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SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE E 
AVALIAÇÃO TÉCNICA DE SAÚDE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de 
Auditoria da Secretaria de Estado da 
Saúde de Goiás 
 
 
 
2005. Secretaria de Estado da Saúde de Goiás. 
É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. 
 
 
 
 
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE GOIÁS/SES-GO 
Rua SC1 nº 299 – Parque Santa Cruz – Goiânia/GO 
CEP: 74860-270 
Tel.: (62) 3201-3701 
Fax: (62) 3201-3824 
e-mail: secretariageral@saude.go.gov.br 
Gerência de Comunicação: asscom@saude.go.gov.br 
 
Elaboração/Informações: 
SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE E AVALIAÇÃO TÉCNICA DE SAÚDE 
SCATS/SES/GO 
Av. 1ª Radial n° 586 Bloco I, 4° andar – Centro – Goiânia/GO 
CEP: 74.820-300 
Tel.: (62) 3201-4484 
Fax: (62) 3201-4485 
e-mail: scats@saude.go.gov.br
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE E 
AVALIAÇÃO TÉCNICA DE SAÚDE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de 
Auditoria da Secretaria de Estado da Saúde 
de Goiás 
 
 
 
GOIÂNIA 
 2005 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS 
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE 
SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE E AVALIAÇÃO TÉCNICA DE SAÚDE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DE NORMAS E 
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
2005 
 
 
 
 
Minis
José S
 
Gover
Marco
 
Secret
Ferna
 
Super
Silvio 
 
Elabo
Silvio 
 
Apoio
Adrian
Franc
Gilber
Grace
Presil
Teresi
Vânia
Willia
 
Reviso
Corné
 
Apoio
Aira S
Alessa
Christ
Diogo
Katiús
Rosild
 
Bibliot
 
tério da Saúde 
araiva Felipe 
no do Estado de Goiás 
ni Ferreira Perillo Júnior 
aria de Estado da Saúde de Goiás 
ndo Passos Cupertino de Barros 
intendência de Controle e Avaliação Técnica de Saúde de Goiás/SCATS 
Divino de Melo 
ração Técnica 
Divino de Melo – Superintendente/SCATS 
 Técnico 
o Rogério Toledo – Regional de Saúde Sudoeste I 
isca Helena da Silva - Gerência de Auditoria/SCATS 
to Torres Alves Júnior – Gerência de Auditoria/SCATS 
 Machado – Gerência de Auditoria/SCATS 
ina do B. Nunes Carvalho - Gerência de Auditoria/SCATS 
nha Semíramis Walburga Keglevich de Buzin – Gerência de Auditoria/SCATS 
 Rasmussen – Gerência de Regulação e Avaliação/SCATS 
m Álvares – Gerência de Processamento e Informação/SCATS 
r: 
lio Souza Machado - SCATS 
 Operacional 
antana Lima /SCATS 
ndra Caroline Torres de Moura/SCATS 
iane Morgado Barreto/SCATS 
 de Oliveira Rosa Lopes/SCATS 
cia Peixoto Lobo/SCATS 
a Caseli Gomes da Silva Pavão/Biblioteca-HUGO 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
eca da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás -SEPLAN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
G615 GOIÁS. Secretaria de Estado da Saúde. Superintendência de
Controle e Avaliação Técnica de Saúde de Goiás. Manual de 
Normas e Procedimentos de Auditoria. Goiânia: SES/SCATS, 2005. 
 89p. 
 
 Bibliografia 
 
 1. Auditoria - Saúde. 2. Administração – Saúde. 3. Leis - Goiás 
(Estado) I. Lei Estadual n.13.849/2001. II. Título. 
 
 
 
 CDU: 35:614
 
SUMÁRIO 
 
 
 
APRESENTAÇÃO ..........................................................................…….PÁG. 11 
 
INTRODUÇÃO ........................................................................…….........PÁG. 11 
 
REQUISITOS PARA O CARGO DE AUDITOR...…………………….......PÁG. 12 
 
FINALIDADES DA AUDITORIA. ..............................…….…....... ....…....PÁG. 12 
 
ATIVIDADES DO COMPONENTE ESTADUAL DO SNA/LEI 13.849......PÁG. 14 
 
CÓDIGOS DE ÉTICA E AUDITORIA.......................................................PÁG. 15 
 
CONCEITOS......……………………………………………..….…...............PÁG. 15 
 
FORMALIZAÇÃO DOS PROCESSOS DE AUDITORIA .........................PÁG. 17 
 
PENALIDADES .......................................................................................PÁG. 20 
 
DIREITO DE DEFESA ............................................................................PÁG. 23 
 
CLASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA…………………………......…............PÁG. 25 
 
ÁREAS DE ATUAÇÃO DA AUDITORIA.....…………………….....…..…..PÁG. 26 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA AUDITORIA......…………..….......…….…….PÁG. 27 
 
AUDITORIA ANALÍTICA....………………………………….......................PÁG. 33 
 
AUDITORIA OPERATIVA…………………………………….................….PÁG. 47 
 
AUDITORIA DE ENFERMAGEM.………….........……………………........PÁG. 81 
 
AUDITORIA EM FARMÁCIA HOSPITALAR....………........………….......PÁG. 82 
 
AUDITORIA DE GESTÃO E CONTÁBIL………………...........……....…..PÁG. 83 
 
INFORMAÇÕES ADICIONAIS.....…...……………..........………………....PÁG. 84 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......…………….............……………..PÁG. 85 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
 
 
 
MANUAL DE NORMAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA 
 
 
I - APRESENTAÇÃO 
 
 O presente manual, elaborado por equipe técnica da Superintendência 
de Controle e Avaliação Técnica de Saúde – SCATS da Secretaria de Estado 
da Saúde de Goiás, tem como base os Manuais Técnicos e Orientações do 
Departamento de Controle, Avaliação e Auditoria – DCAA, da Secretaria 
Executiva do Ministério da Saúde e posteriormente do Departamento Nacional 
de Auditoria do SUS – DENASUS, outras publicações conforme referências 
bibliográficas e contribuições de profissionais da área de auditoria. Destina-se 
como instrumento orientador das atividades desenvolvidas pelo componente 
estadual do Sistema Nacional de Auditoria- SNA e dos técnicos de controle, 
avaliação, regulação e auditoria das Secretarias Municipais de Saúde. 
 
II - INTRODUÇÃO 
 
O Sistema Nacional de Auditoria – SNA, previsto no artigo 16, inciso 
XIX, da Lei Federal nº 8.080 de 19 de setembro de 1990, foi instituído pelo 
artigo 6º da Lei Federal 8.689 de 27 de julho de 1993 e regulamentado pelo 
Decreto Federal nº 1.651 de 28 de setembro de 1995. Constitui-se por 
componentes dos três níveis de gestão que compõem o Sistema Único de 
Saúde: Federal, Estadual e Municipal. 
 O Componente Estadual do Sistema Nacional de Auditoria no Estado de 
Goiás é representado pela Gerência de Auditoria da Superintendência de 
Controle e Avaliação Técnica de Saúde/SCATS, conforme estabelecido na 
Portaria do Gabinete da Secretaria de Estado da Saúde nº 161/2005, de 08 de 
agosto de 2005. 
As Gerências Regionais de Saúde são subordinadas à Secretaria de 
Estado da Saúde e responsáveis pelos processos de Regulação, Controle, 
Avaliação e Auditoria em sua área de abrangência devendo desempenhá-los 
de maneira integrada com a Superintendência de Controle e Avaliação Técnica 
de Saúde. 
Na elaboração deste documento a equipe realizou estudos e pesquisas 
bibliográficas, observando os aspectos gerais e conceituais de auditoria, bem 
como o conjunto de ações técnicas e administrativas que compõem esta 
atividade. 
 
São considerados Fundamentos Legais deste Manual: 
 
A Constituição Federal de 1988: Art. 37, parágrafo 6º e Título VIII, 
Capítulos I e II – Seções I e II; 
 
 
 
 
SCATS/SES-GO 11
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
As Leis Federais 8.080/90 e 8.142/90; 
A Lei Federal 8.689/93; 
A Lei Federal 8.666/93; 
O Decreto Federal nº 1.651/95; 
A Constituição Estadual: Art. 152, inciso V, parágrafo 3º; 
A Norma Operacional da Assistência à Saúde – NOAS 01/2001 e 2002; 
As Portarias Ministeriais que normatizam os diversos procedimentos do 
SUS; 
O Decreto Estadual nº 4.875, de 24 de março de 1998; 
A Lei Estadual n° 13.800, de 18 de janeiro de 2001; 
A Lei Estadual n° 13.849, de 05 de julho de 2001; 
As Resoluções do CFM nº 1342/91, de 08 de março de 1991, nº 
1614/01, de 08 de fevereirode 2001 e nº 1.638/02; 
O Plano Diretor de Controle, Regulação e Avaliação da SES/GO, 
aprovado pela CIB/GO em 27 de agosto de 2002 e 
As Cláusulas Contratuais dos instrumentos de contratualização firmados 
entre Gestor e prestadores de serviços de saúde, sem prejuízo a outras 
normas federais que vierem a ser editadas posteriormente sobre a 
matéria. 
 
III - REQUISITOS PARA O CARGO DE AUDITOR 
 
A Lei Estadual n° 13.849, de 05 de julho de 2001, criou o cargo de 
Auditor do SUS em Goiás para as seguintes categorias profissionais: 
Biomedicina, Farmácia-Bioquímica, Enfermagem, Odontologia, Medicina, 
Ciências Contábeis e Direito. 
De acordo com a referida lei, são requisitos para o cargo de auditor do 
componente estadual do SNA: 
- Cinco anos, no mínimo, de registro no órgão fiscalizador do exercício 
profissional; 
- Aprovação em concurso público; 
- Ao profissional componente do quadro de auditores será vedada a 
participação como proprietário, dirigente, acionista ou sócio-cotista 
em qualquer entidade que preste serviço no âmbito do SUS; 
 
IV - FINALIDADES DA AUDITORIA 
 
- Aferir a preservação dos padrões estabelecidos e proceder ao 
levantamento de dados que permitam conhecer a qualidade, a 
quantidade, os custos e os gastos da atenção à saúde; 
- Avaliar os elementos componentes dos processos da instituição, 
serviço ou sistema auditado, objetivando a melhoria dos 
procedimentos, através da detecção de desvios dos padrões 
estabelecidos; 
- Avaliar a qualidade, a propriedade e a efetividade dos serviços de 
saúde prestados à população, visando a melhoria progressiva da 
assistência à saúde; 
- Produzir informações para subsidiar o planejamento das ações que 
contribuam para o aperfeiçoamento do SUS e para a satisfação do 
usuário. 
SCATS/SES-GO 12
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
 
O cumprimento de suas finalidades far-se-á através do desenvolvimento 
de atividades de auditoria de gestão, analítica e operativa, objetivando: 
- determinar a conformidade dos elementos de um sistema ou serviço, 
verificando o cumprimento das normas e requisitos estabelecidos; 
- levantar subsídios para a análise crítica da eficácia do sistema ou 
serviço e seus objetivos; 
- verificar a adequação, legalidade, legitimidade, eficiência, eficácia e 
resolutividade dos serviços de saúde e a aplicação dos recursos da 
União repassados aos Municípios; 
- aferir a qualidade da assistência à saúde prestada e seus resultados, 
bem como apresentar sugestões para seu aprimoramento; 
- aferir o grau de execução das ações de atenção à saúde, programas, 
contratos, convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos 
congêneres; 
- verificar o cumprimento da Legislação Federal, Estadual, Municipal e 
normatização específica do setor saúde; 
- observar o cumprimento pelos órgãos e entidades dos princípios 
fundamentais de planejamento, coordenação, regulação, avaliação e 
controle; 
- apurar o nível de desenvolvimento das atividades de atenção à 
saúde desenvolvidas pelas unidades prestadoras de serviços ao 
SUS e pelos Sistemas Municipais de Saúde; 
- prover ao auditado oportunidade de aprimorar os processos sob sua 
responsabilidade. 
 
Desta forma constituem objeto do exame de auditoria: 
- A aplicação dos recursos transferidos pelo Ministério da Saúde a 
entidades públicas, filantrópicas e privadas; 
- A aplicação dos recursos transferidos pelo Ministério da Saúde às 
Secretarias Municipais de Saúde; 
- A gestão e execução dos planos e programas de saúde do Ministério 
da Saúde, Secretaria de Estado da Saúde e Secretaria Municipal de 
Saúde que envolvam recursos públicos observando os seguintes 
aspectos: 
a) organização; 
b) cobertura assistencial; 
c) perfil epidemiológico; 
d) quadro nosológico; 
e) resolubilidade/resolutividade; 
f) eficiência, eficácia, efetividade e qualidade da assistência 
prestada à saúde; 
- A prestação de serviços de saúde na área ambulatorial e hospitalar. 
- Os contratos, convênios, acordos, ajustes e instrumentos similares 
firmados pela Secretaria de Estado da Saúde e os prestadores de 
serviços de saúde do SUS; 
 
V - ATIVIDADES DO COMPONENTE ESTADUAL DO SNA/LEI 13.849 
 
SCATS/SES-GO 13
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
A Lei Estadual n° 13.849 em seu artigo 4º descreve as seguintes 
atividades para o cargo de auditor: 
- atividades de verificação analítica e “in-loco”, aferindo, de modo 
contínuo, os aspectos técnico-científicos, financeiros, contábeis, 
legais e estruturais das diversas instituições prestadoras de serviços 
e nos gestores municipais do Sistema Único de Saúde; 
- tarefas típicas aglomeradas: 
a) executar auditorias analíticas e/ou operativas integradas ou não 
com os níveis federal e/ou municipais; 
b) executar auditorias nos municípios habilitados em qualquer 
condição de gestão; 
c) autorizar e emitir AIH (Autorização de Internação Hospitalar), 
APAC (Autorização de Procedimento Ambulatorial de Alto 
Custo/Complexidade) e demais procedimentos que se façam 
necessários, rotineiramente ou quando solicitados, em 
consonância com os demais setores competentes; 
d) examinar fichas clínicas, prontuários, exames e demais 
documentos do paciente que demonstrem e comprovem a 
necessidade efetiva da realização do procedimento, conforme 
normas vigentes do SUS; 
e) apurar qualquer tipo de denúncia relacionada com a prestação de 
serviços ao SUS e propor abertura de processo de sindicância, na 
conformidade da legislação pertinente; 
f) analisar contratos, convênios e documentos congêneres que 
orientem repasses de verbas do Sistema às entidades públicas 
ou privadas, contratadas ou conveniadas, verificando sua 
legalidade e observância às normas do SUS; 
g) analisar relatórios do SIA/SIH/SUS, e com base nos indicativos, 
emitir parecer técnico, com propostas de alteração de teto 
financeiro de municípios e/ou prestadores de serviços ao Sistema 
quando detectada a necessidade; 
h) estimular a discussão e contribuir para a criação de mecanismos 
que possibilitem a avaliação de qualidade dos serviços de saúde 
prestados no âmbito do SUS, com vistas a estabelecer 
parâmetros de resolutividade, eficiência e eficácia; 
i) manter-se atualizado no que se refere ao avanço das técnicas, 
procedimentos e normas aplicáveis, participando, ainda, de 
processos de capacitação quando convocado; 
j) orientar as entidades integrantes ou que participem do Sistema, 
por convênio, contrato ou outro ajuste, sobre a legislação 
específica do SUS, bem como examinar o cumprimento das 
orientações; 
k) atuar em conjunto com outras áreas da Secretaria de Estado da 
Saúde em acompanhamento e orientações aos municípios sob 
qualquer tipo de gestão; 
l) realizar outras atividades pertinentes; 
m) apreciar a legalidade, legitimidade, economicidade e razoabilidade 
de contratos, convênios e outros instrumentos congêneres que 
envolvam a prestação de serviços de responsabilidade do SUS. 
 
SCATS/SES-GO 14
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
VI – CÓDIGOS DE ÉTICA E AUDITORIA 
 
Os Códigos de Ética das diversas categorias profissionais são 
parâmetros fundamentais destinados a nortear a conduta profissional quanto 
aos aspectos: 
- Sigilo; 
- Imperícia, imprudência ou negligência; 
- Responsabilidade pelo ato profissional; 
- Consentimento prévio do paciente; 
- Elaboração do prontuário do paciente; 
- Manuseio de prontuário. 
- Informações do quadro clínico ao paciente; 
Além dos Códigos de Ética devem ser observadas as Resoluções do 
Conselho Federal de Medicina, do Conselho Federal de Enfermagem, leis 
específicas e outras normas regulamentadoras. 
 
VII - CONCEITOS 
 
 Em função do produto final da Auditoria ser o Relatório, é necessário 
cuidado especialcom a redação que deve ser a mais clara e objetiva possível 
em observação aos conceitos elencados: 
 
- Regulação: é a função de fortalecimento da capacidade de gestão que 
institui ao poder público o desenvolvimento de sua capacidade 
sistemática em responder às demandas de saúde em seus diversos 
níveis e etapas do processo de assistência, de forma a integrá-la às 
necessidades sociais e coletivas. A regulação da assistência tem como 
objetivo principal promover a eqüidade do acesso, garantindo a 
integralidade da assistência e permitindo ajustar a oferta assistencial 
disponível às necessidades imediatas do cidadão, de forma equânime, 
ordenada, oportuna e racional, pressupondo: 
a. Organizar e garantir o acesso dos usuários às ações e serviços do 
Sistema Único de Saúde em tempo oportuno; 
b. Oferecer a melhor alternativa assistencial disponível para as 
demandas dos usuários, considerando a disponibilidade assistencial 
do momento; 
c. Otimizar a utilização dos recursos disponíveis; 
d. Subsidiar o processo de controle e avaliação; 
e. Subsidiar o processo da Programação Pactuada e Integrada - PPI. 
 
- Controle: consiste no monitoramento de processos (normas e eventos) 
para verificar conformidade dos padrões estabelecidos e detectar 
situações de alarme que requeiram uma ação avaliativa detalhada e 
profunda. 
 
- Avaliação: é a identificação quantitativa e qualitativa dos resultados 
(impactos) obtidos pelo Sistema Único de Saúde - SUS em relação aos 
objetivos fixados nos programas de saúde e na adequação aos 
parâmetros de qualidade, resolutividade, eficiência e eficácia 
estabelecidos pelos órgãos competentes do SUS. 
SCATS/SES-GO 15
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
 
- Auditoria: é o exame sistemático e independente dos fatos pela 
observação, medição, ensaio ou outras técnicas apropriadas de uma 
atividade, elemento ou sistema para verificar a adequação aos requisitos 
preconizados pelas leis e normas vigentes e determinar se as ações e 
seus resultados estão de acordo com as disposições planejadas. 
A Auditoria, através da análise e verificação operativa, possibilita avaliar 
a qualidade dos processos, sistemas e serviços e a necessidade de 
melhoria ou de ação preventiva/corretiva/saneadora. 
Tem como objetivo último propiciar ao Gestor do SUS informações 
necessárias ao exercício de um controle efetivo e contribuir para o 
planejamento e aperfeiçoamento das ações de saúde. 
 
- Fiscalização: consiste em submeter à atenta vigilância a execução de 
atos e disposições da legislação pelo exercício da função fiscalizadora. 
 
- Inspeção: é a atividade realizada sobre um produto final numa fase 
determinada de um processo ou projeto, visando detectar falhas ou 
desvios. 
 
- Supervisão: é a ação orientadora ou de inspeção em plano superior. 
 
- Consultoria: é a verificação dos fatos para apontar sugestões ou 
soluções num problema determinado. 
 
- Acompanhamento: processo de orientação no qual o orientador, 
mediante contato com o processo, acompanha o desenvolvimento de 
determinada(s) atividade(s). 
 
- Perícia: trata-se de um conjunto de atos voltados a prestar 
esclarecimentos quando designada por autoridade judicial ou policial. 
 
- Não conformidade: é a qualificação dos atos praticados em desacordo 
com especificações. 
As não conformidades quando violam documentos normativos podem 
ser de dois tipos: 
a. Impropriedade: Viola norma ou lei. 
b. Irregularidade: Viola norma ou lei, resultando em prejuízo 
quantificável e/ou configurando dolo. 
 
- Distorção: é a Discrepância de elementos práticos aos técnicos legais 
que resultam em dados registrados como evidências objetivas de não 
conformidade. 
 
- Ação preventiva: é a atuação objetiva sobre uma não conformidade 
potencial evitando sua ocorrência. 
 
- Ação corretiva: é a eliminação da causa de uma não conformidade 
evitando sua recorrência. 
 
SCATS/SES-GO 16
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
VIII - FORMALIZAÇÃO DOS PROCESSOS DE AUDITORIA 
 
 Toda Auditoria se inicia com a formalização de um processo 
administrativo classificado como Processo de Auditoria. Os processos 
classificados como auditoria serão ordinários e/ou extraordinários, sendo que 
as denúncias ou requisições emanadas por órgãos públicos ou pessoa serão 
classificadas como extraordinárias e as demais como ordinárias. 
Todos os processos que tratarem de auditoria resultarão na emissão de 
Relatórios Técnicos que indicarão os fatos apurados e respectivas conclusões 
e sugestões que serão submetidas para deliberação, fundamentada, do titular 
da Superintendência de Controle e Avaliação Técnica de Saúde. 
Após a deliberação do titular da Superintendência, será expedida 
notificação, por via postal e com aviso de recebimento – AR, para que o órgão 
ou prestador auditado tome conhecimento do relatório da auditoria, bem como 
para apresentar justificativas, se assim desejar. 
 
Integram o Processo de Auditoria os seguintes documentos: 
- Documento originário da Auditoria (determinação da Secretaria 
Estadual da Saúde/SCATS, requisição de órgãos públicos, 
denúncias, e outros); 
- Cópia do ato designando a equipe de Auditoria 
- Cópia do Ofício de Apresentação assinada pelo Diretor da Unidade 
Auditada; 
- Comunicação de Auditoria; 
- Relatório de Auditoria; 
- Cópias dos Relatórios de Saída dos Sistemas de Informações 
utilizados como parâmetro na Auditoria Analítica quando for o caso; 
- Mapa de análise das AIH-Autorizações de Internação Hospitalar e/ou 
dos documentos do SIA-Sistema de Informações Ambulatoriais 
preenchido(s) e assinado(s) pela(s) a(s) equipe(s) de Auditoria; 
- Cópias de outros documentos indispensáveis para compor o 
processo; 
- Defesa encaminhada pela unidade com respectivos anexos; 
- Planilha de cálculo das impugnações quando for o caso; 
 
Em caso de denúncia sobre irregularidade ou ilegalidade também se 
formalizará um Processo de Auditoria que será objeto de apuração, desde que 
formulada por escrito com a identificação e o endereço do denunciante, ou 
através da imprensa escrita ou falada. 
A denúncia será apurada em caráter sigiloso, até que se comprove a sua 
procedência; e só poderá ser arquivada depois de percorrido todo o trâmite, 
mediante despacho fundamentado da autoridade competente, que concluiu não 
existir ato passível de penalização. 
Reunidas as provas que indiquem a existência de irregularidade ou 
ilegalidade, os demais atos serão públicos, assegurada aos acusados ampla 
defesa e o contraditório. Havendo comprovação da irregularidade ou 
ilegalidade a equipe de auditoria deverá sugerir a aplicação de penalidades 
previstas neste Manual. 
Quando o fato narrado não configurar evidente infração, a denúncia 
deverá ser arquivada por falta de objeto a perseguir. 
SCATS/SES-GO 17
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
O denunciante e o denunciado, a qualquer tempo, poderão solicitar 
informações do processo. 
 
 
Os processos podem ainda ser classificados em: 
 
- Cadastro: os processos classificados como cadastro serão aqueles que 
demandarem pedidos de inclusão, alteração ou exclusão de serviços 
junto aos Sistemas de Informações Ambulatoriais e Hospitalares - SIA e 
SIH/SUS, bem como atualizações das unidades de maneira geral, 
segundo os módulos do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de 
Saúde- CNES/DATASUS. 
 
- Pagamento - Os processos classificados como pagamento serão 
aqueles que pressupõe a existência de contrato de prestação de 
serviços especializados de saúde com terceiros ou que prestem serviços 
através do SUS, cujos pagamentos dependam especificamente da 
emissão de relatório de auditoria, pareceres e/ou notas técnicas de 
forma prévia e que sejam subscritas por auditoresdo componente 
estadual do SNA. 
 
- Contratualização- Os processos que versarem sobre celebração de 
ajuste, convênio e contrato com o poder público, entidades filantrópicas 
ou privadas, respectivamente, cujo objeto tratar de serviços de saúde, 
segundo os parâmetros preconizados pelo Sistema Único de Saúde, 
serão classificados como contratualização. 
 
Outro aspecto referente aos processos é a questão dos prazos que 
começam a correr a partir da data do recebimento da notificação e/ou 
correspondência, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o 
do vencimento. Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo. 
Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o 
vencimento cair em dia em que não houver expediente ou este for encerrado 
antes da hora normal. 
O prazo para apresentar justificativas ou qualquer manifestação acerca 
do relatório de auditoria será de 15 (quinze) dias a contar da data do 
recebimento da notificação. Sendo a notificada pessoa jurídica de direito 
público ou órgão da administração direta ou indireta, o prazo para 
apresentação de justificativa ou manifestação será de 30 (trinta) dias. Caso 
haja a devolução por parte dos Correios da notificação feita, esta será 
novamente reiterada por via postal. Havendo devolução da reiteração da 
notificação feita por via postal, o auditado será notificado por via editalícia a ser 
publicado no Diário Oficial do Estado. 
Transcorrido o prazo descrito anteriormente sem que o notificado 
apresente justificativa ou qualquer manifestação será expedida, por via postal, 
reiteração para que o notificado apresente, no prazo de 5 (cinco) dias (pessoa 
jurídica de direito privado) ou 10 (dez) dias (públicos), a contar do recebimento 
dessa, as justificativas ou manifestação sobre o relatório da auditoria. Findo 
este prazo sem que o auditado apresente justificativa ou qualquer 
manifestação, o titular da Superintendência de Controle e Avaliação Técnica da 
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Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
Saúde encaminhará cópia do relatório da auditoria ao órgão que a solicitou, ou 
ao órgão competente para tomar as providências cabíveis no caso auditado. 
Apresentando o auditado, tempestivamente, justificativa ou manifestação 
acerca do relatório de auditoria, o processo será encaminhado à Gerência de 
Auditoria para análise da peça apresentada. Os auditores emitirão Relatório de 
Análise de Justificativa que será encaminhado ao titular da Superintendência 
de Controle e Avaliação Técnica da Saúde para deliberação. Recebido o 
Relatório de Análise de Justificativa, o titular da Superintendência de Controle e 
Avaliação Técnica da Saúde deliberará sobre a aceitação ou não das 
justificativas/manifestação apresentadas, aplicando, quando couber, a sanção 
prevista ao caso auditado, notificando-o da deliberação. 
Da deliberação anterior, em face de razões de legalidade e de mérito, 
caberá Recurso Administrativo no prazo de 15 (quinze) dias a contar do 
recebimento da notificação da deliberação, e que será dirigido ao titular da 
Superintendência de Controle e Avaliação Técnica da Saúde. Caso o notificado 
seja pessoa jurídica de direito público ou órgão da administração direta ou 
indireta, o prazo será de 30 (trinta) dias. 
Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá 
ser decidido no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a partir do recebimento dos 
autos pelo órgão competente. Este prazo poderá ser prorrogado por igual 
período, ante justificativa explícita. 
A autoridade competente para decidir o recurso poderá confirmar, 
modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida. O 
recurso opõe-se por meio de requerimento no qual o recorrente deverá expor 
os fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que 
julgar convenientes e não será reconhecido quando oposto fora do prazo ou 
por autoridade incompetente. 
Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação 
decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior 
poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso. 
 Aplica-se, no que couber, o disposto na Lei Estadual n° 13.800, de 18 de 
janeiro de 2001. 
 
IX - PENALIDADES 
 
Quando forem detectadas irregularidades ou distorções em unidades 
assistenciais próprias, a Superintendência de Controle e Avaliação Técnica de 
Saúde, promoverá as medidas saneadoras, em consonância com a legislação 
em vigor, buscando a apuração de responsabilidades. 
Poderá a Superintendência de Controle e Avaliação Técnica de Saúde, a 
pedido de qualquer interessado no processo, corrigir as inexatidões materiais 
devidas a lapso manifesto ou a erros evidentes de escrita ou de cálculo. 
Os fatos detectados em auditoria que tiverem natureza ética deverão ser 
comunicados à respectiva entidade de classe pelo titular da Superintendência 
de Controle e Avaliação Técnica de Saúde. 
A aplicação das penalidades deverá ser acordo com o grau determinado 
da distorção, conforme discriminado abaixo: 
 
- Distorções Leves ou de 1° Grau 
 
SCATS/SES-GO 19
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
Aquelas que não implicam em prejuízo direto ao usuário, nem em ato 
lesivo ao SUS, apenas caracterizando negligência gerencial, sem manifestação 
de dolo. 
 
Nestes casos poderão ser aplicadas as seguintes medidas: 
 
- De imediato, não sujeitas à punição – realizada pela equipe de auditoria 
quando da visita “in loco”, por sugestão à direção da unidade auditada, 
como por exemplo: recomendar à unidade auditada a correção das 
distorções, fundamentada no relatório de auditoria, objetivando a 
regularização das distorções; 
 
- Após análise dos relatórios, sujeitas ou não à punição – realizadas pelas 
autoridades competentes. Nestes casos as medidas corretivas poderão 
ser: 
Na 1ª notificação: - Advertência Escrita - será aplicada pelo titular da 
Superintendência de Controle e Avaliação Técnica de Saúde – SCATS e 
deverá ser averbada no dossiê do prestador. 
 
Na 1ª reincidência: - Multa – será aplicada pelo Gestor Estadual ou 
Municipal do SUS quando as obrigações do prestador não forem 
cumpridas, seja por negligência, imprudência, ou dolo, ou, ainda, pelos 
atos indicados abaixo: 
 
- Por contas julgadas irregulares de que resulte débito, nos termos da 
comprovação da auditoria realizada; 
 
- Por irregularidade que resulte dano ao Fundo Estadual de Saúde ou ao 
erário, decorrente de ato ilegítimo ou antieconômico; 
 
- Por infração à norma legal ou regulamentar do SUS, de natureza 
operacional, contábil ou financeira. 
 
A unidade de multa é o “dia-multa”, que tem o valor unitário de 1/60 (um 
sessenta avos) do último faturamento (SIA e SIH/SUS). Poderá ser aplicada 
multa de até 20 dias/mês. 
O valor será recolhido diretamente na conta do Fundo Estadual de 
Saúde pelo prestador, cabendo a esse, quando ente público, o direito de 
regresso contra o responsável pela prática do ato. 
 
- Distorções Moderadas ou de 2° Grau 
 
Aquelas que implicam em prejuízo relativo ao usuário, sem risco à sua 
vida, por qualidade deficiente do serviço, sem caracterização de dolo e que não 
resulte em ato lesivo ao SUS. São classificadas também como distorções 
moderadas ou de 2° grau as distorções acima de 20% em prontuários, fichas 
clínicas e outros documentos.São passíveis das seguintes penalidades: 
 
Na 1a notificação – advertência escrita, multa e impugnação das 
despesas discriminando o motivo da glosa e demais informações que 
SCATS/SES-GO 20
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
consubstanciem a veracidade da impugnação, estabelecendo prazo de 
até 15 (quinze) dias para, manifestação sobre o montante reclamado ou 
30 (trinta) dias no caso de agente público.A impugnação das despesas será efetivada através da Ordem de 
Recebimento (OR) e será determinada quando for detectado débito pecuniário 
a ser ressarcido em favor do SUS, sendo proposta pelo auditor, avaliada e 
deliberada pelo Superintendente de Controle e Avaliação Técnica de Saúde e 
não é excludente de outras sanções e penalidades. 
O valor correspondente da OR será recolhido em banco e conta indicada 
do Fundo Estadual de Saúde, ou deduzido na fatura a ser paga ao prestador 
no mês subseqüente à determinação. 
A determinação do ressarcimento através da OR deverá estar prevista 
no contrato, acordo ou convênio, e não caracteriza sanção, não obstando a 
aplicação das penalidades de que trata esta portaria. 
Para o cálculo da OR serão observadas as instruções contidas no 
Manual de Normas de Auditoria/MS e Orientações Técnicas sobre aplicação de 
Glosas em Auditoria do SUS do DENASUS/MS. 
 
Na reincidência – dobrar o número de dias-multa a cada repetição no 
mesmo ano. Na reincidência propor ainda a suspensão temporária do 
encaminhamento de usuário de até 60 dias ou a rescisão do ajuste, 
convênio ou contrato. 
Caberá suspensão temporária do prestador de serviço por reincidência 
nas infrações ou naquelas ações que resultem em danos pecuniários ao SUS, 
ou naquelas que infringirem as normas reguladoras do sistema de saúde de 
natureza operacional, administrativa ou contratual, ou naquelas que levarem 
prejuízos à assistência do usuário. 
A suspensão temporária é da competência do Gestor Estadual ou 
municipal do SUS, observado o direito de defesa prévio em processo 
administrativo competente, e será determinada até que o prestador corrija a 
irregularidade específica ou omissão à norma reguladora do SUS. 
 
- Distorções Graves ou de 3º Grau 
 
Aquelas ações que resultam em danos pecuniários ao SUS ou usuários, 
infração às normas reguladoras do Sistema de Saúde, seja de natureza 
operacional, administrativa ou contratual; as que levam prejuízos à assistência 
do usuário do SUS. São passíveis das seguintes penalidades: 
 
Na 1ª notificação – aplicação de 02 (dois) a 20 (vinte) dias-multas. 
 
Na reincidência – das distorções propor suspensão temporária do 
encaminhamento de usuário de até 60 (sessenta) dias ou a rescisão do 
ajuste, convênio ou contrato. Constituem motivos para rescisão do 
Termo de Ajuste, Convênio ou Contrato: 
 
- O não cumprimento de cláusulas contratuais; 
 
SCATS/SES-GO 21
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
- O desentendimento das determinações regulares do supervisor ou 
auditor designado para acompanhar e fiscalizar a sua execução, 
assim como as de seus superiores; 
 
- O cometimento reiterado de faltas na sua execução; 
 
- Razões de interesse público de alta relevância e amplo 
conhecimento, justificadas, e determinadas pelo Gestor Estadual do 
SUS; 
 
- Nos casos enumerados nos incisos. VI, IX, X, XI, XIV, XV e XVII do 
art. 78 da Lei 8.666/93. 
 
A rescisão do contrato, convênio ou outro ajuste será determinado pelo 
Gestor Estadual do SUS, e exarada no processo administrativo competente, 
assegurado o contraditório e a ampla defesa, tudo com vista ao disposto na Lei 
8.666/93, em especial ao seu artigo 79. 
 
- Distorções Gravíssimas ou de 4° Grau 
 
Fraude contra o Fundo Estadual de Saúde e/ou erário público; risco de 
vida do usuário; descumprimento total do ajuste, convênio ou contrato. Nestes 
casos poderão ser aplicadas as seguintes penalidades: 
 
- Suspensão de até 02 (dois) anos; 
 
- Rescisão do ajuste, convênio ou contrato respectivo, com multa do 
valor anual contratado; 
 
- Declaração de inidoneidade: aplicada pelo Gestor Estadual do SUS 
ou por autoridade determinada em lei, após o julgamento do 
processo e dar-se-á quando houver ilícito gravíssimo ou o 
descumprimento total do contrato, que venha resultar em 
comportamento doloso do prestador. Enquanto perdurarem os 
motivos determinantes da punição, o contratado não poderá contratar 
com a Administração Pública Estadual ou Municipal. A reabilitação 
frente à autoridade que aplicou a sanção será concedida sempre que 
o contratado ressarcir o Fundo Estadual de Saúde ou a 
Administração pelos prejuízos causados e depois de decorrido o 
prazo da penalidade aplicada. 
 
- Comunicação ao Ministério Público para as ações civis cabíveis, com 
a respectiva advertência. 
 
X – DIREITO DE DEFESA 
 
O direito de defesa do interessado nos processos é assegurado pela 
seguinte forma: 
SCATS/SES-GO 22
- Vista dos autos ou cópia de peça concernente ao processo, mediante 
expediente dirigido ao Superintendente, quando couber ; 
 
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
- Permissão ao interessado de apresentação de documentos e/ou 
alegações escritas, mediante pedido por escrito, dirigido ao 
Superintendente de Controle e Avaliação Técnica de Saúde - 
SCATS; 
 
- A correção pela SCATS, a pedido de qualquer interessado, das 
inexatidões materiais devidas a lapso manifesto ou a erros evidentes 
da escrita, na prática de atos ou no cálculo de valores. 
 
O prestador virá ao processo por ação própria ou por via de advogado 
com procuração por instrumento particular. 
 
O prazo para defesa ou alegação escrita será de 15(quinze) dias, 
podendo, por conveniência da SCATS ser prorrogado por igual período. Caso o 
notificado seja pessoa jurídica de direito público ou órgão da administração 
direta ou indireta, o prazo será de 30 dias. 
 
As petições serão apresentadas ao Núcleo Técnico - Administrativo da 
SCATS, que anotará o ano, mês, dia e hora de sua entrada à margem da peça 
vestibular, anexado ao processo originário. 
Cumpridas todas as exigências dispostas no artigo acima, a petição será 
imediatamente encaminhada à autoridade competente que decidirá sobre a 
admissão ou não do recurso. 
A petição do recurso poderá ser liminarmente indeferida, em despacho 
fundamentado, se: 
- Não se encontrar devidamente formalizada; 
- Firmada por parte ilegítima, considerando que são competentes para 
interpor recursos os responsáveis pelos atos impugnados e aqueles 
alcançados pela decisão; 
- Fora do prazo. 
Julgado procedente, qualquer um dos recursos previstos, será declarada 
sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do 
interessado. 
 
Os atos da administração da SCATS estarão sujeitos aos seguintes 
recursos: 
 
Reconsideração é o pedido de reexame do ato à própria autoridade que 
o emitiu. O pedido de reconsideração será formalizado uma única vez e, será 
apreciado por quem houver proferido a decisão recorrida e terá efeito 
suspensivo. 
O pedido será apreciado no prazo máximo de 15 (quinze) dias úteis 
contados a partir do recebimento deste. 
 
Recurso Hierárquico – é o pedido de reexame do ato dirigido à 
autoridade superior à que proferiu o ato. O recurso hierárquico, com efeito, 
suspensivo, será dirigido ao Gestor Estadual do SUS, no prazo de até 05 
(cinco) dias úteis a contar da comunicação ou da publicação do ato. 
SCATS/SES-GO 23
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
A decisão do recurso será no prazo de 15 (quinze) dias úteis, podendo 
este prazo ser prorrogado se justificada a impossibilidade de sua conclusão no 
prazo originário. 
 
Revisão – é o recurso de que o interessado punido pede o reexame da 
decisão em caso de fatos novos mostrarem a inocência. Do pedido de revisão, 
que será apresentado ao Gestor Estadual do SUS contra decisão definitiva no 
prazo de 15 (quinze) dias a contar da notificação da decisão final, em grau de 
recurso ou do pedido de reconsideração, que só será admitido se estiver 
fundamentado em uma das seguintes hipóteses: 
 
- Em erro de cálculo nas contas ou nas multas; 
- Em insuficiência de provas em quese tenha fundamentado a decisão 
recorrida; 
- Na superveniência de fatos novos com eficácia sobre a prova 
produzida. 
 
A petição do recurso de revisão será encaminhada ao Gestor Estadual 
do SUS, se verificada que a mesma reúna os requisitos de admissibilidade 
previsto neste requerimento. 
O prazo para julgamento será de até 15 (quinze) dias a contar da 
notificação ou intimação do ato/decisão, a qual poderá ser feita pessoalmente 
ou através de publicação na Imprensa Oficial. 
Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade 
aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do interessado. 
Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade. 
 
XI - CLASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA 
 
A Auditoria pode ser classificada em: 
 
- Regular ou Ordinária – realizada em caráter de rotina, é periódica, 
sistemática e previamente programada, com vistas à análise e 
verificação das fases específicas de uma atividade, ação ou serviço. 
- Especial ou Extraordinária – realizada para atender a apuração de 
denúncias, indícios, irregularidades ou por determinação do 
Secretário de Estado da Saúde e outras autoridades competentes 
para verificação de atividade específica. 
 
Quanto ao tipo: 
 
- Analítica – conjunto de procedimentos especializados que consistem 
na análise de relatórios, processos e documentos visando avaliar se 
os serviços ou sistemas de saúde atendem as normas e padrões 
previamente definidos. 
 
- Auditoria Operativa - consiste na verificação de processos e 
documentos comparados aos requisitos legais/normativos que 
regulamentam o SUS e atividades relativas à área de saúde através 
do exame direto dos fatos, documentos e situações. 
SCATS/SES-GO 24
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
 
- Auditoria de Gestão - conjunto de atividades que abrangem áreas de 
controle, fiscalização orçamentária, financeira e contábil, avaliação 
técnica da atenção à saúde, avaliação de resultados e comprovação 
de qualidade, desempenhadas junto aos gestores do SUS, conforme 
requisitos mínimos estabelecidos pela legislação vigente. 
 
- Auditoria Contábil – pode ser definida como o levantamento, o 
estudo e a avaliação sistemática de transações, procedimentos, 
rotinas e demonstrações contábeis de uma entidade, com o objetivo 
de fornecer a seus usuários uma opinião imparcial e fundamentada 
em normas e princípios sobre sua adequação. A auditoria no 
Sistema Único de Saúde – SUS tem como conceito mais 
abrangente, aspectos de avaliação de cumprimento de metas 
previstas em planos de saúde e/ou de trabalho, de apuração de 
resultados, de comprovação de qualidade, que precisam ser levados 
em consideração para o cumprimento das atividades de controle 
financeiro, contábil e patrimonial nas instituições conveniadas e 
gestores do SUS. 
 
Quanto à execução: 
 
- Auditoria Prospectiva ou Auditoria Prévia – com caráter preventivo 
procura detectar situações de alarme para evitar problemas. 
 
- Auditoria Retrospectiva – avalia resultados e corrige as falhas. 
 
- Auditoria Concorrente – acontece durante um fato ou processo para 
acompanhar a execução das atividades e garantir a qualidade do 
produto. 
 
Quanto à forma: 
 
- Auditoria Interna ou de 1ª parte – executada por auditores habilitados 
da própria organização auditada. 
 
- Auditoria Externa ou de 2ª parte – executada por auditores ou 
empresa independente contratada para verificar as atividades e 
resultados de uma determinada organização ou sistema. 
 
- Auditoria de 3ª parte – avaliação aplicada por uma entidade 
certificadora. 
 
XII - ÁREAS DE ATUAÇÃO DA AUDITORIA 
 
As áreas de atuação incluem: 
 
- Estabelecimentos de Saúde: Serviços de Saúde e Unidades 
Prestadoras de Serviços de Saúde sob Gestão Estadual e 
eventualmente sob Gestão Municipal (Auditoria de Gestão). 
SCATS/SES-GO 25
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
 
- Secretarias Municipais de Saúde. 
 
- Procedimentos administrativos operacionais. 
 
XIII- PRINCÍPIOS BÁSICOS DA AUDITORIA 
 
 Na execução de uma auditoria deverão ser obedecidos os seguintes 
princípios: 
1- planejamento e preparação da auditoria ou pré-auditoria; 
2- condução da auditoria e avaliação dos resultados; 
3- princípios relativos à coordenação dos trabalhos; 
4- princípios relativos à obtenção de evidências; 
5- princípios relativos a impropriedades e irregularidades e 
6- elaboração do relatório de auditoria. 
 
1. Planejamento e Preparação da Auditoria 
 
Para toda e qualquer Auditoria deve ser elaborado um Plano de 
Auditoria também denominada Pré-Auditoria, que deve estabelecer e/ou 
definir os critérios e programação das atividades e inclui: 
 
- Objetivo e escopo da auditoria 
- Por que realizá-la? Qual o seu propósito? 
- Quais os requisitos envolvidos? O que deve ser procurado? 
- Quando e quem deve proporcionar os recursos de suporte para a 
equipe de auditoria? 
- Como será realizada a auditoria? 
- Quais as áreas/ unidades auditadas? 
- Onde será realizada a auditoria e quais os desdobramentos 
possíveis? 
- Quando será iniciada e qual a duração incluindo o tempo 
programado para as principais atividades? 
- Quem comporá a equipe de auditores? 
- Quem será o coordenador da equipe? 
- Onde serão realizadas reuniões de abertura/encerramento da 
auditoria? 
- Quando será apresentado o Relatório Final da Auditoria? 
- Quem e como será informado da auditoria? 
 
No Planejamento da Auditoria ou Pré-Auditoria a fase do exame 
preliminar visa obter os elementos para sua realização; assim, o auditor 
procede aos exames preliminares da natureza e características das atividades 
e/ou elementos a serem auditados e respectivas áreas. 
O planejamento dos trabalhos é fundamental para a realização de uma 
auditoria, objetivando prover a natureza, a extensão e a profundidade dos 
procedimentos empregados nos trabalhos e a oportunidade de aplicação sob a 
responsabilidade da equipe de auditoria. 
São fases da preparação: 
- designação da equipe e coordenador; 
SCATS/SES-GO 26
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
- definição das atividades e elementos a serem auditados; 
- levantamento de documentação, procedimentos institucionais 
relacionados com as atividades ou os elementos a serem auditados; 
- técnica e material apropriado a ser utilizado; 
- identificação dos aspectos críticos das atividades ou pontos chave; 
- definição das pessoas/técnicos envolvidos e seu grau de 
capacitação; 
- identificação dos documentos de referência (relatórios, roteiros, 
normas e instruções vigentes, legislação aplicável, resultado das 
últimas auditorias realizadas e outros registros); e 
- elaboração da lista de verificação (check list). 
 
Vantagens do Planejamento e da lista de verificação: 
- melhor utilização do tempo (otimização); 
- preparação e conhecimento prévioda equipe; 
- o material pode ser utilizado para outras auditorias; 
- seqüência lógica de perguntas; e 
- qualidade do trabalho e conclusões adequadas. 
 
2. Condução da Auditoria e Avaliação dos Resultados 
 
Concluída a Pré-Auditoria, inicia-se a execução propriamente dita. 
No exercício de sua função o auditor tem livre acesso a todas as 
dependências do órgão ou entidade auditada quanto à documentação e papéis 
indispensáveis ao cumprimento de suas atribuições. 
Se houver limitação da ação, o fato deverá ser imediatamente 
comunicado por escrito ao dirigente da unidade auditada e à(s) chefia(s) 
imediata(s). 
 
2.1 Reunião de Abertura 
 
É fundamental estabelecer um clima de boa comunicação e 
cooperação entre os auditados e auditores, diminuindo as resistências naturais. 
Esta reunião poderá definir o sucesso ou fracasso do trabalho. 
Devem estar presentes a equipede auditoria e responsáveis pela 
direção, gerentes e coordenadores da área/unidade a ser auditada; deve ser 
breve e objetiva, servindo para esclarecer dúvidas de ambas as partes. Deve 
ser presidida pelo coordenador da equipe, com registro dos participantes. 
A agenda rotineira preconiza: 
- entrega do Ofício de Apresentação e do Comunicado de Auditoria. 
Este último pode ser enviado previamente para o material solicitado 
ser providenciado com antecedência; 
- apresentação dos auditores; 
- apresentação do escopo e objetivos da auditoria; 
- solicitação/confirmação de quem será o acompanhante da auditoria; 
- estabelecimento/definição dos arranjos logísticos (sala de trabalho 
dos auditores e outros). 
 
2.2 Execução da Auditoria 
 
SCATS/SES-GO 27
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
Considerada a fase operacional, quando as verificações vão ser 
realizadas “in loco”, os auditores deverão atentar para os pontos: 
- utilizar roteiros e check list, mas não se restringir a eles; 
- ser preciso nas anotações efetuadas, de grande utilidade na 
elaboração do relatório, as quais não podem permitir dúvida; 
- procurar evidências objetivas sustentando as não conformidades; 
- comprovar com assinatura do responsável os documentos solicitados 
(relação de pessoal, notas fiscais e outros); 
- falar com os executantes das tarefas, não se restringindo à análise 
de documentos ou observações durante a visita; 
- escutar mais atentamente e falar menos; 
- não permitir ao auditado estabelecer o ritmo da auditoria; e 
- ficar atento à promoção de atividades “destrutivas” pelo auditado: 
interrupções freqüentes, documentos não encontrados, pessoa 
chave com atividade de última hora e disponibilização de local 
inadequado para análise de documentos. 
 
2.3 Avaliação da Auditoria 
 
Terminado o trabalho analítico e/ou operativo, na fase da avaliação 
dos resultados serão analisadas as informações e os dados obtidos, incluindo 
as evidências para reforçar as anotações de não conformidades objetivando 
evitar contestação. Caso não haja evidência objetiva de não conformidade, 
esta poderá ser mencionada no relatório como “observação” a ser considerada. 
Este é o princípio que norteia o fato de que para cada distorção, impropriedade 
ou irregularidade deve haver um padrão de normalidade (norma ou lei). 
 
2.4 Reunião de Fechamento 
 
Terminada a avaliação in loco é necessário dar conhecimento ao 
auditado/áreas para compreensão dos resultados genéricos da auditoria, 
apontando as distorções para as quais cabe correção imediata (orientações). 
 
3. Princípios relativos à coordenação dos trabalhos 
 
A designação do Coordenador da Auditoria depende do tipo de 
instituição auditada. 
Geralmente será por delegação do titular do órgão de controle, 
designando um coordenador para a equipe de auditoria, assegurando-se o 
conhecimento técnico e capacidade profissional e estabelecendo mecanismos 
e procedimentos adequados de coordenação, para garantir o cumprimento das 
atribuições conferidas desde o planejamento até a conclusão dos trabalhos e 
acompanhamento dos resultados. 
 
Das atividades de coordenação: 
- promover a participação dos componentes da equipe na elaboração 
dos trabalhos propiciando maior compreensão dos objetivos, 
alcance, enfoques, procedimentos e técnicas a serem aplicadas; 
- instruir e dirigir adequadamente a equipe quanto à execução dos 
trabalhos e cumprimento dos programas de auditoria; e 
SCATS/SES-GO 28
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
- definir a intensidade da supervisão de acordo com o conhecimento e 
capacidade profissional dos membros da equipe, grau de dificuldade 
previsível dos trabalhos, alcance de prováveis impropriedades ou 
irregularidades a detectar no órgão ou entidade auditada sem 
cercear a liberdade e a flexibilidade necessárias aos técnicos. 
 
 Áreas e enfoques da coordenação: 
- planejar a auditoria, preparar documentos de trabalho, relatórios, 
check list e orientar a equipe, entre outros; 
- aplicar os procedimentos e técnicas para obtenção das 
metas/objetivos previstos de acordo com o programa da auditoria; 
- observar os objetivos definindo em conjunto com a equipe as 
necessidades específicas da auditoria; 
- representar a equipe de auditoria junto ao auditado; 
- elaborar em conjunto com a equipe o Relatório de Auditoria; 
- observar e concluir de forma consistente definindo em conjunto com 
a equipe as necessidades específicas da auditoria; 
- relatar à chefia imediata os resultados da Auditoria e quaisquer 
dificuldades na realização das atividades; e 
- acompanhar as ações a serem desencadeadas, informando a chefia 
imediata os resultados. 
 
4. Princípios relativos à obtenção de evidências 
 
Consideram-se evidências as informações colhidas antes, durante ou 
após a auditoria. Para atender aos objetivos da atividade de auditoria, o auditor 
deverá realizar, na extensão necessária, os testes ou provas adequadas com 
vistas à obtenção de evidências qualitativamente aceitáveis e fundamentar de 
forma objetiva suas recomendações e conclusões. 
É importante para o auditor obter informações representativas e 
suficientes para confirmar os dados colhidos/apurados, independentemente de 
se relacionarem com conformidades ou não. 
A finalidade da evidência é a obtenção de elementos suficientes para 
sustentar a emissão do parecer, para permitir ao auditor chegar a um grau 
razoável de convencimento da realidade dos fatos e situações observadas, da 
veracidade da documentação, da consistência da somatória dos fatos e 
fidedignidade das informações e registros gerenciais para fundamentar sua 
opinião. 
 
Tipos de evidências: 
- física – comprovável materialmente; 
- documental – comprovável pelos registros em papéis e/ou 
documentos; 
- circunstancial – fornece impressão ao auditor, não servindo de 
evidência de auditoria, pois não é objetiva suficientemente para 
embasar uma não conformidade. Esse tipo de evidência serve para 
alertar devendo o auditor procurar evidências comprováveis; e 
- admissível- obtida pela declaração verbal. 
 
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Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
A validação do julgamento depende da qualidade da evidência no 
concernente a: 
- suficiência - a aplicação de testes resulta na obtenção de uma ou 
várias provas e propicia um grau razoável de convencimento a 
respeito da realidade ou veracidade dos fatos examinados; 
- adequação – os testes ou exames realizados são apropriados à 
natureza e características dos fatos examinados; e 
- pertinência – há coerência da evidência com as observações, 
conclusões e recomendações de auditoria. 
 
Critérios para obtenção de evidências: 
- importância relativa – o significado da evidência no conjunto de 
informações tem peso e é comprobatória; e 
- níveis de riscos prováveis – probabilidades de erro na obtenção e 
comprovação da evidência. Neste caso é necessário confirmar a 
evidência com reteste, nova técnica ou método para confirmação. 
 
5. Princípios relativos a Impropriedades e Irregularidades 
 
O auditor deverá atentar para situações com indícios de irregularidades, 
mesmo não sendo objeto do escopo inicial e, na possibilidade de obtenção de 
evidências destas situações deverá ser dado destaque por ocasião do parecer 
para a adoção de providências. 
A busca de impropriedades ou irregularidades no decorrer dos exames, 
em princípio, não deverá ser maior do que o objetivo da auditoria; o auditor 
deverá se conscientizar do risco de tais ocorrências atentando para que: 
- as fragilidades dos controles internos podem levar a distorções; 
- os riscos potencias dos recursos utilizados – desperdício, mau uso, 
desvio; 
- as peculiaridades/característicasdo desenvolvimento das operações 
– sem normas e rotinas descritas; 
- a atitude do pessoal ante os controles existentes – não obedecem 
levando à ocorrência de distorções; e 
- os comportamentos indevidos – atitude inadequada do pessoal 
gerando distorções. 
Na aferição dos Indicadores de Regularidades o auditor deverá ter 
adequado conhecimento da natureza e peculiaridade das operações. Quando 
identificadas irregularidades, o auditor aprofundará a análise dos 
procedimentos para evidenciar a existência de tais irregularidades. 
A apuração de impropriedades e/ou irregularidades exige do auditor 
extrema prudência e profissionalismo que visem alcançar com segurança os 
objetivos propostos para a apuração. 
Na apuração de impropriedades e/ou irregularidades o auditor deverá: 
- procurar evidências objetivas para subsidiar as suas conclusões; 
- fazer perguntas silenciosas a si próprio; 
- formular perguntas hipotéticas, tais como: o quê ocorre se..., 
suponha quê...; 
- pedir para repetir quando não entender a resposta dando, se 
possível, exemplos; 
SCATS/SES-GO 30
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
- fazer uma pergunta de cada vez, de forma a não confundir o 
auditado; 
- falar, se possível, com quem executa as tarefas; 
- usar linguagem acessível; 
- não evidenciar uma atitude punitiva ao encontrar uma não 
conformidade; 
- ser o mais detalhista possível para comprovar as não conformidades. 
 
6. Relatório de Auditoria 
 
Para cada auditoria realizada o auditor deverá elaborar relatório que 
refletirá os resultados dos exames efetuados, de acordo com o tipo de 
auditoria. 
O relatório deve seguir um padrão, admitindo-se adaptações 
necessárias à interpretação e avaliação dos trabalhos. Sua apresentação deve 
ter seqüência lógica, linguagem compatível, isenta de erros e rasuras e ser 
conclusivo para permitir a formação de opinião sobre as atividades realizadas. 
As informações quanto às ações, fatos ou situações observadas devem 
reunir, dentre outras: 
- escopo e objetivo da auditoria; 
- identificação da equipe de auditoria; 
- identificação do auditado; 
- data da auditoria; 
- documentos auditados e/ou relacionados; 
- descrição das Não conformidades encontradas; 
- apreciação/conclusão das auditorias quanto à importância das Não 
conformidades detectadas e sua influência na efetividade do sistema 
ou serviço; e 
- sugestões de encaminhamentos do relatório. 
- O relatório deverá ser levado ao conhecimento da chefia imediata 
para ciência e encaminhamentos devidos. 
 
Na elaboração do Relatório de Auditoria a equipe pode se basear nos 
roteiros propostos pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS – 
DENASUS, anexos ao presente Manual. 
 
 
XIV - AUDITORIA ANALÍTICA 
 
Como dito anteriormente, entende-se por Auditoria Analítica o conjunto 
de procedimentos especializados que consiste na análise de relatórios, 
processos e documentos, visando avaliar se os serviços ou sistemas de saúde 
atendem as normas e padrões previamente definidos. 
Para se proceder à Auditoria Analítica de procedimentos ambulatoriais 
ou hospitalares é necessário que o auditor tenha conhecimento das normativas 
do SUS (Manual do SIA, Manual do SIH e outros) e das Tabelas de 
Procedimentos do SIA e SIH/SUS, disponíveis no site do Ministério da Saúde: 
www.saude.gov.br. 
Além disso, são utilizados os diversos sistemas e redes de informações 
do SUS como ferramentas para obtenção de dados, análise e suporte à 
SCATS/SES-GO 31
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
realização das auditorias. Os dados podem ser acessados no site 
www.datasus.gov.br. 
Dos sistemas e redes de informações disponíveis, os mais utilizados 
pelo SNA são: 
 
1- SCNES – Sistema de Cadastramento Nacional de Estabelecimentos de 
Saúde 
 
Disponibiliza informações das condições de infra-estruturas de 
funcionamento dos Estabelecimentos de Saúde, permitindo conhecer a 
realidade da rede assistencial existente e suas potencialidades. A Ficha de 
Cadastramento de Estabelecimentos de Saúde – FCES é documento de 
consulta obrigatória nas auditorias de serviços de saúde podendo ser acessada 
no site www.cnes.datasus.gov.br. 
 
2- SIH/SUS - Sistema de Informações Hospitalares do SUS 
 
É o sistema que processa as Autorizações de Internações Hospitalares 
(AIH), disponibilizando informações sobre os recursos destinados a cada 
hospital que integra o SUS e as principais causas de internação (parto normal, 
insuficiência cardíaca, cesarianas e outras). Informa ainda o número de 
hospitais existentes, sua capacidade em quantitativo de leitos, o tempo médio 
de permanência do paciente no hospital, quantos são públicos ou credenciados 
pelo SUS. 
 
3- SIA/SUS - Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS 
 
Informa a capacidade instalada dos municípios, isto é, o número de 
postos de saúde, policlínicas, maternidades, prontos-socorros, consultórios 
médicos e odontológicos, entre outros. Informa também a produção 
ambulatorial, ou seja, o número de procedimentos realizados. 
 
 
 
4- SINASC - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos 
 
Base de dados obtidos da Declaração de Nascidos Vivos fornece 
informações sobre natalidade, morbidade e mortalidade infantil e materna e 
sobre características da atenção ao parto e ao recém-nascido. 
Compõe, por exemplo, os dados para o cálculo da taxa de mortalidade 
infantil, cujo denominador é o número de nascidos vivos. 
 
5- SINAN - Sistema Nacional de Agravos de Notificação 
 
Informa as doenças de notificação obrigatória (diarréias, dengue, 
malária, meningite etc) que estão ocorrendo, em qual localidade, a idade e o 
sexo das pessoas. 
Os dados do SINAN proporcionam o cálculo de incidência e prevalência 
de doenças, sua letalidade, o acompanhamento das tendências temporais e a 
SCATS/SES-GO 32
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
identificação de áreas de risco essenciais para completar o conhecimento 
sobre as condições de saúde da população (Mota, 1999). 
 
6- SIM - Sistema de Informações sobre Mortalidade 
 
Fornece o número de óbitos ocorridos no município e no estado, a causa 
determinante da morte por idade, sexo e localidade. Subsidia também o cálculo 
da taxa de mortalidade infantil e mortalidade materna, entre outras. 
 
7- SIAB - Sistema de Informações de Atenção Básica 
 
Fornece informações sobre os Programas: Agentes Comunitários de 
Saúde e Saúde da Família, quanto ao número de nascidos vivos, número de 
crianças menores de 2 anos, pesadas e vacinadas, as gestantes cadastradas, 
número de hipertensos, diabéticos, hansenianos e tuberculosos, o número de 
visitas domiciliares e o número de consultas realizadas por médicos e 
enfermeiros. 
 
8- SISVAN - Sistema de Informações de Vigilância Alimentar e Nutricional 
 
Fornece as características das crianças na faixa etária de 0 a 5 anos e 
das gestantes, identificando inclusive o número de gestantes desnutridas. 
 
9- SI-PNI - Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações 
 
Fornece informações sobre a cobertura vacinal, taxa de abandono e 
controle do envio de boletins de imunizações. 
 
10- SIOPS – Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde 
 
Fornece informações sobre receitas e despesas com ações e serviços 
públicos de saúde das três esferas de governo. Muito utilizado nas Auditorias 
de Gestão para verificar o percentual de recursos próprios dos municípios 
aplicados em ações e serviços de saúde e ao cumprimento da EC 29. 
 
11- RNIS - Rede Nacional de Informações em Saúde 
 
Integrada à internet, promove acesso e intercâmbio de informações em 
saúde para gestão, planejamento e pesquisa aos gestores, agentes e usuários 
do SUS. 
 
12- RIPSA - Rede Integrada de Informaçõespara a Saúde 
 
Disponibiliza dados básicos, indicadores e análises de situação sobre as 
condições de saúde e suas tendências no País, para melhorar a capacidade 
operacional de formulação, coordenação e gestão de políticas e ações públicas 
dirigidas à qualidade de saúde e de vida da população. 
 
Descrevemos a seguir orientações sobre o Cadastro Nacional de 
Estabelecimentos de Saúde-CNES, o Sistema de Informações Hospitalares-
SCATS/SES-GO 33
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
SIH/SUS e o Sistema de Informações Ambulatoriais-SIA/SUS, obtidas a partir 
de dados disponibilizados por esses sistemas. Essas orientações objetivam 
subsidiar os técnicos que atuam em atividades de auditoria. 
 
1. SCNES – Sistema de Cadastramento Nacional de Estabelecimentos de 
Saúde 
 
O Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES é base 
para operacionalizar os Sistemas de Informações em Saúde propiciando 
conhecer a capacidade instalada e o potencial de atendimento dos diversos 
municípios e regiões do país. 
Dentre os dados cadastrais a serem analisados neste relatório, temos: 
 
- Identificação do estabelecimento de saúde, identificação da 
mantenedora, caracterização nos aspectos concernentes à esfera 
administrativa, natureza, atividade de ensino e pesquisa, gestão, 
modalidade do atendimento prestado e fluxo da clientela; 
- Vínculo com o SUS, conta corrente para aqueles estabelecimentos 
com vínculo com o SUS e registro na Vigilância Sanitária; 
- Tipo do estabelecimento, instalações físicas para 
Urgência/Emergência, se ambulatorial e/ou hospitalar; 
- Serviços de apoio, serviços especializados, comissões e 
equipamentos existentes; 
- Serviços ambulatoriais especializados de Terapia Renal Substitutiva, 
Quimioterapia, Radioterapia e Hematologia; 
- Identificação e quantificação dos leitos hospitalares, especificando-os 
por especialidade (cirúrgica e clínica) e complementares; 
- Recursos humanos com identificação profissional. 
 
O número de leitos existentes e contratados para atendimento aos 
pacientes do SUS vem definido por especialidade. Na verificação in loco esse 
número deve ser conferido. São dados importantes principalmente levando-se 
em conta a análise da quantidade de Autorizações de Internações Hospitalares 
- AIH utilizadas versus a média de permanência, que vai refletir a taxa de 
ocupação. 
O CNES pode ser pesquisado através do site: 
www.cnes.datasus.gov.br 
 
2. SIH/SUS - SISTEMA DE INFORMAÇÕES HOSPITALARES 
 
 Os Relatórios disponibilizados pelo SIH/SUS podem ser classificados em 
efetivos e eventuais. Os relatórios efetivos são de consulta obrigatória, que 
retratam o perfil da atividade, serviço ou unidade aditados. São considerados 
Relatórios Efetivos do SIH/SUS: 
 
- Relatório Demonstrativo de AIH Pagas no Processamento; 
- Relatório Comparativo entre Procedimento Solicitado/Realizado e 
OPM Utilizados; 
- Relatório Freqüência de Procedimentos - TAB; 
- Relação de AIH Pagas; 
SCATS/SES-GO 34
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
- Relatório de Procedimentos Especiais. 
 
A seguir, cada um dos documentos: 
 
2.1 Relatório Demonstrativo de AIH Pagas no Processamento 
 
Relatório individualizado por hospital que reflete todos serviços 
prestados e pagos através da Autorização de Internação Hospitalar - AIH. É de 
grande valia na seleção das AIH com indicativos de irregularidades, para 
realização de auditoria operativa, na medida em que permite identificar se o 
procedimento é indevido (cirurgia de pequeno porte com excesso de cobrança 
de sangue, cirurgia múltipla realizada na mesma via de acesso, etc.), e, a partir 
daí, proceder-se à busca da AIH com indicativo de impropriedade. 
Apresentado sob a forma de colunas permite visualizar: 
- A especialidade na qual houve a internação do paciente. A título de 
exemplo: nas internações em cirurgia, o número é 1 e em pediatria o 
número é 7; 
- O número da AIH, disposta em ordem crescente por especialidades. 
Algumas AIH terão seu número repetido quando houver utilização da 
AIH de continuação; 
- Identificação de AIH: número 1 significa utilização da AIH inicial; o 
número 3 é empregado para a(s) AIH(s) de continuação e o número 
5 significa AIH de longa permanência; 
- O procedimento que foi pago, relativo àquela AIH (PROC); 
- O mês da alta do paciente. A verificação deste campo mostra qual é 
a competência que está sendo cobrada naquele processamento. 
Permite verificar ainda se está havendo atraso na cobrança das AIH 
(AIH do mês 6 cobrada no mês 10, por exemplo); 
- O quantitativo de diárias de UTI e de acompanhante (AC) pagas 
durante a internação; 
- O valor pago a todos os Serviços Hospitalares (SERV. HOSP.) 
relativos a material, medicamentos, taxas e serviços de hotelaria. É 
comum o aparecimento de AIH com procedimentos iguais e 
diferentes valores pagos pelos SH. Os serviços hospitalares são 
onerados, sempre que são utilizadas “diárias de UTI, diárias de 
acompanhante, permanência a maior, diárias de recém-nato, 
procedimentos especiais de alto custo”; 
- O valor pago por todos os Serviços Profissionais (SERV. PROF.) 
utilizados durante a internação, sejam médicos e/ou odontológicos, 
em que tenha sido prestado atendimento ao paciente, independente 
da especialidade. Os valores dos SP são onerados sempre que for 
utilizada “permanência a maior e diárias de recém-nato”.Dessa 
forma, a coluna pode apresentar valores diferentes para AIH com 
procedimentos iguais; 
- O total dos pontos (PTOS) lançados na AIH correspondente aos 
Serviços Profissionais (SP) em relação ao procedimento pago, 
conforme tabela do SIH/SUS, já constando acréscimos de pontos, 
decorrentes de atos realizados durante a internação, como por 
exemplo: pontos correspondentes ao procedimento principal 
SCATS/SES-GO 35
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
(cirurgia), mais os pontos correspondentes a um parecer dado 
(cardiologia); 
- O valor pago por todos os Serviços Auxiliares de Diagnóstico e 
Terapia (SADT) realizados durante a internação. Também nesta 
coluna pode-se encontrar valores diferentes para AIH com os 
mesmos procedimentos. Isso porque os SADT podem ser onerados 
quando houver utilização de UTI e permanência a maior; 
- O total de pontos correspondentes aos SADT daquela internação. 
Pode ser encontrado “zero” como total de pontos, e 
concomitantemente na 11.ª coluna (valor do SADT) ser encontrado 
um valor pago pelos SADT, significando que, embora não tenham 
sido realizados SADT durante a internação, o valor correspondente 
aos mesmos foi pago, em função da forma de remuneração dos 
serviços prestados pelo Sistema que é feita “em pacote”. Com isso, o 
valor do ponto relativo ao SADT poderá ser maior; 
- O valor pago aos procedimentos transfusionais utilizados durante a 
internação, excetuando-se: concentrados do fator VIII humano 
(código 92-017-01-0), fator IX coagulação humana (92-021-01-8) e 
fatores II, VII, IX, X da coagulação (92-033-01-6) que são lançados 
no campo de Procedimentos Especiais da AIH, onerando os Serviços 
Hospitalares; 
- O valor pago a todas as Órteses, Próteses e Materiais Especiais-
OPM utilizadas durante a internação; 
Na última coluna do relatório encontram-se os diferentes códigos de 
todos os lançamentos efetuados na AIH em seu campo Procedimentos 
Especiais e Serviços Profissionais. O relatório de saída exibe como indicador 
do 1.º campo um asterisco (*) e do 2.º uma cruz (+). 
 
2.2 Relatório Comparativo entre Procedimento Solicitado/Realizado e 
OPM Utilizadas 
 
É um relatório discriminativo de todas as Órteses, Próteses e 
Materiais/OPM utilizadas no Estado, por unidade, durante uma determinada 
competência. É apresentado formatado em colunas, identificando-se: 
- Hospital pelo CNPJ;- Número da AIH, por ordem crescente; 
- Procedimento solicitado (que nem sempre necessita coincidir com o 
procedimento realizado); 
- Procedimento realizado, seguido do código do produto utilizado; 
- Quantidade do produto que foi utilizado; 
- Nome do procedimento, seguido do(s) nome(s) do(s) produto(s); 
- Nome do hospital; 
- Número da nota fiscal, ou dos últimos números do documento de 
importação, quando utilizado material importado. 
Este relatório permite: 
a) verificar a compatibilidade do material utilizado com o atendimento 
prestado, o que já é feito pelo Sistema. Sendo esta crítica flexível, é 
importante a análise detalhada deste item, se considerarmos que 
para procedimentos iguais podem ser utilizadas quantidades 
diferentes de produtos; 
SCATS/SES-GO 36
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
b) comparar, em relação a um mesmo procedimento, a utilização da 
OPM pelos diversos hospitais (diferenças significativas em relação 
ao tipo, quantidade, etc.); 
c) verificar a freqüência da Nota Fiscal (uma mesma nota fiscal é 
apresentada para variados tipos de procedimentos em que se usou 
OPM). 
 
2.3 Relatório de Freqüência de Procedimentos - TAB 
 
O programa TAB foi desenvolvido com a finalidade de permitir a 
realização de tabulações rápidas sobre os arquivos DBF que constituem os 
componentes básicos dos sistemas de informações do Sistema Único de 
Saúde. 
O TAB permite identificar a pertinência da freqüência dos procedimentos 
quanto ao porte do hospital, verificar as condições técnico-operacionais da 
unidade para atendimento aos procedimentos, inclusive os mais complexos. 
Exemplos: realização de cirurgias múltiplas num hospital de pequeno porte; 
septicemias em excesso. 
Relatórios gerenciais de apoio podem ser criados com adoção de 
diferentes tabulações, como também podem ser criados por municípios e/ou 
estados; 
O TAB também propicia: 
 
- Relacionar a freqüência por procedimentos. Recomenda-se que seja 
extraído pelos menos os 50 procedimentos mais freqüentes; 
- Comparar hospitais de mesmo porte e de portes diferentes; 
- Cruzar os diversos relatórios: Estado X Município, Estado X Hospital, 
Município X Hospital, Hospital X Hospital, revelando vários outros 
dados e ampliando a busca de informações; 
- Identificar situações sazonais; 
- Identificar a média de permanência por procedimentos; 
- Identificar valor médio por procedimentos; 
- Identificar o quantitativo de óbitos por procedimentos; 
- Identificar o quantitativo de diárias de UTI pagas por procedimentos; 
- Identificar o quantitativo de diárias cobradas por procedimentos. 
 
2.4 Relatório de AIH Pagas 
 
Seleção a escolher, como por exemplo: AIH de Queimados, Cirurgia 
Múltipla, Politraumatizado, por ordem crescente de especialidade 
cirúrgica/médica, etc; 
São arquivos abertos no Excel onde todos os campos da AIH são 
disponibilizados, com exceção do nome do paciente. Dessa forma o auditor 
seleciona quais os campos que serão analisados. Permite visualizar: 
- O número da AIH; o ano, mês, dia do nascimento e sexo do paciente 
(1=masc. 3=fem.); 
- O código e valor total do procedimento realizado; 
- Data da internação e alta do paciente, o quantitativo de dias que o 
paciente ficou internado; 
- Condição de alta dos pacientes (Motivo da Cobrança); 
SCATS/SES-GO 37
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
- Idade do paciente. 
São exatamente todos os campos da AIH que podem ser abertos para 
análise. A critério do auditor poderão ser selecionados outros campos da AIH, 
tais como: 
- Município de Origem (CEP); 
- CPF do médico solicitante; 
- Valor de OPM; 
- Natureza do Hospital; 
- Código do Município onde se localiza o hospital; 
- Nacionalidade; 
- N.º do prontuário; 
- Caráter da Internação, etc 
 
 
 
2.5 Relatório de Procedimentos Especiais 
 
É um relatório idêntico ao anterior, onde estão descritos os arquivos do 
Tipo Procedimentos Especiais. Da mesma forma o auditor seleciona quais os 
campos que serão analisados. Permite visualizar os seguintes campos da AIH: 
- UF: Unidade da Federação; 
- AA: Ano de Competência; 
- MM: Mês de competência; 
- CGCHOSP: CGC do Hospital; 
- N AIH: Número da AIH; 
- PROC REA: Procedimento Realizado; 
- DT INTER: Data da Internação; 
- DT SAÍD: Data da Saída; 
- NUM PR: Número do Processamento; 
- PROC/UTI: Procedimentos Especiais + Diárias de UTI; 
- VALPROC: Valor do Procedimento. 
 
NOTA: esses dois últimos relatórios são de grande importância na Pré-
Auditoria, pois podemos obter indicativos de distorções importantes, 
objetivando, dessa maneira, a realização de Auditoria Operativa. 
 
São exemplos de evidências: 
- Cobrança indevida de politraumatizado, cirurgia múltipla, tratamento 
da AIDS e procedimentos seqüenciais em neurocirurgia; 
- Permanência hospitalar baixa ou alta, em relação ao procedimento 
cobrado; 
- Excesso de cobrança de procedimentos especiais, como por 
exemplo: excesso de tomografia computadorizada e alta incidência 
de diárias de UTI; 
- Alta incidência de determinados procedimentos em relação ao total 
realizado no Município/Estado. 
 
Os Relatórios Eventuais do SIH/SUS são documentos de consulta 
eventual, a depender da necessidade. São relatórios de consulta menos 
SCATS/SES-GO 38
 
 
Manual de Normas e Procedimentos de Auditoria 
 
freqüentes e fornecem maiores subsídios quando cruzados com outros 
relatórios. São considerados Relatórios Eventuais do SIH/SUS: 
 
- Relatório Discriminativo de Pagamento de Serviços/Órtese, Prótese e 
Material Especial – OPM; 
- Relatório de Autorizações de Internações Hospitalares Apresentadas 
(RLAA); 
- Relatório Demonstrativo de Descontos das OR; 
- Cadastro de Profissionais e Serviços Auxiliares de Diagnóstico e 
Terapia (SADT); 
- Relatório Resumo de OPM Pagos. 
 
Na seqüência, cada um dos documentos: 
2.6 Relatório Discriminativo de Pagamento de Serviços/OPM 
 
Relatório onde são discriminados todos os serviços realizados pelo 
prestador, o pagamento individual de cada serviço, o valor total bruto e 
eventuais descontos, tais como imposto de renda. É um “contracheque” de 
quem presta serviços ao SUS, pelo SIH e é encaminhado somente à Unidade 
Prestadora de Serviços. 
Por serviços realizados entende-se: serviços profissionais, serviços 
auxiliares de diagnóstico e terapia – SADT, atendimento ao recém-nato na sala 
de parto, transfusões sangüíneas, utilização de OPM e outros. 
O relatório discrimina o pagamento de serviços relativos aos 
profissionais Tipo 7, aos hospitais públicos (Tipo 4) ou a OPM e permite 
visualizar: 
- Prestador pelo CGC/CPF, endereço, UF, CEP, código do banco, 
conta corrente e/ou CPF. 
- Competência do processamento que está sendo pago. 
- Outros quadros, que vão ser preenchidos tanto mais quanto maior o 
número de atendimentos realizados pelo prestador. Aqui, 
observamos por ordem: 
- CGC do hospital onde foi realizada a internação; 
- N.º do Processamento; 
- Valor, em reais, de cada ponto dos Serviços Profissionais (SP); 
- Valor, em reais, de cada ponto dos Serviços Auxiliares de 
Diagnóstico e Terapia (SADT). 
A seguir, aparecem três colunas, onde temos: 
Na primeira coluna o número da AIH apresentada e paga, o qual é 
repetido tantas vezes quantos forem os serviços prestados naquela internação, 
quer sejam SP, SADT, sangue, atendimento ao recém-nato na sala de parto ou 
OPM, que são lançados por linha com o mesmo número da AIH. 
Atentar para os seguintes detalhes: 
- No pagamento dos serviços produzidos, aparece somente o número 
da AIH; 
- Quando for pagamento de SADT, o número da AIH sempre vem 
acompanhado de um asterisco; 
- No caso de transfusão sangüínea, a palavra “sangue” ao lado do 
número da AIH distingue este procedimento;

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