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PROJETO DE TERRAPLANAGEM Disciplina: Estradas e Aeroportos INTRODUÇÃO • A rodovia é um elemento tridimensional 2/19 INTRODUÇÃO • Terreno como encontrado na natureza pode ser: • Irregular • Apresentar inclinação longitudinal excessiva • Excessivamente curvado • Insuficiente para permitir escoamento de águas • Pouco resistente para suportar o tráfego • Necessita-se fazer correções no terreno, criando condições necessárias ao bom funcionamento da estrada: PROJETO DE TERRAPLANAGEM 3/19 INTRODUÇÃO • De forma genérica, a terraplanagem, ou movimento de terras, pode ser entendida como a conformação do relevo terrestre para implantação de obras de engenharia, tais como açudes, canais de navegação, canais de irrigação, rodovias, ferrovias, aeroportos, barragens, edificações, etc • O PROJETO DE TERRAPLENAGEM serve para criar condições necessárias para o bom funcionamento da rodovia • Existe uma série de operações que constituem a chamada Terraplenagem ou Terraplanagem 4/19 INTRODUÇÃO 5/19 Serviços de Terraplanagem Desmatamento e limpeza do leito da futura estrada Execução de estradas de serviço Escavação do solo excedente Transporte do material escavado Aterro nos locais com depressão Compacta ção Abertura de valas, cavas Conformação de plataformas e taludes INTRODUÇÃO • O custo de Terraplenagem é significativo em relação ao custo total da rodovia • escavação (m³) • transporte (m³.km) • compactação (m³) • Classificação dos materiais escavados SEÇÕES TRANSVERSAIS • Primeiramente é necessário definir: Traçado da estrada Perfil Longitudinal do terreno 7/19 Linha de contorno do terreno natural Plataforma+ Taludes+ Terreno SEÇÕES TRANSVERSAIS • Primeiramente é necessário definir: Traçado da estrada Perfil Longitudinal do terreno • Seção transversal: Plataforma+ Taludes+ Terreno 8/19 Caderneta de residência (Nota de serviço de Terraplanagem) Elementos de projeto (alinhamentos) cotas do greide cotas vermelhas Estaca Em planta (hor.) Em perfil (vert.) Em rampa ordenada cota final cota do terreno corte Aterro x y CÁLCULO DAS ÁREAS • Existem basicamente 4 métodos: Fórmula de Gauss; Planímetro; Divisão da área em figuras geométricas (Trapézios): Processo simplificado • Para áreas apenas em corte ou apenas em aterro: Área = Área do Polígono • Seções Mistas: Calcula em separado a área de corte e a de aterro, sendo a área a soma das áreas • Muitas vezes deve-se fazer compensação lateral, em seções mistas h1 = 0 h2 h3 h4 h5 hn = 0 L1 L2 L3 L4 L5 9/19 i ii L hh A 2 )( 1 CÁLCULO DAS ÁREAS • Processo simplificado • embora conduza a erros por admitir o terreno em nível, é usado, pois permite avaliar com rapidez os volumes de terraplanagem. 10/19 taudedo inclinação an sendo ,.. 2hnhbA • Para seção em corte podemos adotar n = 2/3 ou outro valor definido pela engenheiro geotécnico • Para seção em aterro podemos adotar n = 3/2 ou outro valor definido pelo engenheiro geotécnico. X Y (0;0)(x1; y1) (xn; yn) (x2; y2) (x3; y3) (x4; y4) (xn-1; yn-1) CÁLCULO DAS ÁREAS Fórmula de Gauss: 11/19 A = 1/2 . [ (y1 x2 + y2 x3 + y3 x4 + ... + yn x1) - (y2 x1 + +y3 x2 + y4 x3 + ... + y1 xn)] CÁLCULO DE VOLUMES • O cálculo dos volumes consiste em: “Somar uma série de volumes compreendidos entre duas seções consecutivas” • 3 tipos de Seções 12/19 CÁLCULO DE VOLUMES • Se ambas seções forem de corte, o volume será de corte, caso sejam de aterro, o volume será de aterro • No caso de seções mistas, os volumes de corte e aterro são calculados em separado 13/19 CÁLCULO DE VOLUMES • Para simplificar os cálculos é adotada a seguinte Hipótese: Variação linear do terreno entre seções consecutivas Obs: Aceitável quando estaca = 20 m • Desta forma, o volume é dado pela média das áreas das seções, multiplicado pela distancia entre seções V = (Ai + Ai+1) . Li 2 PP ponto de passagem: transição entre cortes e aterros Conceitos: "Bota-fora": excesso de solo escavado "Empréstimo": falta de solo para os aterros 14/19 VOLUMES ACUMULADOS • Lembrar sempre: Todas as vezes em que possível for: Volume de corte, compensar o aterro • Compensação do mesmo segmento é: Compensação Transversal ou lateral • Compensação longitudinal é quando material vem de fora VOLUMES ACUMULADOS • O solo após cortado (solo solto) aumenta seu volume e para ser utilizado em aterro deve ser compactado reduzindo de volume. • Coeficiente ou fator de redução (ou homogeneização ou empolamento) indica o quanto se deve multiplicar o volume do aterro, de forma a ter o volume necessário para construí-lo • Fr = 1,05 a 1,4 VOLUMES ACUMULADOS Compensação de Volumes (Mapa de cubação) 17/19 (+) Vc, corte (-) Va, aterro Comp. Transv. = menor valor entre Va e Vc Transp. Long. = Vc - Va • Representação gráfica dos volumes acumulados • Estudo da compensação cortes-aterros • Programação de bota-foras e empréstimos • Programação dos equipamentos Método de Bruckner •Escala Horizontal Perfil do terreno •Escala Vertical Volumes •A linha de Bruckner, é construída com: Valores da coluna de VOLUME ACUMULADOS, da tabela de compensação de volumes DIAGRAMA DE MASSAS 18/19 EXERCÍCIO 8.2 Em um pequeno trecho de estrada, cujo perfil é dado a seguir, conhecemos as áreas de corte e aterro conforme a tabela a seguir: Estaca Area Corte (m2) Area Aterro (m2) 0 0 0 1 16 0 2 30 0 3 32 0 4 20 0 5 12 10 6 0 14 7 0 20 8 0 28 9 0 32 10 0 24 11 0 18 12 10 14 13 46 0 14 58 0 15 24 0 16 0 0 Pede-se desenhar a linha de Bruckner, sendo o coeficiente de redução = 1,20. 1 Estaca 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 2 Área Corte 0 16 30 32 20 12 0 0 0 0 0 0 10 46 58 24 0 3 Área aterro 0 0 0 0 0 10 14 20 28 32 24 18 14 0 0 0 0 4 Volume Corte 0 160 460 620 520 320 120 0 0 0 0 0 100 560 1040 820 240 5 Volume aterro 0 0 0 0 0 100 240 340 480 600 560 420 320 140 0 0 0 6 Aterro Reduzido 0 0 0 0 0 120 288 408 576 720 672 504 384 168 0 0 0 7 Comp. transv. 0 0 0 0 0 120 120 0 0 0 0 0 100 168 0 0 0 8 Comp. Long. 0 160 460 620 520 200 -168 -408 -576 -720 -672 -504 -284 392 1040 820 240 9 Linha de Bruckner 0 160 620 1240 1760 1960 1792 1384 808 88 -584 -1088 -1372 -980 60 880 1120 EXERCÍCIO 8.2 - Resolução -1500 -1000 -500 0 500 1000 1500 20000 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 V o lu m e s A c u m u la d o s ( m ³) Estacas Diagrama de Bruckner DIAGRAMA DE MASSAS (LINHA DE BRUCKNER) V Aterro Corte V A B Greide Corte Diagrama de Massas C D Volumes Acumulados ponto de máximo ponto de mínimoCotas Volumes Compensados PP PP Perfil do Terreno Linha de Bruckner Vc = Va PROPRIEDADES DO DIAGRAMA: . trecho ascendente: corte . trecho descendente: aterro . grande inclinação: grandes volumes . pontos de máximo e de mínimo: PP . diferença de ordenadas: volume de . qualquer horizontal (AB, por terra entre dois pontos exemplo): determina trechos de volumes compensados (Vc) . diagrama acima da linha de compensação: movimento no sentido do estaqueamento (e vice-versa). Estacas 22/19 OBS: A forma do diagrama de massas não tem nenhuma relação com a topografia do terreno. DIAGRAMA DE MASSAS (LINHA DE BRUCKNER) 23/19 O diagrama de massas é obtido partindo-se do princípio de que os cortes e aterros serão executados na direção longitudinal da estrada, enquanto que na realidade os cortes são executados de cima para baixo e os aterros de baixo para cima. As distâncias de transporte são consideradas lineares enquanto na realidade as estradas de serviço por onde o material é transportado são muitas vezes bastante sinuosas. Apesar disso, o diagrama de massas ainda é um processo bastante preciso e confiável. MOMENTO DE TRANSPORTE dV Diagrama de Massas V PP greide d dV Momento de Transporte MT = Mi = dV . d = V . dm Simplificação Senóide dm VCG (corte) CG (aterro) V/2 corte aterro MT = área sob o diagrama área do retângulo MT = área entre onda do diagrama de massas e linha de compensação minimizar área 24/19 MOMENTO DE TRANSPORTE 25/19 • Distância média de transporte (dm) • Pode ser considerada como a base de um retângulo (km ou dam) de área equivalente à do segmento compensado e de altura igual a máxima ordenada deste segmento • Momento de transporte (MT) é o produto dos volumes transportados pelas distâncias médias de transportes mdVMT . MOMENTO DE TRANSPORTE 26/19 • Cálculo simplificado de dm • toma-se a metade da altura da onda e traça-se um a horizontal nesta altura. A distância média de transporte é a distância entre os pontos de interseção desta reta com o diagrama, medida na escala horizontal do desenho • O momento de transporte é igual à área da onda de Brückner, que pode ser estimada pelo produto da altura da onda (V) pela distância média de transporte (dm) LINHA DE COMPENSAÇÃO (OU DE DISTRIBUIÇÃO OU DE EQUILÍBRIO) • Linha horizontal Contínua ou Não • Tem que cortar pelo menos uma onda • Toda onda deve ser cortada ou tangenciada por apenas uma linha de compensação 27/19 A B C D E F Momento de Transporte Mínimo: (AB + CD + EF = BC + DE) B (bota-fora) B B E (empréstimo) Linha de Compensação Diagrama de Massas ONDA MAIOR CONTENDO ONDAS MENORES A B C D E F G dm ABCD: quando dm det EFG: quando dm det (quando há e )B E V/2 V/2 (segmentos com onda positiva = segmentos com onda negativa) LINHA DE COMPENSAÇÃO – OUTRAS FORMAS 29/19 CONSIDERAÇÕES FINAIS • Muita atenção deve ser dispensada nesta etapa do projeto • A escolha do terreno de forma correta, significa economia • Deve-se ter cuidado na escolha da linha de compensação • Nem sempre a primeira linha é a mais econômica • Observar que na tabela de compensação de volumes, se os valores da Linha de Bruckner, forem decrescentes é que esta região será de aterro, caso contrário corte • Lembrar sempre que os cálculos são simples aplicações de geometria básica 30/19 LINHA DE COMPENSAÇÃO: ESCOLHA V1 A B C D E F G H I Diagrama de Massas V3 V V4 V2 Linha de Compensação Econômica: AEG Área (BCD) menor que Área (CDHI) Área (ABCDE) menor que Área (CDEGHI) (MTmínimo: segmentos aproximadamente iguais) 31/19 DISTÂNCIA ECONÔMICA DE TRANSPORTES 32/19 (det) distância a partir da qual é melhor fazer empréstimos e bota-foras do que fazer compensação corte-aterro Custo da Compensação Corte-Aterro (C1): C1 = Ce . V + Ct . V . dm onde: e escavação e t transporte Custo de Bota-fora e Empréstimo (C2): C2 = 2 . Ce . V + Ct . V . db-f + Ct . V . demp onde: b-f bota-fora e emp empréstimo p/ C1 = C2 det = (Ce / Ct) + demp + db-f CUSTO TOTAL DE TERRAPLENAGEM 33/19 onde: • V: volume compensado longitudinalmente • Ccomp: custo de compactação CT = [(Ce . V + Ct . V . dm + V . Ccomp) + + (Ce . Vb-f + Ct . Vb-f . db-f + Vb-f . Ccomp) + + (Ce . Vemp+Ct . Vemp . demp+Vemp.Ccomp)]
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