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CCJ0019-WL-B-PP-Ponto 06 – Da Nacionalidade - Sabrina Rocha

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1 
 
Curso completo de Direito Constitucional 
Profª. Sabrina Araújo Feitoza Fernandes Rocha 
Atualizada até a EC n° 71 de 29/11/12 
 
Esta apostila não é de autoria pessoal, pois foi produzida através das 
obras de doutrinadores constitucionalistas, dentre eles Ivo Dantas, J. 
J. Gomes Canotilho, José Afonso da Silva, Paulo Bonavides, Celso 
D. de Albuquerque Mello, Luís Roberto Barroso, Walber de Moura 
Agra, Reis Friede, Michel Temer, André Ramos Tavares, Sérgio 
Bermudes, Nelson Oscar de Souza, Alexandre de Moraes, Nelson 
Nery Costa/Geraldo Magela Alves, Nagib Slaibi Filho, Sylvio Motta & 
William Douglas, Henrique Savonitti Miranda e tomou por base a 
apostila do Prof. Marcos Flávio, com os devidos acréscimos 
pessoais. 
 
PONTO 06 – DA NACIONALIDADE 
 
O conjunto de nacionais forma o POVO de um país, ao passo que 
POPULAÇÂO será constituída de todos os residentes no seu espaço territorial 
(estrageiros, apátridas,etc). O primeiro é um conceito político; o segundo, 
geográfico. Não confundir nacionalidade com cidadania, que em sentido estrito 
é a qualidade de ser eleitor e em sentido mais amplo, abrange a inserção da 
pessoa na sociedade a que pertence, incluindo o vínculo de direito e 
obrigações (deveres) entre uma pessoa e o Estado. 
 
6.1 - Nacionalidade é qualidade da pessoa que é integrante de uma 
determinada sociedade politicamente organizada. É uma situação jurídica, 
definida pelo Estado, em relação à qual a pessoa será considerada nacional 
ou estrangeiro. É ato de soberania nacional. 
 
6.2 - Conceitos paralelos – 
 
Estrangeiro – é aquele a quem o direito interno não atribuir a qualidade de 
nacional. 
 
Apátrida ou heimatlos –, é aquele que não é reconhecido como nacional por 
nenhum Estado soberano (país). 
 
Polipátrida – é aquele que é aceito como nacional por mais de um Estado. 
 
 O conjunto dos nacionais forma o povo de um país, ao passo que a 
população será constituída de todos os residentes no seu espaço territorial 
(estrangeiros, apátridas, etc.). O primeiro conceito é político e o segundo, 
geográfico. 
 Não se confunde nacionalidade com cidadania, que, em sentido estrito, 
é a qualidade de ser eleitos e, e, sentido mais amplo, abrange a inserção da 
pessoa na sociedade a que pertence, incluindo o vínculo de direitos e deveres 
entre uma pessoa e o Estado. 
 
6.3 - Formas de aquisição da Nacionalidade – 
 
2 
 
ORIGINÁRIA – ou primária, é a que se adquire quando se nasce. 
DERIVADA – ou secundária, é obtida voluntariamente. 
 
6.4 - Critérios para o reconhecimento– 
 
 Pode ser por dois critérios: Ius sanguinis (filiação) 
Ius soli (local do nascimentoou territorialidade) 
 
No primeiro caso será nacional o filho de nacionais, e no segundo a 
nacionalidade será conseqüência do nascimento no território do Estado. Em 
regra, os Estado que recebem imigrantes adotam o critério da territorialidade e 
os que sofrem emigração seguem o critério da paternidade. Cresce a adoção 
do critério misto, como o Brasil. 
 
Os direitos de nacionalidade são objeto do Capítulo III, arts. 12 e 13, 
do Título II, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Como 
vimos, este Títulotambém compreende os direitos e deveres individuais e 
coletivos (capítulo I), os direitos sociais (capítulo II), os direitos políticos 
(capítulo IV) e os partidos políticos (capítulo V). 
A nacionalidade é a relação jurídica que vincula uma pessoa a determinado 
Estado, conferindo-lhe direitos e impondo-lhe obrigações, sem embargo das 
prerrogativas e privilégios a todos conferidos (não extradição, foro penal exclusivo 
etc.). 
 O estabelecimento da nacionalidade é de suma importância no que toca 
ao exercício dos direitos políticos, cívicos e de cidadania, além da ocupação de 
certos cargos considerados estratégicos para a segurança e estabilidade do 
Brasil (p. ex.: votar, ser votado, propor ação popular, ser Presidente da 
República etc.). 
 
Art.12 - São brasileiros: 
I - natos: 
a)os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais 
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; (ius 
soli) 
b)os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, 
desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa 
do Brasil;( ius sanguinis + critério funcional) 
c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, 
desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou 
venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em 
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade 
brasileira;OBS: alínea modificada pela EC nº 54 de 20/09/07. Ler 
também o art. 95 do ADCT. (Nacionalidade potestativa = ius sanguinis 
+ registro ou critério residencial + opção confirmatória) 
 
 Em primeiro lugar, é importante fixar que a Constituição esgota todas as 
hipóteses para que alguém possa ser considerado brasileiro nato. Assim, a lei 
ou a medida provisória jamais poderão estendê-las. 
3 
 
 Brasileiros natossão aqueles que adquirem a nacionalidade através do 
nascimento. A doutrina denomina de nacionalidade primária ou originária, 
que resulta da combinação dos critérios de origem sanguínea (ius sanguinis) 
e de origem territorial (ius solis). 
A primeira parte da alínea “a”, adota o critério do solo (ius solis) pelo 
qual se considera nacional o indivíduo que for nascido em solo nacional, 
ainda que nascido de pais estrangeiros. No entanto, a CF/88, não adotou 
este critério de forma absoluta, pois, o associa a um requisito funcional 
negativo na segunda parte da alínea: desde que seus pais estrangeiros não 
estejam a serviço de seus respectivos países de origem.Isto se dá como 
forma de respeito a soberania do Estado que reconhece aquele cidadão. 
A alínea “b” adota o critério sanguíneo (ius sanguinis), pelo qual se 
considera nacional o indivíduo que for descendente de outro nacional, 
ainda que nascido no estrangeiro. No entanto, condicionou este ao requisito 
funcional positivo: desde que quaisquer dos pais estejam exercendo serviço 
em missão oficial em nome do Brasil. 
A alínea “c” também combina o critério sanguíneo (ius sanguinis) com o 
requisito de residência no Brasil ou registro e a livre manifestação da vontade 
pela nacionalidade brasileira, após a maior idade, a qualquer tempo. 
Nos termos da Jurisprudência do STF a opção pela nacionalidade 
brasileira só pode ser feita após alcançada a maioridade, por ser ato 
personalíssimo, o que foi explicitado pela EC nº 54, como já demonstrado. O 
menor que venha a residir no Brasil, sendo filho de pais brasileiros, é 
considerado brasileiro nato para todos os efeitos, mas que, atingida a 
maioridade, enquanto não manifestada a opção, se não houver o registro, esta 
passa a constituir-se em condição suspensiva da nacionalidade. “A opção 
definitiva só é admitida após a maioridade civil, até porque não é incomum, 
conforme o direito comparado, que a eleição da nacionalidade brasileira possa 
implicar a perda pelo optante da nacionalidade do país de seu nascimento”. No 
recurso especial, o MPF contestava decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª 
Região, que concedeu apenas o registro provisório de nascimento aos 
menores. A instituição pedia para ser deferida a nacionalidade brasileira como 
forma de possibilitar o exercício de todos os direitos fundamentais à pessoa 
humana, inclusive o direito ao voto. Por unanimidade, os ministros negaram 
provimento ao recurso. (RE 415957, Rel. Min. Sepúlveda Pertence) 
 
II - naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, 
exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas 
residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; (ordinária) 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República 
Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem 
condenaçãopenal, desde que requeiram a nacionalidade 
brasileira.(extraordinária ou quinzenal) 
 
Considera-se brasileiro naturalizado aquele que adquire a nacionalidade, 
não pelo nascimento, mas através de um ato de vontade. Conhecida por 
nacionalidade secundária, adquirida ou voluntária. 
4 
 
Na primeira parte da alínea “a”, percebe-se pela expressão “nos termos 
da lei” que a aquisição da nacionalidade submete-se à expressa reserva 
legal. Em seguida, há um critério facilitador dirigido aos originários de 
países de língua portuguesa, para os quais a Constituição exige apenas dois 
requisitos: residência por um ano e idoneidade moral. Países de língua 
portuguesa são aqueles em que o português é língua oficial. Além 
dePortugal e do Brasil, são: “Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo 
Verde, São Tomé e Príncipe” (Gramática Contemporânea da Língua 
Portuguesa,José de Nícola/Ulisses Infante, 11ª edição, pág. 16) . 
A alínea “b” trata de hipótese mais restrita para aquisição da nacionalidade, 
tendo em vista o requisito de residência no Brasil há mais de 15 anos 
ininterruptos. Soma-se a este o de não haver condenação penal. E, por fim 
o requisito vontade em obter a nacionalidade brasileira, manifestada através da 
expressão “desde que requeiram”. 
 
 § 1º - Aos portugueses com residência permanente no País, se 
houver reciprocidade em favor dos brasileiros, serão atribuídos os 
direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta 
Constituição. 
 
Não é demais realçar que os direitos dos portugueses são aqueles 
atribuídos ao brasileiro naturalizado e não ao brasileiro nato. Vale ressaltar que 
depois da reforma Constitucional de Portugal, acabou a reciprocidade que 
existia entre Brasileiros e Portugueses, ficando esta regra inócua. Os 
Portugueses serão tratados da mesma forma que qualquer nacional de países 
da língua portuguesa, ou seja, art. 12, II, a. 
 
 § 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e 
naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. 
 
Esta isonomia é objetiva, ou seja, a própria lei tratará os casos desiguais 
com as suas respectivas desigualdades. Este parágrafo traz advertência 
dirigida ao legislativo, pois, salvo as distinções constantes da Constituição, a lei 
não poderá estabelecer outras distinções entre brasileiros natos e 
naturalizados. 
As distinções previstas na Constituição, já estudadas por nós, são: 
 
a)Extradição (art. 5º, LI) – o brasileiro natonunca poderá ser 
extraditado. O Brasil não pode entregar seus filhos natos para serem 
penalmente executados por outros países. Já o brasileiro naturalizado 
poderá ser extraditado em duas hipóteses: 
 
 se estiver comprovadamente envolvido com tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, não só tráfico internacional, mas 
também tráfico interno, praticado antes ou depois da 
naturalização; 
 
5 
 
 se tiver praticado crime comum antes da naturalização. Se o 
praticou depois da naturalização, não poderá ser extraditado por 
esse motivo. 
 
b)Restrição do exercício de determinados cargos a brasileiros 
natos - cargos relacionados no art. 12, §3º, vistos acima; 
 
c)Restrição do cargo de membro do Conselho da República a 
brasileiros natos - art. 89, VII; 
 
 d) Restrições em relação à propriedade de empresa jornalística e de 
radiodifusão sonora e de sons e imagem que são privativas de brasileiros 
natos ou naturalizados há mais de 10 (dez) anos, ou de pessoas jurídicas 
constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País. (art. 222). 
 
§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: 
 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas. 
VII - de Ministro de Estado da Defesa. 
 
Os quatro primeiros incisos relacionam aqueles cargos que serão 
chamados a substituir o Presidente da República, em caso de impedimento ou 
de vacância do cargo de Presidente e de Vice-Presidente (CF, art. 80). Atenção 
especial ao último inciso (VII), acrescentado pela Emenda Constitucional nº 
23/99: não são todos cargos de Ministros de Estado privativos de brasileiro 
nato, mas, apenas, o de Ministro da Defesa, pois diz respeito a questões de 
segurança nacional. 
Atenção também deve ser dada ao inciso V: qualquer cargo da carreira 
diplomática só poderá ser ocupado por brasileiro nato e não somente o cargo 
de chefe de missão diplomática de caráter permanente, pois seria um perigo 
colocar alguém que tivesse interesses opostos aos da Nação, representá-la. 
 
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: 
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em 
virtude de atividade nociva ao interesse nacional; 
 
Este inciso trata da perda de nacionalidade do brasileiro naturalizado 
por intermédio de ação judicial, bastando para isto à presença de dois 
requisitos: ação judicial em que se comprove atividade nociva ao interesse 
nacional e sentença judicial. Não há ainda definição em lei do que se entende 
por atividade nociva ao interesse nacional. Deve haver uma interpretação por 
parte do Ministério Públicoque tem a incumbência geral de defender a 
6 
 
sociedade e a lei, sendo por isso órgão incumbido de propor as ações 
públicas e do Poder Judiciário. 
 
 II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (dupla cidadania) 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei 
estrangeira; 
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao 
brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição para 
permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis. 
 
Este inciso cuida da perda voluntária de nacionalidade, configurada 
na expressão: adquirir outra nacionalidade. Aplicável neste caso, tanto ao 
brasileiro naturalizado quanto ao brasileiro nato. 
As alíneas “a” e “b”, exceções ao caput do inciso II, apresentam uma 
novidade no ordenamento jurídico constitucional, fruto da EC de revisão nº 
03/94. Nessas duas hipóteses, não ocorre perda de nacionalidade. São 
hipóteses de dupla cidadania, ou seja, mesmo adquirindo outra 
nacionalidade, o brasileiro mantém a nacionalidade brasileira. Há fortes 
possibilidade de tais exceções constituírem-se em “verdadeira febre” nos 
concursos. 
Sobre a alínea “a”, um exemplo: os brasileiros descendentes de 
italianos não perderão a nacionalidade brasileira, pelo simples fato de a 
lei italiana os reconhecer como italianos natos. Trata-se de mero 
reconhecimento de nacionalidade originária italiana, em virtude do vínculo 
sanguíneo. Terão, assim, dupla nacionalidade. (Ex: serão brasileiros natos e 
tambémitalianos natos os filhos de italianos nascidos no estrangeiro). 
Sobre a alínea “b”, até por razões lógicas, não há como punir alguém 
com a perda da nacionalidade brasileira, uma vez que houve imposição 
da naturalização estrangeira.(Ex: obrigatoriedade de um países para adquirir 
o direito ao trabalho). 
 
Reaquisição da nacionalidade brasileira perdida 
 Perdida a nacionalidade brasileira, há como recuperá-la? Sim. 
 Em se tratando de cancelamento da naturalização (CF, art. 12, § 4º, I), é 
possível readquiri-la por ação rescisória. Nenhum outro caminho poderá ser 
trilhado, sob pena de infringir a Constituição da República. 
 Porém, se a hipótese for aquisição de outra nacionalidade (CF, art. 12, § 
4º,I I), aplica-se o art. 36 da Lei n. 818/49, que prevê a possibilidade de 
reaquisição por decreto do Presidente da República, desde quando o ex-
brasileiro esteja domiciliado no Brasil. Nesse particular aspecto, os efeitos do 
decreto reestabelecerão o status quo ante. Se o indivíduo era brasileiro nato, 
voltará a sê-lo; se eranaturalizado, também retornará a tal condição. (Ilmar 
Penna Marinho. Tratado do estrangeiro no Brasil, p. 867 e Haroldo Valladão. Direito 
internacional privado, p. 160). 
 Registre-se, contudo, que há correntes doutrinárias contrárias a 
demonstrada acima, segunda a qual o brasileiro nato ou naturalizado, que 
perder tal status em virtude da aquisição de outra nacionalidade, apenas pode 
7 
 
reavê-la mediante procedimento específico de naturalização. (Aluísio Dardeau de 
Carvalho. Nacionalidade e cidadania, p. 288). Para os defensores desta corrente, o 
indivíduo readquirirá a nacionalidade derivada, retornando à condição de 
brasileiro naturalizado, mas não a nacionalidade originária. (brasileiro nato) 
art.13 - A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa 
do Brasil. 
O nosso idioma oficial é o português. Não obstante, até o final do século 
XVIII, falava-se a chamada língua geral, que vinha do tupi-guarani. O 
português só se tornou o meio de expressão da nacionalidade brasileira, 
falado em todo o seu território, já no século XIX. As minorias lingüísticas, 
em nosso País, limitam-se às comunidades indígenas, com pouca 
densidade populacional. O ensino do Português, inclusive, é obrigatório. 
§1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o 
hino, as armas e o selo nacionais. 
 
Para um maior aprofundamento consultar a Lei nº 5.700, de 1-9-1971, 
arts. 7º e 9º, para conhecer em detalhes os símbolos da República 
 
§2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter 
símbolos próprios. 
 
Conseqüência da autonomia de que dispõem, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios poderão adotar símbolos próprios. O idioma, 
entretanto, há que ser a língua portuguesa. Há uma exceção: O artigo 231 da 
Constituição assegura aos índios o uso de sua própria língua.

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