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SISTEMA URINÁRIO

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SISTEMA URINÁRIO – RENAL
ANATOMIA:
O sistema urinário é responsável pela excreção dos metabólitos celulares. O órgão produtor de urina são os rins, enquanto que as vias urinárias são os ureteres, a uretra e a bexiga. Constitui o aparelho Genito – Urinário
Rins: são órgãos pares localizados posteriormente na cavidade abdominal, na altura da 11º e 12º costelas. O rim direito é mais inferior ao esquerdo devido à presença do fígado na cavidade abdominal direita. São retroperitoneais. Apresentam elevada vascularização, o que explica sua cor avermelhada. Apresentam as glândulas adrenais em suas extremidades superiores. Da aorta abdominal partem as artérias renais direita e esquerda, acompanhadas pelas veias renais direita e esquerda que irão desembocar na veia cava inferior. Há a presença de capa fibrosa (cápsula fibrosa) e de gordura recobrindo os rins. Apresentam polos ou extremidades superior e inferior, bordas ou margens medial e lateral e faces anterior (recoberta por peritôneo) e posterior. Na borda medial há a entrada da artéria renal e a saída da veia renal e da pelve renal, numa região denominada hilo, compondo o pedículo, já que a vascularização é uma espécie de suporte para os rins. Apresenta córtex e medula. A medula apresenta formato piramidal, apresentando uma base e um ápice – a papila renal. Da papila renal goteja urina nos cálices menores e estes se fundem e formam os cálices maiores, os quais vão se fundir e dar origem a pelve renal, que é uma porção mais dilatada dos ureteres, na altura do hilo.
Ureteres: conforme se caminha em direção à bexiga a pelve renal se afunila e dá origem aos ureteres. São estruturas pares, tubulares com função condutora de urina dos rins até a bexiga. Percorrem a cavidade abdominal e pélvica. Apresentam regiões abdominal, pélvica e intramural (dentro da bexiga).
Bexiga: é uma estrutura localizada anteriormente na cavidade pélvica. Apresenta pregas mucosas/ vesicais que permitem a dilatação e retração da bexiga. Está localizada posterior a sínfise púbica. Apresenta um ápice, devido ao fato de ter origem abdominal fetal. Apresenta as regiões de fundo (superior e quase nunca totalmente enchida de urina) onde adentram os ureteres, de corpo e de colo (próximo à uretra). Há uma região mais lisa de forma triangular – o trígono – composto pelos óstios dos 2 ureteres e pelo óstio interno da uretra. Há uma face superior (recoberta por peritôneo) que ao dilatar sobe para a cavidade abdominal, uma face posterior e inferolateral, as duas últimas formam o ápice da bexiga. Na mulher, posterior e superiormente há o útero, um compartimento que se expande durante a gravidez e comprime a bexiga, explicando a excessiva vontade de urinar das gestantes. Já no homem, inferiormente a bexiga há a próstata, que com o crescimento benigno com o avançar da idade pode comprimir a uretra. Escavação reto vesical no homem, reto vesical e útero vesical na mulher, são espaços entre a bexiga e o reto e entre a bexiga e o útero. A sustentação da bexiga se dá pelo ligamento umbilical médio, pelo ligamento pubo prostático no homem e pelo pubo vesical na mulher.
Uretra: é o órgão que varia entre homens e mulheres. Na mulher: é curta, apresentando os esfíncteres interno e externo próximos, os quais contraem e relaxam juntos para controle da micção em associação com musculos do períneo; o óstio externo da uretra se localiza no vestíbulo. No homem: é mais longa e apresenta as seguintes regiões – intramural (dentro da bexiga) membranácea (próxima as glândulas bulbouretrais), prostática (é a porção atravessada pela próstata) e esponjosa (atravessa os corpos esponjosos do pênis), o óstio externo da uretra se abre na glande, os esfíncteres interno e externo estão distantes em função da co – função reprodutora e urinária - o interno está mais próximo da bexiga e o externo próximo ao local onde os ductos espermáticos lançam secreções – para que a urina seja eliminada ambos os esfíncteres devem estar relaxados.
HISTOLOGIA:
Os rins apresentam parênquima (epitélio = função), vascularização e estroma (TCPD). O estroma leva os vasos até o parênquima, bem como células inflamatórias, além de sustentar o parênquima. O estroma é escasso no córtex, sendo uma cápsula fina contendo TCPD frouxo, aumentando um pouco na medula. O córtex é a região mais periférica e a medula mais interna. Os cálices menores, os maiores, a pelve renal – ureteres, bexiga e uretra são as vias urinárias. Na região do hilo renal há tecido adiposo, bem como este pode estar perirrenal. O córtex tem maior vascularização. A medula apresenta estruturas piramidais com ápice voltado para os cálices menores e a base para o córtex. O lobo renal é composto de pirâmide + parênquima.
A vascularização consiste em duas artérias renais, uma para cada rim que se dividem em artérias segmentares, as quais se dividem em interlobares (delimitam os lobos renais), quando as interlobares chegam às bases das pirâmides formam as artérias arqueadas (delimita córtex de medula), as quais se dividem em artérias interlobulares (delimitam os lóbulos do córtex). As veias acompanham as respectivas artérias. As artérias interlobulares formam as arteríolas aferentes e eferentes que se anastomosam formando o glomérulo renal. As arteríolas eferentes podem formar capilares peritubulares ou os vasos retos. Espaço porta arterial: arteríola aferente, glomérulo (capilares), arteríola eferente.
A unidade morfofuncional do rim são os túbulos uriníferos compostos pelo néfron e sistema coletor. O néfron é composto por cápsula de Bowman, glomérulo renal, e túbulos renais (contornado proximal, reto proximal, intermediário ou Alça de Henle, reto distal, contornado distal). No córtex se localizam o glomérulo, os contornados proximais e distais, parte dos retos proximais e distais e parte do sistema coletor. Na medula se localizam parte dos retos proximais e distais, o intermediário e parte do sistema coletor. 
Há dois tipos de néfrons: os de Alça de Henle longa ou justamedulares, que apresentam o corpúsculo renal no final do córtex e próximo a medula e os de Alça de Henle curta ou corticais, cujo corpúsculo renal se localiza na superfície ou meio do córtex. No néfron justamedular há grandes túbulos intermediários, os quais são os responsáveis pelo mecanismo multiplicador de contra – corrente (conservação de H2O).
O corpúsculo renal é polarizado, apresentando um polo urinário que apresenta mácula densa, túbulo contornado proximal, enquanto que no polo vascular há as arteríolas aferente e eferente e o túbulo contornado distal.
O folheto parietal (externo) da cápsula de Bowman apresenta epitélio pavimentoso simples, enquanto que o folheto visceral apresenta um epitélio especial, que reveste os capilares, que formam alças. Entre os folhetos parietal e visceral há o espaço de Bowman onde cai o ultrafiltrado glomerular.
Os capilares são fenestrados, recobertos por lâmina basal dupla (do endotélio e do podócito) e o epitélio especial constituído por podócitos.
A membrana de filtração é constituída pelo epitélio fenestrado, pela membrana basal dupla que apresenta fendas de filtração (entre os podócitos).
A membrana de filtração permite a passagem de pequenas moléculas e de H2O, como pedaços de albumina, ptns pequenas e principalmente íons. A lamina basal tem controle de cargas e moléculas, visto que apresenta rede de colágeno IV que retém moléculas maiores, e há heparan sulfato ( - ) que retém moléculas negativas, facilitando a filtração de moléculas positivas.
Os podócitos apresentam ramos primários e secundários (pedicelos). Os pedicelos “abraçam” os capilares e o espaço entre eles são as fendas de filtração. Nas fendas há o controle pela nefrina, que controla a passagem das moléculas.
Os capilares compartilham sua lamina basal com pericitos chamados de mesângio intra e extraglomerulares. Este mesângio sintetiza MEC que sustenta as alças capilares, atua como fagócito, fagocitando lamina basal em recomposição bem como complexos antígeno – anticorpo, liberam citocinase prostaglandinas mediante a presença de antígenos, apresentam receptores para angiotensina II, atuando no controle local da P.A.
Todo revestimento do néfron e sistema coletor é epitelial, geralmente cúbico simples, exceto no ducto intermediário, que é pavimentoso simples.
O contornado proximal pega o ultrafiltrado glomerular rico em diferentes substancias e a primeira porção do contornado distal deverá reabsorver grande parte dessas substancias e repô-las ao sangue. As células do contornado e reto proximais apresentam microvilos no polo apical, interdigitações no basolateral, núcleo eucromático e muitas mitocôndrias. Estas estruturas estão em maior quantidade do contornado que no reto proximal. Há também a presença de lisossomos e peroxissomos além de junções de oclusão, que podem ser mais ou menos fechadas conforme a sinalização.
A Alça de Henle, ou túbulo intermediário, e os vasos retos participam do mecanismo multiplicador de contracorrente. Apresenta epitélio pavimentoso simples e poucas organelas. Apresenta uma porção delgada descendente, ascendente e uma porção mais espessa. Apresentam microvilosidades esparsas. 
O aparelho justaglomerular é muito importante no controle da P.A. Localizado no polo vascular, compreende as arteríolas aferente e eferente, mesângio e mácula densa, além do contato com contornado distal. A mácula densa é uma especialização de membrana na interface com o mesângio extraglomerular. O contornado distal apresenta epitélio cubico, com células mais estreitas e núcleos mais próximos. A passagem de liquido nessa região é importante para regulação de P.A, apresentando junções GAP para reabsorção de Na+. Na arteríola aferente há a célula justaglomerular que produz renina (presente em grânulos) que auxilia na reabsorção de Na+. 
O túbulo contornado distal começa no polo vascular. Também apresenta mitocôndrias. Drena filtrado para o sistema coletor, este vai do córtex até as papilas. O sistema coletor apresenta dois tipos de células: células principais (mais claras) e células intercalares (mais escuras). As principais estão relacionadas com o equilíbrio eletrolítico, enquanto que as intercaladas com o equilíbrio ácido – base. As células principais têm receptores para ADH – equilíbrio hídrico.
EMBRIOLOGIA:
Mesoderma intermediário forma as cristas urogenitais que formarão as gônadas e os rins.
Na evolução para o rim humano adulto 3 rins são formados: o primeiro rim formado é prónéfron, similar aos rins de peixes e larvas de anfíbios, este rim não é funcional, mas sinaliza para o próximo rim a ser formado; o segundo rim a ser formado é o mesonéfron, similar ao rins de anfíbios, também não é funcional mas deixa estruturas que nos homens constituirão as vias espermáticas; o terceiro rim a ser formado é o metanéfron, este sim funcional.
O rim prónéfron é formando na região cervical e apresenta vesículas néfricas que drenam para o ducto prónéfrico, quando as últimas vesículas se formam, as primeiras já desapareceram. O ducto prónéfrico drena para região de cloaca. A porção cervical deste ducto desaparece, mas se mantém na região torácica, já no mesonéfron.
O rim mesonéfrico é mais complexo, já apresentando corpúsculo renal, o qual drena para o ducto mesonéfrico. O rim mesonéfrico deixa o ducto néfrico e mesonéfrico para as vias espermáticas, desaparecendo totalmente nas mulheres. No fim do ducto mesonéfrico há ramificação formando o broto uretérico, que dará origem as vias urinárias. Este broto cresce em direção ao final do embrião, encontrando o mesoderma intermediário, chamado de blastema metanefrogênico.
O rim metanéfron será formado a partir do blastema metanefrogênico e do broto uretérico, onde o blastema dará origem ao néfron e o broto dará origem ao sistema coletor além de cálices maiores e menores e ureteres. O blastema formará um capuz sobre o sistema coletor, passando por diversos estágios até formam o néfron.
FISIOLOGIA: 
Compartimentos dos líquidos corporais:
Líquidos intracelulares e extracelulares – distribuição de água. Rins envolvidos no controle hídrico.
2/3 da água total é intracelular, enquanto que 1/3 é extracelular – liquido intersticial, plasma e transcelular, ou seja, todo líquido recoberto por epitélio.
Constitui 60% do peso corporal, deste 40% são de água intracelular e 20% de água extracelular.
Tecido adiposo tem maior teor de água do que musculos e órgãos internos.
O liquido intersticial consiste em linfa, MEC. O transcelular é LCR, intraocular, sinovial, pericárdico, pleural, peritoneal e estomacal.
Perda de água diária: 700ml por evaporação de pele e respiração, 100ml sudorese em repouso, 100ml nas fezes e 1400ml de urina. Se ocorrer grande perda de água deve-se repor, e com isso há a ativação de sistemas que visão a reposição de água, visto que não há mecanismos para armazenamento de água.
O teste de bioimpedância avalia o status de hidratação de um indivíduo
Osmolaridade:
Movimento da água de dentro para fora da célula é importante para a osmolaridade.
É uma propriedade de partículas, dependendo apenas da quantidade destas. Um aumento da quantidade de partículas leva a um aumento da força atrativa de água através das membranas semipermeáveis – Pressão osmótica. Estas partículas são osmólitos, não importando o tipo. 
A osmolaridade é media em mOsm
O Liquido extracelular (LEC) e o Líquido intracelular (LIC) devem estar em equilíbrio e numa concentração de 280 à 300 mOsm/L (molar) ou mOsm/Kg (molal).
LEC = LIC, exceto quando se come algo salgado, o que eleva LEC, sinalizando para mais água. Se forem diferentes há ajuste renal.
Mudança de osmolaridade:
Normal – isotônica: LEC = LIC, equilíbrio dinâmico de entrada e saída de água, sem alteração da estrutura da célula.
Cremação – hipertônico: água tende a sair da célula e com isso a célula murcha, perdendo sua função. LEC > LIC.
Túrgida – hipotônica: água tende a entrar a célula, podendo levar a plasmoptise e perda de função. LIC > LEC
Composição LEC e LICApesar da variação de eletrólitos, a osmolaridade dentro e fora deve se manter em equilíbrio, por isso acontecem essas variações até que o equilíbrio seja atingido.
	LEC
	LIC
	Na+ maior no LEC
	Na+
	K+
	K+ maior no LIC
	Ca++
	Mg++
	HCO3-
	HCO3-
	Cl- maior no LEC
	Cl-
	HPO4-3
	HPO4-2 maior no LIC
	Ptns
	Ptns –maior no LIC
Perda de volume:
Isosmótica: perda de LEC (água e soluto), reposto por soro caseiro.
Hiperosmótica: perda de LEC, perde mais água que soluto, relacionada à privação de água. Redução LEC e também de LIC, pois a água do LIC sai por osmose para o LEC, aumentando a osmolaridade.
Hiposmótica: resultado de insuficiência adrenal.
Ganho de volume:
Isosmótico: entra liquido e soluto, com aumento de LEC, sem alteração da osmolaridade, como na adição de NaCl.
Hiperosmótico: aumenta LEC, devido a saída de liquido da LIC, como acontece em ocasiões de alta ingesta de NaCl.
Funções dos rins:
Excreção de metabólitos, substancias químicas nocivas, substancias em excesso fármacos;
Conservação de nutrientes como aas e glicose que são 100% reabsorvidos em condições normais;
Regulação do equilíbrio eletrolítico, ácido-base e da hemodinâmica;
Ação endócrina com produção de EPO, provitamina D, controle e reabsorção de Ca++ e HPO4-2.
Ação metabólica na gliconeogênese.
Hemodinâmica Renal:
FSR relacionado ao gradiente de pressão entre artérias e veias renais. Com proporção inversa a resistência dos vasos.
Vasoconstrição é importante mecanismo de regulação do FSR: vasoconstrição na arteríola aferente reduz o FSR e aumenta TFG, no entanto vasoconstrição na arteríola eferente causa redução de FSR e TFG.
Essa vasoconstrição pode acontecer através dos seguintes fatores:
SNA simpático: receptores α adrenérgicos nas arteríolas aferente e eferente, porém com maior sensibilidade na aferente.
Angiotensina II: tem receptores nas arteríolas aferente e eferente, porém com maior sensibilidade na eferente.
Há também vasodilatadores como Prostaglandinase Dopamina que atuam nas arteríolas aferente e eferente.
O rim é capaz de fazer uma autorregulação mediante a variações da pressão de perfusão e da resistência das arteríolas. Há 2 mecanismos para esta autorregulação:
Mecanismo miogênico: baroceptores detectam variações na pressão de perfusão (diminuição). Há a deflagração de potencial de ação que abre canais de cálcio, o qual se liga a calmodulina que ativa a MLCK, a qual ativa a miosina e promove a contração do musculo liso vascular promovendo vasoconstrição.
Mecanismo de feedback Tubuloglomerular: com aumento de FSR ou TFG, a mácula densa percebe aumento de NaCl, aumentando resistência na arteríola aferente reduzindo FSR e TFG.
Filtração Glomerular:
A filtração glomerular consiste na primeira etapa de formação da urina, que neste ponto consiste em um ultrafiltrado de composição semelhante ao plasma, porém com bem menos proteínas e sem células.
É regida pelas forças de Starling, onde a pressão hidrostática no capilar propele as moléculas do capilar para o espaço de Bowman, enquanto que as pressões hidrostática no espaço de Bowman e a pressão oncótica se opõem a esse movimento. No entanto, como há poucas proteínas sendo filtradas a pressão oncótica é quase nula, sendo apenas forças efetivas na filtração, as pressões hidrostáticas no capilar e no espaço de Bowman.
A fim de serem filtradas dos capilares glomerulares para o espaço de Bowman as moléculas devem ultrapassar uma barreira de filtração que consiste em: capilar fenestrado lamina basal dupla que contém heparan sulfato que retém moléculas negativas, favorecendo a filtração de moléculas positivas, além de um epitélio que contém células especiais – os podócitos - os quais “abraçam” os capilares e que apresentam nefrina em suas fendas de filtração regulando a passagem de moléculas.
Apenas 20% do plasma sanguíneo são filtrados e consiste na TFG. Os 80% restantes retornam para a circulação via capilares peritubulares.
Inulina e creatinina são marcadores de TFG, visto que são livremente filtradas, não são secretadas ou metabolizadas.
Reabsorção e secreção:
A reabsorção renal envolve mecanismos ativos e passivos para transporte das moléculas dos túbulos renais para o interstício e do interstício para o sangue.
A maioria dos processos de reabsorção está vinculado ao gradiente da Na+/K+ATPase. Também há grande volume de reabsorção através de simporte de Na+ com outras moléculas como glicose (SGLT) e aas.
As proteínas carreadoras apresentam uma velocidade e uma quantidade máxima de moléculas em seu transporte, logo são passíveis de saturação. Um exemplo é o caso de indivíduos com diabetes mellitus que apresentam alta glicemia e com isso saturam SGLT, fazendo com que a glicose, que seria 100% reabsorvida no túbulo proximal, seja eliminada na urina.
No túbulo proximal há reabsorção isosmótica de água de solutos (principalmente glicose, aas, Na+ - na porção inicial - e Na+ e Cl- - na porção final). Essa reabsorção acontece mediante ao já citado SGLT, a simporte Na+/aas, Na+/H+, Na+/ fosfato do fluido tubular para o interstício e deste para o sangue via Na+/K+ATPase, GLUT e transportadores específicos.
Na Alça de Henle:
Túbulo distal e ductos coletores:
Controle do volume corporal:
Como o Na+ é o principal íon extracelular, sua quantidade é que determinará o volume extracelular. Ingestão > excreção – balanço positivo – aumento do LEC; excreção > ingestão – balanço negativo – redução do LEC.
Baroceptores de baixa pressão no lado venoso da circulação sistêmica, baroceptores de alta pressão localizados do seio carotídeo e no arco aórtico, bem como baroceptores intrarrenais (no aparelho justaglomerular) captam variações de volume do LEC. Os baroceptores de baixa pressão estimulam SNA simpático e ADH, enquanto que os de alta pressão estimulam SNA simpático e a secreção de renina.
Os seguintes fatores regulam as alterações de volume do LEC:
Sistema Renina – Angiotensina – Aldosterona (SRAA): baixa pressão de perfusão percebidos por baroceptores da arteríola aferente, estimulação simpática e redução de NaCl que chega à mácula densa são sinais para liberação de renina.
Dessa cascata apenas a Angiotensina II tem função fisiológica que é vasoconstritora, aumenta a reabsorção de Na+ nos túbulos proximais, estimula sede e secreção de ADH, bem como estimula a secreção de Aldosterona.
Peptídeos Natriuréticos (PNs): o PNA é secretado pelos átrios em respostas a estiramento devido a aumento de volume ou pressão. Tem ações natriuréticas, diuréticas e vasodilatadoras, contrabalançando a ação do SRAA, inibe secreção de renina e Aldosterona. Com isso há aumento da excreção de Na+ e água, redução de LEC e PA.
Aldosterona: aumenta a expressão de Na+/K+ATPase nos túbulos renais e nos ductos coletores, aumenta reabsorção de Na+ e a secreção de K+. O aumento de K+ no interstício estimula a secreção de Aldosterona, a fim de secretá-lo para os túbulos distais e coletores; o estimulo do SRAA também promove a secreção de Aldosterona.
Sistema Calitreína – Cinina (SCC): relacionado à dor, inflamação, hipertensão e coagulação. Produz substancias vasoativas, como vasodilatadora bradicinina.
SNA simpático
ADH:
Controle da Osmolaridade dos líquidos corporais:
Aumento da ingestão de água e redução das perdas insensíveis – aumento diurese. Aumento perdas insensíveis e redução da ingestão de água – aumento sede.
No hipotálamo próximo aos núcleos supraóptico e paraventricular (ADH) há o centro da sede.
Com a redução da água corporal há aumento da osmolaridade do sangue que estimula o centro da sede e o hipotálamo a produzir e hipófise secretar ADH a fim de reabsorver água, gerando uma urina mais concentrada e de volume mais reduzido. No entanto, quando aumenta a ingesta de água e reduz a osmolaridade do sangue, não há ativação do centro da sede nem de hipotálamo e hipófise para produção e secreção de ADH, e com isso uma urina mais diluída e de maior volume é produzida.
O ADH se liga a receptores V2 nas células dos túbulos renais. Este receptor está acoplado a proteína Gs que pela ação da adenilato ciclase cliva ATP em AMPc, o qual ativa a PKA a fosforilar a AQP2 que se encontra em vesículas, fazendo sair dessas vesículas e ir para a membrana luminal a fim de promover a reabsorção de água nos ductos coletores. A água que entrou na célula via AQP2 sai para o sangue via AQP3 e AQP4.
Aumento de osmolaridade e redução de volume do plasma, redução de pressão sanguínea, náusea, hipóxia estimulam a secreção de ADH, enquanto que redução de osmolaridade e aumento de volume do plasma, aumento de pressão sanguínea, álcool inibem a secreção de ADH.
Equilíbrio Ácido-Base
A atividade física e a alimentação produzem ácidos voláteis (HCO3-) e não voláteis. Os não voláteis são facilmente neutralizados pelo organismo.
A fim de manter a homeostase ácido-base quando a ingestão de alimentos ácidos e o metabolismo libera bastante ácido é usado sistema tampão que são os seguintes:
Tampões intracelulares;
Tampões plasmáticos: reações ácido – base no sangue HCO3-;
Tampão respiratório: CO2;
Tampão renal: excreção de urina ácida (H+ e NH4+) ou alcalina.
Os tampões plasmáticos tem ação imediata: são eles os tampões fosfato (monssódico ou dissódico), tampão HCO3- e a hemoglobina.
O tampão respiratório regula a excreção de CO2/ HCO3- e demora um pouco mais. Se aumenta [H+] aumenta o ritmo respiratório, se diminui a [H+] diminui o ritmo respiratório.
Manutenção da [H+] no meio extracelular
Nos túbulos proximal, Alça de Henle (ascendente grosso) e distal (inicio)
No túbulo distal
Tampões:
Sistema contracorrente:
Na porção descendente fina da Alça de Henle há reabsorção de água sem reabsorção de NaCl, enquanto que nos segmentos ascendente fino e espesso há reabsorção apenas de NaCl.
A concentração da urina acontece em função da criação de um gradiente de soluto no interstício medula, em função desta saída apenas de NaCl nas porções ascendente fina e espessa da Alça de Henle;do equilíbrio osmótico entre fluido tubular coletor e interstício peritubular; além da conservação da hipertonicidade medular.
A hipertonicidade medular acontece em função da reabsorção de NaCl sem água na porção ascendente da Alça de Henle e com isso forma um gradiente osmótico chamado efeito unitário do sistema de contracorrente. A reabsorção de NaCl acontece via NKCC na porção ascendente, enquanto que no descendente há reabsorção de água.No início do TD
convoluto, a
osmolalidade
tubular é sempre
hipotônica
No ramo
ascendente da
alça, impermeável
à água, o fluido
intratubular vai-se
diluindo por
reabsorção de
NaCl (passiva na
porção fina e ativa
na porção grossa
– segmento
diluidor).
No ramo
descendente da
AH o fluido vai
concentrando
(reabsorção
passiva de água e
secreção passiva
de NaCl e ureia)
Ao longo do TP, o
fluido é sempre
isotônico
Clearance renal ou depuração plasmática:
Depuração ou clearance é o volume total de plasma que ficou livre de determinado soluto por unidade de tempo.
CX = UX . V/ PX
O clearance representa a capacidade dos rins de eliminarem alguma substancia da corrente sanguínea, servindo como avaliador de como a função renal exerce excreção de determinada substancia.
Em situações normais a carga excretada, a concentração na urina e o clearance de glicose e aa é igual à zero, devido ao fato de serem filtrados e 100% reabsorvidos. Comparando com substancias que são apenas filtradas (clearance alto) substancias que apresentam alguma reabsorção apresenta menor clearance.
Filtração glomerular: fármacos livres (não ligados às proteínas plasmáticas) atravessam a barreira de filtração, desde que o peso molecular seja inferior a 20.000; a concentração no filtrado é igual à do plasma.
– Secreção túbulo proximal: 80% dos fármacos que chegam ao rim são secretados nos túbulos proximais;
– Reabsorção túbulo distal: fármacos lipossolúveis difundem-se do lúmen tubular para os capilares (a manipulação do pH urinário pode ser usada para reduzir ou aumentar a
depuração renal).
Quase todos os fármacos atravessam livremente a barreira de filtração (exceção: aqueles ligados à proteínas);
Ácidos fracos são secretados ativamente para o túbulo e assim excretados rapidamente;
Em virtude do pKa e pH, os ácidos fracos são excretados mais rapidamente na urina alcalina e vice-versa;
Os fármacos lipossolúveis são reabsorvidos por difusão através do túbulo e são excretados mais lentamente;
Vários fármacos importantes são depurados predominantemente pelo rim e podem causar toxicidade em doentes com insuficiência renal.

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