos e pés.
Ferimento profundo, mesmo que puntiforme
Ferimentos múltiplos ou extensos, em qualquer região do corpo
Lambedura de lesões profundas ou de mucosas, mesmo que intactas
Ferimento por morcegos, independente do local, extensão ou profundidade
Imunoglobulina antitetânica (IGAT)
Profilaxia de ferimento extenso, sujo ou profundo, em casos de vacinação incompleta ou desconhecida
Tratamento de pacientes com tétano
Produto de eleição pelo menor risco de eventos adversos
Imunoglobulina antivaricela zoster (IGVZ)
Administração depende:
probabilidade de susceptibilidade da pessoa exposta a varicela
probabilidade da exposição à varicela ou zoster resulte em infecção
probabilidade de desenvolvimento de complicações no indivíduo infectado
Indicação por contatos domiciliares:
Contato face a face com indivíduo com varicela
Indicação em ambiente hospitalar:
Varicela: contato prolongado
Zoster: contato íntimo
Recém nascido cuja mãe desenvolve varicela de 5 d antes 48 hrs após o parto
Quando evidenciada a exposição, recebem IGVZ:
Crianças imunocomprometidas, adolescentes e adultos sem história de varicela ou imunização anterior contra VVZ
Gestantes suscetíveis 
Recém-nascidos cuja mãe tenha apresentado início de varicela de 5 dias antes do parto até 48 horas após
Prematuros hospitalizados (> 28 sem IG) cuja mãe não tenha história de varicela ou comprovação sorológica de infecção
Prematuros hospitalizados (< 28 sem IG ou < 1000 g de PN), independente da história materna de varicela ou de imunidade para o VVZ
Eventos adversos
São raríssimos
Reações locais: eritema, edema e dor de intensidade leve
Manifestações sistêmicas: febre, sintomas gastrointestinais, mal estar, cefaleia, exantema
Manifestações alérgicas: anafilaxia (rara)
Vacinas de uso restrito 
Vacina contra meningococos dos sorogrupos A e C 
•Avaliação epidemiológica ( sorogrupos específicos e ausência de imunidade prolongada)
•Reação imunogênica ao polissacarídeo capsular dos meningococos (especificidade)
•A,B e C não estão disponíveis no serviço (surtos)
•Composição: podem ser isoladas ou combinadas. Contém 50mcg do polissacarídeo capsular purificado.
Eventos adversos 
•Manifestações locais: dor, edema e eritema local (1-2 dias)
Notificação e investigação: nos casos de abscesso ou reação local grave
Conduta: tratamento sintomático ou segundo indicado e não há contra-indicações para administração de doses subsequentes 
•Manifestações sistêmicas: leves e pouco frequentes
Febre baixa (48h após – por 24 a 48h), cefaléia, irritabilidade ou sonolência, principalmente em crianças.
Notificação: não há necessidade, exceto em surtos
Conduta: tratamento sintomático se necessário; não há contra-indicação de doses subsequentes
•Reações de hipersensibilidade graves: raras
Notificação: notificar e investigar todos os casos
Conduta: tratamento especifico da anafilaxia; conta-indicar doses subsequentes
Vacina contra meningococo dos sorogrupos B e C 
•Baseado em 17 estudos
•Vacina pouco reatogênica e bem tolerada
•Composição: proteínas purificadas da membrana externa do meningococo B, conjugada com polissacarídos capsulares do meningococo C e adsorvidos em gel de hidróxido de alumínio e timerosal como conservante
Eventos adversos 
•Manifestações locais: aplicação dolorosa (adsorvente), dor (24h – por 3 dias), tumefação, rubor local, enduração
Muito baixo: abcesso e linfadenite
Investigação: notificar e investigar casos muito intensos e duradouro, e surtos.
Conduta: tratamento sintomático, compressas frias, avaliação do abcesso para uso de antibioticoterapia, não contra-indica doses subsequentes. 
•Manifestações sistêmicas: febre (48h)
Sindrome da reação sistêmica precoce: febre dentro de 3h após vacinação ou tremores, calafrios, cefaléia intensa, vômitos, sonolência, prostação, cianose perioral ou de dedos
Notificação: apenas os casos de SRSP
Conduta: medicamentos sintomáticos, não contra-indica doses subsequentes, em casos de SRSP recomenda-se uso de antitérmico profilático. 
•Episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH):
Quadro clínico de palidez, diminuição ou desaparecimento do tônus muscular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos de instalação súbita, que pode ocorrer até 48 horas após a aplicação da vacina.
Notificação: todos os casos
Conduta: observação rigorosa até resolução, adotar medidas apropriadas quando ocorrer hipotensão, cianose ou depressão respiratória
•Manifestações neurológicas: convulsão febril, convulsão afebril, ataxia cerebelar (primeiras 72h após aplicação, com boa evolução)
Notificação: todos os casos devem ser investigados e notificados, realizar investigação neurológica.
Conduta: tratamento apropriado para convulsão, contra-indica doses subsequentes
•Manifestações hematológicas: manifestações purpúricas
Notificação: todos os casos devem ser notificados e investigados
Conduta: em manifestações locais, sem outros sintomas, apenas observação; na disseminada, solicitar avaliação do hematologista e contra-indicar doses subsequentes
•Manifestações de hipersensibilidade: urticária, edema de Quinck, choque anafilático.
Notificação: todos os casos devem ser notificados e investigados
Conduta: tratamento adequado da reação alérgica apresentada; nos casos de urticária, edema de Quinck e choque anafilático se contra-indica doses subsequentes; no casos de alergia ao timerosal não há contra-indicação da vacinação
Vacina contra a febre tifóide 
•Não apresenta valor de controle da doença e de surtos (importante medida de higiene pessoal e melhoria de saneamento básico)
•Composição:
1.Composta de Salmonella typhi atenuada, tendo como estabilizante a lactose e sacarose. Uso oral.
2.Composta de polissacarídeo purificado extraído do antígeno de superfície da Salmonella typhi, inativada pelo formol ou pelo calor e tem como conservante o fenol. De uso subcutâneo. Atualmente disponibilizada pelo PNI. 
•Contra-indicações:
Como regra geral, gestante e imunodeficientes não podem utilizar vacinas vivas atenuadas, portanto não devem utilizar a vacina oral. Quando necessária, usar a vacina inativada (cutânea).
Também quando reação anafilática em dose anterior
•Precauções: é prudente adiar a vacinação de pessoas com febre (até que desapareça), em caso de doenças agudas ainda sem diagnóstico e doenças crônicas descompensadas; uso de antibióticos ou drogas antimaláricas podem reduzir a eficácia da vacina oral.
•Eventos adversos:
Na vacina oral, raramente ocorrem efeitos colaterais, basicamente manifestações gastrointestinais discretas e mais raramente febre e dor de cabeça.
Na vacina subcutânea é bem tolerada. Os eventos mais comuns são dor no local da aplicação, febre e dor de cabeça.
Reação anafilática (hipotensão e choque), ocorrem mais raramente.
•Notificação: notificar e investigar os casos com reações locais e sistêmicas muito intesas.
•Conduta: em reações sistêmicas geralmente se indicam apenas analgésicos e antitérmicos. 
Imunoglobulinas
Mesma espécie;
Tipos:
Humana normal (gamaglobulina): doadores adultos e sadios;
Específica (gamaglobulina hiperimune): imunização ativa recente;
Produtos: IGAHB, IGAT, IGAR, IGAVZ;
Indicações: 
Imunodeficiência;
Profilático: risco de infecção (susceptível ou exposição);
Terapêutico: melhorar/suprimir efeitos da toxina ou agente infeccioso.
Imunoglobulinas
Eventos adversos:
Reações locais: eritema, edema e dor leve;
Reações sistêmicas: febre, sintomas GI, mal-estar, cefaleia, exantema;
Alérgicas: anafilaxia é rara.
Conduta:
Observação contínua;
Administração sintomáticos;
Ig humana produz menos reações adversas.
Soros heterólogos
Ac do plasma de doadores de espécie diferente;
Produtos: 
Antirrábico;
Antitetânico;
Antidftérico;
Antiaracnídico (“aranha-armadeira” e “aranha marrom” - pentavalente);
Antiescorpiônico (gên Tityus);
Antibotrópicos (“jararacas, cotiaras, urutus”);
Antielapídico (“coral”);
Anticrotálico (“cascavel”);
Antiloxoscélico (Loxoscele: “aranha-marrom”);
Antilonômico (lagarta Lonomia obliqua - “taturana”);
Antibotulínico.
Soros heterólogos
Reações adversas:
Imediatas (até 2h): anafilaxia => palidez, cianose, urticária, laringoespasmo, edema de face, hipotensão, entre outros;
Precoces (até 24h): anafilaxia, reação de Arthus (HS tipo III): eritema, edema, induração e petéquias => processo inflamatório próximo ao local de aplicação;
Tardias (6-12 dias): doença do soro (HS do tipo III): cefaleia, febre, astenia, mialgia, artralgia, exantema com máculas ou pápulas pruriginosas,
infartamento ganglionar, vasculite,...
ATENÇÃO! Anafilaxia => Choque anafilático => Morte.
Informações importantes:
História prévia de HS;
Se já fez uso de soros de origem equina;
Se mantém contato frequente com animais (principalmente equinos).
Soros heterólogos
Condutas:
Anafilaxia (HS do tipo I): responsividade, vias aéreas, sinais vitais, posição supina e Trendelenburg, oxigênio;
Reações alérgicas: anti-histmínicos; corticoesteroides;
Prevenção choque anafilático:
Assepsia e antisspesia;
Material adequado;
Acesso venoso adequado;
Monitorização do paciente durante o gotejamento (lento) do soro;
Se reação indesejável => parar soro e iniciar tratamento;
Assim que paciente melhorar => gotejamento do soro.

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