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* Diagnóstico Laboratorial da Tuberculose e outras micobacterioses Prof. Carlos Emílio Levy * Gênero Mycobacterium Família: Mycobacteriaceae Gênero: Mycobacterium Definição: Bacilos finos e retos 0,2-0,6 por 1-10m Aeróbios estritos Imóveis Não esporulados Gram positivos Bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR) I- Generalidades * Gênero Mycobacterium Complexo M. tuberculosis* M. tuberculosis M. bovis (e M. bovis BCG) M. africanum M. microti M. canetti M. leprae M. não tuberculosis (MNT) Crescimento lento Compl. M. avium M. kansasii crescimento rapido M. fortuitum M. abscessus. II - Classificação *similaridade genetica 99,9% * Aspectos Microbiológicos teor lipídico na parede celular Barreira hidrofóbica * Transmissão A disseminação acontece pelo ar através de aerossóis pela tosse espirro ou fala. O espirro de uma pessoa infectada joga no ar cerca de dois milhões de bacilos. Fonte : CDC * Formas clínicas da tuberculose TB renal TB miliar Mycobacterium marinum Tuberculose pode ocorrer: Primo-infecção (TB primária) Ativação de foco endógeno Re-infecção exógena * Sintomas Clínicos Pulmonar Tosse + expectoração com > 3 semanas de duração Escarro às vezes com sangue Suores noturnos Adinamia Emagrecimento Dores no peito ou nas costas Extrapulmonar urogenital ,osteoarticular, cérebro, meninges e pele. * M. tuberculosis- DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Material clínico Pulmonar: Escarro espontâneo ( 2 a 3 amostras) Escarro induzido (NaCl 3%) Lavado bronquioalveolar Biópsia Extrapulmonar: LCR serosas Urina Biópsias Gânglio Sangue (bacteremia) Intestinal -biópsia * líquor abscesso urina escarro * É o exame básico para o diagnóstico da TB, especialmente para a forma pulmonar. Por ser rápida e de fácil execução, permite a pronta identificação dos pacientes bacilíferos. Baciloscopia * * M. tuberculosis – processamento de amostra Descontaminação Método Petroff modificado ( NAOH 4%, Tampão Fosfato e HCl ) ESCARRO / MATERIAS DE ORIGEM PULMONAR BACILOSCOPIA (ZIEHL) BACILOSCOPIA Tratado (ZIEHL) Semeadura * M. tuberculosis - BACILOSCOPIA Ziehl-Neelsen Sensibilidade: 5.000 bacilos/mL de amostra Importante em infecções pulmonares Valor limitado em infecções urinárias e outras Exame rápido Fluorocromo (auramina) Mais sensível e mais rápido que Ziehl-Neelsen Exige microscópio de fluorescência * Coloração de Ziehl-Neelsen * GLOBIAS Coloração de Ziehl-Neelsen M. leprae * M. tuberculosis - colorações Auramina É indicado como método de triagem com objetiva de 40X. As lâminas positivas devem ser observadas pelo Ziehl-Neelsen * Roteiro para baciloscopia de escarro - Ziehl-Neelsen Fucsina fenicada Cobrir a lâmina Aquecer 3 vezes 5’ Lavar a lâmina com água corrente Descoloração álcool-ácido * Lavar a lâmina com água corrente Azul de metileno Corar a lâmina 30’’ Após coloração,aguardar a secagem das lâminas e leitura no M.O * Coloração de Zielh-Neelsen * Escala semi-quantitativa para informe do número de BAAR em esfregaços de escarro corados pelo Ziehl-Neelsen Não foram encontrados BAAR em 100 campos = NEGATIVO 1 a 9 BAAR em 100 campos = relatar o número 10 a 99 BAAR em 100 campos (menos de 1pc) = + 1 a 10 BAAR por campo em 50 campos = ++ > 10 BAAR por campo em 20 campos = +++ observados em imersão * Esfregaços adequados Esfregaços inadequados Escarro Baciloscopia: qualidade da amostra Escarro * Micobactérias atípicas ou não do complexo M. tuberculosis MNT são encontradas no solo e fontes de água. São classificadas de acordo com: Tempo de crescimento rápido ( < sete dias) lento ( sete dias ou mais). Presença ou não de pigmento Capacidade de causar doença no homem * Outras micobactérias Infecções por MNT em pacientes submetidos a procedimentos invasivos: cirurgias estéticas, oftalmológicas e cardíacas, acupuntura, práticas de pedicuro uso de medicamentos injetáveis. Espécies de crescimento rápido como : M. fortuitum, M. abscessus e M. chelonae * O diagnóstico de doença por MNT Exige muita cautela, pois o seu isolamento a partir de espécimes clínicos não estéreis pode significar colonização transitória ou contaminação. A correlação clínico-laboratorial é de fundamental importância para o diagnóstico de doença por MNT e terapêutica. * Normas do PNCT para realização da cultura a) sintomáticos respiratórios com suspeita de TB e baciloscopia repetidamente negativa; b) casos suspeitos de TB com amostras paucibacilares e/ou dificuldades de coleta c) casos suspeitos de TB extrapulmonar; d) pacientes portadores do HIV; * e) pacientes com indicação de: retratamento após falência ao esquema I, TB multiresistente (TBMR) ou recidiva reinício de tratamento após abandono; f) casos suspeitos de infecções causadas por MNT; que vivem em instituições fechadas; g) estudos epidemiológicos para determinar a prevalência da resistência. * Identificação de Micobacterias deverão ser realizados em CSB, classe II, B2 ou B3. O técnico deverá estar utilizando equipamentos de proteção individual (EPIs), como máscara (N95),luvas e avental. Os laboratórios devem realizar pelo menos a separação das espécies do complexo M. tuberculosis das MNT A identificação das MNT pode ser feita por métodos fenotípicos, moleculares ou pela combinação de ambos. * M.tuberculosis - Cultura + Sensível :(detecta a partir de 10-100 bacilos/amostra) Meios de cultura (3-4 semanas): Lowenstein-Jensen (base - ovo) Midlebrook 7H9(líquido), 7H10, 7H11(agar) Automação(1-2 semanas) Bactec, MB/Bact e MGIT (7H9 mod) * Método barato Morfologia e outros procedimentos diagnósticos Teste de sensibilidade quando indicado Banco de microrganismos VANTAGENS DESVANTAGEM Crescimento demorado (2-4 semanas) Cultura e Isolamento * Fonte: manual ANVISA 2008 Cultura de micobactérias em meio Lowenstein-Jensen. A) Mycobacterium tuberculosis; B e C) MNT Velocidade de crescimento e pigmento * Sistema MGIT Detecção/Identificação: PNB e Teste de Sensibilidade * Testes moleculares para identificação de micobactérias Sondas de ácidos nucléicos (GenProbe Inc. San Diego, CA):c. M. tuberculosis, complexo M.avium, M.kansasii, M.gordonae e M.intracellulare PCR -Padronizado métodos para amplificação do DNA de micobactérias aprovados pelo FDA para amostras pulmonares com baciloscopia positiva: Amplicor e Cobas-Amplicor (Roche Molecular Systems Brancburg, NJ) e AMTD (Gen Probe Inc., San Diego, CA). Para amostras com baciloscopia negativa EMTD – nova geração do AMTD (Gen Probe Inc., San Diego, CA). * Biologia Molecular : MULTIPLEX e PRA/PCR * MULTIPLEX Primers específicos para amplificação do gene IS6110 e da proteína 65kDa Complexo M. tuberculosis Outras Micobactérias * Rapidez (2 a 3 dias) Necessita do crescimento no meio sólido Separa: Complexo MTB de MNT Utiliza materiais do MB/Bact e MGIT Resultados confiáveis e baixo custo VANTAGEM DESVANTAGEM Não identifica espécies do Complexo MTB ou das MNT MULTIPLEX * TELENTI et al. descreveram um método para diagnóstico diferencial das MNT, chamado PRA (PCR Restriction-enzyme Analysis), baseado na amplificação por PCR do gene hsp65 gene seguido pela digestão do produto amplificado com enzimas de restrição BstE II e Hae III. J.Clin.Microbiol., 31:175-78, 1993. * Amplificação do gene hsp65: sítios polimórficos Digestão com enzimas de restrição: HAEIII e BsteII PCR BsteII HaeIII PRA-PCR * HaeIII BstEII M. abscessus PRA-PCR * Identifica as espécies MNT Rapidez Utiliza materiais do MB/Bacte Bactec Resultados confiáveis Baixo custo VANTAGENS DESVANTAGEM Não separa espécies do Complexo MTB PRA-PCR * * Leitura e Interpretação dos Resultados GenoType Mycobacteria Direct * * GenoType Mycobacterium CM Leitura e Interpretação dos Resultados * * Resistência As drogas utilizadas para o tratamento de M. Tuberculosis são: Rifampicina Isoniazida Etambutal Fluoquinolonas Drogas Injetáveis MDR-TB é uma forma específica de TB resistente á medicamentos devido a um bacilo resistente a pelo menos Rifampicina e Isoniazida, as duas drogas mais poderosas contra TB. * * GenoType MTBDRsl Controle Conjugado Controle de Amplificação Controle M. tuberculosis Sondas gyrA, rrs, embB A confirmação da resistência é feita pela ausência de amplificaçaõ da banda WT e aparecimento de uma banda nos pontos de mutação * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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