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Transformações dos Seres Vivos e Ambiente Aula 9 Interação entre as espécies Competição, Parasitismo e Mutualismo fatores físicos cumprem um papel importante na determinação dos limites de distribuição de animais e plantas os organismos interagem uns com os outros e também podem determinar restrições geográficas tipos de interações: -predação, herbivoria, parasitismo: positivo para um e negativo para outro -competição: negativo para ambos -mutualismo: positivo para ambos -comensalismo: positivo para um e indiferente para outro -amensalismo: negativo para um e indiferente para outro Competição qualquer uso ou defesa de um recurso por um indivíduo que reduz a disponibilidade daquele recurso para outros indivíduos duas espécies afetam negativamente a taxa de crescimento populacional uma da outra, cada uma limitando o tamanho populacional da outra pode ser por recursos, espaço, reprodução, etc pode ser intraespecífica: entre populações da mesma espécie (reduz recursos de um modo dependente da densidade), onde subjaz a regulação do tamanho da população, e é um processo que promove mudança evolutiva interespecífica: entre populações de espécies diferentes (diminui as populações de ambos os competidores), onde pode levar à eliminação de uma das espécies, e leva a superioridade a espécie mais eficiente pode ocorrer através de exploração: ocorre indiretamente através do uso de recursos compartilhados interferência: envolve interações diretas entre os competidores sobre os recursos compartilhados ex: beija-flores excluem outros de plantas com → flores, esponjas encrostantes usam substâncias venenosas para sobrepujar outras espécies de esponjas, arbustos liberam substâncias tóxicas que inibem o crescimento de competidores, bactérias e fungos liberam substâncias venenosas princípio da exclusão competitiva: duas espécies não podem coexistir indefinidamente sobre o mesmo recurso limitante coexistência de espécies em culturas de laboratório foi o início a teoria da competição usa os modelos de crescimento logístico experimento de Tansley: cultivou duas espécies de plantas, separadas e juntas, em diferentes solos juntas, as mais aptas prevaleceram, mas não tão→ bem quanto separadas conclusão: a presença ou ausência de espécies pode → ser determinada pela competição com outras espécies; condições do ambiente interferem na competição tem espécies que coexistem, mas elas diferem em seus habitats ou exigências alimentares modelo de competição de Lotka-Voltera: pressupõe-se que os recursos são limitados, os coeficientes de competição e as capacidades suporte são constantes, a denso-dependência é linear o coeficiente de competição expressa o grau em que cada indivíduo de uma espécie usa o recurso dos indivíduos da outra espécie coexistência: é mais provável quando os coeficientes da competição interespecífica são relativamente pequenos <1, isso ocorre quando os competidores partilham recursos incompletamente pela divisão de recursos entre eles Alelopatia competição química, mais frequentemente entre plantas é mediada por substâncias tóxicas que causam dano direto a outros indivíduos ex: produção de óleos inflamáveis por árvores de eucalipto na Austrália, os óleos promovem incêndios frequentes, que matam sementes de competidores; algumas plantas produzem toxinas excluindo plantas vizinhas na ausência de predadores, alguns competidores podem dominar outros Parasitismo geralmente são muito menores que os hospedeiros endoparasita: vivem dentro do corpo do hospedeiro (vírus, bactéria, protozoários) ectoparasita: vivem na superfície do hospedeiro (piolho, carrapato) desafios para o parasita: hospedeiro tem mecanismos para detectá-lo e destruí-lo; devem se dispersar por meio hostil para passar de um hospedeiro para outro sistema imune pode reconhecer e inativar o parasita, que por sua vez, pode multiplicar-se antes da resposta imune parasitas podem evitar resposta imune: supressão do sistema imune (aids); revestimento com proteínas similares às do hospedeiro (Schistosoma); revestimento contínuo com novas proteínas (Trypanosoma) Mutualismo é a interação entre duas espécies que se beneficiam reciprocamente mutualismo obrigatório/simbiose: as duas espécies não podem viver separadas ex: líquens mutualismo facultativo/protocooperação: as duas espécies são beneficiadas e podem viver independentemente ex: beija-flor e flores, peixes e camarões → limpadores em ecossistemas marinhos (removem parasitas de outros peixes e se beneficiam do valor alimentar dos parasitas removidos) mutualismos dispersivos: envolvem animais que - transportam pólen em troca de recompensas como o néctar (tendem a ser mais especializados já que o pólen deve ser transferido para outra planta da mesma espécie) – transportam e dispersam sementes em troca do valor nutricional da semente ou dos frutos (tendem a não ser restritivos, com os dispersadores geralmente consumindo uma variedade de frutos) dispersores de sementes e polinizadores são fundamentais para a manutenção da funcionalidade das comunidades biológicas; sem eles, várias espécies de plantas não conseguem se reproduzir e dispersar para locais mais distantes → extinção e perda de biodiversidade Aula 10 Interação entre as espécies Predação e Herbivoria Predação influi na distribuição de espécies -eliminação de espécies para alimentação -prevenção da entrada de outros no habitat – defesa do território regulação predador-presa: predador não extermina a população de sua presa (fonte de alimento) as comunidades naturais evoluíram de forma a propiciar uma grande quatidade de presas disponíveis para cada predador regulação consumidor-recurso: todas as formas de vida são tanto consumidores quanto vítimas de consumidores organiza comunidades em cadeias alimentares ex: predador-presa, herbívoro-planta, parasita-hospedeiro predadores: capturam e consomem indivíduos, removendo-os da população de presas parasitas: consomem partes da presa viva; afeta negativamente o hospedeiro, mas não o remove da população herbívoros: comem toda a planta ou partes delas -grazers: comem herbáceas -browsers: comem vegetação lenhosa detritívoros: consomem matéria orgânica morta, restos e excretas de outras espécies; impostantes na ciclagem de nutrientes no ecossistema parasitóides: consomem tecidos vivos do hospedeiro, eventualmente matando- o; combinam aspectos de parasitas e predadores adaptações: predação predadores: -herbívoros incisivos, cortam caule e folhagem fibrosa: molares trituram -herbívoros sem incisivos: rasgam, puxam e raspam a vegetação -carnívoros: grandes caninos e pré-molares afiados para segurar e cortar presas: animais: fuga, detecção antecipada, esconderijo, camuflagem, coloração de advertência (anunciam impalatabilidade ou toxicidade) plantas: espinhos, defesa química herbivoria plantas: baixo conteúdo nutritivo dos tecidos, compostos tóxicos, estrutura, gomas e resinas grudentas compostos que limitam a digestibilidade de tecidos ex: tanino mimetismo batesiano: espécies palatáveis imitam não-palatáveis mimetismo mulleriano: organismos impalatáveis que compartilham um padrão de coloração de advertência populações de predador e de presa frequentemente flutuam predador come presa e reduz seu número predador faminto tem número → reduzido com pouco predador, presa remanescente vive melhor e aumenta → em número com aumento de presa, o número de predadores cresce→ modelo predador x presa equações de Lotka e Volterra: o crescimento da população da vítima só é limitado pela população; o predador é um especialista que só pode persistir na presença da população de vítimas; cada predador pode consumir um número infinito de presas; eles se encontram ao acaso num ambiente homogêneo aumento na taxa de natalidade das presas aumenta a populaçãode predadores fatores que reduzem oscilações predador-presa: ineficiência do predador; dependência da densidade do predador ou presa por fatores externos; fontes alimentares alternativas para o predador; refúgios à predação em baixa densidade de presas; atraso entre resposta do predador e mudança na abundância de presas defasagem entre o ciclo populacional do predador e da presa: tempo necessário para produção da prole Aula 11 Comunidades Estrutura e sucessão comunidade: grupo de populações de espécies diferentes vivendo num mesmo local riqueza de espécies: número de espécies floresta boreal: dezenas de espécies Amazônia: mais de 300 espécies/ha comunidade fechada (Clements) x comunidade aberta (Gleason) fechada: respondem à variação como unidade espécies intimamente associadas umas às outras distribuição de espécies coincidentes fronteiras distintas aberta: respondem individualmente fronteiras difusas há ecótonos (fronteiras) quando há: -transição abrupta no meio físico ex: as algas marinhas se estendem somente até a marca da maré alta e a alta salinidade impede a ocorrência das plantas pioneiras -uma forma de vida dominante, tal que o limite de sua distribuição limita o das demais espécies -associação espécie-específicas: predador-presa, parasita-hospedeiro, mutualistas as concentrações dos minerais do solo determinam as plantas que formam cada comunidade Continuum -os organismos substituem-se ao longo de gradientes de condições físicas -espécies têm diferentes limites geográficos, sugerindo história evolutica e relações ecológicas independentes -como poucas espécies têm abrangências geográficas sobrepostas, o conjunto de espécies de plantas encontrado em um dado local não representam comunidade fechada análise de gradiente: medida da mudança de espécies e condições físicas em vários locais análises de gradientes demonstraram a existência de poucos casos de ecótonos distintos espécies de plantas estão distribuídas mais ou menos independentemente ao longo de intervalos de condições ecológicas – estrutura da comunidade predominantemente aberta estrutura da comunidade influenciada pelas relações tróficas complexidade da rede trófica aumenta a estabilidade da comunidades quando consumidores têm recursos alternativos, suas populações dependem menos da flutuação de um recurso predadores-chave são particularmente importantes na manutenção da estabilidade e diversidade da comunidade estabilidade: descreve a tendência da comunidade de retornar ao seu estado inicial quando sujeita à perturbações resiliência: tipo de estabilidade que descreve a velocidade com que a comunidade retorna ao estado inicial depois da perturbação sucessão ecológica: a comunidade muda com o tempo... Clements: sequência de comunidades de plantas marcadas por mudanças de formas de vida de simples a complexas Begon: padrão de colonização e extinção promovido por populações de espécies em uma determinada área Ricklefs: mudança na comunidade após uma perturbação ou a exposição de um novo substrato tipos de sucessão: primária: ambiente inabitado secundária: espécies estabelecidas ou solo presente ex: poças brejos, campos abandonados floresta de carvalho, clareiras → → → florestas na terra: rocha nua líquens pequenas plantas, líquens herbáceas, → → → grama plantas intolerantes à sombra plantas de sombra→ → características das espécies pioneiras durante a sucessão inicial: - alta taxa de crescimento do indivíduo - tamanho pequeno - ampla dispersão - crescimento populacional rápido características das espécies tardias durante o estágio avançado de sucessão: - baixa taxa de dispersão e colonização - taxa de crescimento lento - tamanho grande - tempo de vida longo mecanismos que governam o curso da sucessão: facilitação (+): cada estágio pavimenta o caminho para o outro espécies sucessionais iniciais modificam o ambiente e permitem que outras espécies tardias possam se estabelecer ex: espécies fixadoras de nitrogênio enriquecem o solo inibição (-): dominância competitiva ex: plantas que dependem de ambientes de alta umidade inibem intolerantes à sombra tolerância (0): habilidade de resistir ou ser indiferente ao estabelecimento ou presença de outras espécies depende apenas de sua capacidade de dispersão e das condições ambientais Aula 12 Energia no Ecossistema ecossistema: ambiente físico + ambiente biótico o sistema inteiro incluindo não apenas os organismos e suas interações ,as também o ambiente físico rede trófica Elton: relações alimentares como unidade ecológica Lindeman: ecossistema + termodinâmica = modelo do fluxo de energia as relações tróficas se dão por troca de energia através do ecossistema -a energia é convertida de uma forma para outra, sendo conservada em um sistema fechado -toda transformação resulta em uma redução da energia livre no sistema -perda de energia a cada nível trófico: trabalho realizado pelos organismos e ineficiência das transformações biológicas de energia problemas com os padrões: -identificação das espécies -amostragem insuficiente -falta de dados sobre as quantidades de alimento consumido -agregação de espécies em um único nível trófico poucos dados sobre nutrientes químicos limitantes fluxo de energia no ecossistema -modelo universal de Odum: um único nível trófico fluxo de energia e reciclagem de nutrientes estão intimamente ligados energia entra no ecossistema como energia luminosa e é perdida na forma de calor nutrientes ciclam indefinidamente: inorgânico e orgânico e vice-versa produção primária -plantas e outros autótrofos: base da cadeia alimentar -taxa de produção primária determina a energia total disponível para o sistema -energia total assimilada; taxa total de fotossíntese = produção primária bruta -taxa de energia estocada na forma de biomassa, depois da respiração = produção primária líquida produção primária líquida = produção primária bruta – respiração limitantes da produção primária: pluviosidade, temperatura, evapotranspiração efeito dos nutrientes: -fertilizantes estimulam o crescimento vegetal -nitrogênio é o mais limitante máximo: -intensa luminosidade -temperaturas mais altas -pluviosidade abundante -nutrientes abundantes produção primária em ambientes alagados ou aquáticos -ambientes alagados geralmente possuem alta produtividade -ambientes brejosos ou paludosos possuem contínua disponibilidade de água e rápida regeneração de nutrientes nos sedimentos lodosos em volta das raízes -mar aberto possui escassez de nutrientes minerais -ambientes costeiros ou áreas de ressurgência possuem alta produção -ambientes de água doce possuem produção maior do que em oceanos abertos varia quanto ao tipo de planta, com o tempo e a idade: -regiões com invernos frios ou estações bem definidas: plantas com período de dormência – sem produção energia que atinge cada nível trófico depende da produção primária e da eficiência de transferência entre os níveis plantas utilizam 15-70% da energia luminosa para a manutenção herbívoros e carnívoros gastam ainda mais energia que as plantas apenas 5-20% da energia passa entre os níveis tróficos eficiência ecológica: -energia egestada: componentes do alimento não facilmente digeridos – não aproveitados -energia assimilada: componentes absorvidos -energia respirada: parte perdida na forma de calor – necessidades metabólicas -energia excretada: resíduos orgânicos nitrogenados -biomassa: energia assimilada retida pelo organismo energia ingerida – energia excretada = energia assimilada energia assimilada – respiração = produção secundária produção secundária ótima = aumento na taxa de nascimento na população + aumento da taxa de crescimento dos indivíduos eficiência depende da espécie e do tipo de consumidor > eficiência: -insetos que comem tecidos vegetais -ectotermos-endotermos de grande porte < eficiência: -insetos que comem seiva -endotermos -endotermos de grande porte endotermos tem alta eficiência de assimilação, mas gastam 98% dela no metabolismo, apresentando baixa eficiência de produção microorganismos tem alta eficiência devido ao ciclo de vida curto, pequeno tamanho e rápida reposição na população eficiência de assimilação cresce com o nível trófico eficiência de produção decresce tecnologia: produção de energia altamente eficiente luz: células fotovoltaicas, fotossíntese artificial, biodiesel de algas, biohidrogênio usando algas matéria orgânica morta: biogás a partir do lixo e do esgoto – biodigestores fonte de energia para a rede trófica dos pastadores: luz fonte de energia para a rede trófica dos detritívoros: matéria orgânica *termodinâmica x ecossistema as relações entre os níveis tróficos se dão por trocas de energia, que é convertida de uma forma para outra, com perda de energia livre no sistema em forma de calor *ecossistemas terrestres mais produtivos: brejos, charcos e florestas tropicais ecossistemas aquáticos mais produtivos: leitos algais, recifes de corais e estuários Aula 13 Ciclos Biogeoquímicos troca de elementos e nutrientes entre componentes orgânicos e inorgânicos do ecossistemas energia flui em sentido único com perda de calor, enquanto nutrientes ciclam (são reutilizados repetidamente), mas são inseparáveis elementos na forma inorgânica: atmosfera + hidrosfera + litosfera elementos na forma orgânica: seres vivos (biota) + matéria orgânica em decomposição biogeoquímica: ciência que estuda os processos químicos ocorrendo entre esses compartimentos e o fluxo dos elementos dentre eles fotossíntese: move o carbono de um compartimento inorgânico (ar ou água) para um compartimento orgânico (plantas) respiração: move o carbono de um compartimento orgânico (organismos) para um compartimento inorgânico (ar ou água) -carbono inorgânico liberado através da respiração pode ser assimilado rapidamente através da fotossíntese; o carbono orgânico fixado pode ser respirado novamente de forma rápida pelas plantas -carbono inorgânico armazenado em depósitos de carvão, óleo, ou turfa não é facilmente acessível e pode permanecer em repouso por milhões de anos -carbono inorgânico pode também ser retirado de circulação por milhões de anos por precipitação como carbonato de cálcio em sistemas aquáticos -Água: -energia radiante provoca a evaporação da água para a atmosfera -os ventos distribuem a água sobre a superfície do globo -a precipitação traz a água de volta para a terra -a água é armazenada em solos, lagos e congelada -retorna para o mar, perdida por evapotranspiração a partir do solo ou como fluxo líquido através de canais, rios e aquíferos subterrâneos vegetação: parte da água é retida na folhagem e absorvida pelo solo desmatamento: aumento da força das correntes de água junto com sua carga de matéria dissolvida e particulada, perda de solo, empobrecimento de nutrientes no solo, aumento da gravidade das enchentes evaporação: dessalinização da água salgada precipitação: coleta da água da chuva armazenamento em solos: poços artesianos, poços profundos armazenamento em ecossistemas lóticos (rios) ou lênticos (lagos): coleta da água doce através de reservatórios construídos Carbono: fotossíntese e respiração -plantas terrestres: fonte de carbono = CO2 atmosférico -plantas aquáticas: fonte de carbono = carbonatos dissolvidos ciclo predominantemente gasoso: dióxido de carbono é o veículo principal do fluxo entre atmosfera, hidrosfera e biota em condições neutras dos ecossistemas marinhos, a extração de CO2 da coluna de água causa precipitação de carbonato de cálcio algas construtoras de recifes e algas coralinas incorporam carbonato de cálcio em suas estruturas rígidas, formando recifes efeito estufa principais gases: dióxido e monóxido de carbono, metano, óxido nitroso soluções para reduzir a emissão de carbono: outras fontes de energias ex: solar, eólica, hidrogênio, marés etc Nitrogênio nitrogênio e fósforo são os elementos que mais limitam o crescimento vegetal fase atmosférica de grande importância para o funcionamento de ecossistemas terrestres: fixação de N e desnitrificação por organismos microbianos fontes geológicas: importantes na produtividade de combustíveis em comunidades terrestres e de água doce fixação de N: plantas e cianobactérias amonificação N-NH3: todos os organismos nitrificação amônia-nitrito-nitrato: bactérias no solo ou no oceano (aeróbias) desnitrificação: nitrato-gás óxido nítrico: bactérias no solo alagado ou no oceano profundo (anaeróbias) Fósforo: elemento essencial constituindo ácidos nucleicos, membranas celulares, sistemas de transferência de energia, ossos e dentes principais estoques: água do solo, rios, lagos e oceanos; rochas sedimentares e sedimentos oceânicos as plantas assimilam fósforo como fosfato e incorporam essa forma em compostos orgânicos animais e bactérias fosfatizantes quebram formas orgânicas do fósforo e liberam o fósforo como fosfato o fósforo não participa de reações de oxidação-redução no ecossistema, e não circula através da atmosfera, exceto como poeira Enxofre: fase atmosférica e litosférica principais fontes: intemperismo de rochas e atmosfera processos que liberam S na atmosfera: -formação de aerossóis de borrifos do mar -respiração anaeróbica por bactérias redutoras de sulfato (turfeiras submersas, pântanos e planícies de maré) -atividades vulcânicas sulfato dissolvido é absorvido por plantas, passa por cadeias alimentares e, via processos de decomposição, torna-se novamente disponível para as plantas enxofre chega no oceano e é armazenado nos sedimentos oceânicos sulfeto de ferro está comumente associado com carvão e depósitos de óleo e pode causar problemas ambientais: -oxidação de sulfetos dejetos de minas para sulfato, que se combina com água para formar ácido sulfúrico, associado com a drenagem ácida de minas -oxidação de sulfetos em carvão e óleos libera sulfatos na atmosfera, que então forma ácido sulfúrico, um componente da chuva ácida (enxofre e nitrogênio) Organoclorados são compostos de carbono de cadeia acíclica contendo cloro, podendo conter um anel aromático. Devido a sua ação cancerígena, inúmeros de seus compostos foram banidos e outros tiveram suas estruturas modificadas -toxafeno, hexaclorocicloexano, dodecacloro e clordecona, ddt e análogos, ciclodienos foram usados por muito tempo como inseticidas, o que causou um grande impacto no ecossistema são absorvidos pelas plantas e entram na cadeia alimentas, aumentando sua concentração nos níveis tróficos superiores (consumidores) Aula 14 Ecologia de Paisagem e Ecologia de Estradas paisagem do ecólogo: a paisagem é um mosaico heterogêneo para pelo menos um fator e segundo um observador, formado por manchas interativas paisagem segundo a visão das espécies: conjunto interativo de manchas, corredores e matrizes -mancha: área homogênea, restrita e não-linear da paisagem que se distingue das unidades vizinhas -corredor: área homogênea e linear da paisagem que se distingue das unidades vizinhas -matriz: unidade dominante da paisagem (espacial e funcionalmente), ou conjunto de unidades de não-habitat conectividade: capacidade de uma paisagem facilitar fluxos entre seus elementos componentes: -corredores -permeabilidade da matriz -stepping stones -proximidade corredores: ligam pelo menos dois fragmentos de habitat anteriormente unidos facilitam fluxos hídricos e biológicos na paisagem reduzem os riscos de extinção local e favorecem as recolonizações (ou o efeito de resgate), aumentando assim a sobrevivência das metapopulações servem de suplemento de habitat na paisagem, refúgio para a fauna quando ocorrerem perturbações facilitam a propagaçãode algumas perturbações, ex: fogo e doenças -manchas de habitat conectadas por corredores retém mais espécies de plantas nativas do que manchas isoladas -corredores não favorecem a invasão de espécies exóticas -conservação da biodiversidade matriz: unidade da paisagem funcionalmente dominante área heterogênea contendo uma variedade de unidades de não-habitat que apresentam condições favoráveis às espécies do habitat estudado pode influenciar a largura do efeito de borda pode funcionar como fonte de perturbação e favorecer o desenvolvimento de espécies generalistas, predadoras e parasitas invasoras o tipo de matriz é importante, mas o tamanho da mancha e grau de isolamento são mais relevantes para determinar a riqueza ou abundância de espécies a qualidade da matriz, que influencia na conectividade funcional, geralmente aumenta com a maior similaridade estrutural com manchas de habitat stepping stones/trampolins ecológicos: pequenas áreas de habitat dispersas pela matriz podem servir como pontos de ligação para atingir as manchas de habitat estradas podem funcionar como matrizes agressivas que reduzem a conectividade entre manchas de habitat de muitas espécies que evitam essa matriz, ou não evitam, e assim são atropeladas e morrem (o que aumenta significamente a taxa de mortalidade da população) podem ser também corredores para várias espécies, inclusive o homem -vegetação: desmatamento fragmentação de habitat dispersão das plantas exóticas aumento de focos de incêndio aumento da emissão de gases poluentes -fauna: perda de habitat mudança na qualidade de habitat nas margens da estrada atropelamento e morte de animais barreira ao deslocamento de animais planejamento de estradas: -prevenção: prevenir e evitar impactos ecológicos (mudar a rota) -mitigação: minimizar o impacto ecológico (rebaixar a estrada para reduzir o ruído) -compensação: fornecer um incremento ecológico equivalente na região (criar uma área de proteção ambiental ou ampliar uma já existente) Aula 15 Biodiversidade e Conservação extinção é um processo natural atualmente as taxas de extinção estão mais elevadas, o que é preocupante, pois linhagens evolutivas podem se perder pra sempre causas dos declínios das populações ameaçadas: -redução ou modificação dos habitats -tamanho pequeno das populações -introdução de espécies exóticas -sobre-exploração de recursos naturais em populações pequenas, a variação genética é reduzida e isso aumenta a probabilidade de extinção introdução de espécies exóticas (não nativas) pode levar a extinção de espécies por predação, competição ou novas doenças ex: mexilhão-dourado nas águas continentais do sul do país, tucunaré, nativos da bacia amazônica, introduzido nos rios e reservatórios do sudeste e nordeste sobre-exploração de recursos naturais: exploração humana, caça, pesca, exploração da madeira, etc extinto: quando não há dúvidas que o último indivíduo da espécie morreu, não sendo encontrado por muito tempo (relativo ao tempo de ciclo de vida) extinto na natureza: só existe em cativeiro ou em cultivos vulnerável: probabilidade de 10% de ser extinta nos próximos 100 anos em perigo: probabilidade de 20% de ser extinta nos próximos 20 anos criticamente em perigo: probabilidade de 50% ou mais de ser extinta nos próximos 5 anos espécies que possuem alto risco de extinção são geralmente raras por possuir uma pequena distribuição geográfica, por seu habitat ser incomum ou por possuir populações locais de pequeno tamanho conservacionismo x preservacionismo: correntes ideológicas que representam relacionamentos diferentes do seu humano com a natureza -preservacionismo: tende a compreender a proteção da natureza, independentemente do interesse utilitário e do valor econômico que possa conter -conservacionismo: permite o uso sustentável e assume um significado de salvar a natureza para algum fim ou integrando o ser humano conservação da biodiversidade: habitat adequado para populações auto-sustentadas deve-se considerar: -necessidades ecológicas da espécie -espaço necessário para manter população mínima viável população mínima viável: menor tamanho de população que se sustenta sob variação ambiental devem ser grandes o suficiente para escapar do risco estocástico de extinção outros atributos mínimos: -distribuição ampla, de modo que catástrofes locais não afetem toda a espécie -algum grau de subdivisão da população para evitar dispersão de doenças maior riqueza de espécies em áreas maiores efeito de borda borda é a superfície de contato entre habitats contrastantes o efeito desse contato é observado na alteração do microclima e da vegetação na parte marginal de um fragmento tal efeito seria mais intenso em fragmentos pequenos, alongados e isolados, porque a relação perímetro/área é maior áreas críticas para conservação: áreas refúgio para maior número de espécies que não são encontradas em outro local hotspots de biodiversidade: incluem 60% das espécies do mundo, com alto endemismo (espécie só ocorreu naquele local) e perderam ao menos 70% da sua área original critérios de prioridade de conservação: espécies ameaçadas de extinção, em perigo ou endêmicas hotspots para as plantas: importância para uso econômico estratégias de conservação: in situ: no local onde a espécie ocorre objetivo: -conservar a diversidade genética, permitindo que os organismos continuem evoluindo naturalmente -proteger área representativa de um habitat, paisagem ou ecossistema, e recursos hídricos -áreas para preservação de espécies silvestres usadas economicamente ou não no Brasil: -unidades de proteção integral: objetivo de preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais ex: parque nacional e estação ecológica -unidades de uso sustentável: objetivo de compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais ex: área de proteção ambiental e reserva extrativista -reserva da biosfera: preservação da diversidade biológica, o desenvolvimento de atividades de pesquisa, o monitoramento ambiental, a educação ambiental, desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida das populações ex cinturão verde de SP ex situ: fora do local onde a espécie ocorre permite a conservação, ainda que os habitats tenham sido destruídos ex: jardim zoológico, jardim botânico, banco de sementes interrompe processos evolutivos: pressão para adaptação a mudanças ambientais -fácil acesso às plantas e animais de muitos locais ex: bancos de sementes: desidratação e conservação à baixas temperaturas até 100 anos; algumas não suportam a desidratação campos de bancos gênicos: plantas que produzem poucas sementes, plantas que produzem sementes com baixa viabilidade, plantas com sementes intolerantes à dessecação (não podem ser congeladas) cultura de tecidos: problemas: balanceamento de nutrientes e reguladores para o desenvolvimento da planta, condição de crescimento lento induz a uma instabilidade genética; clonagens de sucesso: todas as células vegetais apresentam células tronco alguns animais e plantas não se reproduzem em cativeiro conservação da biodiversidade benefícios econômicos: valor de consumo e produtivo ex. Corte de madeira, pesca valos não consumista ex. Proteção da água e do solo, controle climático, recreação e turismo, educação e ciência benefícios éticos: prazer no contato com a natureza, preservação para as gerações futuras importância perante os demais seres vivos benefícios biológicos: manutenção da diversidade de espécies, populações, comunidades, ecossistemas e habitats Aula 16 Sustentabilidade desenvolvimento sustentável: “desenvolvimento econômico que satisfaz as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade de as futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades”1-equidade social 2-conservação ambiental 3-eficiência econômica 1 e 3 – degradação do meio ambiente 2 e 3 – pobreza e desigualdade social (padrão tecnológico) 1 e 2 – ausência de viabilidade econômica (padrão de consumo) crescimento populacional: curva exponencial (J): não há limites para o tamanho da população curva logística (S): há efeito de fator limitante ameaças à sustentabilidade: -população humana quase crescendo exponencialmente -produção de alimentos: agricultura e criação de animais -consumo de água -consumo de energia -emissão de resíduos: lixo e esgoto soluções sustentáveis: -controle da natalidade -consumo de recursos naturais levando em consideração que eles são limitados -conservação das reservas de água, carbono, e biodiversidade -produção agrícola e pecuária sustentável -redução das emissões de carbono e outros poluentes -reciclagem do lixo -energia limpa e outras tecnologias sustentáveis -cidades auto-sustentáveis -eliminar a pobreza e estabilizar a população humana -conservar e recuperar recursos naturais -fornecer alimentação adequada para todos os povos -mitigar as mudanças climáticas -planejar cidades crédito de carbono: certificados emitidos quando ocorre a redução de emissão de gases do efeito estufa pode ser negociado no mercado internacional agricultura e criação de animais: -unidade agrícola deve ser autônoma -fertilizantes naturaisustentável -colheita manual sistemas agroflorestais: reúne as culturas agrícolas com as florestais usa a sucessão de comunidades para estabelecer as espécies que agregam benefícios biológicos e econômicos para o agricultor
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