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Aula 3- Ana Cláudia Garcia Rosa Ciclos sexuais mensais controlados pelo hipotálamo Hormônio liberador da gonadotrofina (GnRH) produzido pelo hipotálamo age nas células do lobo anterior da hipófise (adenohipófise) estimulando a secreção de gonadotrofinas Estimulam e controlam alterações cíclicas nos ovários FSH: hormônio folículo estimulante LH: hormônio luteinizante 15 a 20 folículos primários são estimulados a crescer sob influência do FSH Apenas 1 destes folículos atinge a maturidade; os demais atrofiam Consequentemente, muitos folículos degeneram antes da maturidade O FSH também estimula a maturação das células que envolvem o ovócito – células foliculares A teca interna e as células foliculares produzem estrógeno O endométrio uterino entra na fase folicular ou proliferativa Ocorre o muco cervical para permitir a passagem do espermatozoide O lobo anterior da hipófise é estimulado a secretar LH O crescimento dos folículos é estimulado pelo FSH e a maturação pelo FSH e LH. A ovulação ocorre quando o LH atinge altos níveis (pico da onda de LH) O LH também estimula o desenvolvimento do corpo lúteo 1- folículo primordial 2- folículo primário 3- folículo secundário 4- folículo pré- ovulatório Leva à maturação dos ovócitos, que completam a meiose I e iniciam a meiose II Estimula a produção de progesterona pelas células do estroma folicular (luteinização) Causa a ruptura folicular e ovulação O pico de LH leva o folículo a entrar no estágio pré- ovulatório, a completar a meiose I e entrar na meiose II, onde permanece em metáfase já 3h antes da ovulação Imediatamente antes da ovulação, sob influência do LH e FSH, o folículo secundário cresce rápido até 2,5 com O ovócito primário completa a meiose I e o folículo entra na fase pré- ovulatória Inicia-se a meiose II, mas o ovócito é mantido em metáfase já 3h antes da ovulação A- folículo pré-ovulatório na superfície ovariana B- ovulação: o ovócito na metáfase da meiose II é expelido do ovário juntamente com diversas células foliculares C- corpo lúteo: hipertrofia e acúmulo de lipídio nas células foliculares e na teca interna Há o aparecimento do estigma Há aumento das contrações musculares da parede ovariana As contrações extruem o ovócito (ovulação) junto com as células foliculares, que se arranjam ao redor da zona pelúcida para formar a corona radiata As células foliculares e da teca interna se transformam nas células lúteas sob influência do LH Formam o corpo lúteo e secretam progesterona Progesterona + estrógeno: mucosa uterina entra na fase secretória ou progestacional A- folículo pré-ovulatório na superfície ovariana B- ovulação: o ovócito na metáfase da meiose II é expelido do ovário juntamente com diversas células foliculares C- corpo lúteo: hipertrofia e acúmulo de lipídio nas células foliculares e na teca interna As fímbrias varrem a superfície da tuba uterina e esta começa a contrair-se ritmicamente, com o transporte dos ovócitos pelos cílios Em humanos, o ovócito fertilizado atinge o lúmen uterino em 3 ou 4 dias As fímbrias coletam o ovócito e o “colocam”dentro da tuba Se a fertilização não ocorre, o corpo lúteo atinge o tamanho máximo em 9 dias Há a degeneração das células com a formação de tecido fibrótico cicatricial Com a fertilização: a degeneração é prevenida pela gonadotrofina coriônica humana (hCG); hormônio secretado pelo sincicio- trofoblasto do embrião em desenvolvimento – corpo lúteo gravídico Fim do 3 mês: corpo lúteo tem 1/3 a ½ do tamanho do ovário Continua a secreção de progesterona até o 4 mês Depois há regressão com início da secreção de progesterona pelo componente trofoblástico da placenta A remoção precoce do corpo lúteo causa aborto Processo pelo qual ocorre a fusão dos gametas femininos e masculinos Ocorre na ampola da tuba uterina, próximo ao ovário – região mais larga da tuba As fímbrias coletam o ovócito e o “colocam”dentro da tuba O esperma se mantém viável no trato reprodutivo feminino por vários dias 1% dos espermatozoides depositados na vagina entram no cérvice, onde podem sobreviver por muitas horas Do cérvice à tubas uterinas: 2 a 7h de movimentação, atraídos pelas células que circundam o ovócito Para que ocorra a fertilização, é necessário: 1. Capacitação dos espermatozoides 2. Reação acrossômica Condicionamento dos espermatozoides no trato reprodutor feminino, que dura + ou – 7h Há remoção da camada glicoproteica e das proteínas seminais plasmáticas que envolvem a região acrossômica Somente os capacitados passam pela corona radiata e sofrem a reação acrossômica Ocorre depois que os espermatozoides atingem a zona pelúcida Induzida por proteínas da zona Liberação das enzimas acrossômicas necessárias para atravessar a zona pelúcida Penetração na corona radiata Penetração na zona pelúcida Fusão do ovócito e membrana do espermatozoide Microscopia eletrônica de varredura dos espermatozoides ligando-se à zona pelúcida do ovócito Fase 1- espermatozoides passam pela barreira da corona radiata Fase 2- 1 ou + espermatozoides penetram na zona pelúcida Fase 3- apenas 1 espermatozoide penetra a membrana do ovócito enquanto perde sua membrana plasmática Deposição: 200 a 300 milhões de espermatozoides na vagina Atingem o sítio de fertilização: 300 a 500 espermatozoides Fertiliza o ovócito: apenas 1 espermatozoide – os demais assistem na penetração das barreiras Os capacitados passam livremente pelas células da corona radiata Zona pelúcida: camada glicoproteica envolvendo o ovócito que induz a reação acrossômica A liberação das enzimas acrossômicas permite a penetração dos espermatozoides na zona pelúcida, e o contato com o ovócito O contato do primeiro espermatozoide com o ovócito induz a liberação de enzimas lisossomais pelos grânulos corticais da m. plasmática do ovócito alterando as propriedades da zona pelúcida- reação da zona- e impedindo a entrada de outros espermatozoides É mediada pelas integrinas do ovócito e seus ligantes no espermatozoide Após a adesão, a m. plasmática do ovócito e do espermatozoide (posterior à região acrossômica) se fundem Humanos: cabeça e cauda do espermatozoide penetram, entretanto a m. plasmática é deixada para trás Fase 1- espermatozoides passam pela barreira da corona radiata Fase 2- 1 ou + espermatozoides penetram na zona pelúcida Fase 3- apenas 1 espermatozoide penetra a membrana do ovócito enquanto perde sua membrana plasmática Induz 3 respostas: 1. Reação cortical e da zona 2. Resolução da 2ª divisão meiótica 3. Ativação metabólica do ovo Ocorre com a liberação dos grânulos corticais do ovócito ricos em enzimas lisossomais Sua membrana se torna impenetrável a outros espermatozoides A zona pelúcida altera sua estrutura e composição para prevenir a polispermia (entrada de mais de 1 espermatozoide) Ocorre imediatamente após a entrada do espermatozoide , com a formação do 2º corpo polar e do ovócito definitivo Seus cromossomos (22 + X) se arranjam em um núcleo vesicular chamado pró- núcleo feminino O espermatozoide move-se até ficar próximo ao pró-núcleo feminino Há a formação do pró-núcleo masculino, a cauda se destaca e degenera Os pró-núcleos masculinos e femininos são morfologicamente iguais A- Pró-núcleo masculino feminino e masculino vistos por microscopia de contraste de fase Os pró-núcleos se unem e perdem seus envelopes nucleares Durante seu crescimento, ambos (haploides, 23 c) replicam seu DNA (diploides 46 c) A medida em que as cromátides irmãs movem-se a polos opostos, há uma invaginação que divide o citoplasma em 2 partes: zigoto no estágio de 2 células Estágio de 2 células do zigoto humano União de um espermatozoide e um ovócito Célula totipotente altamente especializada Contém os cromossomos e genes derivados da mãe e do pai Pro processos de divisão, migração, crescimento e diferenciação celular ele se divide muitas vezes e se transforma em um ser humano multicelular Restauração do número de cromossomos: ½ materno e ½ paterno Determinação do sexo do novo indivíduo: o sexo cromossômico é determinado na fertilização pelo espermatozoide Início da clivagem Amanda Realce Amanda Realce Zigoto sofre divisões mitóticas, aumentando o número de células As células se tornam menores a cada divisão, e são chamadas blastômeros Até o estágio de 8 células, os blastômeros se dividem de forma desarranjada Após a 3ª clivagem, as células tornam-se mais aderidas e compactadas 3 dias após a fertilização: estágio de 16 células ou mórula Células internas: embrião propriamente dito (embrioblasto) Células externas: trofoblasto (placenta) Estágio de 2 células: 30h após a fertilização Estágio de 4 células: 40h após a fertilização Estágio de 12 a 16 células: 3 dias após a fertilização Mórula tardia: 4 dias após a fertilização Zona pelúcida: que desaparece por volta do 4º dia Quando a mórula entra na cavidade uterina, há penetração de fluido na zona pelúcida formando uma cavidade única entre as células da camada interna e externa: blastocele – estágio de blastocisto do embrião Células internas- embrioblasto- polarizadas Células externas- trofoblasto- parede epitelial do blastocisto Há o desaparecimento da zona pelúcida com início da implantação Connie C Wong, Kevin E Loewke, Nancy L Bossert, Barry Behr, Christopher J De Jonge, Thomas M Baer, Renee A Reijo Pera Non-invasive imaging of human embryos before embryonic genome activation predicts development to the blastocyst stage. Nat. Biotechnol.: 2010, 28(10);1115-21 As células trofoblásticas sobre o polo embrioblástico começam a penetrar na mucosa uterina por volta do 6º dia No final da 1ª semana, o zigoto humano passou do estágio de mórula a blastocisto e iniciou sua implantação na mucosa uterina B- Blastocisto por volta do 4,5 dia C- Blastocisto começa a penetrar na mucosa uterina por volta do 6º dia 1- ovócito, imediatamente após a ovulação 2- fertilização, aproximadamente 12- 14h após a ovulação 3- estágio do pró-núcleo masculino e feminino 4- fuso da primeira divisão mitótica 5- estágio de 2 células (30 horas) 6- mórula- 12 a 16 blastômeros- 3 dias 7- mórula tardia (4 dias) 8- blastocisto inicial (4,5 dias, zona pelúcida desapareceu) 9- fase inicial da implantação (6 dias) Camadas uterinas: Perimétrio - camada peritoneal Miométrio - camada de músculo liso Endométrio - camada mucosa interna Ciclo ovariano: Inicia-se na puberdade (11 a 16 anos) até a menopausa (45 a 50 anos) Dura aproximadamente 28 dias, sob controle hormonal dos ovários Estágios do endométrio: Fase folicular ou proliferativa Fase secretória ou progestacional Fase menstrual Fase proliferativa: Inicia-se no fim da fase menstrual Influência do estrogênio Há crescimento paralelo dos folículo ovarianos Fase secretória: + ou – de 2 a 3 dias após a ovulação Influência da progesterona produzida pelo corpo lúteo Se a fertilização não ocorre: Inicia-se a fase menstrual: as camadas compacta e esponjosa do endométrio descamam sob a forma de menstruação Se a fertilização ocorre: O endométrio assiste à implantação e contribui com a formação da placenta No final da gestação, a placenta assume a produção hormonal e o corpo lúteo degenera A atividade secretória do endométrio aumenta devido às grandes quantidades de progesterona produzida pelo corpo lúteo A mucosa está na fase secretória As glândulas uterinas tornam-se espiraladas e o tecido torna-se “suculento” 3 camadas são observadas no endométrio: Camada basal Camada esponjosa Camada compacta Normalmente o blastocisto implanta-se na parede anterior ou posterior do endométrio do corpo uterino, onde é envolvido pelas aberturas das glândulas uterinas Se o ovócito não for fertilizado inicia-se a fase menstrual, em que há a descamação das camadas esponjosa e compacta e manutenção da camada basal (regenerativa) T.W.Sadler; Langman: Embriologia Médica; 9 edição; Editora Guanabara Koogan; 2005 MOORE, Keith; PERSAUD, T.V.N.; Embriologia básica; 7 edição; Editora Elsevier; 2008.
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