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Aula 5 : Limites - 1 BC-0201 Funções de Uma Variável (F.U.V.) Aula 5 – 04/03/2008 Professora: Gisele Cristina Ducati ducati@ufabc.edu.br Home: http://gducati.googlepages.com http://fuv1tri2008.googlepages.com Continuidade Def.: Um função f é CONTÍNUA em a se lim xa f x = f a . Observe que esta definição implica que: 1. f (a) está definida, ou seja, a∈D f ; 2. lim xa f x existe; 3. lim xa f x= f a . lim xa 1 x =1 a = f a 1x é contínua de 0,∞ e contínua de −∞ ,0. Aula 5 : Limites - 2 Se f não é continua em a, dizemos que f é DESCONTÍNUA em a ou f tem uma DESCONTINUIDADE em a. Def.: Uma função é continua à direita de um ponto a se lim xa−. f x= f a e f é continua a esqueda do ponto a se lim xa. f x= f a. Ex.: FUNÇÃO MAIOR INTEIRO f x =〚 x〛 = Maior inteiro menor ou igual a x. 〚4,5〛=4 〚e〛=2 〚〛=3 〚2〛=2 A função f x =〚 x〛 é descontínua pois lim x2−. 〚 x〛=1 lim x2. 〚x〛=2 lim x2−. 〚 x〛≠ lim x 2. 〚x〛 porém, como lim x2. 〚x〛= f 2 f é CONTÍNUA À DIREITA em x =2 Def.: Uma função f é CONTÍNUA em um INTERVALO [a,b] se for contínua em todos os pontos do intervalo (a,b), se for contínua à direita do ponto a e contínua à esquerda do ponto b. Ex.: f x =1− x2 é contínua no intervalo [−1,1] • Análise em [-1, 1]: lim x x0 f x =lim x x0 1− x2=lim x x0 1− x02= f x0 Aula 5 : Limites - 3 −1x01 • Análise em x = -1 lim x−1. 1−x2=1−−12=0= f −1 É contínua à direita em x=-1 • Análise em x = 1 lim x1−. 1−x2=1−12=0= f 1 TEOREMA: Se f e g são contínuas em a e se c é uma constante então: 1. f g é contínua em x=a ; 2. f −g é contínua em x=a ; 3. f g é contínua em x=a ; 4. fg é contínua em x=a desde que g a≠0 ; 5. cf é contínua em x=a . TEOREMA: Todo Polinômio é uma função contínua ( em ℝ ). lim x x0 an X n f x =an X 0 n , n∈ℕ TEOREMA: Toda função Racional f x = P x Q x é contínua nos pontos que pertencem ao domínio da função. Ex.: Determine o intervalo onde f x =3x 2−41 3x2 é contínua. 3x2−41 é um polinômio, logo é uma função contínua. 3x2 é um polinômio, logo é uma função contínua porém x=−2 3 zera o denominador, logo f (x) é contínua no intervalo −∞ ,−23 ∪−23, ∞ ℝ−{−23 }=−∞ ,−23 ∪−23, ∞ As funções trigonométricas seno e cosseno são funções contínuas em x ,∀ x∈ℝ , portanto, suas combinações: tg x, cotg x, sec x, cossec x também serão contínuas desde que x∈D f . Aula 5 : Limites - 4 Por exemplo: tg x e sec x são contínuas em todos os pontos onde cos x≠0 . A função inversa de qualquer função contínua é contínua. Se pensarmos no gráfico de f (x), sabemos que sua função inversa é obtida apenas refletindo o gráfico original em torno da reta y = x logo, se f é contínua, é facil deduzir que f −1 também será contínua. TEOREMA: As Funções do tipo: • Polinômios; • Funções Racionais; • Funções Raiz [ n x ,n∈ℕ] ; • Funções Trigonométricas; • Funções Trigonométricas Inversas; • Funções Exponenciais; • Funções Logarítmicas. São contínuas em todo ponto pertencente ao domínio da função. TEOREMA: Seja f contínua em b e lim xa g x =b ,[ Img⊂D f ] Então lim xa f g x = f limxa g x = f b g x=u lim xa f g x =lim ub f u = f b Ex.: 1) lim x sen xsen x Aula 5 : Limites - 5 lim x sen xsen x=sen[limx xsen x] sen [sen ]=0 2) lim x1 arc sen1− x1−x lim x1 arc sen1− x1−x =arc senlimx1 1− x1−x 1− x=1− x1 x arc senlimx1 1− x1− x1 x=arc senlimx1 11 x arc sen12=6 Observação: No teorema anterior, se g(x) é contínua então lim xa f g x = f g a . Logo, uma função composta de funções contínuas é uma função contínua. Exercícios 1) Determine L para que a função dele seja contínua no ponto especificado. a) f x = x 2−4 x−2 lim x2 x−2 x2 x−2 =4 b) f x =XL , x0e x3−1, x0 Aula 5 : Limites - 6 para x = 0, L = -1 lim x0. f x = lim x0−. f x Função não contínua f x =∣x∣ x Teorema do Valor Intermediário Suponha que f seja uma função contínua no intervalo I = [a,b] e seja N um número qualquer entre f (a) e f (b) com f a ≠ f b Então, existe um c∈a ,b tal que f c =N . Aula 5 : Limites - 7 Teorema do Anulamento (ou de Bolzano) Se f for contínua no intervalo [a,b] e se f (a) e f (b) tiverem sinais contrários, então existe pelo menos um c∈a ,b tal que f c =0. Teorema de Weierstrass Se f for contínua em [a,b], então existirão x1 e x2 em [a,b] tal que f x1 f x f x2 para todo x∈[a ,b ]. Exercício Prove que a equação x3− 1 1 x4 =0 admite ao menos uma raíz real. Seja x0, logo f x10, f 1= 1 2 Pelo teorema do anulamento, ∃c∈ℝ , tal que f c =0, logo, a equação admite pelo menos uma raíz real.
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