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Crimes contra a pessoa questões comentadas

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1 - JOÃO CARVALHO, respeitado neurocirurgião, opera a cabeça de JOSÉ PINHEIRO. 
Terminada a operação, com o paciente já estabilizado e colocado na Unidade de Tratamento 
Intensivo para observação, JOÃO CARVALHO deixa o hospital e vai para casa assistir ao 
último capítulo da novela. 
Ocorre que, pelas regras do hospital, JOÃO CARVALHO deveria permanecer acompanhando 
JOSÉ PINHEIRO pelas doze horas seguintes à operação. Como é um fanático noveleiro, JOÃO 
 
QUESTÕES COMENTDAS – CRIMES CONTRA A PESSOA 
 
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desrespeita essa regra e pede à MARGARIDA, médica da sua equipe, que acompanhe o pós-
operatório. MARGARIDA é uma médica muito preparada e tão respeitada e competente 
quanto JOÃO. 
MARGARIDA, ao ver JOSÉ PINHEIRO, o reconhece como sendo o assassino de seu pai. 
Tomada por uma imensa revolta e um sentimento incontrolável de vingança, MARGARIDA 
decide matar aquele assassino cruel que nunca fora punido pela Justiça, porque é afilhado 
de um influente político. MARGARIDA determina à enfermeira HORTÊNSIA que troque o 
frasco de soro que alimenta JOSÉ, tomando o cuidado de misturar, sem o conhecimento de 
HORTÊNSIA, uma dose excessiva de anticoagulante no soro. JOSÉ morre de hemorragia 
devido ao efeito do anticoagulante. 
Assinale a alternativa que indique o crime praticado por cada envolvido. 
 
a) JOÃO CARVALHO: homicídio culposo – MARGARIDA: homicídio doloso – HORTÊNSIA: 
homicídio culposo. 
b) JOÃO CARVALHO: homicídio culposo – MARGARIDA: homicídio doloso – HORTÊNSIA: 
não praticou crime algum. 
c) JOÃO CARVALHO: homicídio preterdoloso – MARGARIDA: homicídio culposo – 
HORTÊNSIA: homicídio culposo. 
d) JOÃO CARVALHO: não praticou crime algum – MARGARIDA: homicídio doloso – 
HORTÊNSIA: não praticou crime algum. 
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e) JOÃO CARVALHO: homicídio culposo – MARGARIDA: homicídio preterdoloso – 
HORTÊNSIA: não praticou crime algum. 
Gabarito comentado: 
O médico não pode responder por crime culposo porque não obrou com violação do dever 
objetivo de cuidado. A médica Margarida atuou com dolo, pois desejava a morte da vítima 
e utilizou-se da enfermeira para o seu plano criminoso. A última, por sua vez, não praticou 
crime algum, pois não tinha como saber que se tratava de letal a substância ministrada à 
vítima. 
Letra D é a correta. Observar que Margarida é autora mediata do crime 
 
2) JORGE é uma pessoa má e sem caráter, que sempre que pode prejudica outra pessoa. 
Percebendo que IVETE está muito triste e deprimida porque foi abandonada por MATEUS, 
JORGE inventa uma série de supostas traições praticadas por MATEUS que fazem IVETE 
sentir-se ainda mais desprezível, bem como deturpa várias histórias de modo que IVETE 
pense que nenhum de seus amigos realmente gosta dela. 
Por causa das conversas que mantém com JORGE, IVETE desenvolve o desejo de 
autodestruição. Percebendo isso, JORGE continua estimulando seu comportamento 
autodestrutivo. Quando IVETE já está absolutamente desolada, JORGE se oferece para ajudá-
la a suicidar-se, e ensina IVETE a fazer um nó de forca com uma corda para se matar. 
No dia seguinte, IVETE prepara todo o cenário do suicídio, deixando inclusive uma carta para 
MATEUS, acusando-o de causar sua morte. Vai até a casa de MATEUS, amarra a corda na 
viga da varanda, sobe em um banco, coloca a corda no pescoço e pula para a morte. Por 
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causa do seu peso, a viga de madeira onde estava a corda se quebra e IVETE apenas cai no 
chão. Como consequência da tentativa frustrada de suicídio, IVETE sofre apenas arranhões 
leves. 
Assinale a alternativa que indique a pena a que, por esse comportamento, JORGE está 
sujeito. 
a) Tentativa de homicídio. 
b) Lesão corporal leve. 
c) Induzimento ou instigação ao suicídio. 
d) Auxílio ao suicídio. 
e) Esse comportamento não é punível. 
Gabarito comentado: 
A conduta não é punível pois para a punição do crime do art. 122 é necessário que a vítima 
sofre, pelo menos, lesões corporais de natureza leve. Na opinião da autora, a conduta não é 
sequer típica, por se filiar á corrente daqueles que sustentam ser a morte e a lesão grave 
elementares do crime em apreciação. 
Letra E é a correta. 
 
3) De acordo com o art. 14, inciso II, do CP, diz-se tentado o crime quando, iniciada a 
execução, este não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do Agente. Em relação 
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ao instituto da tentativa (conatus) no ordenamento jurídico brasileiro, assinale a opção 
correta. 
a) A tentativa determina a redução de pena, obrigatoriamente, em dois terços. 
b) As contravenções penais não admitem punição por tentativa. 
c) O crime de homicídio não admite tentativa branca. 
d) Considera-se perfeita ou acabada a tentativa quando o Agente atinge a vítima, vindo 
a lesioná-la. 
Gabarito comentado: 
As contravenções penais, por expressa disposição legal (art. 4o do Decreto-Lei no 
3.688/1941), não admitem a figura da tentativa. 
Letra B. 
 
4) Com relação ao dolo e à culpa, assinale a opção correta. 
a) A conduta culposa poderá ser punida ainda que sem previsão expressa na lei. 
b) Caracteriza-se a culpa consciente caso o Agente preveja e aceite o resultado do delito, 
embora imagine que sua habilidade possa impedir a ocorrência do evento lesivo previsto. 
c) Caracteriza-se a culpa própria quando o Agente, por erro de tipo inescusável, supõe 
estar diante de uma causa dejustificação que lhe permite praticar, licitamente, o fato típico. 
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d) Considere que determinada Agente, com intenção homicida, dispare tiros de pistola 
contra um desafeto e, acreditando ter atingido seu objetivo, jogue o suposto cadáver em 
um lago. Nessa situação hipotética, caso se constate posteriormente que a vítima estava viva 
ao ser atirada no lago, tendo a morte ocorrido por afogamento, fica caracterizado o dolo 
geral do Agente, devendo este responder por homicídio consumado. 
Gabarito comentado: 
Correta a letra “D”. Trata-se de situação de erro sucessivo, no denominado dolo geral, em 
que o Agente desejando um determinado resultado, realiza uma ação objetivando alcançar 
um resultado e, pensando ter conseguido o resultado pretendido, realiza uma nova conduta 
para esconder o que fez anteriormente, sendo certo que é esse segundo comportamento 
que acaba por provocar o resultado pretendido. Trata-se de hipótese de erro quanto ao 
nexo de causalidade em que o Agente responderá pelo crime inicialmente pretendido. 
As demais assertivas estão equivocadas porque; a) crimes culposos devem estar 
expressamente previstos, não havendo punição por culpa sem expressa dispsoição legal; b) 
se o Agente aceita o resultado lesivo, ele não obra com culpa consciente, mas com dolo 
eventual; c) a hipótese em que o Agente, por culpa, por erro inescusável, supõe estar diante 
de situação que tornaria sua conduta lícita não caracteriza culpa própria, mas culpa 
imprópria, nos termos do art. 20, § 1o, parte final, do Código Penal. 
 
5) Quanto aos crimes contra a pessoa, assinale a opção correta. 
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a) São compatíveis, em princípio, o dolo eventual e as qualificadoras do homicídio. É 
penalmente aceitável que, por motivo torpe, fútil etc., assuma-se o risco de produzir o 
resultado. 
b) É inadmissível a ocorrência de homicídio privilegiado-qualificado, ainda que a 
qualificadora seja de natureza objetiva. 
c) No delito de infanticídio incide a agravante prevista na parte geral do CP consistente 
no fato de a vítima ser descendente da parturiente. 
d) No delito de aborto, quando a gestante recebe auxílio de terceiros, não se admite 
exceção à teoria monista, aplicável ao concurso de pessoas. 
e) Por ausência de previsão legal, não se admite a aplicação do instituto do perdão 
judicial ao delito de lesão corporal, ainda que culposa. 
Gabarito comentado: 
“A” está correta e autoexplicativa. A letra “b” está errada porque é perfeitamente possível o 
homicídio qualificado privilegiado, quando as causas de privilégio convivem com 
qualificadoras de cunho objetivo. A letra “c” está errada porque o fato da vítima ser filho é 
elementar do crime de infanticídio e, assim, não pode ser usada como agravante genérica. 
A letra “d” está errada porque aquele que ajudar a gestante no aborto, realizando atos de 
execução, deverá responder pelo crime do art. 126 do Código Penal e a gestante, pelo art. 
124. Trata-se, assim, de exceção pluralística ao monismo consagrado no art. 29 do Código 
Penal. A letra “e” também é errada porque a lesão culposa admite o perdão judicial, no art. 
129, § 8o 
 
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6) Assinale a alternativa que não qualifica o crime de homicídio. 
a) Emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel. 
b) Para assegurar a ocultação de outro crime. 
c) Motivo fútil 
d) Abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão. 
e) Mediante dissimulação. 
Gabarito comentado: 
Todas as letras, á exceção da letra “d” trazem qualificadoras do crime de homicídio, 
consoante se pode constatar da leitura do art. 121, § 2o, do Código Penal. 
 
7) Assinale a opção correta com relação ao crime de homicídio. 
a) No homicídio qualificado pela paga ou promessa de recompensa, o STJ entende 
atualmente que a qualificadora não se comunica ao mandante do crime. 
b) Com relação ao motivo torpe, a vingança pode ou não configurar a qualificadora, a 
depender da causa que a originou. 
c) A ausência de motivo configura motivo fútil, apto a qualificar o crime de homicídio. 
d) Para a configuração da qualificadora relativa ao emprego de veneno, é indiferente o 
fato de a vítima ingerir a substância à força ou sem saber que o está ingerindo. 
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e) A qualificadora relativa ao emprego de tortura foi tacitamente revogada pela lei 
específica que previu o crime de tortura com resultado morte. 
Gabarito comentado: 
“A” está errada pois a orientação atual do STJ é no sentido de comunicação da qualificadora 
ao mandante. Letra “B” está correta, pois a vingança somente é qualificadora quando se 
tratar de vingança abjeta. Com relação à letra “C”, o veneno somente qualifica o crime como 
meio insidioso quando é ministrado à vítima sem o seu conhecimento. Aqui, deve-se 
salientar que o veneno, quando ministrado com conhecimento da vítima, pode qualificar o 
crime como meio cruel, na hipótese de causar –lhe desnecessário sofrimento. A letra “D” a 
seu turno encontra-se igualmente equivocada, porque a lei de tortura não trata de homicídio 
qualificado pela tortura e, sim, de tortura qualificada pela morte. No homicídio qualificado 
pela tortura, a morte é desejada pelo Agente, que emprega meios cruéis para matara a 
vítima. Na tortura qualificada pela morte, o Agente não desejou a morte que, assim, foi 
provocada a título de culpa. Trata-se de crime preterdoloso. 
 
8) Coloque Certo (“C”) ou Errado (“E”): 
a) O Código Penal brasileiro permite três formas de abortamento legal: o denominado 
aborto terapêutico, empregado para salvar a vida da gestante; o aborto eugênico, permitido 
para impedir a continuação da gravidez de fetos ou embriões com graves anomalias; e o 
aborto humanitário, empregado no caso de estupro. 
b) Considere a seguinte situação hipotética. MANOEL, penalmente responsável, instigou 
JOAQUIM à prática de suicídio, emprestando-lhe, ainda, um revólver municiado, com o qual 
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JOAQUIM disparou contra o próprio peito. Por circunstâncias alheias à vontade de ambos, 
o armamento apresentou falhas e a munição não foi deflagrada, não tendo resultado 
qualquer dano à integridade física de JOAQUIM. Nessa situação, a conduta de JOAQUIM, 
por si só, não constitui ilícito penal, mas MANOEL responderá por tentativa de participação 
em suicídio. ( ) 
c) Considere a seguinte situação hipotética. JOÃO e MARIA, por enfrentarem grave crise 
conjugal, resolveram matar-se, instigando-se mutuamente. Conforme o combinado, JOÃO 
desfechou um tiro de revólver contra MARIA e, em seguida, outro contra si próprio. MARIA 
veio a falecer; JOÃO, apesar do tiro, sobreviveu. Nessa situação, JOÃO responderá pelo crime 
de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio. ( ) 
d) Considere que um indivíduo penalmente responsável pratique três homicídios 
dolosos em concurso material. Nesse caso, a materialização de mais de um resultado típico 
implicará punição por todos os delitos, somando-se as penas previamente individualizadas. 
( ) 
e) Na gravidez molar, configura-se crime de aborto o emprego, pela gestante, de meios 
abortivos que resultem na expulsão da mola. ( ) 
Gabarito comentado: 
“A” está errada, porque não existe previsão de aborto eugenésico como abortamento legal. 
“B” está errada, porque Manoel somente responderia pelo crime se houvesse a vítima 
sofrido, pelo menos, lesões graves, o que não se deu. 
“C” está errada, porque, tendo praticado atos de execução, João deverá responder por 
homicídio. 
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“D”correta e autoexplicativa. 
“E” errada, por se tratar de crime impossível. 
 
9) João instigou Leo a quebrar o braço de Rui, para que este não participasse de 
competição de luta. Leo começou a bater em Rui e resolveu espancá-lo até a morte. 
A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta. 
a) João e Leo responderão pelo crime de homicídio doloso, porque este foi o resultado 
final da conduta instigada por João. 
b) João não responderá pela prática de crime, pois a instigação não é punível no 
ordenamento jurídico brasileiro, exceto quando expressamente prevista no tipo legal. 
c) Leo responderá como autor de homicídio culposo e João, como mandante. 
d) João responderá pelo crime de lesão corporal, porque quis participar de crime menos 
grave do que o cometido por Leo. 
e) João e Leo responderão pelo crime de lesão corporal seguida de morte, porque 
assumiram o risco de produzir o resultado morte. 
Gabarito comentado: 
A resposta correta é a letra “D” e as razões adiante servirão para que se conclua pelo erro 
das demais letras. João não pode responder pelo homicídio porque jamais combinou o 
mesmo com Leo. Assim, Leo ao provocar resultado mais grave, deverá responder pelo 
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mesmo e João, por ter combinado crime menos grave, deverá pelo mesmo responder, nos 
termos do art. 29, § 2o, do Código Penal. 
 
10) Com relação aos crimes contra a pessoa, assinale a opção correta. 
a) No crime de abandono de recém-nascido, o sujeito ativo só pode ser a mãe e o sujeito 
passivo é a criança abandonada. 
b) Não é punido o médico que pratica aborto, mesmo sem o consentimento da 
gestante, quando a gravidez é resultado de crime de estupro. 
c) A mulher que mata o filho logo após o parto, por estar sob influência do estado 
puerperal, não comete crime. 
d) A pessoa que imputa a alguém fato definido como crime, tendo ciência de que é 
falso, comete o crime de difamação. 
e) A conduta do filho que, contra a vontade do pai, o mantém internado em casa de 
saúde, privando-o de sua liberdade, é atípica. 
Gabarito comentado: 
A correta é a letra “a”. A letra “b” está errada porque o médico somente não é punido pelo 
aborto na hipótese de gravidez resultante de estupro quando ele recebe o consentimeto da 
gestante ou de seu represetante legal. A letra “c” é igualmente errada porque a mulher que 
mata o filho logo após o parto e sob influência do estado puerperal comete o crime de 
infanticídio. Letra “d” é errada porque imputar falsamente a alguém a pratica de um fato 
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definido como crime é crime de calúnia e não de difamação. Na letra “e” a conduta é típica 
e caracteriza crime de sequestro qualificado. 
 
11) Na doutrina, distinguem-se as figuras sequestro e cárcere privado, afirmando-se que 
o primeiro é o gênero do qual o segundo é espécie. A figura cárcere privado caracteriza-se 
pela manutenção de alguém em recinto fechado, sem amplitude de locomoção, definição 
esta mais restrita que a de sequestro. Certo ou Errado? 
Gabarito comentado: 
Correta e autoexplicativa. 
 
12) KIKO, bombeiro profissional, foi designado para trabalhar em uma praia com a 
atribuição de zelar pela segurança dos banhistas. Ocorre que, durante esse serviço, uma 
criança começou a se afogar, porém KIKO, apesar de estar próximo, não viu o que estava 
acontecendo, pois se encontrava distraído conversando com uma moça. Um outro banhista, 
contudo, vendo a situação de perigo correu rapidamente e socorreu a criança, sendo que 
esta não sofreu nenhuma lesão. 
Nesse caso: 
a) KIKO deve responder pelo crime de omissão de socorro; 
b) KIKO deve responder pelo crime de tentativa de homicídio; 
c) KIKO deve responder por lesão corporal; 
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d) KIKO deve responder pelo crime de perigo para a vida ou saúde de outrem; 
e) nenhuma das alternativas anteriores está correta. 
Gabarito comentado: 
Letra “e” está correta. Não pode responder por omissão de socorrio pois se trata o citado 
delito de crime doloso e, demais disso, como garantidor que é, jamais responderia pelo 
crime do art. 135. Também não pode responder pelo crime de homicídio tentado, pois não 
obrou com dolo e somente crimes dolosos admitem tentativa. Não responde por lesão 
corporal porque não houve lesões. Também não pode responder por crime de periclitação 
da vida e saúde e outrem, pois não obrou com dolo ao criar a situação de perigo. 
 
13) Após um jogo de futebol entre os times “PERDE TODAS” e “PERDE SEMPRE”, na saída 
do estádio começou uma briga entre torcedores embriagados. Durante a confusão houveuma pancadaria generalizada, onde todos se agrediam mutuamente, não havendo grupos 
definidos. Logo a polícia chegou e prendeu vinte pessoas que estavam participando da 
briga. Durante essa confusão morreu SIMEÃO com uma facada. Após analisadas as filmagens 
de emissoras de TV, observou-se que o golpe fatal foi desferido por LÚCIO, durante o 
entrevero. 
Nesse caso: 
a) todos os envolvidos devem responder pelo crime de homicídio; 
b) todos os envolvidos sobreviventes devem responder por rixa simples, segundo 
doutrina pacífica; 
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c) LÚCIO responderá apenas por homicídio; 
d) LÚCIO deve responder por homicídio e pelo crime de rixa; 
e) nenhuma das alternativas anteriores está correta. 
Gabarito comentado: 
Não podem todos responder pelo crime de homicídio porque não prvocaram o resultado. 
Os que participaram da confusão generalizada devem responder por rixa qualificada e não 
por rixa simples, consoante doutrina pacífica. Lúcio não responde apenas por homicídio, 
mas também por rixa, havendo, entretanto, dúvidas na doutrina se ele deveria responder 
por rixa simples ou qualificada. A resposta certa, portanto, é letra “d”. 
 
14) ROMERO e GAUDÊNCIO faziam parte da mesma gangue, sendo que os dois estavam 
tentando assumir a chefia do grupo. Certo dia, para ofender a autoestima de GAUDÊNCIO, 
ROMERO chegou e repentinamente desferiu um tapa no seu rival e saiu correndo. 
GAUDÊNCIO, com a ajuda de PUTIFAR, também membro da gangue, conseguiu correr atrás, 
agarrar ROMERO e imobilizá-lo. Daí, também com a intenção de ultrajar a honra subjetiva 
de ROMERO, arrancou com um canivete parte da pele do braço deste onde estava tatuado 
o símbolo da gangue, causando-lhe uma deformidade permanente. Nesse caso: 
a) GAUDÊNCIO agiu em legítima defesa; 
b) por ter apenas retorquido a uma injúria, GAUDÊNCIO poderá ser beneficiado pelo 
perdão judicial, de modo que não poderá ser condenado por nenhum crime referente ao 
fato narrado. PUTIFAR, todavia, não terá esse benefício; 
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c) considerando a retorsão identificada no caso, podemos dizer que ROMERO poderá 
ser beneficiado com o perdão judicial no tocante à injúria real que praticou mediante vias 
de fato; 
d) GAUDÊNCIO e PUTIFAR devem responder pelo crime de lesão corporal gravíssima; 
e) nenhuma das alternativas anteriores está correta. 
Gabarito 
a) Não é legítima defesa porque a agressão já havia cessado. 
b) Errado, porque Gaudêncio, ao retorquir a injúria real com outra injúria real, não 
responderá pela injúria real, nos termos do art. 140, § 1o, II, do Código Penal, mas continuará 
respondendo pela lesão grave, considerando-se que, quando a injúria real é praticada com 
violência, além da pena da injúria, o agente também deverá responder pela pena 
correspondente à violência, nos termos do preceito sancionatório do art. 140, § 2o, do 
Código Penal. 
c) Errada, pois Romero não pode se valer do perdão judicial e, assim, não ficará isento 
de pena. Na hipótese de retorsão, apenas o autor da segunda injúria ficará isento de pena. 
d) Correta, em virtude do que consta na explicação de letra “b”. 
e) Em virtude das explicações anteriores, errada. 
 
15) Considerando os debates atuais sobre a constitucionalidade da garantia de cotas para 
negros no ingresso às universidades brasileiras, HANS, proprietário de um jornal de 
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circulação nacional, escreveu e publicou um editorial afirmando que tais cotas eram um 
absurdo, pois todos sabiam que os negros eram uma raça inferior, e que se não passavam 
no vestibular era por conta da deficiência intelectual genética e não por falta de 
oportunidades. Convocou, ainda, os cidadãos brasileiros de raça branca a combater a causa 
dos negros. Diante do fato, DIOGO, presidente de uma associação de negros, representou 
ao Ministério Público, alegando que ele e seus companheiros tinham se sentido injuriados, 
pelo quê solicitava providências imediatas. 
Nesse caso: 
a) HANS deverá ser condenado pelo crime de injúria racial; 
b) HANS está amparado pela liberdade de expressão, não devendo responder por 
nenhum crime; 
c) não é possível se reconhecer, no caso, o crime de injúria racial, visto não haver 
vítima(s) determinada(s), pois foi ofendido um número indeterminado de pessoas; 
d) HANS não deverá responder por nenhum crime, pois está amparado pela excludente 
de ilicitude do exercício regular de direito; 
e) nenhuma das alternativas anteriores está correta. 
Gabarito comentado: 
a) Errado, pois não houve injúria racial, mas crime de racismo definido no art. 20 da Lei 
no 7.716/1989. 
b) Errado, diante da explicação de letra “a”. 
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c) Correta e autoexplicativa. 
d) Errada, pois houve racismo. 
e) Errada, em virtude das respostas anteriores. 
 
16) Com relação ao crime de injúria é correto afirmar: 
a) A pessoa jurídica pode ser vítima desse crime, visto que possui reputação. 
b) Sob o ponto de vista objetivo, podemos dizer que a injúria racial é um crime mais 
grave que o crime de homicídio culposo. 
c) A injúria, necessariamente, tem que ser proferida na presença do ofendido. 
d) PLÍNIO chamou ZULU de “preto fedorento”, por conta de sua cor. ZULU revidou e 
chamou PLÍNIO de “judeu muquirana”, considerando sua origem. Nesse caso, ZULU poderá 
ser beneficiado com perdão judicial, visto que apenas retorquiu a uma injúria. 
e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 
Gabarito comentado: 
a) Errada, pois a pessoa jurídica não tem honra subjetiva, que é o bem jurídico tutelado na 
injúria. 
b) Errado, pois as penas são idênticas. 
c) Errada, embora a injúria somente se consume no momento em que a ofensa chegar 
ao conhecimento do ofendido. 
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d) Correta, diante do que consta no art. 140, § 1o, I, que também se refere à injúria real. 
e) Errada, em virtude das respostas anteriores. 
 
17) JOÃOe JOSÉ combinam agredir Tião a tiros, para produzir-lhe lesões corporais de 
natureza gravíssima, pela incapacitação permanente para o trabalho. Ambos se postam de 
cada lado de uma rua e, quando o desafeto se aproxima, efetuam disparos de arma de fogo 
contra o mesmo. Apenas um disparo acerta a vítima, que vem a morrer. Ouvidos em juízo, 
João confessa ter, na hora pretendido matar Tião. José confessa ter previsto a ocorrência da 
morte de Tião, mas acreditou em sua habilidade e na de João para apenas lesionar a vítima. 
A perícia não identificou a arma da qual partiu o projétil que acertou a vítima. 
a) Ambos os concorrentes devem responder por um homicídio consumado. 
b) Ambos os concorrentes respondem por lesão corporal seguida de morte. 
c) João responde por homicídio consumado e José por lesão consumada. 
d) Ocorrem tentativas de homicídio para João e de lesão gravíssima para José. 
e) Ambos respondem por lesão corporal gravíssima consumada. 
Gabarito comentado: 
Essa questão deve ser respondida depois de atentarmos para alguns detalhes 
importantíssimos. Primeiro, devemos analisar que, embora tenha sido combinada a 
práticade crime de lesão gravíssima, no momento da prática da conduta delituosa, João não 
agiu conforme combinado e decidiu matar a vítima, rompendo o vínculo antes existente. 
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se os infratores à responsabilização civil e criminal. 
Afinal, José se uniu a ele em ações e desígnios para lesionar, não para matar. Assim, José 
jamais poderá responder pelo crime mais grave, pois, durante todo o tempo, somente quis 
a lesão gravíssima. Houve desvio subjetivo no comportamento de João e, assim, importará 
saber qual dos disparos atingiu a vítima. Considerando-se que não se pode precisar, 
estaremos diante de autoria colateral incerta em que cada um deles deve responder por 
aquilo que minimamente fez. Assim, João no mínimo praticou tentativa de homicídio e José, 
tentativa de lesão gravíssima, estando, pois, correta a letra “d”. Caso houvesse vínculo entre 
os dois para matar, ainda que somente assim tivessem decidio na hora, não importaria saber 
qual disparo veio a causar a morte e ambos responderiam por homicídio consumado. No 
que tange à letra “b”, João jamais poderia responder por lesão corporal seguida de morte, 
pois que seu dolo não era de lesionar, mas de matar. Também não poderiam os envolvidos 
responder por crime consumado, pois não se sabe de quem partiu o disparo que provocou 
a morte da vítima. Quanto á letra “e”, João, com dolo de matar, jamais poderia responder 
por lesão corporal. 
 
18) Assinale a alternativa correta acerca dos crimes contra a pessoa. 
a) Não se admite, na esteira do entendimento predominante no STF e no STJ, o 
homicídio privilegiado-qualificado, pois as circunstâncias que privilegiam e qualificam o 
crime são incompatíveis entre si. 
b) Nos denominados crimes de lesões corporais “gravíssimas” (Código Penal, art. 129, 
§ 2o), a produção do resultado mais grave será punida a título de dolo direto, dolo eventual 
ou preterdolo, conforme o propósito do Agente, salvo no caso de produção do aborto, 
punido somente a título de preterdolo. 
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c) Responde por difamação, na forma tipificada no Código Penal, aquele que, em 
atitude de ultraje ou vilipêndio, despeja o conteúdo do saco de lixo na porta da residência 
alheia. 
d) É isento de pena aquele que pratica crime de sequestro em desfavor de ascendente, 
descendente ou cônjuge. 
e) O tipo penal de omissão de socorro (Código Penal, art. 135), uma vez que pode ser 
praticado por qualquer Agente que, se deparando com a situação de perigo da vítima, não 
lhe preste assistência ou solicite o socorro da autoridade pública, é classificado como crime 
multitudinário. 
Gabarito comentado: 
Essa questão deve ser respondida depois de atentarmos para alguns detalhes 
importantíssimos. Primeiro, devemos analisar que, embora tenha sido combinada a 
práticade crime de lesão gravíssima, no momento da prática da conduta delituosa, João não 
agiu conforme combinado e decidiu matar a vítima, rompendo o vínculo antes existente. 
Afinal, José se uniu a ele em ações e desígnios para lesionar, não para matar. Assim, José 
jamais poderá responder pelo crime mais grave, pois, durante todo o tempo, somente quis 
a lesão gravíssima. Houve desvio subjetivo no comportamento de João e, assim, importará 
saber qual dos disparos atingiu a vítima. Considerando-se que não se pode precisar, 
estaremos diante de autoria colateral incerta em que cada um deles deve responder por 
aquilo que minimamente fez. Assim, João no mínimo praticou tentativa de homicídio e José, 
tentativa de lesão gravíssima, estando, pois, correta a letra “d”. Caso houvesse vínculo entre 
os dois para matar, ainda que somente assim tivessem decidio na hora, não importaria saber 
qual disparo veio a causar a morte e ambos responderiam por homicídio consumado. No 
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que tange à letra “b”, João jamais poderia responder por lesão corporal seguida de morte, 
pois que seu dolo não era de lesionar, mas de matar. Também não poderiam os envolvidos 
responder por crime consumado, pois não se sabe de quem partiu o disparo que provocou 
a morte da vítima. Quanto á letra “e”, João, com dolo de matar, jamais poderia responder 
por lesão corporal. 
 
19) Joaquim atropela Raimundo que veio a falecer em decorrência da ingestão de 
veneno, tomado pouco antes de ser atropelado. Do enunciado é certo aduzir: 
a) Joaquim deve ser punido por crime de homicídio culposo. 
b) Há a exclusão da causalidade decorrente da conduta – causa absolutamente 
independente – mas responderá pela lesão corporal sofrida pelo Raimundo. 
c) Independentemente do resultado aplica-se a teoria do evento mais gravoso. 
d) É o genuíno caso do crime preterdoloso. 
Gabarito comentado: 
a) Errada, pois o resultado não foi por ele causado e sim pelo venefício. 
b) Correta e autoexplicativa. 
c) Errado, em virtude da explicação de letra “b”. 
d) Errado, pois crime preterdoloso é aquele em que o Agente obra com dolo com relação 
ao resultado menos grave e culpa, com relação ao mais grave. 
 
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20) Amaro, durante uma calorosa discussão no trânsito, desferiu, com intenção homicida, 
dois tiros de revólver em Bernardo. Mesmo dispondo de mais munição epodendo 
prosseguir, Amaro arrependeu-se, desistiu de continuar a ação criminosa e prestou imediato 
socorro a Bernardo, levando-o ao hospital mais próximo. A atitude de Amaro foi 
fundamental para a preservação da vida de Bernardo, que, contudo, teve sua integridade 
física comprometida, ficando incapacitado para suas ocupações habituais, por sessenta dias, 
em decorrência das lesões provocadas pelos disparos. Considerando essa situação 
hipotética, assinale a opção correta. 
a) A atitude de Amaro caracteriza arrependimento posterior, tornando-o isento de pena. 
b) Amaro deve responder apenas pelo delito de lesão corporal de natureza grave. 
c) Amaro deve responder pelo delito de tentativa de homicídio. 
d) A atitude de Amaro caracteriza desistência voluntária, ficando excluída a ilicitude de 
sua conduta. 
Gabarito comentado: 
a) Errado, pois se trata de desistência voluntária e, aplicando-se o disposto no art. 15 do 
Código Penal, deverá responder apenas por lesão grave. 
b) Correta, em virtude do exposto acima. 
c) Errada, diante do que consta no art. 15 e explicação de letra “a”. 
d) Errada, pois a desistência voluntária jamais caracteriza causa de exclusão da ilicitude. 
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21) O crime previsto no art. 129, § 3o, do Código Penal – lesão corporal seguida de morte 
– preterdoloso, por excelência: 
a) exige para sua caracterização que fique demonstrado que o Agente não quis o 
resultado obtido com sua ação ou que esse lhe fosse imprevisível; 
b) insere-se na categoria dos delitos qualificados pelo resultado e, portanto, não admite 
a forma tentada; 
c) é punível ainda que a morte seja fruto do acaso ou imprevisível; 
d) a assunção do risco do resultado exige a verificação da relação de causalidade formal e a 
imputabilidade plena do Agente nas circunstâncias para a complementação do tipo penal; 
e) é forma privilegiada de homicídio e por isso sujeito à jurisdição do Tribunal do Júri 
por se tratar de espécie de crime doloso contra a vida. 
Gabarito comentado: 
a) Errada, em virtude da parte final. Se o resultado mais grave fosse imprevisível, o Agente 
não poderia responder pelo mesmo, nos termos do art. 19 do Código Penal. 
b) Correta. Sendo o resultado mais grave alcançado a título de culpa, não se pode falar 
em tentativa do referido crime. 
c) Errada, consoante explicitado na letra “a”. 
d) Errada, pois não há assunção do risco do resultado morte na hipótese de lesão 
corporal seguida de morte. Caso houvesse, o crime seria de homicídio com dolo eventual. 
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se os infratores à responsabilização civil e criminal. 
e) Errada, pois não se trata de crime doloso contra a vida, conforme explicitado acima. 
 
22) A respeito do crime de omissão de socorro, assinale a opção correta. 
a) O crime de omissão de socorro é admitido na forma tentada. 
b) É impossível ocorrer participação, em sentido estrito, em crime de omissão de 
socorro. 
c) A omissão de socorro classifica-se como crime omissivo próprio e instantâneo. 
d) A criança abandonada pelos pais não pode ser sujeito passivo de ato de omissão de 
socorro praticado por terceiros. 
Gabarito comentado: 
a) Errada, pois se trata de crime omissivo próprio, que não admite tentativa. 
b) Errada, pois pode haver participação na modalidade “dissuasão”, quando o Agente 
convence o omitente a deixar de agir como a lei determina. Na hipótese, só poderá ser 
partícipe aquele que não puder agir. 
c) Correta e autoexplicativa. 
d) Errada, pois, embora os pais, na qualidade d e garantidores, não possam ser sujeitos 
ativos de omissão de socorro, terceiros poderão perfeitamente sê-lo. 
 
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23) O fazendeiro H é surpreendido por fiscais da D.R.T., mantendo trabalhadores rurais 
em trabalho de sol a sol, com breve descanso no período – 10 minutos, para digerir pouca 
ração, que dos mesmos cobra, impedindo-os de sair do local de trabalho. Ouvidos, os 
empregados consentem com esta situação, que, dizem, assumiram a que não ficassem 
desempregados. 
a) Há cárcere privado. 
b) Há redução à condição análoga à de escravo. 
c) O consentimento dos ofendidos impede a caracterização de ilícito contra a liberdade. 
d) Por estar o ilícito previsto em Tratado, ainda que pendente da aprovação parlamentar, 
cabe seja reconhecido como crime. 
Gabarito comentado: 
Correta é letra “b”, diante da redação do art. 149 do Código Penal. 
 
24) Pedro e João, irmãos, nadavam em um lago, momento em que o primeiro começa a 
se afogar. João, no entanto, permanece inerte, eximindo-se de qualquer intervenção. Pedro, 
afinal, vem a falecer. A responsabilidade de João será: 
a) por crime de homicídio doloso, aplicando-se as regras da omissão imprópria; 
b) por crime de homicídio culposo, aplicando-se as regras da omissão imprópria; 
c) pelo crime de perigo, tipificado no art. 132, do Código Penal (perigo para a vida ou 
saúde de outrem); 
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d) por crime de omissão de socorro; 
e) por crime de abandono de incapaz. 
Gabarito comentado: 
João não pode responder por homicídio, doloso ou culposo, pois não é garantidor. Também 
não pode responder pelo crime de perigo do art. 132 porque não atuou com dolo de 
provocar perigo. Trata-se de omissão de socorro. 
 
25) Pai cruel, ao receber o boletim de seu filho (de 10 anos) e constatar o seu baixo 
aproveitamento escolar, com o propósito de corrigi-lo, agride a criança com um cabo de 
vassoura, abusando do exercício do direito de correção, resultando-lhe lesão corporal de 
natureza leve. A hipótese caracteriza o crime de: 
a) abuso de autoridade; 
b) tortura; 
c) maus-tratos; 
d) constrangimento ilegal; 
e) lesão corporal de natureza leve. 
Gabarito comentado: 
Cuida-se de maus-tratos, letra “c”, a resposta correta, nos termos do art. 136. na hipótese, a 
lesão leve restará absorvida. 
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26) Assinale a alternativa correta. 
a) A exceção da verdade só se pode admitirnos crimes contra a honra objetiva. 
b) Relativamente aos crimes contra a honra, só o advogado tem direito à imunidade 
judiciária. 
c) A retratação, em relação aos crimes contra a honra, definidos no Código Penal, pode 
dar-se antes de oferecida a queixa criminal, impedindo a instauração da ação penal. 
d) O pedido de explicações em juízo, formulado com base no art. 144 do Código Penal, 
suspende o curso do prazo decadencial. 
e) O crime de calúnia só é compatível com o dolo direto. 
Gabarito comentado: 
a) Correta, não se admitindo execeção da verdade em crime de injúria. 
b) Errada, pois a parte e o seu procurador, na discussão da causa, têm imunidade 
judiciária, nos termos do art. 142, I, do Código Penal. 
c) Errada, diante da redação do art. 143. 
d) Errada. 
e) Errada, porque pode perfeitamente existir dolo eventual na calúnia, quando o Agente, 
assumindo o risco de ser falsa a imputação, ainda assim a leva a efeito. 
 
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27) A respeito dos crimes contra a honra, assinale a opção correta. 
a) O crime de difamação consuma-se no instante em que a própria vítima vem a tomar 
conhecimento da ofensa irrogada, não importando se ela se sentiu ou não ofendida. 
b) Considere a seguinte situação hipotética. Eleno desconfiou de que Belarmino furtara, 
há alguns meses, a agência bancária do bairro, uma vez que, desde que ocorrera o furto, 
Belarmino passara a demonstrar sinais de riqueza. Mesmo em dúvida a respeito da autoria 
do delito, Eleno assumiu o risco de causar dano à honra de Belarmino e imputou-lhe 
falsamente a prática do crime. Nessa situação, havendo dolo eventual, Eleno responderá 
pelo crime de calúnia. 
c) Os crimes contra a honra são crimes unissubsistentes, não admitindo tentativa. 
d) Considere a seguinte situação hipotética. Alfredo, revoltado com a demora no 
atendimento em um hospital público, agrediu verbalmente o servidor responsável pelo 
atendimento ao público, alegando que esse servidor recebia dos cofres públicos sem 
trabalhar. Nessa situação, Alfredo cometeu crime de difamação contra servidor público, 
cabendo-lhe a exceção da verdade. 
Gabarito comentado: 
a) Errada, pois a difamação se consuma no momento em que a ofensa chegar ao 
conhecimento de terceiro, pois que se trata de crime contra a honra objetiva. 
b) Correta e autoexplicativa. Ver também a resposta à letra “a”. 
c) Errada, pois é possível que tenhamos crime contra a honra plurissubistente, como na 
hipótese do crime ser praticado através de carta. 
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d) Errada, cuida-se de desacato e o referido crime não admite a exceção da verdade. 
 
28) Quanto à hediondez, no que se refere ao delito de homicídio, será correto afirmar 
que: 
a) será considerado hediondo, quando for simples, desde que praticado em atividade 
típica de grupo de extermínio e qualificado; o privilegiado-qualificado não se trata de crime 
hediondo; 
b) será considerado hediondo, quando for qualificado, tão somente; jamais será 
hediondo quando for simples ou privilegiado-qualificado; 
c) será considerado hediondo, quando for qualificado, privilegiado-qualificado e 
simples, quando, neste último caso, tratar-se de atividade praticada por grupo de 
extermínio; 
d) será considerado hediondo, quando for qualificado ou privilegiado-qualificado; 
jamais quando o homicídio for simples. 
Gabarito comentado: 
Correta é a letra A, de acordo com o art. 1o, I, da Lei no 8.072/1990. O homicídio simples será 
hediondo quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio e o qualificado-
privilegiado, conforme entendimento majoritário, não é hediondo. 
 
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29) Pedro e João, irmãos, nadavam em um lago, momento em que o primeiro começa a 
se afogar. João, no entanto, permanece inerte, eximindo-se de qualquer intervenção. Pedro, 
afinal, vem a falecer. A responsabilidade de João será: 
a) Por crime de homicídio doloso, aplicando-se as regras da omissão imprópria. 
b) Por crime de homicídio culposo, aplicando-se as regras da omissão imprópria. 
c) Pelo crime de perigo, tipificado no art. 132, do Código Penal (perigo para a vida ou 
saúde de outrem). 
d) Por crime de omissão de socorro. 
e) Por crime de abandono de incapaz. 
Gabarito comentado: 
Exclua, de plano a letra “e”, porque a vítima não é incapaz, nada havendo nesse sentido no 
texto. O crime de perigo do art. 132 também deve ser de plano excluído, porque não houve 
crime de perigo, mas de dano: a pessoa morreu. Os personagens do nosso problema são 
irmãos. Irmão não é, pelo mero fato de ser irmão, garantidor de irmão. O irmão só é 
garantidor se ele se obriga a impedir o resultado com relação ao outro irmão ou se provoca 
a situação de perigo enfrentada pelo outro irmão, o que não se menciona na questão. Assim, 
a resposta correta é a letra “d”, respondendo por omissão de socorro, eis que, mesmo não 
sendo garantidor, tem, desde que possa, o dever de agir. 
 
30) Um guarda ferroviário encontra, por volta das 23 horas, um bêbado desacordado 
sobre os trilhos. Como o próximo trem só passaria por ali às 6 horas da manhã do dia 
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seguinte, optou por lá deixá-lo, até por volta das 4 ou 5 horas, momento em que o retiraria, 
antes, portanto, do trem passar. A omissão do guarda: 
a) determinará sua responsabilidade por tentativa de crime omissivo impróprio, face a 
sua posição de garantidor; 
b) determinará sua responsabilidade por tentativa de crime omissivo próprio; 
c) determinará sua responsabilidade por crime de perigo; 
d) responderá por crime de omissão de socorro; 
e) sua conduta é penalmente irrelevante. 
Gabarito comentado: 
A letra A está errada. Embora garantidor, por ser guarda ferroviário, ele não pode responder 
pelo crime omissivo impróprio de homicídio porque não obrou com dolo de matar. A letra 
“b” pode, de pronto, ser entendida como errada, pois crimes omissivos próprios não 
admitem tentativa. Com relação à alternativa C, embora esteja atuando com dolo de perigo, 
não há o crime de perigo mencionado, descrito no art. 132 do Código Penal, porque este 
exige a demonstração da situação efetiva, real de perigo enfrentado pela vítima, o que não 
ocorreu no caso concreto, pois a vítima foi retirada 2 horas antes do trem passar. Destarte, 
a respostacorreta é letra “E”. 
 
31) Antônio Carlos, matador de aluguel, pretendendo, sem motivo, por fim à vida de 
Maria de Lourdes, apontou-lhe, pelas costas, arma de fogo de grosso calibre, acionando o 
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se os infratores à responsabilização civil e criminal. 
gatilho repetidas vezes. Não conseguiu seu intento, vez que a arma estava descarregada. É 
CORRETO afirmar que Antônio Carlos: 
a) praticou crime de tentativa de homicídio simples; 
b) não praticou nenhum crime; 
c) praticou crime de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil; 
d) praticou crime de tentativa de homicídio mediante recurso que dificultou ou 
impossibilitou a defesa da vítima. 
Gabarito comentado: 
Letra “B” é a correta, pois, estando a arma descarregada, cuida-se de crime impossível pela 
impropriedade absoluta do meio, nos termos do art. 17 do Código Penal. Estamos, destarte, 
diante de conduta atípica. 
 
32) José João foi processado e condenado como incurso no art. 129, § 1o, I, do Código 
Penal (lesão corporal grave) a pena privativa de liberdade de 1 (um) ano de reclusão em 
regime aberto. Consta que o mesmo não é reincidente em crime doloso e lhe são favoráveis 
os motivos e circunstâncias do crime, bem como culpabilidade, antecedentes, conduta social 
e personalidade. Terá José João direito a: 
a) substituição da pena privativa de liberdade por 2 (duas) restritivas de direito; 
b) substituição da pena privativa de liberdade por 1 (uma) restritiva de direito; 
c) suspensão condicional do processo; 
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d) suspensão condicional da pena. 
Gabarito comentado: 
Em se tratando de homicídio, não pode haver a substituição de pena privativa de liberdade 
por pena restritiva de direitos, eis que o homicídio é crime em que a violência é ínsita. Não 
pode haver suspensão condicional do processo, pois que a pena mínima cominada em 
abstrato ao crime não pode ser superior a um ano para que se possa conceder o referido 
benefício. Assim, apenas caberia o sursis, suspensão condicional da pena, nos termos do 
art. 77 do Código Penal. 
 
33) Gertrudes, moça pacata, com 20 anos de idade, residente no sítio, filha de pai rude e 
violento, às escondidas, manteve um relacionamento amoroso com Vivaldo Borba, 
engravidando. Envergonhada, com medo de seu pai e em respeito à sua família e 
conhecidos, conseguiu manter a gravidez em segredo até que, depois de muito esforço, 
provocou o parto dando à luz uma criança do sexo masculino. Ainda no estado puerperal, 
para ocultar sua desonra, levou a criança para local diverso deixando-a debaixo de uma 
árvore, sem prestar-lhe a assistência devida, razão pela qual veio esta a falecer. Gertrudes 
praticou o crime de: 
a) infanticídio; 
b) aborto provocado pela própria gestante; 
c) homicídio privilegiado, impelido por relevante valor social, moral; 
d) abandono de recém-nascido. 
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Gabarito comentado: 
Não se pode falar em infantício, aborto ou homicídio. A uma porque não houve o dolo 
necessário à caracterização daqueles crimes. A duas, porque a criança não morreu. A 
resposta certa é letra “d”, cuidando-se de crime de abandono de recém-nascido, previsto no 
art. 134 do Código Penal. 
 
34) Acerca do crime de homicídio, assinale a alternativa correta. 
a) Não admite a figura do conatus. 
b) Cuida-se de crime de conduta livre. 
c) Não admite formas qualificadas. 
d) Dispensa o animus necandi para sua caracterização. 
e) Será qualificado quando for premeditado. 
Gabarito comentado: 
a) Errada, pois o homicídio admite a tentativa (conatus). 
b) Certa, pois se trata de crime de conduta livre, não sendo especificada pela lei a forma de 
sua execução. 
c) Errada, pois existem, sim, formas qualificadas do crime em qustão. 
d) Errada, pois o homicídio jamais dispensará o animus necandi. 
d) Errada, pois não há previsão da qualificadora de premeditação. 
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35) Leonardo, indignado por não ter recebido uma dívida referente a venda de cinco 
cigarros, desferiu facadas no devedor, que, em razão dos ferimentos, faleceu. Logo após o 
fato, Leonardo escondeu o cadáver em uma gruta. 
Com base na situação hipotética acima, é correto afirmar que 
a) a ocultação de cadáver é crime permanente. 
b) há concurso formal entre o homicídio e a ocultação de cadáver. 
c) Leonardo praticou crime de homicídio qualificado por motivo torpe. 
d) o fato de Leonardo ter cometido o crime por não ter recebido uma dívida é 
circunstância que agrava a pena. 
Gabarito comentado: 
a) correta, enquanto o cadéver estiver sendo escondido, o crime estará se consumando. 
b) Errado, pois o concurso é material. 
c) Errado, pois se cuida de motivação fútil. 
d) Errada, o motivo, na hipótese, não agrava a pena, mas qualifica o crime. 
 
36) Ticiana sai para o trabalho e deixa seu filho Caio, de 3 anos, aos cuidados da avó 
materna, Meviana. Num determinado momento, em que a avó sai de casa e deixa o neto 
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sozinho, este sobe na janela do apartamento e cai do 10o andar, o que causa sua morte. É 
correto afirmar, nesse caso, que: 
a) Ticiana e Meviana devem responder criminalmente porque houve omissão própria; 
b) Meviana deve responder criminalmente porque houve omissão imprópria; 
c) Meviana deve responder criminalmente porque houve omissão própria; 
d) Ticiana deve responder criminalmente porque houve omissão imprópria; 
e) Ticiana deve responder criminalmente porque houve omissão própria. 
Gabarito comentado: 
Cuida-se de crime de homicídio culposo praticado pela avó, garantidora, que se omite no 
dever objetivo de cuidado, permitindo, com o seu comportamento descuidado, a morte da 
criança. A mãe não responde porque não descuidou, não obrou com violação do dever 
objetivo de cuidado, considerando-se que a questão não traz qualquer detalhe que nos 
permita dizer que a avó não pudesse ou não tivesse condições de ficar com a criança. A letra 
correta, portanto,é letra “b”. 
 
 
37) (Agente Polícia Civil – RR – 2003 – Cespe/UnB) Armando e Sérgio deviam a quantia 
de R$ 500,00 a Paulo, porém se recusavam a pagar. No dia marcado para o acerto de contas, 
Armando e Sérgio, com o ânimo de matar, compareceram ao local do encontro com Paulo 
portando armas de fogo, emprestadas por Mário, que sabia para qual finalidade elas seriam 
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se os infratores à responsabilização civil e criminal. 
usadas. Armando e Sérgio atiraram contra Paulo, ferindo-o mortalmente. Com relação à 
situação hipotética apresentada acima, julgue os itens 37 a 40. 
a) Armando, Sérgio e Mário são sujeitos ativos do crime perpetrado, sendo os dois 
primeiros coautores, e Mário, partícipe. 
b) Paulo é sujeito passivo do crime de homicídio privilegiado. 
c) Segundo determina a Lei no 8.072/1990, o homicídio de Paulo é considerado crime 
hediondo. 
d) O crime de homicídio descrito acima consumou-se no momento em que a vítima foi 
ferida em sua integridade física. 
Gabarito comentado: 
a) Correta e autoexplicativa. 
b) Errada, pois se trata de crime qualificado pela motivação torpe. 
c) Correta, nos termos do disposto no art. 1o, I, da Lei no 8.072/1990. 
d) Errado, pois o homicídio se consuma no momento da morte. 
 
 
38) Rui era engenheiro e participava da construção de uma rodovia, para a qual seria 
necessária a destruição de uma grande rocha, com o uso de explosivos. Rui, contudo, por 
insuficiência de conhecimentos técnicos, não calculou bem a área de segurança para a 
explosão. Por isso, um fragmento da rocha acabou atingindo uma pessoa, a grande 
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se os infratores à responsabilização civil e criminal. 
distância, matando-a. Nessa situação, devido ao fato de a morte haver decorrido do uso de 
explosivos, o caso é de homicídio qualificado. 
Gabarito comentado: 
Errado, cuida-se de crime de explosão qualificado pela morte, nos termos do art. 251c/c 258 
do Código Penal. 
 
39) Vítor desferiu duas facadas na mão de Joaquim, que, em consequência, passou a ter 
debilidade permanente do membro. Nessa situação, Vítor praticou crime de lesão corporal 
de natureza grave, classificado como crime instantâneo. 
Gabarito comentado: 
Correta e autoexplicativa. 
 
40) Se for doloso o homicídio, a pena será aumentada de um terço, no caso de crime 
praticado contra pessoa menor de catorze anos. 
Gabarito comentado: 
Correta, nos termos do art. 121, § 4o, 2a parte. 
 
41) O perdão judicial pode ser aplicado ao crime de lesões corporais dolosas simples. 
Gabarito comentado: 
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Errada, pois apenas cabe perdão judicial para o crime de lesão corporal culposa. 
 
42) Não é crime o aborto realizado pela própria gestante, se for provado que o feto estava 
contaminado com vírus causador de doença incurável. 
Gabarito comentado: 
Errado, pois não se trata de aborto praticado por médico e justificado, nos termos do art. 
128. 
 
43) O condenado por homicídio doloso qualificado por motivo torpe não pode ser 
beneficiado por livramento condicional. 
Gabarito comentado: 
Errado, pois poderá ser beneficiado com o livramento condicional caso não for reincidente 
na prática de crime hediondo ou equiparado e depois de cumprir 2/3 de sua pena. 
 
44) O evento morte, ocorrido durante uma rixa, qualifica a conduta de todos os 
contendores. 
Gabarito comentado: 
Correta, nos termos do art. 137, parágrafo único. 
 
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45) Considere a seguinte situação hipotética. Maria, proprietária de um supermercado, 
sabendo que seu próprio filho praticara furto em seu estabelecimento, atribuiu ao 
empregado José tal responsabilidade, dizendo ser ele o autor do delito. Nessa situação, 
Maria cometeu o crime de calúnia. 
Gabarito comentado: 
Correto, desde que ela não tenha dado conhecimento do fato às autoridades, fazendo 
instaurar inquérito policial ou qualquer procedimento para apuração do crime que sabia não 
ter sido cometido pelo funcionário, hipótese em que se caracterizará crime de denunciação 
caluniosa. 
 
46) A difamação e a injúria são crimes contra a honra, sendo que a injúria atinge a honra 
objetiva da vítima, e a difamação, a honra subjetiva. 
Gabarito comentado: 
Errada, pois é o contrário: a calúnia atinge a honra objetiva e a injuria, a subjetiva. 
 
47) Considere a seguinte situação hipotética. Antônia, ao presenciar a prisão de seu filho, 
proferiu xingamentos aos policiais que a efetuavam, ofendendo-os. Nessa situação, é 
correto afirmar que Antônia praticou o crime denominado injúria. 
Gabarito comentado: 
Errado, cuida-se de desacato. 
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48) Nos crimes contra a honra, a retratação do ofensor somente é possível nos crimes de 
calúnia e difamação. 
Gabarito comentado: 
Correta, nos termos do art. 143 do Código Penal. 
 
49) Considere a seguinte situação hipotética. Manoel trancafiou seu desafeto em um 
compartimento completamente isolado e introduziu nesse compartimento gases deletérios 
(óxido de carbono e gás de iluminação), os quais causaram a morte por asfixia tóxica da 
vítima. Nessa situação, Manoel responderá pelo crime de homicídio qualificado. 
Gabarito comentado: 
Correto, pois se trata de crime de homicídio qualificado pelo meio cruel, nos termos do art. 
121, § 2o, III, do Código Penal. 
 
50) Considere a seguinte situação hipotética. João e Maria, por enfrentarem grave crise 
conjugal, resolveram matar-se, instigando-se mutuamente. Conforme o combinado, João 
desfechou um tiro de revólver contra Maria e, em seguida, outro contra si próprio. Maria 
veio a falecer; João, apesar do tiro, sobreviveu. Nessa situação, João responderá pelo crime 
de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio. 
Gabarito comentado: 
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Errado. Na hipótese, deverá responder por crime de homicídio, pois não pode responder 
por crime do art. 122 aquele que vier a praticar atos de execução que provoquem a morte 
da vítima. 
 
51) Considere a seguinte situação hipotética. Durante um entrevero, Carlos desferiu um 
golpe de facão contra a mão de seu contentor, que veio a perder dois dedos. Nessa situação, 
Carlos praticou o crime de lesão corporal de natureza grave, por resultar debilidade 
permanente de membro. 
Gabarito comentado: 
Correta, nos termos do art. 129, § 1o, III. 
 
52) Considere a seguinte situação hipotética. Jorge constrangeu um cego deficiente físico 
de se deslocar até uma agência bancária para receber um benefício, privando-o de seu guia 
e destruindo as suas muletas. Nessa situação, Jorge praticou o crime de constrangimento 
ilegal. 
Gabarito comentado: 
Errrada, pois, trata-se de crime de extorsão. 
 
53) Considere que um boxeador profissional, durante uma luta normal, desenvolvida 
dentro dos limites das regras esportivas, cause ferimentos que resultem na morte do 
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adversário. Nessa situação, o boxeador deverá responder por homicídio doloso, com 
atenuação de eventual pena, em face das circunstâncias do evento morte. 
Gabarito comentado: 
Errada. Se a luta foi desenvolvida dentro das regras do esporte, podemos dizer que, embora 
típico o seu comportamento, o mesmo não se pode dizer ilícito e, portanto, amparado no 
exercício regular do direito, não há que se falar em crime. 
 
54) O aborto, o homicídio e a violação de domicílio são considerados crimes contra a 
pessoa. 
Gabarito comentado: 
Correto, porque inseridos entre os arts. 121 e 154 do Código Penal, que definem os crimes 
contra a pessoa. 
 
55) Considere a seguinte situação hipotética. Antônia foi vítima de injúria praticada por 
Margarida no dia 10/10/2007, tendo, por intermédio de advogado, requerido a instauração 
do competente inquérito policial no dia 15/10/2007 e oferecido queixa-crime no dia 
31/10/2007. Nessa situação, agiu corretamente o advogado de Antônia, pois o crime de 
injúria é de ação privada, e só será admitida a queixa se oferecida no prazo de seis meses a 
contar do dia em que o ofendido veio a saber quem é o autor do delito. 
Gabarito comentado: 
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Correta e autoexplicativa. 
 
55) A Mesmo resultando em lesão corporal grave ou morte, o latrocínio encontra-se 
capitulado nos crimes contra o patrimônio e não, nos crimes contra a pessoa. 
Gabarito comentado: 
Correta. O latrocínio é crime contra o patrimônia e a competência para seu processo e 
julgamento é do juiz singulat, nos termos da Súmula no 603 do STF. 
 
56) A lesão corporal grave, da qual resulta incapacidade por mais de trinta dias, somente 
pode ser reconhecida com base nas declarações da vítima ou na confissão do réu, sem que 
haja necessidade de exame pericial complementar. 
Gabarito comentado: 
Errado, pois se faz imprescindível a realização do exame complementar, após trinta dias, sob 
pena de não ser possível o reconhecimento da qualificadora. 
 
57) Não se pune o aborto se a gravidez resulta de estupro, sobretudo se é precedido de 
consentimento da gestante. 
Gabarito comentado: 
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Errada, diante da colocação da palavra “sobretudo” na resposta. Para que não se puna o 
aborto praticado por médico quando a gravidez resulta de estupro, se faz imprescindível o 
consentimento da gestante. 
 
58) No caso do homicídio culposo, o juiz poderá conceder o perdão judicial se as 
consequências da infração atingirem o próprio Agente de forma tão grave que a sanção 
penal se torne desnecessária. 
Gabarito comentado: 
Correta, nos termos do art. 121, § 5o, do Código Penal. 
 
59) O delito de homicídio é crime de ação livre, pois o tipo não descreve nenhuma forma 
específica de atuação que deva ser observada pelo Agente. 
Gabarito comentado: 
Correta e autoexplicativa. 
 
60) Tentado ou consumado, o homicídio cometido mediante paga ou promessa de 
recompensa é crime hediondo, recebendo, por consequência, tratamento penal mais 
gravoso. 
Gabarito comentado: 
Correta, nos termos do art. 1o, I, da Lei no 8.072/1990. 
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61) No crime de rixa, a co-autoria é obrigatória, pois a norma incriminadora reclama 
como condição obrigatória do tipo a existência de pelo menos três autores, sendo 
irrelevante que um deles seja inimputável. 
Gabarito comentado: 
Correta era a resposta, da qual a autora discorda por um único motivo: não se trata de 
coautoria, pois, para que exista coautoria, modalidade de concurso de pessoas, de 
codelinquencia, é preciso haver liame entre os Agentes para a prática da conduta delituosa, 
o que não ocorre na rixa, que se trata de crime em que os rixosos lutam uns contra os outros, 
não havendo grupos definidos, até porque, se houvesse, estaríamos diante de lesões 
recícprocas. Trata-se de um detalhe, que não compromete a correção dos demais termos da 
assertiva. 
 
62) Para a caracterização do crime de calúnia, é imprescindível a imputação falsa de fato 
determinado e definido na lei como crime ou contravenção penal. 
Gabarito comentado: 
Errado, se for imputação de fato definido como contravenção, teremos difamação, não 
calúnia. 
 
63) No interior de um bar, iniciou-se uma briga entre integrantes de duas torcidas. Júlio, 
que a tudo assistia, passou a desferir socos e pontapés nos contendores, sendo que um 
deles veio a sofrer ferimentos de natureza grave, causados por outro contendor. Nessa 
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situação hipotética, a conduta praticada por Júlio caracteriza-se como tentativa de 
homicídio. 
Gabarito comentado: 
Errada, Julio nunca atuou com dolo de homicídio.

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