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HISTO-Tecido Adiposo

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Tecido Adiposo
Existem dois tipos de tecido adiposo: o tecido adiposo branco
(formado pelas células adiposas uniloculares que contém uma única
gotícula grande de lipídio em seu citoplasma) e o tecido adiposo
pardo (formado pelas células adiposas multiloculares que contém
múltiplas gotículas de lipídio em seu citoplasma).
Os adipócitos ou células adiposas são completamente
diferenciados e não passam por divisão celular. A gordura branca é
muito mais abundante que a gordura parda. Os adipócitos
uniloculares armazenam gordura continuamente sob a forma de uma
única gotícula não envolvida por membrana, que aumenta tanto que
seu citoplasma e núcleo são deslocados para a periferia contra a
membrana plasmática. Suas células contém muitos ribossomos
livres. Os adipócitos multiloculares armazenam gordura em várias
gotículas esféricas pequenas e contém muito mais mitocôndrias e
muito menos ribossomos livres que as células de gordura unilocular
(fig. 5).
Armazenamento e liberação de gordura pelas células
adiposas
Durante a digestão a gordura é cindida no duodeno pela lipase
pancreática em ácidos graxos e glicerol. O epitélio intestinal absorve
estas substancias e as reesterifica no retículo endoplasmático liso em
triglicerídios que então, são envolvidos por proteínas formando
quilomícrons (figs. 1 e 2). Os quilomícrons passam através da
membrana basolateral das células absortivas, são liberados no
espaço extracelular e penetram nos capilares linfáticos quilíferos da
vilosidade, e são levados pela linfa para o sangue. A VLDL
(lipoproteína de densidade muito baixa) produzida pelo fígado, e a
albumina também transportam triglicerídios e ácidos graxos no
sangue respectivamente.
Uma vez nos capilares do tecido adiposo, a VLDL e os
quilomícrons sofrem ação da lipase de lipoproteína (produzida por
células adiposas) que decompõe os triglicerídios em ácidos graxos
livres e glicerol. Os ácidos graxos vão para o tecido conjuntivo e
difundem-se através das membranas celulares dos adipócitos. Estas
células então combinam seu próprio glicerol fosfato com os ácidos
graxos importados formando triglicerídios, que são acrescentados às
gotículas de lipídio em formação dentro dos adipócitos até haver
necessidade deles (fig. 3). Quando estimuladas pela insulina as
células adiposas podem converter glicose e aminoácidos em ácidos
graxos.
Durante exercício vigoroso, a adrenalina e a noradrenalina são
liberadas pela medula da adrenal. Estes dois hormônios ligam-se a
seus receptores respectivos do plasmalema do adipócito levando à
ativação da lipase hormônio-sensível. Esta enzima cinde
triglicerídios em ácidos graxos e glicerol que são liberados no
sangue (fig. 3).
As células adiposas são encontradas disseminadas por todo o
corpo, no tecido conjuntivo frouxo e concentradas ao longo dos
vasos sanguíneos. Elas podem, também, se reunir em grupos,
formando o tecido adiposo.
Tecido adiposo branco (unilocular)
O tecido adiposo branco é fortemente irrigado por vasos
sanguíneos, que formam redes capilares por todo o tecido. Estes
vasos tem acesso através dos septos de tecido conjuntivo, que
dividem a gordura em lóbulos (fig. 4). As membranas plasmáticas
das células adiposas uniloculares contém receptores para várias
substâncias como insulina, noradrenalina e glicocorticóides que
facilitam a captação e liberação de ácidos graxos livres e glicerol.
Fig.1_ A absorção lipídica no intestino
delgado. A enzima lípase pancreática
promove a hidrólise de lipídios em ácidos
graxos e glicerol no lúmen intestinal. Estes
compostos são estabilizados em uma
emulsão pela ação dos ácidos biliares. Os
produtos da hidrólise cruzam a membrana
das microvilosidades passivamente ou
com o auxílio de proteínas transportadoras
(dependendo do tamanho da molécula), e
são coletadas nas cisternas do retículo
endoplasmático liso, onde os triglicerídios
são novamente sintetizados. Estes
triglicerídios são circundados por uma
camada delgada de proteínas formando
partículas denominadas quilomícrons. Os
quilomícrons são transferidos para o
complexo de Golgi e migram então para a
membrana lateral, onde são liberados por
exocitose. Muitos quilomícrons vão para a
linfa, poucos vão para a circulação
sanguínea. Ácidos graxos com menos de
10-12 átomos de carbono não são
reesterificados a triglicerídios, difundem-
se para fora da célula e dirigem-se para os
vasos sanguíneos.
Fig.2_ Esquema geral das
lipoproteínas plasmáticas. O modelo
aplica-se a todas as classes de
lipoproteínas, lembrando que elas
diferem quanto à proporção entre os
lipídeos transportados e quanto ao
tipo de apolipoproteína associada à
monocamada periférica.
A gordura unilocular está presente na camada subcutânea de
todo o corpo. Nos homens a gordura está armazenada no pescoço e
nos ombros, em torno do quadril e nas nádegas. Ao envelhecer a
área abdominal nos homens torna-se uma área adicional de
armazenamento. Nas mulheres, a gordura é armazenada nas mamas,
nádegas, quadril e aspectos laterais das coxas. Em ambos os sexos, a
gordura é armazenada na cavidade abdominal, em torno do omento e
nos mesentérios.
Tecido adiposo pardo (multilocular)
O tecido adiposo pardo tem uma organização lobular e uma
irrigação vascular semelhantes às de uma glândula. O tecido adiposo
pardo tem cor que pode variar de marrom a marrom-avermelhado.
Fibras nervosas amielínicas penetram no tecido e os axônios
terminam junto aos vasos sanguíneos assim como junto às células
adiposas, enquanto no tecido adiposo branco, os neurônios terminam
somente junto aos vasos sanguíneos.
No recém-nascido humano, a gordura parda localiza-se na
região do pescoço e na região interescapular. Quando os seres
humanos amadurecem, as gotículas de gordura das células de
Fig.3
gordura parda coalescem para formar uma única gotícula
(semelhante às gotículas das células de gordura branca) e as células
tornam-se parecidas com as do tecido adiposo unilocular.
O tecido adiposo pardo está associado com a produção de calor
pelo corpo devido ao grande número de mitocôndrias nos adipócitos
multiloculares que constituem este tecido. A ação deste tecido pode
aumentar em três vezes a produção de calor pelo corpo em um
ambiente frio. As mitocôndrias destas células apresentam uma
proteína transmembrânica chamada termogenina localizada em sua
membrana interna que possibilita o fluxo retrógrado de prótons, em
vez de utilizá-los para a síntese de adenosina trifosfato. Como
resultado da oxidação estar desacoplada da fosforilação, o fluxo de
prótons gera energia que é desperdiçada como calor.
Fig.4_ Corte de tecido adiposo
unilocular de mamífero jovem. As
setas indicam núcleos de
adipócitos comprimidos contra a
membrana celular pela pressão dos
lipídios.
Fig.5_ Desenho da ultra-estrutura da
célula adiposa multilocular mostrando
uma terminação do sistema nervoso
simpático, com vesículas sinápticas
contendo material eletron-denso. O
citoplasmas dessas células contém
muitas mitocôndrias, situadas entre as
gotículas lipídicas, que estão
representadas em cinza.

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