Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Infraestrutura em Telecomunicações Rodrigo de Amorim Mello Telecomunicações 6831 – 4M Trabalho de Infraestrutura em Telecomunicações (INFRA-TEL - CET.399) Professor: Marcos Vinicius Santiago Silva Aluno: Rodrigo de Amorim Mello Matrícula: 2013168310093 Turma: 6831 – 4M 3º Bimestre do 4º ano Temas Dimensionamento de condutores elétricos Dimensionamento de eletrodutos Equipamentos de proteção Quando um engenheiro projeta a instalação elétrica de um prédio, conhecendo a corrente que vai passar em cada aparelho, e consequentemente a corrente total na ligação principal, ele deverá escolher adequadamente o fio condutor que irá usar. Se o fio escolhido para a linha principal for muito fino terá grande resistência à passagem de eletricidade. Quando a corrente que por ele passa aumentar em virtude de vários aparelhos estarem ligados à rede, a queda de tensão neste fio poderá não ser desprezível. Isto costuma acarretar um mau funcionamento daqueles aparelhos, pois eles ficarão submetidos a uma voltagem inferior àquela para a qual foram projetados. Isto pode ser observado, em uma residência, quando o brilho das lâmpadas diminui ao ser ligado um chuveiro elétrico, por exemplo. Quando a escolha é bem feita, sendo usado um fio de ligação com seção maior (menor resistência elétrica), a queda de tensão nele torna-se desprezível, e não há alteração sensível em um aparelho quando outros são ligados à rede. Evidentemente esses cuidados devem ser tomados em qualquer instalação elétrica, inclusive nos fios que ligam uma residência à rede elétrica da rua. O que é a capacidade de corrente de um cabo? É a maior corrente, em regime permanente, que um condutor suporta sem que a temperatura do mesmo ultrapasse a temperatura máxima suportada pela isolação (temperatura de trabalho). Depende do material do condutor, do material da isolação, da construção do cabo, da temperatura ambiente e da forma como está instalado. A NBR 5410 apresenta tabelas de capacidade de corrente para vários métodos de instalação de baixa tensão. Como dimensionar o condutor a ser utilizado em circuitos com longa distância entre a caixa de disjuntores e os equipamentos que estarão em funcionamento? Em nenhum caso a queda de tensão nos circuitos terminais pode ser superior a 4%, mas quedas de tensão maiores são permitidas para equipamentos com corrente de partida elevada, durante o período de partida, desde que dentro dos limites permitidos em suas normas respectivas. Abaixo está a tabela de queda de tensão para produtos isolados em PVC 70 °C e temperatura ambiente de 30 °C, instalados conforme método de referência B1. Seção nominal (mm²) Queda de tensão para cos Ø = 0,8 (V/A.km) Conduto não-magnético Conduto Magnético Circuito monofásico Circuito trifásico 1,5 23,3 20,2 23 2,5 14,3 12,4 14 4 8,96 7,79 9 610 6,033,63 5,253,17 5,873,54 16 2,32 2,03 2,27 25 1,51 1,33 1,5 35 1,12 0,98 1,12 5070 0,850,62 0,760,55 0,860,64 95 0,48 0,43 0,5 120 0,40 0,36 0,42 150 0,35 0,31 0,37 185 0,30 0,27 0,32 240 0,26 0,23 0,29 Queda de tensão (V) = queda de tensão tabelada (v/a.km) X corrente do circuito (A) X comprimento (km) Queda de tensão em % = Queda de tensão (V) / Tensão do circuito (V) X 100 Fonte: Sil Fonte: José Montanha Neto Como é a divisão de classes de condutor? A classe define se o condutor é um fio, cabo (rígido) ou cabo flexível. A Classe 1 destina-se somente a condutores sólidos (fios) e a Classe 2, a condutores encordoados (cabos rígidos). Para condutores flexíveis existem as Classes 4, 5 e 6, sendo a Classe 6 mais flexível que a 5, e a Classe 5 mais flexível que a 4. Duvida: Substituí um equipamento que usava um motor de 2cv, por outro, cujo motor é de 5cv, ambos 110 volts. O novo motor consome muito mais energia. A fiação que utilizava para o motor de 2 era suficiente para o trabalho normal, entretanto, não serve para o motor de 5, pois ele não tem força para colocar o equipamento em operação e esquenta a fiação. Colocando em Prática Considerando que ele fica instalado a duzentos metros de distância do transformador, se eu adicionar mais um fio apenas ao fio positivo (6mm), aproveitando a instalação existente e manter o negativo, consigo o mesmo resultado de um cabo de 12mm? O negativo pode permanecer com 6mm? Ou tenho que trocar todos os fios utilizando a mesma bitola? E qual seria a bitola para alimentar um motor de Cv utilizado em uma ensiladeira? Resposta: A distância dos condutores com relação à fonte geradora e o equipamento (no caso o motor) gera uma resistência, e, portanto consequentemente a queda da tensão de alimentação ao chegar ao equipamento. Primeiramente vamos calcular a bitola correta do condutor apropriada ao motor de 5 Cv que funciona com tensão de alimentação em 110 volts. Considerando que um Cv equivale a 739 watts, teremos então: 739 x 5= 3695 watts. Utilizando a Lei de OHM/Watt que em suas fórmulas matemáticas, uma delas nos diz que a corrente em ampères é igual à potência em watts dividida pela tensão em volts, e assim: I = P/U I- símbolo da corrente P- símbolo da potência u- símbolo da tensão No caso, 3695 watts divididos por 110 volts = 33,59 ampères. Pela tabela de condução de corrente conforme bitola E consultando a tabela de capacidade de condução de corrente dos condutores de acordo com sua bitola/calibre mais utilizados, vemos que: Condutor de 1,5 mm² suporta uma corrente sem aquecer de 15,5 ampères Condutor de 2,5 mm2 suporta uma corrente sem aquecer de 21,0 ampères Condutor de 4,0 mm² suporta uma corrente sem aquecer de 28,0 ampères Condutor de 6,0 mm² suporta uma corrente sem aquecer de 36,0 ampères Condutor de 10,0 mm² suporta uma corrente sem aquecer de 50,0 ampères Devemos considerar a distancia no cálculo da bitola Chegamos à conclusão que o condutor de 6,0 mm² seria apropriado para o motor de 5 Cv. Mas devemos ainda considerar a distância do mesmo até o transformador que o alimenta, que é em torno de 200 metros. E que a cada quilômetro a resistência aumenta e ocasiona a queda da tensão de acordo com a tabela 19 da Empresa fabricante de cabos condutores Pirelli e normalizada pela NBR 6880 da ABNT que informa o seguinte: – Tabela 19 – Cabos Pirelli Pirastic Flex Condutor 1,5 mm² – queda de 23 a 27 VA/km Condutor 2,5 mm² – queda de 14 a 16,8 VA/Km Condutor 4,0 mm² – queda de 9,0 a 10,5 VA/Km Condutor 6,0 mm² – queda de 5,87 a 7,0 VA/Km Condutor 10,0 mm²- queda de 3,54 a 4,20 VA/Km Essa variação de queda de tensão refere-se à mudança da temperatura ambiente. Portanto podemos chegar à conclusão que o melhor calibre para atender seu motor de 5 Cv seria o de 10 mm², que suporta uma corrente de 50 ampères e tem uma variação mínima de tensão na distância citada por você. Não esqueça que de acordo com a NBR 5410 da ABNT na seção 6.2.6.2, especifica que o condutor neutro deve possuir a mesma seção em mm² que o condutor fase em circuitos monofásicos de 110, 115 e 127 volts e bifásicos de 220 volts. Então os dois condutores para o seu motor devem ter a mesma BITOLA/CALIBRE. E assim para calcular a Bitola dos condutores para sua “Ensiladeira”, basta utilizar os mesmos parâmetros acima que vai dar tudo certo. Como você não me enviou a capacidade em Cv deste motor nem a tensão em volts de trabalhodele, fico sem poder efetuar esse calculo, mas acredito que com todas as informações acima não haverá nenhum problema para você mesmo faze-lo. De acordo com a norma NBR5410, a taxa máxima de ocupação de eletrodutos em relação à área da seção transversal não deve ser superior a 53% para um condutor ou cabo, 31% para dois condutores ou cabos e 40% para três ou mais condutores ou cabos. Uma das formas de dimensionamento dos eletrodutos segue o seguinte roteiro: 1) determinar a seção dos condutores que irão passar no interior do eletroduto. 2) determinar a área total de cada condutor (considerando a camada de isolação) na tabela A. 3) efetuar a somatória das seções totais, obtida no item anterior. 4) com o valor da somatória, determinar na tabela B ou C (na coluna 40% da área) o valor imediatamente superior ao valor da somatória e o respectivo diâmetro do eletroduto a ser utilizado. Em uma instalação elétrica o eletroduto deve ter um diâmetro mínimo de 20mm. Outra forma de dimensionamento utiliza a tabela D, onde em função da quantidade de condutores e a seção nominal do maior condutor no eletroduto, determina-se o tamanho nominal do eletroduto. A NBR 5410, norma que estabelece as condições mínimas necessárias para o perfeito funcionamento de uma instalação elétrica de baixa tensão, possui uma seção dedicada ao Dimensionamento de Circuitos. Nas instalações elétricas residências o eletroduto mais comum é o tipo flexível corrugado. Fabricados normalmente em material PVC ou similar eles possuem um custo baixo e uma boa maleabilidade e são encontrados nas seguintes bitolas: Seções normatizadas para eletroduto corrugados. Dentro da NBR5444-Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais, é estipulado uma tabela para a conversão normatizada de polegadas para milímetro embasada na NBR5626-Instalação predial de água fria. Tabela de equivalência entre polegadas e milímetros. É extremamente importante o uso desta tabela para conversão pois a grande maioria dos eletrodutos são dimensionados em milimetro e em seguida devem ser encontrada sua equivalência em polegadas pois é nesta unidade de medida que os fabricantes disponibilizam os eletrodutos. Existe um métodos matemático levando em consideração uma série de fatores para dimensionamento correto de um eletroduto. Desse modo é importante que se tenha os dados dos fabricantes dos condutores para um dimensionamento correto dos eletrodutos o que é confuso devido a grande quantidade de variações em fabricação de cabos. No caso de instalações mais simples a tabela abaixo pode ser usada de modo a referenciar e simplificar o dimensionamento dos eletrodutos, esta tabela não é absoluta mas sua consulta é simplificada devido a facilidade de interpretação e pouca margem de erro. Tabela de dimensionamento de eletroduto. Esta tabela leva em consideração dois critérios, a quantidade de cabos em um eletroduto e a seção destes condutores. Para sua utilização basta selecionar a coluna contendo o número de cabos dentro do eletroduto em questão em seguida cruzar coma linha referente a seção dos cabos dentro deste eletroduto, a casa de interseção entre coluna e linha resulta no valor em polegadas do eletroduto adequado para comportar estes cabos. Veja o exemplo: Dois circuitos de tomadas de uso geral passando em um mesmo condutor, a coluna selecionada será a de 6 cabos, dois fases, dois neutros e dois terras, sendo um fase, um neutro e um terra para cada circuito. Os cabos utilizados para estes circuitos de acordo com o projeto são de 2,5mm². Exemplo de utilização da tabela de dimensionamento de eletroduto. Observando a interseção entre coluna e linha nota-se que o eletroduto adequado para suportar os dois circuitos do exemplo é um eletroduto de 1”. Esta tabela já leva em consideração uma taxa adequada de ocupação para o eletroduto, e esta taxa é importante para garantir a temperatura adequada dentro do eletroduto bem como a facilidade de passagem de cabos e manutenção futura destes circuitos dentro do eletroduto. Colocando em Prática Quando se trata da questão proteção, quem não almeja para si manter sua integridade intacta e seu bem estar até o final da tarefa? Mas o que pode proporcionar tal proteção com tanta eficácia? O Equipamento de Proteção Individual – EPI conforme a Norma Regulamentadora nº 06 (NR-06) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) define como sendo, “todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho”, são os responsáveis pela proteção e integridade do indivíduo com o intuito também de minimizar os riscos ambientais do ambiente de trabalho e promover a saúde, bem estar e evitar os acidentes e doenças ocupacionais. O Equipamento de Proteção Individual deve ser entregue para o empregado sem nenhum ônus conforme sua atividade, devendo ser o correto, em perfeitas condições de uso e principalmente com o Certificação de Aprovação (CA) que no Brasil é de cunho obrigatório por parte de todos os EPI’s. O funcionário deve receber orientações e treinamento a respeito de cada Equipamento de Proteção Individual recebido, para que seu uso seja eficiente e alcance o resultado esperado. Conforme a NR-06 e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é obrigação do trabalhador usar o Equipamento de Proteção Individual cuja atividade assim o solicitar, também é de responsabilidade do mesmo, manter as condições de higiene e conservação, trocando sempre que necessário. Outro fator a se considerar, é o descarte correto de cada Equipamento de Proteção Individual por parte da empresa, pois também se aplica as leis ambientais, onde o descarte correto faz parte da análise do ciclo de vida do produto, promoção da saúde do trabalhador e também da preservação do meio ambiente, como por exemplo, uma máscara com filtro que foi utilizada para absorção de algum material particulado químico que tem sua característica tóxica. A saber, os principais EPI’s, são: Capacete; Óculos; Protetor facial; Protetor auricular; Respirador; Proteção do tronco; Luvas; Mangas; Calçados; Macacão; Cinturão. Esses são alguns exemplos de EPI’s, porém cada atividade deve receber o Equipamento de Proteção Individual adequado para minimizar seus riscos e assim tornar o ambiente de trabalho mais salubre. É aceitável que o trabalhador não se adapte ao EPI que precisa ser usado, porém é de responsabilidade do SESMT, fomentar um Equipamento de Proteção Individual adequado e que seja compatível com o trabalhador, pois o mesmo não pode proceder com suas atividades sem o uso de tal protetor. O Equipamento de Proteção Individual – EPI é um recurso a ser utilizado em última instância, porém não de menor relevância, pois tais dispositivos são estudados, analisados e testados com o intuito de ser mais eficiente e apropriado possível no que tange os riscos ambientais e bem estar dos trabalhadores. É importante destacar, que conforme o item 6.3 da NR-06, dispõe que: “6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; b) enquanto as medidasde proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, c) para atender a situações de emergência.“ As grandes indústrias buscam a cada ano, fabricar EPI’s com maior eficiência, menor custo e mais proteção ao trabalhador, resultados passíveis de serem vistos a cada ano nas feiras de segurança que acontecem por todo o país, colaborando com o SESMT, diretores de empresas e em especial, os funcionários. A sigla EPC significa Equipamento de Proteção Coletiva. O Equipamento de Proteção Coletiva – EPC trata-se de todo dispositivo ou sistema de âmbito coletivo, destinado à preservação da integridade física e da saúde dos trabalhadores, assim como a de terceiros. Objetivo do EPC Os Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC tem como objetivo proporcionar a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, em geral. O EPI (Equipamento de Proteção individual) também tem como objetivo a proteção do trabalhador, porem é de menor eficiência, confira o por quê mais a frente. São exemplos de EPC: Sinalização de segurança Proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos Corrimão de escadas Capelas químicas, etc. Benefícios do EPC Dentre as vantagens do EPC, estão: Redução de acidentes de trabalho Melhor comodidade por ser equipamento coletivo Melhoria nas condições do trabalho Baixo custo em longo prazo Melhor eficácia e eficiência nas atividades EPI e EPC – Qual a diferença? Caso ainda não saiba, a sigla EPI significa Equipamento de Proteção Individual e trata-se de todo dispositivo ou produto, de uso INDIVIDUAL utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Enquanto, o EPC – Equipamento de Proteção Coletiva trata-se todo dispositivo, sistema ou produto de uso COLETIVO, destinado à proteção e promoção da segurança e saúde no trabalho. Além disso, é importante destacar que o Equipamento Proteção Conjugado ou Equipamento Conjugado de Proteção Individual trata-se de um EPI composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. De acordo, ao subitem 9.3.5.4 da norma regulamentadora nº 09 (Programas de Prevenção de Riscos Ambientais), quando comprovado pelo empregador ou instituição a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo se à seguinte hierarquia: a) medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho; b) utilização de equipamento de proteção individual – EPI. Condutores (fios), como dimensionar? http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/fios-como-dimensionar/2/ Como dimensionar eletrodutos http://www.foxlux.com.br/blog/dicas/como-dimensionar-eletrodutos/ Tabela de dimensionamento de eletroduto https://www.mundodaeletrica.com.br/tabela-de-dimensionamento-de-eletroduto/ O que é o Equipamento de Proteção Individual - EPI? http://blog.inbep.com.br/equipamento-de-protecao-individual-epi/ O que é um EPC? http://blog.inbep.com.br/o-que-e-um-epc/ O que é a capacidade de corrente de um cabo? Como dimensionar o condutor a ser utilizado em circuitos com longa distância entre a caixa de disjuntores e os equipamentos que estarão em funcionamento? Como é a divisão de classes de condutor? Duvida: Objetivo do EPC Benefícios do EPC EPI e EPC – Qual a diferença?
Compartilhar