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003 DIREITO DAS COISAS DIREITOS REAIS

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�CIVIL IV – Direito das Coisas
DOS DIREITOS REAIS
Do art.1.225 ao 1.227 do CC/02
DOS DIREITOS REAIS
DISPOSIÇÕES GERAIS
3.1. CONCEITO: “Direito real consiste no poder jurídico, direto e imediato do titular sobre a coisa, com exclusividade e contra todos. No pólo passivo incluem-se os membros da coletividade, pois todos devem abster-se de qualquer ato que possa turbar o direito do titular”.�
Conforme o Código Civil de 2002 os direitos reais estão descritos no artigo 1.225.
Art. 1.225. São direitos reais:
I – a propriedade;
II – a superfície;
III – as servidões;
IV – o usufruto;
V – o uso;
VI – a habitação;
VII – o direito do promitente comprador do imóvel;
VIII – o penhor;
IX – a hipoteca;
X – a anticrese.
XI – a concessão de uso especial para fins de moradia
XII – a concessão de direito real de uso
Aparentemente o art. 1.225 apresenta um rol taxativo, entretanto, apesar de que só a lei pode declarar direitos reais, sabemos que existem outras previsões, tanto na legislação espaça como em outros dispositivos do próprio Código civil Brasileiro. Como exemplo, temos o direito de retenção e o pacto de retrovenda.
3.2. IDENTIFICAÇÃO
a) propriedade – direito pleno de usar, gozar e dispor, é pleno diferentemente dos demais direitos reais que são limitados, é o direito real por excelência;
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
b) superfície – direito que faculta ao proprietário conceder a outrem o direito de construir ou plantar em seu terreno por um determinado tempo e deve ser registrado no CRI;
c) servidão predial – restrição ao direito de propriedade exercida sobre o prédio serviente em favor do dominante;
d) o usufruto – é o direito que assiste ao usufrutuário à de forma temporária, usar (aproveitar as utilidades da coisa) gozar ou fruir (receber frutos e produtos) da coisa que não lhe pertence
e) o uso – direito de usar sem gozar ou fruir;
f) habitação – utilizar gratuitamente o imóvel com o fim de moradia
g) o direito do promitente comprador do imóvel – consiste no direito conferido ao Promissário Comprador para haver a coisa para si quando houver recusa do Promitente Vendedor em outorga-la;
h) o penhor – direto real de garantia que recai sobre coisas móveis, ficando estas na posse do credor para evitar sua perda ou perecimento;
i) hipoteca – direito real de garantia que possui o credor sobre o imóvel para assegurar o recebimento de débito, 
j) anticrese – direito real de garantia de receber os frutos de imóvel alheio para compensar dívida do seu proprietário, admite o direito de retenção mas não de alienação
k) a concessão de uso especial para fins de moradia – é o direito real 
alienável que grava imóvel público urbano, para moradia de família, devendo dito imóvel possuir até 250m2, não podendo a família possuir outro imóvel, e devendo estar ocupando-o de forma pacífica e ininterrupta há pelo menos há cinco anos, limitados até 30.06.2001- o objetivo é atender às famílias de baixa renda
l) a concessão de direito real de uso – é direito real intransmissível inter vivos ou mortis causa é um direito resolúvel conferido ao particular a utilização de uso de terreno público destinando-se à urbanização, edificação, industrialização, cultivo ou qualquer outro que traduza interesse público.
3.3. ESPÉCIES
Quanto às espécies, usaremos a classificação trazida por Maria Helena Diniz, aplicando-se o seguinte critério�:
QUANTO À EXTENSÃO DO DIREITO DO TITULAR:
Propriedade plena ou absoluta: quando todos os elementos constitutivos se acham reunidos na pessoa do proprietário.
Propriedade restrita: Quando se desmembram um ou alguns de seus poderes que passam a ser de outrem.
QUANDO À PERPETUIDADE DO DOMÍNIO:
Propriedade perpetua: é a que tem duração ilimitada.
Propriedade resolúvel: é a que encontra no seu titular constitutivo uma razão de sua extinção, ou seja, as próprias partes estabelecem uma condição resolutiva. 
3.4. CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS DIREITOS REAIS
Como principais classificações dos Direitos Reais temos:
A).Direito real sobre a coisa alheia é “o de receber, por meio de norma jurídica, permissão do seu proprietário para usá-la ou tê-la como se fosse sua, em determinadas circunstâncias, ou sob condição de acordo com a lei e com o que estabelecido em contrato válido.” Ex. as servidões, o usufruto, o uso, a habitação, o direito do promitente comprador do imóvel, o penhor, a anticrese, a hipoteca e o direito de superfície.
B) Direitos reais limitados de gozo ou de fruição. Nestes o titular tem a autoridade de usar e gozar ou tão somente usar a coisa alheia, ex. superfície, servidões prediais, usufruto e habitação.
C) Direitos reais de garantia. Nestes a coisa alheia é dada como garantia de débito, a exemplo do penhor, anticrese, hipoteca e alienação fiduciária em garantia.
D) Direito real de aquisição de imóvel,. Representado pelo compromisso irretratável de compra e venda de imóvel, deve para obter esse efeito estar registrado no CRI. Proporciona ao Promissário Comprador, uma vez pago o preço a exigir do Promitente Vendedor a transferência definitiva do bem para o seu patrimônio. 
3.5. AQUISIÇÃO DOS DIREITOS REAIS
Quanto à aquisição dos direitos reais, vale elucidar que enquanto a transmissão da propriedade móvel se dá pela tradição, os direitos reais sobre imóveis só precede mediante registro no cartório de registro de imóveis.
Vide os artigos 1.226 e 1.227 do Código Civil de 2002.
Art. 1.226. Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com a tradição.
Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Código.
JURISPRUDÊNCIAS
EMENTA 2:  Responsabilidade civil. Acidente de trânsito. Propriedade do veículo. Legitimidade passiva. 1. A transferência da propriedade de veículo automotor se opera com a simples tradição. 2. Por isso mesmo, os registros do veículo no DETRAN e no próprio cartório do registro especial não constituem prova absoluta da propriedade. 3. Admissibilidade da utilização eficaz de outros meios para demonstrar compra e venda, com seqüente exoneração de responsabilidade do antigo proprietário. 4. O registro no departamento de trânsito representa simples formalidade, de conteúdo administrativo, modo a regularizar a circulação do veículo. 5. O registro no cartório especial destina-se apenas a fazer valer, "erga omnes", a verdade da alienação, facilitando a prova da propriedade, repercussões no plano dos direitos reais sobre coisas alheias. 6. Apelo desprovido. 
(Apelação Cível Nº 198001711, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Demétrio Xavier Lopes Neto) 
EMENTA 1:  Apelação cível. Propriedade e direitos reais sobre coisas alheias. Ação de obrigação de fazer. Contrato de cessão de direitos e obrigação sobre bem imóvel. Bem dado em pagamento na compra de um apartamento. Imposição à parte demandada de obrigação para que opere a transferência do imóvel junto ao registro de imóveis. Impossibilidade no caso especioso dos autos. Hipótese em que o imóvel objeto da dação em pagamento apenas serviu de moeda de troca na aquisição de um imóvel novo, tendo sido objeto de posterior venda pela incorporadora a terceiro. Praxe mercantil, pela qual a empresa não objetiva acrescer o bem ao seu patrimônio, mas apenas busca facilitar a compra e venda de seus empreendimentos. Ausência, ademais, no contrato, de qualquer cláusula impondo à demandada o ônus de transferir o imóvel, como postulado. Impossibilidade, ademais, de se outorgar a pretensão de fundo, na medida em que ofenderia direito de terceiro estranho à lide. Exegese doart. 472 do CPC. Recurso de apelação ao qual se nega provimento. 
(Apelação Cível Nº. 70011443546, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Pedro Celso Dal Pra) 
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. Direito das coisas. 20. Ed. v. 4. São Paulo: Saraiva, 2004.
DINIZ, Maria Helena. Código Civil Anotado. Editora Saraiva, 12ª Edição pág.965/966
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro. Direito das coisas. 2. Ed. Volume V. São Paulo:Saraiva, 2008. 
� GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro. Direito das coisas. 2. Ed. Volume V. São Paulo:Saraiva, 2008. p. 201.
� DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. Direito das coisas. 20. Ed. v. 4. São Paulo: Saraiva, 2004. p. p. 124-125.
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