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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ
PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM DOCÊNCIA DE DISCIPLINAS PEDAGÓGICAS E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
 XXXXXXX
FLORIANÓPOLIS
2016
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM DOCÊNCIA DAS DISCIPLINAS PEDAGÓGICAS E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Relatório exigido como parte dos requisitos para conclusão da disciplina de Prática de Estágio Supervisionado em Docência de Disciplinas Pedagógicas sob a orientação da Professora Maria Inmaculada Chao Cabanas.
 
 
 Curso: Pedagogia
FLORIANÓPOLIS
2016
SUMÁRIO
4INTRODUÇÃO	�
5CAPÍTULO I - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DO CENÁRIO DA FORMAÇÃO CONTINUADA	�
51.1– CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA	�
81.2 – A FORMAÇÃO CONTINUADA	�
10CAPÍTULO II - DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS	�
102.1 – CARACTERIZAÇÕES DA COORDENAÇÃO, DO GRUPO DE PROFESSORES E DAS ATIVIDADES DE FORMAÇÃO CONTINUADA OBSERVADAS	�
152.2 – ATIVIDADES REALIZADAS PELO ESTAGIÁRIO	�
18CAPITULO III- CONSIDERAÇÕES FINAIS	�
19REFERÊNCIAS	�
20ANEXOS	�
�
�
INTRODUÇÃO
O Presente relatório de estágio do curso de pedagogia EaD, da faculdade Estácio de Sá, é resultado do período de observação e docência no estágio curricular obrigatório em prática de ensino e estágio supervisionado em docência das disciplinas pedagógicas e educação profissional, foi realizado na Escola do Parque Ltda., em Florianópolis – SC, tem como objetivo principal conhecer no dia a dia as práticas pedagógicas no processo de formação continuada dos professores e equipe de profissionais da escola através do acompanhamento diário das atividades da coordenadora pedagógica e da equipe de professores num contexto geral.
Neste trabalho abordaremos as características da escola, da coordenadora Pedagógica e do grupo de professores observados, a rotina, a análise do projeto político pedagógico da (PPP) em consonância com a formação continuada:
No capítulo I serão descritos a estrutura e funcionamento da instituição, histórico da Instituição, estrutura física e organizacional, levantamento do quadro de profissionais da instituição e do cenário da formação continuada.
No capítulo II será desenvolvida a fundamentação teórica a partir das atividades observadas na instituição de ensino com enfoque crítico – reflexivo, e também a caracterização descritiva da coordenação, grupos de professores e das atividades de formação continuada, e também as atividades participativas realizadas.
CAPÍTULO I - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DO CENÁRIO DA FORMAÇÃO CONTINUADA
1.1– CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
 
A Escola do Parque iniciou suas atividades no ano de 1988. É uma instituição da rede particular de ensino, com espaço próprio, fundada pela Psicopedagoga, Diretora e Proprietária, Maria XXXX.
No início das atividades, a Instituição tinha o nome “Cantinho do Lazer” e logo passou a ser chamada “Colégio Parque São Jorge”, mas com o passar dos anos foi adquirindo uma nova identidade o que implicou um crescimento social e ideológico voltado para uma educação plural que visa assegurar o acesso e o percurso educacional para todos os educandos em sua plenitude e capaz de responder aos desafios da heterogeneidade, e neste sentido passou a se chamar “Escola do Parque” que segundo a instituição o nome se arremete: “o PARQUE de nossas novas realizações. O PARQUE social, o PARQUE educacional, o PARQUE ambiental, o PARQUE cultural. O PARQUE onde se encontram e se formam pessoas. Os novos cidadãos.”
 	Atualmente foi adicionado o seguinte pensamento ao projeto político pedagógico e que faz parte do slogan da escola:“Somos Iguais, Somos diferentes, Somos Bilíngues, Somos Escola do Parque.”
Este patrimônio, construído ao longo dos anos, possui XXXXalunos aproximadamente, num contexto socioeconômico de classe média à classe média alta. Situado na  Rua Itapuã, 398, Parque São Jorge, Florianópolis. Oferece serviços de ensino do Berçário ao Ensino Fundamental e contam com parcerias de especialistas nas áreas de fonoaudiologia, psicologia e psicopedagogia que visam atender as necessidades da família e dos alunos no intuito de proporcionar apoio pedagógico na diversidade.
SERVIÇOS OFERECIDOS A COMUNIDADE
A Escola do Parque, sendo uma instituição da rede particular de ensino tendo como ideologia a escola plural, abre espaço para alunos bolsistas de Instituições carentes como a “Casa Lar”, bem como os de baixa renda que necessitam de descontos especiais , sendo estes custos absorvidos pela própria escola.
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO 
 
A Instituição possui aproximadamente 35 funcionários composta por Direção, Coordenação Pedagógica, Docentes, Secretaria, Auxiliares de Sala (Apoio) e Serviços Gerais. Os serviços de contabilidade e financeiro são contratados externamente. 
Quanto a estrutura física, possui Recepção/Secretaria, Biblioteca, 01 quadra de esporte, 2 parques (1 parque para os bebês e 1 parque para os maiores) , 10 salas de aula, 1 berçário, 05 banheiros, refeitório, sala do Administrativo que comporta a Coordenação, Direção e Apoio Pedagógico. Passou recentemente por uma reforma nos ambientes internos e externos . Dispõe de um espaço adequado para um estabelecimento de ensino que atende poucos alunos por sala. 
O horário do ensino fundamental é no período vespertino, mas a Escola dispõe no período matutino duas turmas seriadas para as famílias que não tem com quem deixar os filhos. A escola encontra-se em boas condições de uso e limpeza, a coleta de lixo é realizada regularmente. Possui rampa de acesso para cadeirantes na entrada da escola. 
Veja abaixo alguns ambientes (Figura 1):
Figura 1:
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As salas de aula da educação infantil possuem espelhos, são bem alegres com trabalhinhos e atividades expostos nas paredes, a decoração e disposição do mobiliário varia de acordo com as idades, algumas salas tem mesas e cadeiras outras não, como o berçário e infantil.
O berçário possui berços para um melhor conforto na hora de dormir.
Toda sala é equipada com sistema de monitoramento de câmeras, as quais podem ser acessadas pelos pais durante o dia na internet com uma senha que é disponibilizada.
O Horário de Funcionamento é das 07h00min às 18h30min (todos os dias) 
Serviços oferecidos como atividades especializadas (estão dentro da grade curricular da Escola) são: Inglês, Ed. Nutricional, Ed. Física e Musicalização.
As atividades extracurriculares de Futebol, Teatro, Basquet, Tecido Acrobático e Ballet são opcionais e pagas à parte (veja figura 2). São oferecidas para que as famílias tenham a facilidade de oferecer aos seus filhos atividades diferenciadas dentro do espaço escolar, não são obrigatórias e acontecem no contra turno do horário de aula. 
Figura 2:
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ALIMENTAÇÃO
A Unidade escolar entende que os hábitos alimentares saudáveis contribuem para o pleno desenvolvimento da infância, e acredita que este trabalho deve ser em conjunto, com a participação da família. 
Segundo Fagiolli e Nasser(2006), as intervenções educativas em alimentação nem sempre são suficientes, neste sentido, o trabalho do professor tem que ser em conjunto com a escola, estudantes e família.
A escola junto com a nutricionista responsável elabora um cardápio nutritivo que atendam as necessidades de todos os alunos para uma boa alimentação. Este cardápio é atualizado mensamente. As Refeições principais, de almoço e janta, são terceirizadas.
O Lanche é coletivo, e o cardápio é atualizado mensalmente podendo o mesmo vir de casa ou ser fornecido pelo serviço terceirizado que atende a unidade de ensino. Os alunos do horário intermediário e/ou integral almoçam na Escola e também usufruem do cardápio elaborado pela nutricionista, sendo enviado mensalmente para casa, para acompanhamento das famílias.
1.2 – A FORMAÇÃO CONTINUADA
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E A CONCEPÇÃO DA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES
Segundo informações coletadas no Projeto Político Pedagógico (PPP), a Escola do Parque trabalha com uma proposta pedagógica pluralista, intervencionista e bilíngue, com foco na interdisciplinaridade.
A proposta pedagógica da escola do parque leva em conta a lei de diretrizes e bases da educação nacional – LDB 9394/96, a constituição brasileira, o estatuto da criança e do adolescente – ECA, o disposto dos parâmetros curriculares nacionais – PCN e as deliberações legais de nº 7508/2007 que criou o sistema municipal de ensino e a resolução 01/2009 do conselho municipal de educação do município de Florianópolis, bem como a portaria nº 163/2011.
Neste sentido reconhecem a importância das experiências vivenciadas na primeira infância e compreendem a educação como um direito da criança.
A escola formulou seu projeto político pedagógico voltado para o atendimento das necessidades básicas de educação, afeto e socialização, numa ação complementar à educação familiar e da comunidade.
A metodologia de ensino adotada pela escola está pautada na proposta “construtivista”, cujo objetivo é levar a criança a construir o seu próprio conhecimento através da exploração do seu corpo, dos objetos do espaço onde está inserida e das relações com o outro. Desta forma, ampliando sua capacidade de descoberta e construção de conhecimentos, as crianças vão penetrando de modo consciente na dinâmica da vida e se constituindo, como sujeitos históricos, críticos e participativos.
Sobre a concepção de Formação continuada de professores, a Escola procura manter os educadores constantemente atualizados e sempre que possível fazem treinamentos e formações. Por ser uma Instituição privada os recursos financeiros vem das próprias famílias que atendem. 
A Coordenadora comentou que ainda há mudanças pra se fazer no “PPP”, pois, a instituição está passando por melhorias, ainda este ano, organizarão junto aos professores adequações no documento . Em breve (ainda não está definida a data), a escola pretende realizar sua primeira jornada pedagógica 2016 com enfoque no curso de planejamento de projetos, pois a Instituição de ensino se debruça sobre uma pedagogia voltada para projetos também, e por este motivo enxerga os processos contínuos e evita técnicas com objetivos predeterminados, pois valoriza o conhecimento como produção coletiva e considera as experiências e a produção cultural para dar significado nas aprendizagens, e é por isso que a escola trabalha com um grande projeto anual. Este ano o nome do projeto é: “ Quem conta, reconta e faz de conta”. 
Um projeto cumpre um fim social, e neste sentido, todos aprendem de forma real e diversificada e a formação do educador esta intrinsicamente ligada a estas questões. A formação do educador e a bagagem cultural do aluno são muito importantes para o processo formativo e avaliativo.
No Projeto Politico da Escola (PPP), “A avaliação tem que incidir sobre aspectos globais do processo, tanto das questões ligadas ao ensino/aprendizagem, como às que se referem a intervenção do professor, ao projeto curricular da escola, à organização do trabalho , à função socializadora e cultural, etc., Enfim a escola como um todo, não cabe mais pensar que o único avaliado é o aluno e seu desempenho cognitivo.”
A avaliação do desenvolvimento da criança é feito diariamente, através da observação contínua e se faz mediante o acompanhamento das etapas do seu desenvolvimento em um livro de avaliação. Este livro é individual para cada aluno e fica com o professor que vai respondendo as questões e fazendo pareceres diários. Este livro é reformulado todo ano de acordo com as necessidades da turma e os Pais recebem esta avaliação ao final de cada trimestre em reunião individual.
A avaliação é individual e em grupo. Contudo, o processo avaliativo é considerado de várias formas, dentre elas, a observação, a auto avaliação, as entrevistas ou conversas informais e são divididas em três momentos diferentes: o inicial (diagnóstica), o contínuo (acompanhar o processo) e o final (verificar avanços.). A avaliação dos menores é um pouco diferente, o foco é no desenvolvimento do bebê. 
Não há avaliação por notas. Como a escola segue uma vertente construtivista, acreditam que a avaliação tem que incidir sobre aspectos globalizantes. E para que ocorra de forma eficaz, os planejamentos semanais são verificados semanalmente com a coordenadora que realiza os feedbacks com as professoras, pois a avaliação deve refletir a filosofia da escola que busca sempre uma relação dialógica com seus professores e também na busca coletiva de soluções. Nesse sentido, o aluno não é colocado como mero receptor de informações como corrobora Freire (1996, p. 47):“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua
própria produção ou sua construção” 
E é nos feedbacks e nas relações diárias que a coordenadora verifica se o que está sendo aplicado e avaliado, pelo professor, está funcionando efetivamente. 
CAPÍTULO II - DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS
2.1 – CARACTERIZAÇÕES DA COORDENAÇÃO, DO GRUPO DE PROFESSORES E DAS ATIVIDADES DE FORMAÇÃO CONTINUADA OBSERVADAS
O Estágio supervisionado foi realizado na Escola do Parque, por meio de observação do trabalho da coordenadora pedagógica, e do grupo de profissionais.
É sabido que, na atualidade, a formação continuada é essencial para os profissionais da educação, pois além de promover competência profissional, e reflexões sobre a prática, visa o desenvolvimento profissional a partir de uma perspectiva científica na construção de conhecimentos pedagógicos para uma prática docente crítica e realizadora. Nesta direção, Giroux (1997), diz que é preciso defender um processo de formação de professores em que as escolas sejam idealizadas como uma instituição essencial para o desenvolvimento de uma democracia crítica e também para a defesa dos professores como intelectuais que combinam a reflexão e a prática, a serviço da educação dos estudantes para que sejam cidadãos reflexivos e ativos. Para Freire, (2001 p. 42-43). “A prática docente crítica, implicante do pensar certo, envolve o movimento dinâmico, dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer”. 
A Diretora da Escola e proprietária, Isabel Stumpf Costa é pós-graduada em psicopedagogia. sempre atuou diretamente com o público interno e externo forma ativa sobre as questões educacionais. Quando está na escola não fica só no escritório. Nas questões pedagógicas procura estar sempre a par e participa das decisões junto com a Coordenadora Pedagógica Ana Lúcia, quando necessário. A parte administrativa e de secretaria fica por responsabilidade da Maria Adriana Pizzi, afilhada e atual Sócia – proprietária.
A formação mínima exigida para ser professor na Escola do Parque é graduação completa em Pedagogia e para Auxiliares de sala graduação em andamento em Pedagogia ou Magistério.
A Coordenadora, Ana Lúcia de Borba, Pedagoga, Gaúcha, tem mais de 25 anos de experiência na educação, e há pouco tempo está na Coordenação Pedagógica da Escola do Parque. Possui bastante conhecimentotécnico e manejo nas atividades que desenvolve, é reflexiva e busca, dentro das possibilidades, oferecer condições para o desenvolvimento do corpo docente. Para ela “a Formação continuada é de extrema importância, que procura no dia a dia estabelecer uma relação direta com a equipe onde algumas questões podem ser avaliadas e melhor assimiladas”. 
Para Ana “[...] o grande desafio do Gestor é garantir a proposta pedagógica da Instituição de forma clara, para que efetivamente aconteça na prática dos professores. Outro ponto é sensibilizar os educadores para que se envolvam com a proposta da escola e não tenha dissociação da prática com a proposta.”.
 Segundo a coordenadora, “Conseguir um equilíbrio entre o que a Escola se propõe a fazer e as expectativas dos familiares”, ou seja, deixar claro o papel da escola e da família é um dos grandes desafios da escola na atualidade. Sobre os papeis da família e da escola na contemporaneidade Lima, ( 2009, p.7) reflete:
A família durante muito tempo deixou de ser objeto de estudos, no entanto é na família que se pode vivenciar a primeira fonte de amor e contato de vida. È nela que a criança aprende a se humanizar e a viver intensamente esse sentimento, que os pais transmitem aos filhos e ás gerações seguintes A escola é uma grande parceira da família ou a família é a grande parceira da escola. Tanto faz a ordem em que se coloque, pois o mais importante é que ambas cumpram com seu papel de educador.
A Gestão escolar é participativa e democrática, e percebe-se um bom relacionamento entre todos. A Escola pratica endomarketing através de e-mail, reuniões e no mural de recados que fica no refeitório, onde estão todas as informações e comunicados como cronogramas da escola, datas, horários de reuniões e informativos em geral. Um painel com as datas de aniversário de cada colaborador também é encontrado.
Neste sentido, quando o trabalho é organizado de forma coletiva o príncipio democrático é garantido, conforme corrobora Gadotti (2004, p. 96):
A gestão democrática [...] se constituirá numa ação prática a ser construída na escola. Ela acontecerá à elaboração do projeto político pedagógico da escola, à implementação de Conselhos de Escola que efetivamente influenciam a gestão escolar como um todo e as medidas que garantam a autonomia administrativa, pedagógica e financeira da escola, sem eximir o Estado de suas obrigações com o ensino público.
O ambiente escolar é familiar, todos se conhecem e se relacionam de forma afetiva. As crianças conhecem a faxineira que conhece a Diretora e todos os profissionais se relacionam de forma plural e socializadora, e isto é concebido no PPP da escola no cruzamento do currículo com temas transversais . A educação para cidadania é o tema transversal nuclear da escola.
A proposta de educação para a cidadania corrobora com o que preconizam os documentos oficiais do que tratam da educação e apresenta uma relação com participação social: O debate sobre a questão da cidadania é hoje diretamente relacionado com a discussão sobre o significado e o conteúdo da democracia, sobre as perspectivas e possibilidades de construção de uma sociedade democrática (BRASIL,1997).
Os planejamentos pedagógicos ocorrem todas as semanas, distribuídos em horários definidos para cada professor (conforme definido no mural da escola) que trazem as atividades/ projetos semanais para validação e verificação da coordenação, que analisa se o mesmo esta dentro da proposta da escola e dá o feedeback acerca do planejamento e das rotinas.
As reuniões pedagógicas ocorrem quinzenalmente nas 4as feiras e servem para discutir assuntos diversos desde melhorias no sistema de ensino, planejar alguma comemoração na escola, e até mesmo para fazer uma reflexão ou esclarecer algo que não pode ser conversado em outro momento.
A formação continuada acontece de acordo com a necessidade da Instituição ou pelo que o grupo traz, segundo a coordenadora. De maneira geral todos os educadores e equipe técnica (administrativo) passam por reuniões, encontros para alinhamento mas as formações pedagógicas, são exclusivas para o corpo docente e a coordenação que acompanha.
Alguns professores disseram não conhecer profundamente a metodologia da escola dentro do projeto político pedagógico (PPP), mas, de maneira geral, tem consciência sobre as propostas educacionais, entretanto, a questão política e cultural dentro de uma organização é muito importante e isso se traduz na sala de aula e no cotidiano escolar. É importante destacar que para Sander (2007, p. 127), “[...]O significado das habilitações pedagógicas no cotidiano da escola está em função da relevância política e cultural da gestão, que abarca a totalidade das relações que ocorrem no interior das instituições de ensino e entre estas a sociedade.” 
Analisando o processo de formação contínuo, a escola também procura levar informação e conhecimento para as famílias dos estudantes. Em março, deste ano, promoveu especialmente para as famílias uma palestra sobre autismo, com o título: “Toque o Impossível”, ministrado por Suely Araripe. Na escola tem crianças autistas e foi percebido uma necessidade de conversar com os pais acerca deste assunto, como uma forma de sensibilizar e praticar a inclusão de todos num processo de valorização das relações plurais e diversificadas. A Mãe da Manu (aluna do infantil V) comentou por acaso, em uma das idas a secretaria (e eu estava presente), que gostou muito da palestra. Segundo ela: “Foi um divisor de águas. A filha dela convive com um amiguinho autista e sempre fala dele. Tem coisas que eu nem imaginava. Adorei a palestra.”. A palestra trouxe pra ela conhecimento acerca da síndrome, no qual ela pode identificar em si mesma, percepções distorcidas da realidade. 
Não foi possível participar de nenhuma atividade de formação continuada durante o meu estágio, mas em janeiro de 2016, antes de iniciar as aulas, os professores tiveram uma palestra formativa sobre Inclusão com a palestrante Sueli Araripi ( a mesma que realizou a palestra para os Pais) realizado externamente na associação de moradores do bairro. A palestra foi voltada para os educadores que receberam orientações pontuais no trato com a síndrome, desmistificando velhos conceitos, baseados em conhecimentos atuais e científicos.
Teve também, em março, formação continuada dentro da escola numa oficina de projetos de ensino aprendizagem com o tema: “Construção Criativa Coletiva” a atividade ocorreu num sábado, o dia todo onde os professores aprenderam técnicas de criação coletiva através de uma oficina com materiais recicláveis.
Com o intuito de verificar a eficácia das formações realizadas, até o presente momento, perguntei para as professoras das turmas seriadas, Silvana e Natália, sobre o que acharam da formação continuada e o que mais gostaram? de forma substancial, as duas relataram que a oficina foi bem legal, pois aprenderam novas técnicas de trabalho manual, e acham importantes as formações pedagógicas. Senti que a professora se sentiu um pouco receada com minha pergunta, mas procurou me responder de forma pontual.
 A Professora Natália mencionou que ano passado, os professores aprenderam sobre a importância de construir jogos e brincadeiras a partir de materiais recicláveis e este ano aprenderam novas técnicas. Achou interessante porque as crianças da sua turma estão nesta fase e ficam muito felizes quando os professores trazem novidades.
.	 A formação continuada com o tema Autismo foi para elas: “mais instrucional, pois atualmente, não convivem na prática da sala de aula.” neste sentido, a escola deve envolver a todos neste processo mesmo porque as relações se dão fora da sala de aula também, e os professores tendo este conhecimento poderão contribuir de alguma forma, conversando com seus alunos sobre a diversidade e trabalhando na coletividade as diferenças de forma positiva.
As Professoras, Natália e Silvana, trabalham com turmas seriadas na parte da manhã, com crianças de 6 a 10 anos, e por este motivoprocuram trabalhar com o lúdico, recreação, trabalhos manuais, já que no período da tarde todos tem aulas normais, portanto, seguem projetos diferentes das professoras do vespertino, mas em alguns momentos procuram integrar algumas atividades para não ficar muito distante. 
Por ser uma turma seriada com crianças de faixa etária distintas, mas que já estão despertos para o conhecimento (pois muitos já sabem ler, escrever, somar e dividir), a professora procura realizar atividades que estimulem e os incentive para desenvolvimentos múltiplos.
Assim, considerando a história da educação continuada de professores, é necessário compreender melhor os caminhos que devem ser trilhados. Para Maldaner (1997; 2000): 
Os processos de formação continuada já testados e que podem dar respostas positivas têm algumas características relevantes: os grupos de professores que decidem “tomar nas próprias mãos” o tipo de aula e o conteúdo que irão ensinar tendo a orientação maior os parâmetros curriculares, por exemplo, como referência e não como fim; a prevalência dos coletivos organizados sobre indivíduos isolados como forma de ação; a interação com professores universitários, envolvidos e comprometidos com a formação de novos professores; o compromisso das escolas com a formação continuada de seus professores e com a formação de novos professores compartilhando seus espaços e conquistas [...]
2.2 – ATIVIDADES REALIZADAS PELO ESTAGIÁRIO
No período de estágio procurei acompanhar ativamente a coordenadora pedagógica. Realizei atividades de observação, participação, colaboração e investigação dentro do ambiente escolar, realizei entrevistas, conversei com alguns profissionais, e me coloquei a disposição para ajudar no que for preciso. 
Apesar de a coordenadora ter uma agenda bem intensa, mostrou-se interessada em me ajudar e sempre que possível respondia minhas dúvidas.
 	Tive a oportunidade de ajudar a coordenadora Ana Lúcia em atividades de escritório, verifiquei possíveis erros textuais e analisei alguns critérios dos livros de avaliação. Este livro já está pronto, mas todos os anos eles reformulam, primeiramente é passado pela professora, que avalia os critérios e faz as anotações que gostaria de incluir ou retirar do livro, depois a coordenadora verifica e dá o feedback. As alterações textuais são feitas no Word para depois enviar para gráfica imprimir. De uma turma editei conforme solicitações da Professora. E em outro livro a coordenadora pediu para eu olhar criticamente, para haver se haviam redundâncias e verificar se em minha opinião os critérios eram pertinentes à faixa etária. Conforme percebia algo que não concordava (ia grifando ) realçando o texto no Word. Percebi que alguns critérios avaliativos não tinham pertinência com a turma, pois já haviam superado algumas fases. Gostei muito de realizar esta atividade e a forma como a coordenadora conduziu me fez refletir acerca da proposta escolar. Isso é construção, colocar alguém numa posição diferente, oportunizando experiências, e acreditando é realmente transformador. Senti-me motivada nesta atividade.
Deste modo, a forma como os professores se “enxergam” está muito relacionada com as suas visões acerca do que é ensinar, do que é aprender e dos papéis desempenhados. Corroboro com as palavras de Nóvoa (2000, p.25)quando diz: 
O professor é uma pessoa. E uma parte importante da pessoa é o professor. A forma com que cada um de nós constrói sua identidade profissional define modos distintos de ser professor, marcados pela definição de ideais educativos próprios, pela adoção de métodos e práticas que colam melhor com a nossa maneira de ser, pela escolha de estilos pessoais de reflexão sobre a ação. 
Também tive oportunidade de acompanhar as turmas seriadas em atividades de sala de aula, no qual apenas observei. As crianças da turma seriada ficam divididas em duas turmas. A Professora Silvana, fica com os maiores, sua especialidade são os trabalhos manuais com sucatas e seu projeto é sobre “Sucata, criar, reciclar”, percebi que ela é bastante criativa. Durante o estágio notei uma das atividades que era construir chinelos com materiais recicláveis, que tinham papelão e tecido. Os chinelos ficaram lindos e foram utilizados em um desfile com as roupas que também estava sendo confeccionado com sucata. 
A Professora Natália fica com os menores, trabalha com o projeto: Borboletas, cores e contos. Uma atividade observada foi na criação de dominós com as cores do arco-íris, primeiro ela mostrou um dominó normal e foi explicando para as crianças o que fariam, e em seguida pediu para cada um segurar uma cor para que pudessem compreender as combinações que ela foi montando na frente deles. O Objetivo desta atividade é conhecer as cores e criar um sentido de lógica nas crianças. Todos adoraram a atividade que ficou para ser terminada no outro dia.
Foi utilizado tampinhas de garrafa pet e na tampa e no fundo eram coladas as cores em E.V.A.
A Escola trabalha com projetos permanentes durante o ano que são: Seminário de Alfabetização, Aula-passeio, Artes, Contação de Histórias, Mostra Educativa/Feira das Nações, Momento Cívico, Festa da Família, Festa Julina, Valores e virtudes e Festa de encerramento (Teatro).
 Apesar dos ambientes serem pequenos as salas são organizadas e coloridas com os trabalhinhos expostos em murais, percebi que as crianças gostam de se envolver nas atividades. As professoras dão liberdade para que possam se expressar e construir seus aprendizados. O ambiente não é silencioso o tempo todo, todavia as crianças respeitam as professoras, o barulho é porque as crianças conversam entre si, falam de coisas, riem juntas e são livres para se expressar. Nas salas, percebi que além do mural das atividades artísticas há muitos jogos educativos, há um painel com as rotinas diárias e outro com as datas dos aniversariantes. As salas do infantil v (antigo pré) até o 5º ano tem mesas e quadro.
 Percebi que na sala do infantil v há em cima do quadro um abecedário com as letras do alfabeto e com desenhos, entendo que neste caso a alfabetização não é obrigatória e a professora não força a alfabetização precoce, pois, segundo a escola, eles seguem os parâmetros curriculares, mas o letramento ocorre naturalmente, e segundo a professora alguns estudantes já aprendem precocemente a ler e trazem isso de casa, então a escola procura estimular visualmente deixando-os livres para aprender e a se construírem, cada um no seu tempo. 
O estímulo para jogos e brincadeiras é notório, e também a leitura é bastante valorizada, e isto só é possível quando os atores escolares tem este entendimento. A Diretora valoriza muito as atividades que envolvam literatura.
A escola tem uma biblioteca, e quando as crianças terminam suas atividades (e ainda há um tempo livre) eles vão até a biblioteca pegar um livro pra ler. Vi que isso acontece naturalmente e eles mesmos pedem, pois adoram.
Acompanhei as crianças do infantil I e II, em uma ida ao teatro, as crianças foram auxiliadas e acompanhadas por auxiliares e professoras, eu também ajudei a cuida-los, notei um cuidado e atenção sempre constante com os pequenos. As crianças adoraram o teatro e se comportaram muito bem no passeio. Na volta acompanhei as turminhas na alimentação, em seguida na realização da higiene e o soninho. Não sei se foi porque foi um dia atípico, mas percebi que as professoras ajudam bastante na alimentação, a maioria das crianças não tem muita autonomia na hora de comer, ou seja, nem todas se alimentam sozinhas.
Cada professor segue sua rotina, notei que há uma relação de coletividade, e todos se ajudam. 
CAPITULO III- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao término do estágio, ficou a certeza da importância de conhecer a realidade de uma escola. A interação com os profissionais da escola foi bastante enriquecedora para meu aprendizado, conforme minha expectativa pude vivenciar a rotina do cotidiano escolar e acompanhar diversas atividades dentro de um espaço de ensino de qualidade.
Esta experiênciafoi extremamente importante para a minha formação acadêmica, ofereceu-me suporte para futuramente atuar com meus alunos de forma construtiva, oferecendo-lhes condições para o desenvolvimento das diversas inteligências que observei no contexto escolar. Mostrou-me a necessidade da formação continuada constituindo assim um professor pesquisador e do pensamento crítico e científico nas questões diversas do contexto escolar. 
A estrutura organizacional e uma gestão democrática são elementos essenciais, para reformulação do PPP.
O calendário escolar precisa garantir oportunidades para que, as formações aconteçam e garantam a formação contínua na rotina escolar e possa ser visto por todos como inerente ao processo escolar.
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REFERÊNCIAS
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GIROUX, Henry A. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
LIMA, Liliana Correia De. Interação Família-Escola: Papel da família no processo ensino aprendizagem Fonte: 
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2009-8.pdf
Último acesso: 26/05/2016.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988.
SANDER, Benno. Administração da Educação no Brasil: genealogia do conhecimento. Brasília: Liber Livro, 2007.
MALDANER, O. A. A Formação Inicial e Continuada de Professores de Química – Professores/pesquisadores. Ijuí: UNIJUÍ, 2000. (Coleção Educação Química).
NÓVOA, António (org.). Vidas de professores. 2a ed. Porto: Porto Editora, 2000.
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ANEXOS

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