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CCJ0019-WL-B-AMMA-21-Organização do Estado - Federação-01

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DIREITO CONSTITUCIONAL I 
 1AULA 21
DIREITO CONSTITUCIONAL I 
AULA 21 
TEMA: DA DEFESA DO ESTADO, DAS 
INSTITUIÇÕESDEMOCRÁTICAS: 
ESTADO DE DEFESA, ESTADO DE 
SÍTIO 
AULA 21 
1) Sistema Constitucional das Crises 
Em determinados momentos da realidade social poderá ocorrer o 
rompimento da normalidade constitucional o qual, se não for 
devidamente administrado, poderá gerar um grave risco às 
instituições democráticas. 
Conforme ensina o Professor José Afonso da Silva, lembrando 
Aricê Moacyr Amaral Santos, 
“Quando uma situação dessas se instaura é que se manifesta a 
função do chamado sistema constitucional das crises, 
considerado por Aricê Moacyr Amaral Santos “como o conjunto 
ordenado de normas constitucionais, que, informadas pelos 
princípios da necessidade e da temporariedade, tem por objeto as 
situações de crises e por finalidade a mantença ou 
restabelecimento da normalidade constitucional”.(1) 
AULA 21 
Nestas situações teremos a passagem do estado de legalidade 
ordinária para o estado de legalidade extraordinária onde haverá 
a incidência dos estados de exceção os quais só terão validade 
se informados pelos princípios informadores da necessidade e da 
temporariedade. 
Na esteia do pensamento do citado autor, os estados de exceção 
sem que se fundamentem na necessidade são na verdade um 
golpe de estado, e, sem o requisito da temporariedade, não 
passam de um regime ditatorial. 
Portanto, podemos afirmar que os estados de exceção tem como 
finalidade a defesa da própria Constituição e das instituições 
democráticas. 
AULA 21 
2) Tipos de medidas de exceção 
2.1 – Estado de Defesa 
Segundo dispõe o art. 136 da Constituição Federal, 
O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da 
República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de 
defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais 
restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social 
ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou 
atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. 
2.1.1 – Limites formais e matérias para instauração: 
Os limites para a instauração do estado de defesa estão previstos 
no art. 136 da Constituição Federal. 
AULA 21 
2.1.1.1 – Limites Materiais: 
(a) existência de grave e iminente instabilidade institucional que 
ameace a ordem pública ou a paz social; 
(b) manifestação de calamidade de grandes proporções na 
natureza que atinja a mesma ordem pública ou a paz social. 
2.1.1.2 – Limites Formais: 
(a) Prévia manifestação dos Conselhos da República e Conselho 
de Defesa Nacional (a manifestação não vincula o ato 
Presidencial, pois os Conselhos são meros órgãos consultivos) 
(b) Decretação do ato pelo Presidente da República 
(c) Determinação, no decreto, do prazo de duração da medida, 
que não poderá ser superior a 30 dias, podendo ser prorrogado 
apenas uma vez, haja vista que um de seus pressupostos é a 
temporariedade da medida. 
AULA 21 
(d) Especificação das áreas abrangidas 
(e) Indicação das medidas coercitivas, dentre as previstas no art. 
136, § 1º da Constituição Federal. 
2. 1. 1.3 – Efeitos da Decretação do Estado de Defesa: 
O decreto que instituir o estado de defesa determinará as 
medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes: 
I - restrições aos direitos de: 
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações; 
b) sigilo de correspondência; 
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; 
d) ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na 
hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos 
danos e custos decorrentes. 
AULA 21 
II – Prisão (não se admite a incomunicabilidade do preso): 
a) Por crime contra o Estado, determinada pelo executor da 
medida, comunicada imediatamente ao juiz competente, 
acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e 
mental do detido no momento de sua autuação; 
b) Por outros motivos que não o crime contra o Estado não 
podendo ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo 
Poder Judiciário; 
AULA 21 
2.3 - Controles: 
2.3.1 – Político: O controle político, que é realizado pelo 
Congresso Nacional, ocorre em dois momentos: 
1) o primeiro consiste na apreciação do decreto de instauração e 
de prorrogação do estado de defesa, pois o Presidente da 
República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a 
respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por 
maioria absoluta; 
AULA 21 
2) o segundo, é sucessivo, atuará após o seu término e a 
cessação de seus efeitos, conforme consta no art.141, parágrafo 
único da Constituição Federal, o qual determina que logo que 
cesse o estado de defesa , as medidas aplicadas em sua vigência 
serão relatadas pelo Presidente da República, em mensagem ao 
Congresso Nacional, com especificação e justificação das 
providências adotadas, com relação nominal dos atingidos e 
indicação das restrições aplicadas o jurisdicional consta, por 
exemplo, do art. 136, § 3º. 
AULA 21 
2.3.2 – Jurisdicional: Como exemplos podemos citar: 
a) No art. 136, § 3º, se estabelece que a prisão por crime contra o 
Estado deverá ser imediatamente comunicada ao juiz 
competente, 
b) a prisão por outros motivos que não o crime contra o Estado 
tem o prazo máximo de 10 dias, salvo autorização judicial. 
c) Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão 
também seus efeitos, sem prejuízo da responsabilidade pelos 
ilícitos cometidos por seus executores ou agentes, ou seja, 
poderá o Poder Judiciário verificar eventuais abusos e aplicar as 
sanções previstas. 
AULA 21 
2.2 – Estado de Sítio 
Segundo dispõe o art. 137 da Constituição Federal, 
O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da 
República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao 
Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio 
nos casos de: 
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos 
que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado 
de defesa; 
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão 
armada estrangeira. 
2.2.1 – Limites formais e matérias para instauração: 
Os limites para a instauração do estado de defesa estão previstos 
no art. 136 da Constituição Federal. 
AULA 21 
2.2.1.1 – Limites Materiais: 
(a) comoção grave de repercussão nacional; 
(b) ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida 
tomada durante o estado de defesa; 
(c) declaração de estado de guerra ou resposta a agressão 
armada estrangeira. 
AULA 21 
2.2.1.2 – Limites Formais: 
(f) Prévia manifestação dos Conselhos da República e Conselho 
de Defesa Nacional (a manifestação não vincula o ato 
Presidencial, pois os Conselhos são meros órgãos consultivos); 
(g) Autorização do Congresso Nacional por maioria absoluta de 
seus membros; 
(h) Decretação do ato pelo Presidente da República 
(i) Determinação, no decreto, do prazo de duração da medida, 
que não poderá ser superior a 30 dias, podendo ser prorrogado 
por mais trinta dias, de cada vez, ou seja, pode ser prorrogado 
mais de uma vez, nas hipóteses do art. 137, I e, no caso de 
guerra (CF, art. 137, II) a duração será por todo o tempo que 
perdurar a guerra ou a comoção externa. 
(j) Especificação das áreas abrangidas 
(k) Indicação das medidas coercitivas, dentre as previstas no art. 
139 da Constituição Federal. 
 AULA 21 
2.2 – Efeitos da Decretação do Estado de Sítio: 
O decreto que instituir o estado de Sítio determinará as medidas 
coercitivas a vigorarem, dentre as previstas no art. 139. Cumpre 
ressaltar, por oportuno, que estas medidas que podem ser 
adotadas na vigência do Estado de Sítio se referem apenas à 
hipótese de decretação com fundamento no art. 137, I, ou seja, 
em relação à decretação em casode guerra não há limites 
constitucionais das medidas a serem tomadas, podendo o 
Presidente da República, desde que autorizado pelo Congresso 
Nacional tomar quaisquer medidas necessárias para a repressão 
da agressão estrangeira. 
Assim, o decreto de Estado de Sitio com fundamento em grave 
comoção nacional ou em razão da ineficácia das medidas 
adotadas no Estado de Defesa poderá determinar a tomada das 
seguintes medidas coercitivas contra as pessoas: 
AULA 21 
I - obrigação de permanência em localidade determinada; 
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou 
condenados por crimes comuns; 
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao 
sigilo das comunicações, à prestação de informações e à 
liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei; 
(Não se inclui nas restrições do inciso III a difusão de 
pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas Casas 
Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa). 
IV - suspensão da liberdade de reunião; 
V - busca e apreensão em domicílio; 
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; 
VII - requisição de bens. 
AULA 21 
2.3 - Controles: 
2.3.1 – Político: O controle político, que é realizado pelo 
Congresso Nacional, ocorre em dois, momentos: 
1) o primeiro é um controle prévio e consiste na apreciação do 
decreto de instauração e de prorrogação do estado de defesa, 
pois o Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas, 
submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso 
Nacional, que para aprová-lo deverá decidir por maioria absoluta; 
AULA 21 
2) o segundo, é sucessivo, atuará após o seu término e a 
cessação de seus efeitos, conforme consta no art.141, parágrafo 
único da Constituição Federal, o qual determina que logo que 
cesse o estado de defesa , as medidas aplicadas em sua vigência 
serão relatadas pelo Presidente da República, em mensagem ao 
Congresso Nacional, com especificação e justificação das 
providências adotadas, com relação nominal dos atingidos e 
indicação das restrições aplicadas o jurisdicional consta, por 
exemplo, do art. 136, § 3º. 
AULA 21 
2.3.2 – Jurisdicional: 
Durante a execução do Estado de Sítio o Controle Jurisdicional se 
manifesta na coibição de atos cometidos com abuso ou excesso 
de Poder, os quais poderão ser reprimidos através do Mandado 
de Segurança ou de Habeas Corpus, pois existem limites 
constitucionais expressos. 
Cessado o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem 
prejuízo da responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus 
executores ou agentes, ou seja, poderá o Poder Judiciário 
verificar eventuais abusos e aplicar as sanções previstas. 
AULA 21 
Conforme ensina o Professor José Afonso da Silva, 
“Mais uma vez se vê que o estado de sítio, como o estado de 
defesa, está subordinado a normas legais. Ele gera uma 
legalidade extraordinária, mas não pode ser arbitrariedade. Por 
isso, qualquer pessoa prejudicada por medidas ou providências 
do Presidente da República ou de seus delegados, executores ou 
agentes, com inobservância das prescrições constitucionais não 
excepcionadas e das constantes do art. 139, tem o direito de 
recorrer ao Poder Judiciário para a responsabilizá-los e pedir a 
reparação do dano que lhe tenha sido causado.” (2) 
AULA 21 
Controles do estado de sítio: o político realiza-se pelo CN em 3 
momentos: um controle prévio, um concomitante e um sucessivo; 
o jurisdicional é amplo em relação aos limites de aplicação das 
restrições autorizadas. 
(1)SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 
23 ed. Sao Paulo. Malheiros editores. P. 741 
(2) SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional 
positivo. 23 ed. Sao Paulo. Malheiros editores. P. 750 
http://www.vemconcursos.com/opiniao/index.phtml?page_id=1897 
Antônio Henrique Lindemberg Baltazar 
AULA 21 
Caso concreto 1: 
Durante o estado de sítio, o Presidente da República indicou um 
executor das medidas excepcionais. Este por sua vez exorbitou 
em seu poder, poderá o mesmo responder criminalmente? A 
União poderá ser condenada a pagar indenização por danos 
materiais e morais? 
Caso concreto 2: 
Poderá num momento de estado de defesa o Estado obrigar um 
particular de forma graciosa fazer atendimento hospitalar? 
AULA 21 
Sugestão de gabarito do caso concreto 1: 
 Ainda que o estado de sítio represente uma situação de 
extraordinária excepcionalidade, que justifica, inclusive, a 
suspensão de algumas garantias constitucionais, tal como se 
extrai do disposto no art. 139 da CRFB/88, é de se ver que em 
nenhum momento ficou autorizada a prática de tortura, que é 
vedada, sem exceções, pelo art. 5.º, III, da CRFB/88 e capitulada 
como crime pelo art. 1.º da Lei n.º 9.455/97, sendo insusceptível 
de graça, anistia ou indulto (CRFB/88, art. 5.º, XLIII). 
AULA 21 
Dessa forma e com amparo específico no caput do art. 141 da 
CRFB/88, a resposta deve ser no sentido de que o executor das 
medidas deveria responder pelos crimes praticados, bem como a 
União, que era representada pelo referido agente, deveria arcar 
com a indenização pelos danos materiais e morais causados, o 
que também encontra amparo específico nos arts. 5.º, X e 37, § 
6.º, ambos da CRFB/88. 
AULA 21 
 
Sugestão de gabarito do caso concreto 2: 
 A medida liminar requerida haveria de ser indeferida, visto que o 
art. 136, § 1.º, II, da CRFB/88 autoriza a requisição de serviços 
para fazer frente às necessidades julgadas urgentes pelo 
executor do estado de defesa. Tal norma constitucional está 
inspirada pela compreensão de que o direito de propriedade e o 
princípio da livre iniciativa não são absolutos, admitindo restrições 
em nome do interesse público. A única pretensão passível de 
acolhimento, in casu, seria de ulterior indenização em razão dos 
danos causados, cabendo, inclusive, o pagamento de lucros 
cessantes. 
AULA 21

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