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Resumo Roteiro 5 DPP

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Resumo Roteiro 5 – REFORMA PROTESTANTE E REFORMA E CONTRARREFORMA CATÓLICA – Texto do Chevalier : A REFORMA OU O ESTADO E A “VERDADEIRA” RELIGIÃO
1. Reforma Protestante
A) Lutero: 
 Contexto histórico: Elaborou teses contra as indulgências pontifícias, e posteriormente revolta-se contra o papado.
 “O Agostiniano Lutero” – ideia da Cidade de Deus e Cidade dos Homens, e a busca do cristianismo primitivo, contra a corrupção da Igreja Católica. Será a base para a democracia atual, participação popular.
Agostinho = fé do indivíduo se dá direto com Deus.
Perspectivas de seu pensamento:
1- Inspiração de ordem teológica, moral e política: 
- teológica = retorno ao cristianismo primitivo com o contato direto do indivíduo com Deus, pondo fim a estrutura hierarquizada que tinha na Igreja Católica.
- moral = leitura ética: crítica ao fato de que a I.C. pregava uma coisa enquanto o clero fazia outra, este último vivendo no luxo, com corrupção, etc.
- política = Lutero se vê premido pela necessidade de fazer aliança com os Príncipes Germânicos para poder expandir sua doutrina, por isso surge em seu discurso a questão da submissão ao soberano para o alcance da salvação. Não há resistência por parte do homem no campo da política, ou seja, todo sofrimento e injustiça que se suporta no Reino dos homens (temporal), fará com que seu espírito seja fortalecido para a entrada no Reino de Deus (espiritual). Assim, os súditos devem submissão ao Príncipe, pois o sofrimento é necessário para o alcance espiritual.
2- Relembra o dogma de Santo Agostinho: a essência da religião é a fé da criatura em seu criador. cristianismo primitivo = relação direta – simplicidade da Igreja Luterana.
3- Reabilitação do poder civil. Tese do Sacerdócio Universal(p.287) Segundo Lutero, o batismo converte a todos em sacerdotes. Assim, se todos podem processar a fé (liberdade), não há necessidade de haver um Papa mandando no Príncipe. Assim, o Príncipe também não precisa governar sobre os principio religiosos. Todos os homens cristãos são livres (inclusive o príncipe), sendo então responsáveis pela difusão do cristianismo, e não os bispos/sacerdotes. Para Lutero o cristianismo se desenvolve somente pelos homens professando sua fé, não havendo necessidade de um Papa. Tese do Sacerdócio Universal – o cristianismo se desenvolve pelos indivíduos exercendo sua fé. Com isso, o príncipe se livra da interferência do papado, ou seja, a difusão do cristianismo não precisa da I.C; o príncipe detém por si próprio uma função espiritual. Todos significam o príncipe, então esse não precisa da I.C. para governar conforme seus preceitos, sejam eles cristãos ou não.
4) Direito de Resistência:”Ninguém tem o direito de resistir à autoridade, divina pela origem, divina pela missão” (p.288) Nenhuma restrição é admissível no que tange à sua legitimidade ou à justiça dos seus atos, pois, nas situações em que há autoridade e em que ela se exerce, ela existe e se exerce porque foi instituída por Deus. No entender de Lutero, toda resistência ativa ao soberano é crime de lesa majestade divina, assim, tudo devemos suportar, pois mais vale sofrer a injustiça do que destruir a ordem estabelecida por Deus e que não nos pertence. A ordem papal é a ordem má e não deve ser cumprida. Ao passo que a ordem do Príncipe, por mais injusta que seja, deve ser seguida, pois será recompensada no Reino de Deus (não há direito de resistência no campo da política). Se o príncipe dá uma ordem injusta recomendada pela Igreja, ele estará representando o mal e, logo, não deve ser seguido, assim, os reis cristãos não devem ter poder.
5) Ideia de que a Igreja organizou o “Corpo Místico” segundo um modelo ligado pelos pagãos e da índole diabólica. Fim da ideia de que o Príncipe é submisso à I.C. – IC com aspecto diabólico. Os príncipes ligados à I.C. não devem ser obedecidos.
6) Tema dos dois reinos Inspiração em Santo Agostinho, na distinção entre o Reino de Deus e o Reino do mundo. Lutero precisava da proteção dos príncipes, por isso daria o poder político a eles (administração e elaboração das leis), e em troca os Príncipes deixariam ele fazer a Reforma. Preponderância da Potestas (temporal) sobre a Autorictas (espiritual) – contribuição de Lutero para a onipotência do Estado. O reino do Príncipe é o reino da paz e do bem (se há algum problema é porque ele administra mal), já o reino da Igreja é o reino do caos.
Na Alemanha havia um contexto político favorável para o surgimento de uma nova doutrina, com revoltas camponesas onde o povo pagava muitos impostos e não via retorno, pois este ia direto ao rei para investimento em questões locais. Assim, Lutero propunha os príncipes a arrecadação dos impostos, enquanto ele ficaria responsável pela parte espiritual com o luteranismo.
- Complexa separação entre o Reino de Deus e do mundo
-Diatribes contra o príncipe e ironia
-Alma X Corpo : Castigo e culpa fortificam a alma sofrer na Terra para alcançar o Reino de Deus.
- Ideia de que o Cristão cuja alma é livre deve obedecer às decisões dos príncipes e aos golpes da história e da sociedade (obedecer ao poder estatal, mesmo prejudicando o corpo, mas fortalecendo a alma)
- Cristãos não devem resistir à espada dos reis, salvo quando eles mandarem obedecer ao Papa e seus partidários.
- Deixa o campo livre para onipotência do Estado A partir de então o poder político humano (Potestas) irá se sobrepor ao poder espiritual (Autorictas) encarnado na I.C. 
Consequências da Reforma Protestante
- Enfraquecimento do poder da Igreja e do Papado, quebrando sua unidade.
- Fortalecimento do poder secular, estimulando o crescimento do Estado Moderno (onipotência do Estado).
- Fim da batalha teórica entre poder temporal e espiritual: Jurisdição independente do “sacerdotium” e confiada à autoridade secular. dizer o direito aos homens é independente do sacerdote.
Surgimento de uma doutrina calvinista – autoridade, busca do poder e da riqueza valorização das pessoas mais bem preparadas intelectualmente, valorização dos mais capazes, valorização do trabalho e o que advém dele (os povos latinos, enquanto cristãos não viam isso de forma positiva), valorização do esforço.
B) João Calvino:
 Contexto histórico: o pensamento de Calvino é fortemente aristocrático. Ele vai aderir ao protestantismo (“o segundo patriarca da Reforma”). Autoridade secular (poder político) separada da religiosa. Valorização do trabalho, da autoridade, da riqueza e do poder. “O trabalho dignifica o homem” = salvação. Há a valorização dos que mais trabalham que terão a salvação atingida (“Deus ajuda quem cedo madruga”- frase cotidiana). A propriedade adquirida pelo trabalho é considerada tão sagrada quanto o trabalho(traço meritocrático)
1- Dois objetivos: i) socorrer aquelas que receberam uma luz menos intensa de Deus; ii) informar ao Rei a sedição de seus correligionários (p.292)
2- Duplo Regime: i) regime espiritual e ii) regime civil ou político. Cabe à sociedade civil administrar a religião e impedir que seja violada. Absorção da religião pelo Estado. O que o Evangelho ensina sobre a liberdade espiritual não pode ser contraposto à política terrena, como se os cristãos não devessem estar sujeitos à lei humana. Há, com isso, no homem um duplo regime: o regime espiritual (alma, íntimo) e o regime civil ou político ou temporal (costumes exteriores, deveres de humanidade e de civilidade que os homens devem observar para viverem uns com os outros de uma forma honesta e justa). Dessa forma, Calvino atribui à sociedade/polícia/lei civil o dever de bem administrar a religião e impedir que ela seja publicamente biolada.
3- Três partes da sociedade civil: magistrado, lei e povo.
4 - Qual é o melhor Estado de Polícia (forma de governo)? Irrelevante. Importa muito menos que o espírito/submissão desse governo à Palavra de Deus. Prefere as formas que asseguram a liberdade. – Pendor para um modelo misto, com predominância da Aristocracia e baixa participação popular. Para Calvino, a formade governo ideal é irrelevante para os povos que agem segundo os valores cristãos, mas se tiver que escolher o melhor Estado de Policia ele prefere a forma da Aristocracia (não hereditária) com alguma participação popular e alguma divisão de poderes, ou seja, a forma mista (“república”). Preferência por aquela que assegura a liberdade e onde vários governam socorrendo-se uns aos outros.
5 - Direito de Resistência: não se pode um resistir aos magistrados sem resistir a Deus. Não cabe ao cidadão em particular corrigir alguma coisa no Estado. Há, porém, limites. A política não pode ser questionada, no entanto, deve haver uma válvula de escape para que não haja tirania. Se há necessidade de corrigir alguma coisa no Estado, isso não é tarefa do cidadão em particular, porém eles têm o dever de mostrar o erro ao superior, o único com mãos livres para dispor do bem público. Há limites para a nossa obediência aos que nos são superiores, assim, se eles chegam a ordenar algo que vai contra Deus, essa ordem não merece de nós nenhum respeito, pois mais do que a estes, cumpre-nos obedecer a Deus.
6- Formas de intervenção: i) herói manifesto; ii) magistrado inferior Os magistrados inferiores vão legitimar o papel do Corpo Intermédio, ajudando a cumprir e impor as leis; estão abaixo do Príncipe e acima do povo; tentavam amenizar os conflitos e fazer o príncipe cumprir suas obrigações. O herói manifesto pode surgir independentemente dos magistrados, intervindo excepcionalmente para punir uma dominação injusta e livrar da calamidade um povo afligido. Essas duas figuras podem intervir e tirar o povo da tirania de alguns príncipes.
 Atentar para a diferença entre o Direito de Resistência em Lutero e em Calvino.
Resistência Constitucional resistência sem uma grande revolução dentro da ordem instituída. Não deixa os particulares se revoltarem contra o príncipe. Caso os magistrados não agissem, aí sim, caberia ao povo se revoltar.
Os magistrados inferiores podem agir para destituir o rei tirano, desde que seja em nome do povo (combate à tirania – rompe com a ideia de submissão). Quando isso acontece, eles viram magistrados superiores. Na doutrina calvinista eles são sempre inferiores.
A nobreza é a classe “sã”, parte representativa do povo, intermédio entre o poder do rei e do povo. = magistrados inferiores
C) Estado Cristão de Genebra:
1- O Verbo: Se todo poder emana de Deus e, por isso mesmo, requer obediência, o poder só existe para guiar os homens segundo os preceitos de Deus O príncipe internaliza os preceitos religiosos. O próprio príncipe é livre, mas é importante que ele tenha essa cultura, mesmo que a sociedade civil seja a responsável pelo contato cristão. A Igreja e o Estado cristão estão submetidos em comum à exclusiva soberania de Deus, manifesta por seu Verbo, diante do qual tudo deve curvar-se e cujos intérpretes são os ministros e pastores.
2- O Estado deve solicitar o apoio dos Ministros do Verbo para esclarecer o que Deus permite. E deve associá-los às coisas de administração publica. O Estado Cristão tem a função de assegurar a obediência de cada individuo ao Verbo.
3- A Cidade-Igreja diversa de Igreja do Estado O Estado internaliza os preceitos cristãos. Calvino enaltece a “a consciência da origem cristã” do Estado; ele quer que o Estado seja “consciente do seu valor espiritual” sem, no entanto, se acha submisso à Igreja, por isso “Cidade-Igreja”. O desapego às coisas terrenas pregado por Lutero é estranho ao pensamento de Calvino, o qual tem uma ética de ação.
D) Guerras de Religião:
1- Escócia e a resistência ativa John Knox considera blasfêmia pretender que Deus “ordenou obedecer aos reis que comandam a impiedade (reis tiranos)”
2- França e os Huguenotes
a) Desenvolvimento da teoria da resistência ativa: novos elementos e incrementos das teorias políticas medievais. “os reis são feitos para os povos e não os povos para os reis”. Ideia de supremacia da comunidade e legitimidade da resistência ao tirano.
b) Servidão puramente voluntária em favor da liberdade e contra o poder de um só.
Pode-se recorrer a uma defesa armada em caso de perseguição?
A jurisdição dos reis possui dois limites: Deus e o povo. 
Idéia de dois pactos: um do rei com Deus, sob a promessa real de vigiar a glória divina ( o monarca deve obedecer religiosamente a Deus); e outro entre o Rei e o povo, cujo deve deste é obediência, tendo a proteção como sinalagma, além do comprometimento do rei de reinar com justiça e segundo as leis.
E) Resistência Constitucional. (teoria huguenote)
Apelo ao Estrangeiro 
Movimentos que agregam tanto ao protestantismo como à teoria política.
Superioridade do povo. o povo é soberano no sentido de que toda ação governamental deve dizer respeito ao bem estar coletivo geral, além de que toda autoridade política só pode ser concebida como decorrente das necessidade desse povo e ser reconhecida por ele.
Monarcômacos católicos Calvinistas e católicos que combatiam o absolutismo monárquico e a tirania do soberano, tentando estabelecer uma teoria contratual do Estado e defendendo a soberania do povo. O grupo de monarcômacos formado por huguenotes franceses foi o mais famoso da época. Com suas teorias, conseguem retardar a eminente revolta popular em no mínimo 100 anos.
2. Reforma e Contrarreforma Católica:
A reforma é a reflexão realizada pela Igreja sobre si mesma (19º Concílio de Trento → 1545-1563).
A contra-reforma católica é um movimento de reação. Seu instrumento básico foi a CIA de Jesus, criada por Inácio de Loyola.
· Esta reação buscou a renovação espiritual pela fé, mas também instaurou forte sistema repressivo:
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INDEX de livros proibidos
* A principal realização do Concílio de Trento é restabelecer o cristianismo e o Clero como exemplos para a população.

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