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CCJ0019-WL-A-PP-Ponto 08 – Dos Partidos Políticos - Sabrina Rocha

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Curso completo de Direito Constitucional
Profª. Sabrina Araújo Feitoza Fernandes Rocha
Atualizada até a EC n° 71 de 29/11/12
Esta apostila não é de autoria pessoal, pois foi produzida através das obras de doutrinadores constitucionalistas, dentre eles Ivo Dantas, J. J. Gomes Canotilho, José Afonso da Silva, Paulo Bonavides, Celso D. de Albuquerque Mello, Luís Roberto Barroso, Walber de Moura Agra, Reis Friede, Michel Temer, André Ramos Tavares, Sérgio Bermudes, Nelson Oscar de Souza, Alexandre de Moraes, Nelson Nery Costa/Geraldo Magela Alves, Nagib Slaibi Filho, Sylvio Motta & William Douglas, Henrique Savonitti Miranda e tomou por base a apostila do Prof. Marcos Flávio, com os devidos acréscimos pessoais.
PONTO 08 – DOS PARTIDOS POLÍTICOS
Art.17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
I - caráter nacional;
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
Esta é a regra da liberdade partidária e do Pluralismo político
Embora os concursos insistam com as cascas de banana, a Constituição não admite os partidos regionais. Estes eram comuns durante o período conhecido como República Velha (1889-1930). Lei Orgânica dos Partidos Políticos : Lei nº 9.096, de 19.09.1995. 
caráter nacional => não haverá partido político de âmbito meramente municipal, estadual ou regional;
proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes => os partidos políticos são organismos que se relacionam com o exercício do Poder Soberano do Estado, não podendo, por isso mesmo, se submeter a ‘favores’ ou julgos que possam comprometer, de qualquer modo, seu livre exercício;
prestação de contas à justiça eleitoral => dever de demonstrar a lisura na aplicação dos recursos financeiros despendidos em campanha, como forma de evidenciar a inocorrência de abuso do poder econômico e, bem assim, de constatar que o partido não está subvencionado por grupos econômicos de interesses privados específicos ou internacionais;
funcionamento parlamentar de acordo com a lei => a lei definirá a direção do modo pelo qual os partidos políticos devem gerir suas atividades.
	Partido político é pessoa jurídica de direito privado, que outrora era de direito público, caracterizada pelos agrupamentos de pessoas naturais com interesses comuns, com o fim de adquirir e exercitar o Poder democrático, sendo um elo necessário entre o cidadão e o Estado, servindo, inclusive, como meio ou veículo de fiscalização e cobrança das políticas públicas de interesse geral.
	Segundo a Constituição são livres para:
criação => fazer surgir algo novo e, até então, inexistente;
fusão => quando dois ou mais se juntam para formar um novo e diferente das partes que se aglutinaram;
incorporação => quando um partido absorve um outro ou mais, permanecendo o primeiro e desaparecendo os incorporados;
extinção => ato de acabar, encerrando as atividades e desaparecendo a personalidade jurídica.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela EC nº 52, de 8-3-2006)
Por este artigo se encontra assegurada a autonomia dos partidos políticos e, como detalhe, as normas de fidelidade partidária não são estabelecidas pela Constituição nem por Lei. A Constituição deixou a critério dos respectivos estatutos partidários. Mais o que recentemente caracteriza este parágrafo é que com a nova redação dada pela EC nº 52/2006 pos fim a regra da verticalização, portanto, as coligações efetuadas no âmbito federal (na eleição para Presidente da República não terão que ser observadas no âmbito estadual nas eleições para Governador). Porém esta regra só se aplicará nas próximas eleições conforme decisão do STF.
Os três últimos parágrafos são auto-explicáveis e pouco solicitado em concursos públicos.

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