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CCJ0019-WL-A-AMMA-12-Direitos Individuais e Coletivos-02

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AULA + 12 – DIREITO CONSTITUCIONAL I
TEMA: ORGANIZAÇÃO DO ESTADO: REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS FEDERATIVAS 
OBJETIVOS:
Compreender as regras constitucionais de repartição das competências federativas;
Identificar cada espécie de competência.
Repartição de Competências
Sendo o Brasil uma federação é indeclinável que ocorra uma divisão de competências, ou seja, que se proceda pela Constituição uma distribuição (descentralização) do poder entre os entes federativos.
Para tanto a Constituição Brasileira adotou a teoria da predominância no interesse, que leva em consideração a lógica de atribuir os problemas aos entes que são mais afetos, por exemplo, se o interesse é local, ao Município, se o interesse é nacional, à União.
A distribuição de competências no Brasil se comporta da seguinte forma: 
 
Competências exclusivas –art. 21 da CRFB/88  - são exclusivas porque são de um único ente e de mais ninguém, ou seja, não são passíveis de delegação. No caso brasileiro, são competências administrativas da União;
Competências privativas – art. 22 da CRFB/88 – são competências de um único ente, mas que podem ser delegadas se houver autorização legal. No caso brasileiro, são competências legislativas que cabem à União, mas que poderão ser delegadas aos Estados por lei complementar;
 
Competências comuns – art. 23 da CRFB/88 – são competências administrativas que cabem a todos os entes federativos;
Competências concorrentes – art. 24 c/c art. 30, III da CRFB/88 – são competências legislativas que atribuem segundo as regras dos parágrafos do art. 24 um papel legislativo à União e aos Estados Membros e, aos Municípios, em caráter suplementar, naquilo que couber, por força do art. 30, II da CRFB/88;
Competência  residual ou remanescente – art. 25 da CRFB/88 – as competências remanescentes ou residuais são competências exclusivas, administrativas, legislativas, dos Estados-Membros, ou seja, os assuntos das competências remanescentes são dos Estados-Membros. Serão todos aqueles assuntos que não são da competência exclusiva e privativa da União e nem do Município, é o que remanesce;
Competências locais – art. 30, II da CRFB/88 – são competências legislativas e exclusivas dos Municípios.
Caso concreto 1: No terreno das competências legislativas de trato concorrente, máxime nas matérias de direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico, o artigo 24 da Carta da República institui à União o estabelecimento das normas gerais, reservando aos estados a incumbência da regulamentação específica. Todavia, com base no inciso II do artigo 30, aos municípios compete suplementar a legislação federal e a estadual no que couber. 
 
Por conseguinte, na edição das leis urbanísticas municipais, tendo-se em consideração a vigência da Lei Federal nº 10.257/01 (Estatuto da Cidade) e das leis estaduais sobre a matéria, qual é a natureza da competência exercida pelo poder local? Justifique sua resposta.
 
Caso concreto 2: Em face da competência concorrente prevista na Constituição Federal, determinado estado da Federação editou lei que versa sobre educação e cultura. O Procurador-Geral da República ingressou com uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal alegando que a lei estadual não respeitava as normas estabelecidas pela Lei federal n.º 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional).
                             
Tomando por base o sistema de repartição de competências adotado pela Constituição, redija um texto sobre o exercício da competência concorrente pelos estados-membros e pela União, comentando qual o campo de atuação de cada um desses entes. De igual maneira, comente se a ação impetrada pelo Procurador-Geral da República é adequada, e se o mesmo tem legitimidade para propor a ação.
 
QUESTÕES OBJETIVAS
 
1 - Consoante disposição expressa da Constituição Federal, em matéria de competência legislativa, o Distrito Federal tem competência: 
a) privativa, para legislar sobre saúde e assistência pública.
b) privativa, para legislar sobre produção e consumo. 
c) delegada, para legislar sobre registros públicos. 
d) concorrente, para legislar sobre orçamento e custas dos serviços forenses. 
 
2 - No que se refere às competências legislativas de caráter concorrente, assinale a opção correta:
 
a)    A competência da União para legislar sobre normas gerais e específicas não exclui a competência suplementar dos estados.
b)    A superveniência de lei federal sobre normas gerais derroga a lei estadual, no que lhe for contrária.
c)    Os estados não exercerão competência legislativa plena, mesmo inexistindo lei federal.
d) A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, naquilo que lhe for contrária.
Sugestão de gabarito do caso 1: O município terá competência de natureza suplementar, cabendo-lhe suprir os vazios e omissões dos legisladores federal e estadual, devendo obediência às normas expedidas por esses dois entes federativos e limitando-se a regulamentar assuntos de interesse local.
 
Sugestão de gabarito do caso 2: No campo das competências concorrentes, compete à União editar as normas gerais sobre o tema e aos Estados editar a legislação suplementar, que irá especificar a legislação federal à luz de suas peculiaridades. Como afirma Uadi Lammêgo Bulos, “enquanto a União, no âmbito da competência concorrente, limita-se a estabelecer normas gerais (CF, art. 24, § 1º), os Estados e o Distrito elaboram leis específicas, voltadas para satisfazer os seus interesses regionais” (Curso de Direito Constitucional, 2ª ed., Saraiva, 2008, p. 782).
Com relação à ADI impetrada pelo PGR, tratando-se de lei estadual, posterior à CRFB/88, verifica-se que foi corretamente proposta, tanto do ponto de vista do objeto (art. 102, I, a, CRFB/88) quanto da legitimidade ativa (art. 103, VI, CRFB/88).
 
Gabarito 1: letra d.
Gabarito 2: letra d.

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