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CCJ0019-WL-A-AMMA-08-Poder Constituinte-02

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AULA + 8 – DIREITO CONSTITUCIONAL I
TEMA: DIREITO DE NACIONALIDADE. 
OBJETIVOS:
Analisar o direito à nacionalidade na ordem constitucional brasileira;
Compreender a importância da nacionalidade como elemento jurídico de ligação do indivíduo ao estado.
DIREITOS DE NACIONALIDADE
CONCEITO: vínculo jurídico político que se estabelece entre um indivíduo e um Estado e o torna membro do POVO.
1. ESPÉCIES DE NACIONALIDADE
ORIGINÁRIA ou PRIMÁRIA: reconhecida pelo Estado desde o nascimento do indivíduo.
DERIVADA, ADQUIRIDA ou SECUNDÁRIA: adquirida por ato de vontade.
Naturalização expressa e tácita 
 
1. NACIONALIDADE ORIGINÁRIA OU PRIMÁRIA (ART. 12, I, CF)
CRITÉRIOS CONSTITUCIONAIS PARA RECONHECIMENTO DA NACIONALIDADE ORIGINÁRIA:
JUS SOLI (art. 12, I, a, CF)
JUS SANGUINIS (art. 12, I, b, c, CF)
JUS SOLI (art. 12, I, a, CF): “os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros , desde que não estejam a serviço de seu país.” 
JUS SANGUINIS (art. 12, I, b, CF): “os nascidos no exterior, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil.” 
JUS SANGUINIS (art. 12, I, c, CF): “os nascidos no exterior, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira.” (Emenda 54, de 2007) 
NACIONALIDADE POTESTATIVA (art. 12, I, c, CF): 
OPÇÃO:
Confirmação
Jurisdição voluntária
Justiça Federal (art. 109, inc. X, CF)
Efeitos ex tunc 
REGIME DE TRANSIÇÃO (art. 95, ADCT acrescentado pela Emenda 54/07): 
“Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e a data da promulgação desta Emenda Constitucional, filhos de pai brasileiro ou mãe brasileira, poderão ser registrados em repartição diplomática ou consular brasileira competente ou em ofício de registro, se vierem a residir na República Federativa do Brasil." 
 
1. NACIONALIDADE DERIVADA, ADQUIRIDA OU SECUNDÁRIA (Art. 12, II, CF)
PROCEDIMENTO DA NATURALIZAÇÃO:
PROCESSO MISTO:
FASE ADMINISTRATIVA: Portaria do Ministro da Justiça
FASE JUDICIAL: Entrega do certificado de naturalização (art. 111 e 119 da Lei 6815/80 e art. 129, Decreto 86715/81)
 
1. ESPÉCIES DE NATURALIZAÇÃO (Art. 12, II, CF)
NATURALIZAÇÃO ORDINÁRIA (art. 12, II, a, CF):
Regime constitucional diferenciado aos estrangeiros conforme sua ORIGEM
Originários de países de língua portuguesa: residência por um ano ininterrupto + idoneidade moral
Demais: na forma da lei (Lei 6815/80) 
NATURALIZAÇÃO EXTRAORDINÁRIA (art. 12, II, b, CF):
Regime isonômico aos estrangeiros
Residência há mais de 15 anos ininterruptos (QUINZENÁRIA) +
Ausência de condenação +
Requerimento da nacionalidade
1. O PORTUGUÊS EQUIPARADO (art. 12, §1o, CF): aos brasileiros naturalizados na medida da reciprocidade
Decreto 3927, 19/09/01 - Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta entre Brasil e Portugal
Requisitos para concessão da equiparação civil:
Visto de permanente +
Reciprocidade em favor dos brasileiros
Equiparação política: equiparação civil + residência por no mínimo 3 anos e requerimento à Justiça eleitoral
1. APATRÍDIA: CONFLITO NEGATIVO NOS CRITÉRIOS DE ATRIBUIÇÃO DA NACIONALIDADE
APÁTRIDAS, HEIMATLOS OU APÓLIDOS
 
2. TRATAMENTO CONSTITUCIONAL ISONÔMICO AOS BRASILEIROS NATOS E NATURALIZADOS (art. 12, §2o, CF)
DISTINÇÕES CONSTITUCIONAIS:
Art. 12, §3o, CF
Art. 89, inc. VII, CF
Art. 5o, incisos LI e LII, CF
Art. 222, CF
Art. 12, §4o, I, CF 
 
3. PERDA DA NACIONALIDADE (art. 12, §4o, CF)
ESPÉCIES DE PERDA:
PERDA-PUNIÇÃO (art. 12, §4o, I, CF)
PERDA-MUDANÇA (art. 12, §4o, II, CF) 
 
3. PERDA-PUNIÇÃO (art. 12, §4o, I, CF)
PRESSUPOSTO: prática de atos nocivos aos interesses nacionais
ABRANGÊNCIA: Brasileiros naturalizados
PROCESSO: Ação de cancelamento da naturalização de competência da justiça federal
DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO
EFEITOS EX NUNC 
REAQUISIÇÃO: Ação rescisória 
 
3. PERDA-MUDANÇA (art. 12, §4o, II, CF)
PRESSUPOSTO: naturalização voluntária
ABRANGÊNCIA: qualquer brasileiro
PROCESSO ADMINISTRATIVO: renúncia de nacionalidade
DECRETO PRESIDENCIAL
EFEITOS EX NUNC 
REAQUISIÇÃO: Decreto presidencial (art. 36, Lei 818/49) 
4. POLIPATRÍDIA (art. 12, §4o, II, CF)
HIPÓTESES:
Reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira
Imposição de naturalização pela norma estrangeira ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência em território estrangeiro ou exercício de direitos civis
Caso 1-  João da Silva Smith, filho de Ana Maria da Silva, brasileira, natural dos Estados Unidos da América, cometeu um homicídio em Nova York em 26 de janeiro de 2000. No dia 28 de janeiro de 2000 fugiu para o Brasil. Ao chegar aqui, João da Silva Smith opta pela nacionalidade brasileira na Justiça Federal de acordo com os artigos 12, I, c e 109, X da CRFB/88. No ano de 2001, antes de se concluir o processo de opção de nacionalidade, o governo norte-americano pede a extradição de João da Silva Smith ao Brasil pelo homicídio cometido em 2000. Pergunta-se: o Brasil vai extraditá-lo? Por quê?
 
Caso 2- Marco Fiori, italiano pelo critério do jus sanguinis e brasileiro pelo critério do jus soli, e domiciliado no Rio de Janeiro, viaja a Roma onde comete um furto de duas obras de arte e retorna ao Brasil. O governo italiano pede a sua extradição. Pergunta-se: o Supremo Tribunal Federal vai conceder a extradição? Por quê?
Sugestão de gabarito do caso 1: “Extradição: inadmissibilidade: extraditando que – por força de opção homologada pelo juízo competente – é brasileiro nato (Const., art. 12, I, c): extinção do processo de extradição, anteriormente suspenso enquanto pendia a opção da homologação judicial (...).” (Ext 880-QO, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 18-3-04, DJ de 16-4-04).
“Nacionalidade brasileira de quem, nascido no estrangeiro, é filho de pai ou mãe brasileiros, que não estivesse a serviço do Brasil: evolução constitucional e situação vigente. Na Constituição de 1946, até o termo final do prazo de opção – de quatro anos, contados da maioridade -, o indivíduo, na hipótese considerada, se considerava, para todos os efeitos, brasileiro nato sob a condição resolutiva de que não optasse a tempo pela nacionalidade pátria. Sob a Constituição de 1988, que passou a admitir a opção ‘em qualquer tempo’ – antes e depois da ECR 3/94, que suprimiu também a exigência de que a residência no País fosse fixada antes da maioridade, altera-se o status do indivíduo entre a maioridade e a opção: essa, opção – liberada do termo final ao qual anteriormente subordinada -, deixa de ter a eficácia resolutiva que, antes, se lhe emprestava, para ganhar – desde que a maioridade a faça possível – a eficácia de condição suspensiva da nacionalidade brasileira, sem prejuízo – como é próprio das condições suspensivas -, de gerar efeitos ex tunc, uma vez realizada. A opção pela nacionalidade, embora potestativa, não é de forma livre: há de fazer-se em juízo, em processo de jurisdição voluntária, que finda com a sentença que homologa a opção e lhe determina a transcrição, uma vez acertados os requisitos objetivos e subjetivos dela. Antes que se complete o processo de opção, não há, pois, como considerá-lo brasileiro nato. (...) Pendente a nacionalidade brasileira do extraditando da homologação judicial ex tunc da opção já manifestada, suspende-se o processo extradicional (CPrCiv art. 265, IV, a)”. (AC 70-QO, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 25-9-03, DJ de 12-3-04). 
Sugestão de gabarito do caso 2: “O processo remete ao complexo problema da extradição no caso da dupla nacionalidade, questão examinada pela Corte Internacional de Justiça no célebre caso Nottebohm. Naquele caso a Corte sustentou que na hipótesede dupla nacionalidade haveria uma prevalecente – a nacionalidade real e efetiva – identificada a partir de laços fáticos fortes entre a pessoa e o Estado. A falta de elementos concretos no presente processo inviabiliza qualquer solução sob esse enfoque.” (HC 83.450, Rel. p/ o ac. Min. Nelson Jobim, julgamento em 26-8-04, DJ de 4-3-05).

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