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VET 347 – Higiene Veterinária Verminose em bovinos 1 Introdução - Atualização em Parasitologia No amplo grupo dos helmintos Nematelminthes Platyhelminthes Sérios problemas a saúde dos animais Vermes cilíndricos vermes chatos 2 Nematelminthes – vermes cilíndricos Abriga uma classe: Nematoda Tem importância veterinária e distribui-se em dez superfamílias. Bolsa copuladora 3 Platyhelminthes – vermes chatos Abriga duas classes: Cestoda e a Trematoda Cestoda Trematoda 4 Ciclo biológico geral/NEMATÓIDES 5 Ciclo biológico geral/CESTODA e TREMATODA 6 Os sistemas de criação de bovinos no Brasil especializam-se cada vez mais, procurando ser economicamente viáveis e competitivos com outras atividades. Rebanho bovino USO INTENSIVO DAS PASTAGENS 7 No entanto, essa condição propicia aos animais maior infecção parasitária 8 Estrongilideos bovinos 9 Espécie Hospedeiro preferencial Localização verme adulto Haemonchus placei e H. similis Bovinos abomaso Haemonchus contortus Ovinos e caprinos abomaso Trichostrongylus axei Bovinos abomaso Ostertagia ostertagi Bovinos abomaso Ostertagia trifurcata Ovinos e caprinos abomaso Ostertagia circumcincta Ovinos e caprinos abomaso Trichostrongylus colubriformis Ovinos e caprinos intestino delgado Cooperia spp Ruminantes intestino delgado Nematodirus spp Ruminantes intestino delgado Bunostomum phlebotomum Bovinos intestino delgado Bunostomum trigonocephalum Ovinos e caprinos intestino delgado Oesophagostomum radiatum Bovinos intestino grosso Oesophagostomum columbianum e O. venulosum Ovinos e caprinos intestino grosso Principais estrongilideos 10 Formas de verminoses Clínicas Subclínicas 11 • Ações gerais: • As manifestações clínicas podem ser agudas ou crônicas dependendo de vários fatores relacionados ao parasita (espécies, carga parasitária, etc.) e ao hospedeiro (idade, estado fisiológico e nutricional, raça etc..) • Sinais mais comuns: diarréia, anemia, edemas, perda de peso, emagrecimento • Embora existam manifestações clínicas, os maiores prejuízos estão relacionados ao decréscimo da produtividade dos rebanhos. Ação sobre o hospedeiro 12 Nome popular: Bastão de barbeiro: Haemonchus contortus Nematóide abomasal hematófago Distribuição mundial 13 Identificação Macroscópica Grande: 2 a 3 cm 14 Ciclo evolutivo Haemonchus spp.: 5.000 ovos/dia 15 16 Hemoncose bovina • Anemia, Inapetência (perda do apetite), edema submandibular, letargia, fezes de coloração escura, geralmente não há diarréia. • Necrópsia: lesões hemorrágicas na mucosa do abomaso, conteúdo líquido e marrom-escuro, carcaça pálida. 17 Adultos Infecções graves: 6% a 25% de perda de hemácias/dia• Anemia e edema submandibular 18 19 Anemia e edema submandibular edema submandibular – “papeira” Cooperia Distribuição mundial. Tamanho pequeno (até 1 cm de comprimento). Parasita o intestino delgado e raramente o abomaso 20 Cooperia Período Pré-Patente: 2 a 3 semanas • Patogenia grave ao penetrar na superfície do epitélio intestinal causando ruptura intestinal. • COPERIOSE • Diminuição da absorção 21 • Adultos com menos de 7 mm de comprimento, menor da família • Sem cápsula bucal evidente • Sulco excretor na região esofágica 22 Atrofia de vilosidades com diminuição de absorção de nutrientes. L3 forma túneis entre o epitélio e a lâmina própria. Infecções leves inapetência, ganho de peso. Infecções maciças diarréia. Trichostrongylus axei 23 Placas salientes no abomaso Trichostrongilose intestinal 24 Oesophagostomum radiatum Infecções maciças colite ulcerativa, quadro crônico de emaciação e diminuição da produção de carne, leite e lã. 25 26 • Conhecido como “verme dos pulmões”. •Causa a bronquite parasitária dos ruminantes. • Apresenta ciclo direto. •Pode levar à morte em infecções maciças de animais jovens. • As larvas eliminadas pelo hospedeiro podem permanecer meses no pasto Dictyocaulus spp. - Introdução 27 Dictyocaulus spp. - hospedeiros Dictyocaulus viviparus Dictyocaulus filaria Dictyocaulus arnfieldi 28 Fêmeas põem ovos embrionados nos Brônquios 2. Ovo são transportados com o exsudato pelas vias aéreas até a laringe e engolidos 3. Ovos eclodem no intestino e L1 são liberadas nas fezes. 4. L1 também podem ser encontradas no catarro nasal. 5. L1 realiza mudas no ambiente. 6. Larvas infectantes L3 são ingeridas no Pastejo. 7. Na presença de ácido e proteases perdem a cutícula e invadem a parede intestinal. 8. Capilares, linfonodos mesentéricos, duto torácico, veia cava, coração, artérias pulmonares, pulmões. 9. Ruptura de capilares, alvéolos, bronquíolos– L4 10. Adultos Dictyocaulus spp. – ciclo de vida 29 Forma aguda (animais jovens) • Tosse, cianose, respiração acelerada e difícil (dispnéia), catarro nasal • Retardo de crescimento • Forma crônica (animais adultos) • Tosse, dispnéia, letargia Sintomas 30 Adultos em traquéia Pulmão com enfisema Vermes em corte de pulmão Fasciolose bovina 31 Paramfístomos adultos Lesões hepaticas 32 Diagnóstico 33 Exames coproparasitológicos Colheita de fezes Exames de fezes Métodos de flutuação e sedimentação Cultura e identificação de larvas 34 Trichostrongylus Ostertagia Bunostomum Haemonchus Cooperia Oesopha- gostomum Morfologia das larvas obtidas em coproculturas 35 Ovos – morfologia/nematóides x trematodas 36 37 Larvas e Ovos 38 Aspectos epidemiológicos Verminoses em ruminantes • Temperatura e umidade. • Temperatura ideal entre 18 e 26oC. • Chuvas intensas propiciam a migração de grande número de larvas para a pastagem. • Mesmo após secas prolongadas o pasto pode repentinamente servir como fonte de intensa infecção para os animais (larvas resistem à dessecação, bolos fecais acumulados). • No hospedeiro: pode ocorrer hipobiose Desenvolvimento e sobrevivência das larvas 39 • Final da gestação e lactação susceptibilidade à parasitose (fenômeno periparto). 40 RAÇA Controle de nematóides parasitos gastrintestinais de bovinos É realizado com antihelmínticos, os quais não têm sido totalmente eficazes. 1- Freqüência de utilização das drogas. 2- Ocorrência de resistência parasitária (RP). 41 Resistência Parasitária É o fenômeno que impede uma droga de manter a mesma eficácia contra os parasitas, se utilizada nas mesmas condições e após um determinado período de tempo. Envolvimento genético > 95% 42 Profilaxia e controle • Baseia-se em medidas que diminuam o contato entre o parasita e o hospedeiro. • Tentar minimizar a elevação do número de larvas na pastagem. • Evitar que animais mais susceptíveis (bezerros) entrem em contato com as larvas animais transferidos para pastagens descontaminadas. Controle estratégico 43 44 Controle estratégico Controle estratégico Controle realizado nos animais Controle realizado naspastagens Formas infectantes (ovos e ou larvas) antihelmínticos 45 Perspectivas futuras/controle biológico 46 Considerações finais •A verminose deve ser tratada mesmo sem sintomas evidentes. •A melhor opção é prevenir; fazendo o controle estratégico. •Deve-se sobretudo conhecer a região, os tipos de manejo e a epidemiologia do helmintos de bovinos 47 Araújo, J.V. Doenças em Bovinos – verminose. Série Pecuária de Leite e corte.Manual n.27 – Centro de Produçòes Técnicas. Bowman, D.D.; Lynn, R.C.; Eberhard, M.L. & Alcaraz, A. (2006). Parasitologia Veterinária de Georgis. 8ª edição. Editora Manole, Brasil. Freitas, M.G. (1976). Helmintologia Veterinária. Editora Nobel, Brasil. Gardiner, C,H, & Poynton, S.L. (1999). An Atlas of Metazoan Parasites in Animal Tissues. Armed Forces Institute of Pathology, Washington DC, USA. Roberts, L.S.; Janovy Jr, J. & Schmidt, P. (2004). Foundations of Parasitology. Seventh Edition. McGraw-Hill Science/Engineering/Math, USA. Taira, N.; Ando, Y. & Williams, J.C. (2003). A Color Atlas of Clinical Helminthology of Domestic Animals (Revised edition). Elsevier Science BV, Amsterdam, The Netherlands. Bibliografia 48
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