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CCJ0019-WL-A-PP-Ponto 02 – Princípios Fundamentais - Sabrina Rocha

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Curso completo de Direito Constitucional
Profª. Sabrina Araújo Feitoza Fernandes Rocha
Atualizada até a EC n° 71 de 29/11/12
Esta apostila não é de autoria pessoal, pois foi produzida através das obras de doutrinadores constitucionalistas, dentre eles Ivo Dantas, J. J. Gomes Canotilho, José Afonso da Silva, Paulo Bonavides, Celso D. de Albuquerque Mello, Luís Roberto Barroso, Walber de Moura Agra, Reis Friede, Michel Temer, André Ramos Tavares, Sérgio Bermudes, Nelson Oscar de Souza, Alexandre de Moraes, Nelson Nery Costa/Geraldo Magela Alves, Nagib Slaibi Filho, Sylvio Motta & William Douglas, Henrique Savonitti Miranda e tomou por base a apostila do Prof. Marcos Flávio, com os devidos acréscimos pessoais.
PONTO 2 – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
2.1 - Fundamentos do Estado Brasileiro:
CF/88 Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
SOBERANIA – poder político supremo e independente, não estando limitado a nenhum outro na ordem interna e está em pé de igualdade com os poderes supremos dos outros povos. É a capacidade de editar suas próprias normas.
CIDADANIA – um direito fundamental das pessoas que se exterioriza através de um status. Participação política do indivíduo nos negócios do Estado.
A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA – é um valor espiritual e moral inerente à pessoa, que se manifesta na autodeterminação consciente e responsável da própria vida, concedida através dos direitos e garantias fundamentais.
OS VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E DA LIVRE INICIATIVA – é através do trabalho que o homem se dignifica e ajuda no crescimento do país.
PLURALISMO POLÍTICO – uma garantia para a liberdade de convicções filosóficas e políticas e possibilitando a participação popular nos destinos políticos do país. As diversidades e as liberdades devem ser amplamente respeitadas
Quando no caput se utiliza a expressão: “Estado Democrático de Direito”, significa a imposição de posturas democráticas no trato com as coisas públicas.
2.2 - Regime Político Democrático
CF/88 Art. 1º Parágrafo único -Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
	Ao afirmar que “todo poder emana do povo” o parágrafo destaca o fundamento do regime político democrático. O exercício do poder dar-se-á por meio de “representantes eleitos” (democracia representativa), ou “diretamente nos termos desta Constituição” (democracia direta). Os instrumentos da democracia direta se encontram no capítulo dos direitos políticos (art. 14, I a III), são o plebiscito, o referendum e a iniciativa popular. Este é o Princípio democrático.
2.3 – Separação dos Poderes
CF/88 Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
O Estado brasileiro adota, por este artigo 2º, o princípio fundamental da separação e harmonia entre os poderes. Historicamente, este tema ganhou contornos definitivos na Europa a partir das idéias de Montesquieu. Deixou para trás o Absolutismo até então vigente. Vamos estudar mais adiante, que não se trata de propriamente de uma separação de Poderes. Melhor seria denominá-la de especializações de funções do Estado. Isto porque a os Poderes decorrem da soberania do Estado, cujas características são a unidade a indivisibilidade e indelegabilidade. 
2.4 – Objetivos Fundamentais
CF/88 Art. 3º - Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Tratam-se de objetivos fundamentais, de norte, de direção, enfim de finalidades para a ação estatal. A sua consecução, ou não, estará diretamente relacionado as políticas e programas a serem implementados e às pressões que as diversas forças exercerem sobre a formulação e execução das políticas publicas. É um artigo que substancialmente contém normas programáticas que caracterizam a constituição como dirigente, como já ressaltado. Classificam-se, quanto a eficácia da norma constitucional, em regras de eficácia limitada.
2.5 – Princípios das relações internacionais
CF/88 Art. 4º - A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Tratam-se, em sua maioria, de princípios do Direito Internacional Público.
Independência nacional – é princípio que representa a face externa da soberania nas relações internacionais. O Brasil em pé de igualdade com os demais Estados Soberanos.
Prevalência dos direitos humanos – os direitos humanos são alçados internacionalmente numa hierarquia superior aos demais direitos. Autorizam, em situações extremas, até a intervenção internacional (através da ONU) em Estados soberanos, a exemplo do que ocorreu recentemente na Iugoslávia. 
Autodeterminação dos povos – o povo (aquele que tem um vínculo jurídico com determinada ordem jurídica) tem direito de determinar-se de acordo com suas próprias escolhas.
Não-intervenção – princípio que está diretamente relacionado ao princípio da independência. Cada Estado poderá estabelecer suas próprias diretrizes organizacionais.
Igualdade entre os Estados – princípio também diretamente relacionado com o da independência. A Soberania deve ser entendida sob o prisma da isonomia.
Defesa da paz – como princípio, em suas relações externas, o Estado brasileiro repudia o conflito armado e busca deliberadamente uma convivência pacífica. 
Solução pacífica dos conflitos - decorrente natural da defesa da paz.
Repúdio ao terrorismo e ao racismo – deixa claro o posicionamento contrário do Brasil em relação a atos de violência praticados por grupos revolucionários radicais; e posicionamento favorável à igualdade das raças. Consubstancia-se pelo princípio da liberdade de consciência.
Cooperação entre os povos para progresso da humanidade – princípio que demonstra a disposição do Estado Brasileiro em interagir com os demais Estados em busca do progresso.
Concessão de asilo político – princípio que garante acolhida aos que buscam refúgio por motivos políticos. Baseia-se no princípio da escusa de consciência.
2.6 – Integração com os povos da América Latina
CF/88 Art. 4º Parágrafo único - A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
		Quanto ao parágrafo único do art. 4º, é preciso ter em mente que a América Latina é constituída por aqueles países do continente americano (compreende: América do sul, América central e América do norte) colonizados por povos cuja língua deriva do latim (português, espanhol, francês, italiano, entre outros). 
		Por curiosidade, desta integração econômica, política, social e cultural, de que trata o parágrafo único, estaria excluído os Estados Unidos, que têm origem anglo-saxônica. Anglo-saxão (significa inglês arcaico).

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