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Questionário introdução ao direito II

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Faculdade Mineira de Direito
Curso de graduação em Direito – 2º período
 
 
Luken Pena Martins
QUESTIONÁRIO DE INTRODUÇÃO
AO DIREITO
 
 
 
  Betim – Minas Gerais
2017
INTRODUÇÃO AO DIREITO – LIÇÃO X:
1-Segundo o tridimensionalismo jurídico, como se dá a gênese de uma norma jurídica?
	As normas jurídicas surgem através da realidade social, da experiência humana, com a finalidade de consagrar os valores e disciplinar os atos desejados. Segundo Miguel Reale, existem na origem de uma norma jurídica: Um ou mais valores a serem tutelados, que se iniciem em um fato social não isolado, e reflitam em várias normas possíveis, mas que através do poder seja escolhida apenas uma das normas possíveis, acrescentando-a uma sanção, e a convertendo em uma norma jurídica. 
2-Há uma normatividade dos princípios? 
	 
3-Por que se diz que a norma jurídica é uma “proposição enunciativa”?
	A norma é resultado do juízo de um determinado valor, e a função dela consiste em expressar verbalmente este juízo. 
4-Todas as norma jurídicas assumem a estrutura de um juízo hipotético? Por que? 
Não, as normas jurídicas podem assumir a forma de juízo hipotético ou juízo categórico, de acordo com suas estruturas. As normas de juízo categórico são normas de organização, que visam funcionamento de órgãos do estado, ou qualquer outro que venham a delegar funções. Já o juízo hipotético são normas de conduta, que visam disciplinar a conduta dos indivíduos.
5-A norma completa de conduta pode desdobrar-se em três proposições hipotéticas; o que elas enunciam? Como você as denominaria? 
-Endonorma: Enuncia um dever, impõe uma conduta, verificando uma hipótese.
Se for A, deve ser B
-Perinorma: Enuncia uma sanção, mediante o descumprimento de uma norma.
Se não B, deve ser SP.
	A endonorma eu a denominaria como Direito Civil, e as perinormas como Direito Penal.
6-Tanto a endonorma como a perinorma apresentam uma hipótese e uma consequência? Explique.
	Sim, ambas categorias das normas de condutas apresentam uma hipótese e uma consequência. Na endonorma a hipótese é a situação de fato prevista (Se for A), e a consequência é a conduta que está sendo exigida (Deve ser B). Já na perinorma a hipótese é o não cumprimento do que está sendo imposto (Se não B), e a consequência é a sanção penal que se aplica ao indivíduo, para preservar os valores presentes em B (Deve ser SP).
7-A rigor, o preceito ou dispositivo é a norma toda? Por que? 
	O “Preceito ou dispositivo” é apenas um dos elementos de uma norma, podem ocorrer ocasiões em que a endonorma e a perinorma estejam em normas distintas, sendo necessário vincular diferentes textos normativos para se obter a norma completa.
8-Na formulação da norma jurídica de conduta, que significam “A”, “B”, “Não B”, “SP” e “SPr”?
	A= Situação de fato ou hipótese.
	B= Conduta exigida.
	Não B= Não cumprimento da conduta exigida.
	SP= Sanção Penal.
	SPr= Sanção Premial.
9-Quando se dá o nexo de imputabilidade? Explique o binômio: imputabilidade/responsabilidade; causabilidade/imputabilidade.
	Quando há uma relação entre um ato particular e um fato previsto no regramento jurídico, resulta o nexo de imputabilidade, onde o agente irá sofrer ou gozar das consequências. 
Imputabilidade/responsabilidade: são relacionados, pois imputar é atribuir responsabilidade a alguém.
Causabilidade/imputabilidade: Não existe uma relação de causa e efeito, mas sim, a existência de uma condição que resulta a uma consequência, onde a responsabilidade de ato da pessoa está ligada a uma conduta jurídica.
10-Segundo a Teoria Tridimensional do Direito, a forma lógica exaure todo o problema normativo? Por quê? 
	   O aspecto lógico não exaure o problema normativo, pois como a norma jurídica é o elemento nuclear do direito, deve manter sua tridimensionalidade:
		Fato	=	
DIREITO =	Valor	=	Fato
 	 	Norma	=	Valor	
				Forma lógica
11-Qual a formalização completa, incluindo a endonorma e a perinorma, das seguintes normas de conduta:
“Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido” (CC, Art. 938).
ENDONORMA. “Aquele que habitar prédio, ou parte dele ...” (Se for A), “... responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido” (Deve ser B).
“...perde-se a propriedade: ... III – Por abandono” (CC, Art. 1.275).
PERINORMA. “...perde-se a propriedade: ...” (Deve ser SP), “... III – Por Abandono” (Se não B).
12-Há distinção entre imputabilidade e responsabilidade? Entre causalidade e imputabilidade? Explique.
	Não existe distinção entre os termos “Imputabilidade” e “Responsabilidade”. Imputar é atribuir a responsabilidade, a culpa, de uma ação à um indivíduo. 
	Nos termos “Causalidade” e “Imputabilidade” existem diferenças, pois não se trata de uma relação de causa e efeito, mas sim, a existência de uma condição que resulta a uma consequência, onde a responsabilidade de ato da pessoa está ligada a uma conduta jurídica.
13-Comsidere o seguinte texto de Miguel Reale:
“Se desejarmos alcançar um conceito geral de regra jurídica, é preciso, por conseguinte, abandonar a sua redução a um juízo hipotético, para situar o problema segundo um outro prisma. A concepção formalista do Direito de Kelsen, para quem o Direito é norma, e nada mais do que norma, se harmoniza com a compreensão da regra jurídica como simples enlace logico que, de maneira hipotética, correlaciona, através do verbo dever ser, uma consequência C ao fato F, mas não vemos como se possa vislumbrar qualquer relação condicional ou hipotética em normas jurídicas como estas: a) ‘Compete privativamente à União legislar sobre serviço postal’ (Constituição, Art. 22, V); b) ‘Brasília é a Capital Federal’ (Constituição, Art. 18, §1º); c) ‘Todo homem é capaz de direitos e obrigações na vida civil’ (CC, Art. 2º) ...” (Miguel Reale, Lições preliminares de direito, São Paulo: Saraiva, 2000, p. 94). A questão é do provão/2000 e a edição das lições preliminares citada (2000) traz a transcrição do CC/1916.
Na passagem transcrita, o autor procura:
Defender a noção de norma como juízo hipotético;
Aderir à concepção positiva de Kelsen;
Demonstrar a origem jusnaturalista de todas as normas, 
Mostrar que existem normas jurídicas que não podem ser pensadas como juízos hipotéticos;
Deixar claro que não existe relação de consequência entre as normas constitucionais e as do Código Civil.
(Provão 2000)
INTRODUÇÃO AO DIREITO – LIÇÃO XI:
1-Que distingue uma norma de organização de uma norma de conduta? Exemplifique:
	As normas de organização visam à estrutura de funcionamento dos órgãos do estado, de editar normas que competem à união. Exemplo: “Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I- processar e julgar” (CF, Art. 102).
As normas de conduta tem como objetivo a organização humana, editando normas que disciplinem o comportamento dos indivíduos. Exemplo: “A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas a prorrogação e a compensação de jornada” (CLT, Art. 432).
2-Que são normas de direito externo e de direito interno? 
	As normas de direito interno ou externo tratam da extensão territorial de abrangência de determinada norma. As normas de direito interno são nacionais, constitucionalidade. Normas de direito externo são internacionais, convencionalidade.
3-Que caracteriza uma norma nacional? Exemplifique.
	São normas dirigidas ao povo, a nação. Exemplo: “Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil” (CC, Art. 1º).
4-Que são normas federais, estaduais, municipais e distritais? 
	As normas federais regulam os interesses da união federal. As normas estaduais são aquelas que são editadas pelo estado federado. As normas municipais são somente aquelas de competência do município em questão. E as normas distritais são normas de competência apenas do Distrito Federal.5-Explique, exemplificando, que vem a ser uma norma cogente ou de ordem pública?
	São aquelas normas que proíbem por completo uma determinada ação, ser admitir qualquer circunstância, pois defendem um interesse maior para a vida pública, portanto, a vontade do destinatário não é levada em consideração. 
6-Qual a distinção entre uma norma mais que perfeita e uma norma perfeita? Exemplifique.
	A norma mais que perfeita é aquela que possui mais de 1 autorizamento, sendo uma ao sujeito e outra ao objeto. (EX: Em um acidente de trânsito, onde um dos motoristas está sobre o efeito do álcool, o mesmo perderá sua habilitação [Sanção], será preso [Sanção Penal ao sujeito], a vítima será indenizada [Objeto]).
	Para que a norma seja perfeita, basta que ela restabeleça o objeto. (EX: Quando uma pessoa incapaz administra seu patrimônio de forma incoerente, pode-se pedir a restituição daquele bem, uma vez que a pessoa negociante não possui discernimento para tal ação).
7-Como se explica a existência de normas imperfeitas? 
	As normas imperfeitas se justificam em alguns casos por razões de ordem ética ou social. Também são consideradas imperfeitas aquelas normas que apenas estabelecem um enunciado, uma diretriz, onde só se tornam compulsórias quando uma disposição concreta de lei é aplicada,
8-Demonstre a diferença entre normas genéricas, particulares e individualizadas.
	As normas genéricas são aquelas que abrangem todos os indivíduos que compõem a nação. Já as normas particulares são direcionadas a um público especifico, tendo em vista a atividade ou a situação do sujeito, ou classificação do objeto por ela regulada. As normas individualizadas são as que certificam, em concreto, as disposições anteriores, como acontece em uma sentença judicial. 
9-Que são normas excepcionais? Exemplifique.
	As normas excepcionais proporcionam um tratamento diferenciado em determinados casos, situações ou indivíduos. É quebrada a sistemática da ordem jurídica vigente. Exemplo: O ato institucional nº 5, de 13/12/1968; à sombra do seu artigo 10, foi praticada a tortura de muitos presos políticos: “Fica suspensa a garantia de ‘Habeas Corpus’, nos casos de crimes políticos, contra a segurança nacional, a ordem econômica e social e a economia popular”.
10-Que caracteriza uma norma autoaplicável em face de uma norma dependente de regulamentação ou de complementação?
	É a norma que não depende de nenhuma outra para ser aplicável, ela é imediatamente aplicável, independentemente de qualquer ato legislativo oi regulamentar.
11-Distingua, quanto à aplicabilidade das normas constitucionais, as de eficácia plena, contida e limitada.
	As normas de eficácia plena possuem se aplicam de imediato, sem depender de outra condição. As normas com eficácia contida são aquelas que necessitam de outra norma regulamentadora. E as normas de eficácia limitada são aquelas que tem sua abrangência diminuída, devido à ausência de uma norma que lhe complete. 
12-Qual a diferença entre normas codificadas e normas consolidadas?
	As normas codificadas são aquelas que ao serem editadas abrangem todo o conteúdo do assunto, todo o ramo do direito, sem precisar de complementos adicionais. 
	As normas consolidadas é a fusão de várias normas esparsas em uma nova estrutura, fazendo com que todas as leis reunidas se tornem apenas uma.
13-Que são normas extravagantes ou esparsas? Exemplifique.
	As normas esparsas são normas que precisam ser editadas eventualmente, quando se é necessário, sem esgotar o assunto de um determinado tema, editando apenas o que for preciso.
14-Qual a finalidade de uma norma substantiva e de uma norma adjetiva?
	A norma substantiva define e regula as relações jurídicas ou edita os direitos e obrigações das pessoas.
	A norma adjetiva define os procedimentos a serem cumpridos para que a relação jurídica seja efetiva, ou faz valer os direitos que estão ameaçados ou violados.
15-Como se classificam as normas jurídicas quanto às suas fontes?
	Quanto a origem das normas jurídicas, são classificadas em legais, costumeiras e negociais. As normas legais surgem do estado, através do legislativo. As normas costumeiras vem da tradição, do costume de uma determinada sociedade em realizar tal ação. Já as normas negociais são derivadas da vontade de pessoas físicas ou jurídicas, contratos.

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