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CCJ0019-WL-B-AMRP-15-Direitos de Nacionalidade-01

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AULA + 15 – DIREITO CONSTITUCIONAL I 
 
TEMA: FORÇAS ARMADAS E SEGURANÇA PÚBLICA 
 
DAS FORÇAS ARMADAS 
 
Componentes das Forças Armadas: 
Conforme determina o art. 142 da Carta Fundamental, as Forças Armadas, 
constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições 
nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na 
disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República (conferir art. 
84, XIII da CF). 
Destinação constitucional: 
O art. 142 da Constituição Federal estabelece a destinação das Forças 
Armadas da forma a seguir relatada: 
(a) Defesa da Pátria contra ameaças externas, 
(b) Garantia dos poderes constitucionais 
(c) Por iniciativa de qualquer dos Poderes Constitucionais, excepcionalmente 
lhes cabe a defesa da lei e da ordem, digo excepcionalmente pois a defesa da 
lei e da ordem é atribuição ordinária das forças de segurança pública que 
compreendem a Policia Federal, Rodoviária Federal, Ferroviária Federal e as 
Policias Civis e Militares Estaduais e do Distrito Federal. Cumpre ressaltar, por 
fim, que a defesa da lei e da ordem depende da iniciativa dos Poderes 
Constitucionais, a saber, Presidente da Republica, Presidente do Congresso 
Nacional ou Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
A obrigação militar: é obrigatório para todos nos termos da lei (143), sendo no 
entanto reconhecida reconhecida a escusa de consciência no termos previstos 
no art. 5º, VIII, que desobriga o alistamento em épocas de paz, desde que 
cumprida prestação alternativa. Cumpre ressaltar que o descumprimento da 
prestação alternativa tem o condão de gerar a perda dos direitos políticos, 
conforme art. 15, IV. 
Organização militar e seus servidores: seus integrantes têm seus direitos, 
garantias, prerrogativas e impedimentos definidos no §§ 2º e 3º, do art. 142, 
desvinculados, assim, do conceito de servidores públicos, por força da EC-
18/98. 
Deste modo, dispõe os mencionados parágrafos, 
§ 2º - Não caberá "habeas-corpus" em relação a punições disciplinares 
militares. 
"O sentido da restrição dele quanto às punições disciplinares militares (artigo 
142, § 20º, da Constituição Federal). (...) O entendimento relativo ao § 2º do 
artigo 153 da Emenda Constitucional nº 1/69, segundo o qual o princípio, de 
que nas transgressões disciplinares não cabia habeas corpus, não impedia que 
se examinasse, nele, a ocorrência dos quatro pressupostos de legalidade 
dessas transgressões (a hierarquia, o poder disciplinar, o ato ligado à função e 
a pena susceptível de ser aplicada disciplinarmente), continua válido para o 
disposto no § 2º do artigo 142 da atual Constituição que é apenas mais 
restritivo quanto ao âmbito dessas transgressões disciplinares, pois a limita às 
de natureza militar." (HC 70.648, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 04/03/94) 
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-
se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: 
I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são 
conferidas pelo Presidente da República e asseguradas em plenitude aos 
oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos e 
postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes 
das Forças Armadas; 
II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil 
permanente será transferido para a reserva, nos termos da lei; 
"O Plenário desta Corte, recentemente, ao julgar o RE nº 163.204, firmou o 
entendimento de que, em face da atual Constituição, não se podem acumular 
proventos com remuneração na atividade, quando os cargos efetivos de que 
decorrem ambas essas remunerações não sejam acumuláveis na atividade. 
Improcedência da alegação de que, em se tratando de militar que aceita cargo 
público civil permanente, a única restrição que ele sofre é a prevista no § 3º do 
artigo 42: a de ser transferido para a reserva. A questão da acumulação de 
proventos com vencimentos, quer se trate de servidor público militar, quer se 
trate de servidor público civil, se disciplina constitucionalmente de modo igual: 
os proventos não podem ser acumulados com os vencimentos." (MS 22.182, 
Rel. Min. Moreira Alves, DJ 10/08/95) 
III - O militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, 
emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda que da 
administração indireta, ficará agregado ao respectivo quadro e somente 
poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antigüidade, 
contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e 
transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, 
contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos da lei; 
IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; 
V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos 
políticos; 
"Se o militar da ativa é alistável, é ele elegível (CF, art. 14, § 8º). Porque não 
pode ele filiar-se a partido político (CF, art 42, § 6º), a filiação partidária não lhe 
é exigível como condição de elegibilidade, certo que somente a partir do 
registro da candidatura é que será agregado (CF, art. 14, § 8º, II; Cód. Eleitoral, 
art. 5º, parágrafo único; Lei nº 6.880, de 1980, art. 82, XIV, § 4º)." (AI 135.452, 
Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 14/06/91) 
VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato 
ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, 
em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra; 
"É tradição constitucional brasileira que o oficial das Forças Armadas só perde 
posto e patente, em virtude de decisão de órgão judiciário. No regime 
precedente à Emenda Constitucional nº 1, de 1969, a perda do posto e patente 
podia decorrer da simples aplicação da pena principal privativa de liberdade, 
desde que superior a dois anos; tratava-se, então, de pena acessória prevista 
no Código Penal Militar. No regime da emenda Constitucional nº 1, de 1969, a 
perda do posto e patente depende de um novo julgamento, por tribunal militar 
de caráter permanente, mediante representação do Ministério Público Militar, 
que venha a declarar a indignidade ou incompatibilidade com o oficialato, 
mesmo que o oficial haja sido condenado, por Tribunal Civil ou Militar, a pena 
privativa de liberdade superior a dois anos, em sentença transitada em julgado. 
Não se pode equiparar a decisão prevista no art. 93, §§ 2º e 3º da Constituição, 
à hipótese de decisão de Conselho de Justificação (Lei nº 5.836, de 
05/12/1972). Por força da decisão de que cuida o art. 93, §§ 2º e 3º, da Lei 
Maior, pode ser afastada a garantia constitucional da patente e posto. Nesse 
caso, a decisão possui natureza material e formalmente, jurisdicional, não 
sendo possível considerá-la como de caráter meramente administrativo, à 
semelhança do que sucede com a decisão de Conselho de Justificação. Cabe, 
assim, em princípio, recurso extraordinário, de acordo com o art. 119, III, da 
Constituição contra acórdão de Tribunal Militar permanente, que decida nos 
termos do art. 93, §§ 2º e 3º, da Lei Magna. Aplica-se idêntico entendimento, 
em se tratando de oficial de Polícia Militar e de decisão de Tribunal Militar 
estadual." (RE 104.387, Rel. Min. Néri da Silveira, DJ 09/09/88) 
VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de 
liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será 
submetido ao julgamento previsto no inciso anterior; 
"A EC nº 18/98, ao cuidar exclusivamente da perda do posto e da patente do 
oficial, não revogou o art. 125, § 4º, do texto constitucionaloriginário, regra 
especial nela atinente à situação das praças." (RE 358.961, Rel. Min. 
Sepúlveda Pertence, DJ 12/03/04) 
VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, 
XIX e XXV e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV; 
X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a 
estabilidade e outras condições de transferência do militar para a inatividade, 
os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações 
especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades, 
inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de 
guerra. 
"Princípio Isonômico. Código Penal e Código Penal Militar. O tratamento 
diferenciado decorrente dos referidos Códigos tem justificativa 
constitucionalmente aceitável em face das circunstâncias peculiares relativas 
aos agentes e objetos jurídicos protegidos." (RE 115.770, Rel. Min. Marco 
Aurélio, DJ 21/02/92) 
http://www.vemconcursos.com/opiniao/index.phtml?page_id=1897 
Antônio Henrique Lindemberg Baltazar

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